Capítulo 2 - Pena & Espada

      Eu vejo você, Katarina, pensou em dizer, mas manteve o segredo de seu golpe secreto (enxerga alvos ocultos com o True Strike).
      Imóvel em seu lugar, o granadeiro segue a movimentação inimiga apenas com o olho sob a lente arcana. Vejo seu futuro, observou a sequência de imagens (prever o futuro, escola de adivinhação; adendo interpretativo). Próximo o suficiente (besta leve alcança 24 metros), o atacante prossegue em sua jogada. Puxando um catalisador de bombas da fivela, Desmond se preocupa em manter a discrição e usufrui da invisibilidade por mais alguns milésimos. A bomba ganha forma em sua palma, entretanto, a aparência recebe adaptação: um tubo fino de metal é preenchido com a pólvora numa seção, e o ácido na seguinte; lâminas do material de invólucro moldam ponta e pena de metal; e por toda a extensão, furos diminutos, para engolir o ar e gerar a combustão interna ao tempo igual ao impacto.
      Toque final, concluiu como quem está a revisar mentalmente os passos de uma receita. Tomou um pequeno frasco de óleo. Fogo de Alquimista. Esvaziou o conteúdo, lançando as propriedades do elemento sobre a munição (Arma Alquímica). Encostou o dedo no gatilho. Cedendo o campo de visão para somente o olho preparado. Guardou o silêncio, focando o alvo.
      Fogo!

Disparo:

Quando Desmond realiza a mira com sua besta, ele sente que algo está muito errado no último segundo. Ele pensa, nesse minúsculo espaço de tempo, em tudo que poderia ter ocasionado o erro. Talvez o clima da ilha houvesse estragado o composto. Talvez a chuva deixara o ar úmido demais...talvez o nervosismo o tivesse feito esquecer ao importante na fórmula de transmutação. E a seta explode, no exato momento que o alquimista efetua o disparo.
A explosão de ácido o atinge com violência, destruindo por completo a besta de madeira, por muito pouco não o cegando ou lhe arrancando uma mão. A explosão é seguida do líquido incolor, que cai sobre os braços de Desmond...e ele sente a dor do que sucederá em menos de 1 segundo, antecipadamente. [-22 pvs e -6 no próximo turno]

O Teste:

Dakato lança sua magia sobre Katarina...

teste de Katarina:

...e uma energia arcana em forma de um fino fio de linha espectral se enrosca nos membros da ruiva, afundando as pontas no chão e prendendo-a fortemente e se tornando invisível, restringindo seus movimentos.

Jack realiza um movimento de corrida, ficando entre Katarina e Audrey...mas percebe que a magia de Dakato já fez seu papel.
- Tente me provocar quando eu tiver as mãos livres, babaca - ela cospe no rosto do ronin, sangrando pelos ferimentos de balas.
É nesse momento que Audrey se levanta, segurando suas armas com uma força que ela própria não sabe de onde vem. Seu primeiro disparo desajeitado só não atinge Braun, que se encontra atrás de Katarina, por um milagre, batendo em seu escudo...mas os outros dois atingem a ladina no peito com uma explosão de fogo e fumaça negra, fazendo-a arregalar os olhos, cambaleante. Ela dobra os joelhos no chão, ao passo que suas adagas despencam de suas mãos enfraquecidas.
- Eu te julguei mal, gata borralheira - e seu rosto vai ao chão, deixando um sorriso de arrependimento no ar por ter escolhido finalizar Lucian primeiro. Um erro de cálculo.

N se vê de encontro a seu oponente, segurando Risco com fúria. O samurai executa um corte lateral, que Shaco escapa por puro reflexo, girando o corpo na sua direção, preparado para assassinar seu inimigo com a daga pontiaguda...mas N é mais rápido, e seu corte é devastado. A lâmina atinge Shaco na clavícula, fazendo um corte daquele ponto até a cintura, profundo o bastante para fazê-lo sangrar, mas não o bastante para matá-lo. O palhaço, então, desaparece no ar, reaparecendo no atrás de N, com as adagas em punho para lhe penetrar os rins...quando as flechas de Thomas lhe perfuram as costas, e Shaco fica automaticamente inconsciente pelo choque devastador. Ele cai no chão, vendo suas caixas demoníacas atingidas pelas outras duas flechas de Thomas. Havia acabado.
O ranger havia sido esperto, ao notar que se atirasse em Katarina teria matado a garota...então, direcionara suas flechas precisas contra Shaco e seus brinquedinhos trevosos. Havia dado muito certo.

O cenário ao redor de vocês é de terrível. O chão estava encharcado pela chuva e pelo sangue, o Nexus possuía menos de 5% de vida, acusando agora a contagem de 10 de vida...qualquer coisa poderia destruí-lo...qualquer coisa...
Até mesmo Braun.
O escudeiro se vê de frente para o Nexus, que não mais exibia a cor de seu time, apenas o azul dos Arautos da Gentileza. Nas Vivre Cards, a desvinculação da Aliança se mostrara automática. 10 de vida para cada cristal restante...e o dele estava bem longe dali.
Braun ergue o escudo, com um olhar frio, toma impulso e se prepara para explodir o Nexus com um ataque certeiro, nada poderia impedi-lo...e é quando uma lágrima rola por seu olho esquerdo, ao olhar o estado de Lucian e Sona.
- Existem coisas na vida pela qual lutamos, coisas pelas quais damos a vida em troca. Um ideal, um tesouro, uma pessoa. Não importa...nossa motivação está ali, inserida num sonho.
Braun empunha o escudo com força redobrada, e a montanha de músculos não tira os olhos do cristal por um segundo mais.
- Você disse que tem alguém para proteger...Lucian não possui mais. Ele vive um sonho que não é possível de se concretizar. Ele não aceita a morte de Sena... - Braun parece dizer isso para Dakato, mas não olha para ninguém. - E você tem uma filha linda, eu a vi na platéia, tão animada, tão viva... - para N.
Com um movimento bruto, Braun impulsiona o escudo para frente...e para baixo, afundando sua base no solo, e ele se vira para vocês.
- Eu vou acreditar nos sonhos que vocês possuem, um sonho que talvez tenha uma melhor chance de se concretizar que o nosso próprio. Protejam quem vocês amam...a morte é um corredor frio do qual não se retorna, não importa o que se pense ou se faça. Eu desisto.

Os Vivre Cards se iluminam:

[07:09:10] Yasuo [Aliança Adagas Voadoras e Ferida do Vento] foi eliminado.
[07:09:12] Taric [Aliança Adagas Voadoras e Ferida do Vento] foi eliminado.
[07:09:22] Katarina [Aliança Adagas Voadoras e Ferida do Vento] foi eliminada.
[07:09:23] Shaco [Aliança Adagas Voadoras e Ferida do Vento] foi eliminado.
[07:09:27] Cat Eeve marcou um Double Kill.
[07:09:28] Ichigou marcou um Double Kill.
[07:09:29] Aliança Adagas Voadoras e Ferida do Vento foi eliminada. Ace.
[07:09:30] A Aliança Arautos da Gentileza e Vento Sombrio foi desfeita.
[07:09:40] Braun declarou desistência.
[07:09:41] VITÓRIA DOS ARAUTOS DA GENTILEZA.

A a arena desaparece...cada árvore, cada pedaço de terra, cada toque de cenário se esvanece como se um sonho fosse lhes arrancado da mente. E você se vêm ovacionados por um coliseu imenso.
A emoção é inexplicável. Os gritos da torcida enchem seus corações de um sentimento que vocês desconheciam, um misto de dor pelos ferimentos, cansaço pelas batalhas e uma felicidade explosiva pela vitória.
Vocês haviam vencido o evento mais mortal de suas vidas. E saíram todos vivos!


- E aqui estão nossos campeões!! - berrava a narradora. - Quero ouvir mais alto! Vamos pessoal, eles merecem! - ela vem se aproximando, sorridente, uma mulher loira de beleza estonteante que seria muito melhor notada não fosse o estado de todos vocês. O que notam com mais facilidade, porém, é a enorme mala com rodinhas que ela vem trazendo trancada com um cadeado e a chave em sua mão direita.
E a torcida vai ao delírio...até que todos ouvem um barulho estrondoso, e um bloco de um dos lados do coliseu começa a desmoronar, fazendo pessoas correrem para todos os lados. A apresentadora estaca, horrorizada com a nave que ocasionou o acidente que agora sobe descontrolada.

Katheryn solta um grito de desespero ao apertar um botão azul e puxar uma alavanca junto de Megan. Epoch da guinada para cima, faz uma curva para a direita, dá um rasante e arrebenta o chão da arena, impulsionando Sana e Pane para frente as desequilibrando junto com Koni. O impacto faz uma cortina de poeira muito densa subir, no exato momento que todo o grupo vê uma série de homens de óculos escuros e cartolas invadirem a arena, correndo naquela direção, destruindo o portão de entrada do coliseu.
A porta de Epoch se abre, e o que vocês ouvem é uma Pixie emitir.
- Alerta de Perigos! Inimigos se aproximando! Iniciar protocolo de fuga!

- Meu Deus, o que está acontecendo aqui! Ai, não! Quem são aqueles homens! - berrava a apresentadora, sem saber o que fazer, segurando a mala de rodinhas, deixando a chave cair no chão pelo susto.

Ao olhar para cima, vocês notam o enorme zeppelin que paira acima do Coliseu dos Guardiões...e N reconhece automaticamente o Símbolo tão odiado do Conselho de Camael: A Engrenagem do Progresso. Vocês conseguem ver vários pontos saindo de um compartimento do zeppelin, e só podem esperar pelo pior. Drones.

Vocês tem apenas 10 segundos até que os agente, seja da Cinza, seja do Conselho de Camael, cheguem até Epoch. Boa sorte.
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PVs (Pvs máximos/Pvs atuais) e Buffs:

Lista de Itens:

      Impossível!, exclamou em sua mente no mínimo espaço de tempo entre os acontecimentos. Ao som rápido e metálico do sistema de disparo da atiradeira, Desmond vislumbrou pausadamente o impulsionar da seta respondendo ao comportamento de estilingue da corda liberta. O projetil de metal precipitou-se alguns milímetros adiante da mira, mas não houve tempo o suficiente para enxergar todo o ocorrido.
      O flash escarlate envolveu-o, e ele estava despreparado. A arma explosiva reagiu ao erro matemático com extrema gravidade, as chamas abriram-se em redor como uma densa baforada. "Se alguma vez já cheguei a enfrentar o sopro de um dragão, com toda certeza aquilo foi tão potente quanto", contaria ele tempos depois.
      Sentiu o impacto arrastá-lo, suspendendo seu peso por um instante, que deixou marcas tracejadas por suas botas. Impacto contrário? Bendita armadura!, abençoou a defesa sobrenatural. A barreira invisível converteu parte do dano. O fogo dispersou-se com a própria expansão de ar, mas não completamente, para o seu desespero. Líquidos quentes empaparam as camadas superiores de roupa, e ele sabia bem o que era, conhecia todos os elementos usados, tanto o óleo flamejante quanto o concentrado ácido.
      Sem muito pensar, reagiu da melhor forma para remediar o caso. Primeiramente arrancou o jaleco adornado com labaredas nos ombros, fora relativamente fácil já que ele havia retirado as mangas da peça para facilitar sua movimentação. O colete não possuía um material inflamável, e as luvas protegeriam as mãos da corrosão que se seguiria. E, além do mais, seu fator de cura havia reagido rapidamente, diminuindo o grau das queimaduras.
      Entretanto, algumas labaredas persistiam sobre suas vestes, e quando identificou a situação final, pôs-se em disparada na direção da nave. Porém, as rajadas de vento seriam ineficazes contra o fogo, e as palmadas pouco faziam. Então, no caminho, mergulhou, arqueando o corpo para frente visando um rolamento sobre o chão de terra (Teste de Reflexos (CD 15) com rolamento (+2): Desmond: 4+2+ 1D20 => 20); para abafar as chamas ao retirar o ar, o comburente.
      — Droga! Droga! Droga! — praguejava. — Corram! — dizia ao terminar o movimento numa escapa em corrida.

      Quando todos encontravam-se reunidos dentro de Epoch, atrás da escotilha da nave, virou para confrontar seus caçadores.
      — Força nos motores, pessoal. Rápido! — alertou-os.
      Mas enquanto todos tentavam se entender, ouviu um baque e uma movimentação alvoroçada atrás de si. Inimigos?! Epoch tem saídas alternativas?, questionou-se, lançando o olhar por cima do ombro direito e viu a cena entre um Dakato tombado e um garoto estranho, armado com punhos vermelhos de poder arcano. Que curioso. Ele me lembra alguém, completou a rotação, para olhá-lo melhor, quando viu a garota de cabelos azuis e olhos lilases que ocultava novamente as orelhas com uma boina.
      — Detetive!? Você está viva! Como sobreviveu? — indagou-a, pasmo.
      Após o reencontro conturbado e abreviado, Dakato, o único que havia tocado nos comandos da nave além da ruiva, agora tentava forçar um voo de emergência. Aos berros ele alerta que há movimentação entorno da nave, confiando a retaguarda ao par de espadas ao fundo. E concluiu bramando o nome de Audrey a ele, seguido por Jack que diz algo parecido com "veja o que pode fazer pela garota".
      — Audrey? O que há com a Aud... — estacou os olhos na ruiva deitada sobre um banco comprido ao canto do grupo. — Evee!
      É mesmo, ela não estava pilotando, disse para si ao perceber que a garota estava debilitada há pouco tempo. Teria perguntado o que houve, quando sentiu a mistura pegajosa do sangue e veneno nos dedos do braço que usou para erguer a moça. O ferimento estava nas costas, lembrava bem a consistência do veneno usado pela ladina.
      Maldição! Ela não vai aguentar muito, avaliou. Por pouco ele sobrevivera ao efeito tóxico, e foi porque Katarina, ou quem fosse o fabricante do elemento, jamais pensaria em alguém capaz de aguentar por mais tempo. Outro milagre da habilidade de regeneração.
      — Suporte, Audrey. Você é mais forte que isso — disse para ela, caso conseguisse escutá-lo. — Posso recuperar parte da vitalidade dela com cura, só por causa dos ferimentos dela — explicou para todos, ajoelhado ao lado dela. — Mas quando todas as feridas fecharem, o veneno continuará castigando-a, só um antídoto pode salvá-la. E esse tipo de toxinas não são minha especialidade — disse Desmond, quando o assunto o recordou da irmã. — Sanna! Onde você se esconde numa hora dessas? — chamou-a, apressado, ao vê-la de canto. — Só você pode reconhecer essa classe de compostos nocivos. Identifique a toxina e sintetize um antídoto — dirigia-se a novamente a ela para repetir quando notou as faixas curativas entorno da perna e da cintura. — Mana! O que houve?
      A situação apenas se complicava, ou estava embolada antes que notasse. Cabia a ele fazer sua parte (Curar Ferimentos Moderados) e aguardar.

      — Ela está delirando — comentou baixo, enquanto prestava atenção em todos as suas palavras. Na medicina e psicologia, cria-se que alguém que falava com o subconsciente dizia verdades sem a polidez normalmente utilizada. — Deixe os doces para mais tarde, você já vai ficar melhor — explicou para acalmá-la. — Sim, conhece — riu dela, para que esta percebesse que recobrava a lucidez. — Eu sou o Cavaleiro da Luz, Matador de Dragões, Salvador de Donzelas, a Espada de Fogo — dizia entre mímicas onde erguia um braço de espada, depositava os punhos cerrados na altura da cintura, fazia vênias de nobreza. Brincando com a memória da garota apaixonada por contos de guerreiros e princesas.
      O exercício de múltiplas regiões cerebrais era capaz até de recuperar os mais graves casos de amnésia, mas o caso dela era uma breve confusão, quis somente acelerar seu despertar. Assim era Desmond: sem notar, estava novamente fazendo piadas nos momentos mais inesperados. Suas intenções eram boas, queria evitar uma atmosfera pesada. A tensão era inevitável para o mais novo piloto e a dupla de combatentes N e Jack. Portanto, buscou aliviar os nervos entre as mulheres e crianças. Apesar de todos ali serem muito capazes, tanto para mulheres como para simples crianças.
      — Eu sou um Arauto da Gentileza! — anunciou. — Vencedor do Torneio e campeão da Guerra dos Cristais. Nosso próximo destino será o que diz o Capitão Dakato. O Leste! — Apontou, não muito certo de onde estava realmente. — Vamos atrás de você, Ryusashi — disse Desmond, finalmente.

- Aplicando diretrizes de rota - calcula Pixie. - Sistema Hidráulico: 98%. Sistema Pneumático: 95%. Sistema se explosão: 100%. Sistema de propulsão de emergência: 100%. Combustível armazenado: 20%. Rota para o Continente Leste, região central, calculada. Tempo de viagem estimado em 2 dias.

A nave dá uma guinada para cima, iniciando o processo de flutuação que sempre antecede sua partida. Dakato percebe que Pixie o auxilia em diversos comandos, facilitando suas tarefas. Aquele construto era extremamente inteligente...era claro que apenas Cornelius poderia ter criado uma máquina com tais traços humanos e...espera, 20% de combustível?! Quem conseguiu Diesel Azul para a nave? E dois dias de viagem...era bem pouco provável que Epoch conseguisse fazer essa distância com essa quantidade de combustível...

Koni se nega a responder Dakato, demonstrando raiva ao recolher seu livro do chão, virando as costas para o mago e indo falar com Pane.
- Pan, tio Enzo me entregou uma coisa antes de se separar de nós. Ele disse que devemos ir para lá, que é nesse lugar que encontraremos a resposta que queremos - Koni tira do meio do livro um papel dobrado em oito parte, revelando ser um mapa do Leste, extremamente detalhado, onde havia um "X" marcado próximo a uma cadeia de mintanhas nevadas. Não era longe da região central do Leste, mas desviaria o caminho por mais um dia.

Enquanto Desmond tenta recobrar a consciência de Audrey, a garota vai lentamente se lembrando de rostos e traços físicos, das aventuras e de nomes que vão fazendo sentido pouco a pouco. A sensação de quase morte era terrível e claramente a atiradora passava pela situação pela primeira vez na vida.
Megan parece extremamente feliz por estar junto de seu pai, e aponta para Katheryn, dizendo que a "tia" havia salvo o grupo inteiro e que era muito, muito forte. Ao ser questionada sobre Nairah, Megan sorri inocentemente para seu pai e diz, com simplicidade:
- Quem é Nairah...?
...e nenhum de vocês sabe responder com exatidão... como se a memória sobre Nairah fosse cada vez mais vaga...o rosto na era mais nítido para a maioria, como alguém que não vêm há décadas. A voz já lhes é um mistério, e a única memória forte é que ela parecia ter sido uma conhecida de N e tinha alguma relação com ele que vocês não lembram qual é. Para Katheryn, e Jack, ela jamais existiu.
Apenas N se recordava que ela era irmã de Norah, mas a memória vageava em todos os outros aspectos...a sensação de estar perdendo algo importante sem nem saber direito o que é...é desesperadora.

Nesse momento, algo sacode a nave com violência, e vocês ouvem os sons de disparos, acusando que Epoch estava sob ataque. Dakato sabe o que deve fazer, e puxa a alavanca para trás, despressuriza o sistema pneumático girando uma das válvulas e executa o processo de explosão, pisando fundo no acelerador. Pilotar aquela nave exigia uma concentração extrema...era fascinante.
Quando Epoch finalmente dispara para o ar, em diagonal, superando os muros altos do Coliseu dos Guardiões por muito pouco, vocês deixam para trás um multidão confusa, e uma série de homens de cartola que tentam mirar na nave em vão. Ao olharem pela janela, vocês avistam os drones quem vem na direção de Epoch pela frente...e notam que vários outros começam a vir de trás, alguns deles escondidos na Cidade.
Os disparos que vem na direção de Epoch passam por suas duas asas, sem nunca atingirem...mas parecem focar os perseguidores da retaguarda, destruindo outros dois dones atrás. Em poucos segundos, tentando manobrar a nave como conseguem, vocês sentem-se no meio de um fogo cruzado, e não fazem ideia od que está acontecendo. Quando Epoch passa ao lado do zeppelin, em sua tragetória de fuga, Audrey tem a impressão de ter visto alguém conhecido na cabine do piloto...mas seu estado mental temporário não lhe dá a certeza de quem era...mas...não... não fazia sentido nenhum seu irmão estar pilotando um zeppelin do Conselho contra a Cinza e ajudando vocês a fugirem. Não fazia sentido.
Epoch supera o zeppelin do Conselho em altura, enquanto as explosões e disparos se seguem de forma frenética ao redor. A nave vibra, balançando-se sob a saraivada de disparos e explosões, e vocês ouvem Pixie alertar sobre a queda de status dos sistemas, quando um baque atinge a parte de trás da nave e vocês perdem o equilíbrio...não antes de avistarem dois drones em forma de libélula vindo pela direta e uma enorme máquina de combate pela esqueda.
Era preciso sair dali, e rápido.

Teste de Engenharia para todo mundo que for tentar ajudar Dakato, e ele memso pode jogar o teste novamente agora...só é possível fazer o teste com a perícia. Vocês têm apenas uma chance. Boa sorte.