Jeff - Detetive Arcano
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Jeff - Detetive Arcano
Detetives, monstros e espadas
Estou a dois anos por aqui.
Digo "por aqui" em referência a esta dimensão. Desculpa estragar a surpresa, mas eu sou um viajante dimensional. É, sério.
Ok, tenho que me lembrar como exatamente vim parar nesse beco e cercado por lobisomens.
...
Como eu disse antes, sou um viajante dimensional. Meu nome é Jeff. Sou um detetive de...bem, o nome do meu mundo não importa. Ele explodiu, deixou de existir, sei lá.
Meu nome é Jeff e estou atrás da minha irmã já faz um bom tempo. Estou pulando de mundo em mundo tentando achar ela...a vampira é realmente boa em se esconder, ou boa em achar gente que a esconda.
E eu sou um lobisomen.
Sim, essa minha história é sobre uma vampira e um lobisomen irmãos.
Tá, pode parar de dar risada, e pode parar de usar os cliches.
O ultimo vestigio dela parou em mundo...acho que a palavra é "urbano". O meu mundo era algo que a literatura chama de "steampunk". De qualquer forma, me estabeleci por aqui e abri um escritório.
...
Naquela manhã eu havia acordado cedo por algum motivo idiota. Abri o escritório e comecei a revirar a papelada.
Parnaq era uma metrópole agitada. Eu sempre gostei disso. Todo dia um crime a investigar, pessoas desaparecidas...monstros. Ossos do oficio.
Mas esse dia estava fraco. Não tinha um caso grande fazia tempo e o ócio apenas aumentava a minha agonia por não encontrar minha irmã.
Baird chutou a porta do escritório, como sempre fazia, e chegou gritando:
"Yo Jeff! Levanta ae e bora caçar lobisomens!"
Baird era um brutamontes careca que...bem, acho que posso dizer que ele se tornou meu parceiro depois de uma briga de bar.
"Assim que você parar de gritar. Me dá dor de cabeça" disse massageando as temporas.
"Parece que um bando deles chegou na cidade e estão se abrigando na Luna"
"E hoje é noite de lua cheia. Perfeito" Me levantei e ajeitei as minhas espadas dentro do casaco e meu chapéu.
...
O dia se passa bem rápido quando se está perambulando por uma cidade como Parnaq. Quando começou a entardecer, eu e Baird chegamos nos arredores do bairro de Luna.
"Me explica de novo o lance de licantropismo sem depender da lua e nem ficar vulnerável a ela" me perguntou o careca pela milésima vez desde que trabalhamos juntos
"Já te disse Baird. Eu vim de um mundo onde os lobisomens funcionam de forma diferente. Os lobisomens por lá são mais fracos que os daqui, mas tem controle sobre seus poderes."
"Tirando o problema com prata hehehehe"
"Exato" respondi, já sem querer argumentar mais.
Encontramos uma varanda de uma casa abandonada que ficava logo em frente a Luna (um complexo de corredores estreitos que se formaram graças ao crescimento desordenada da população pobre da área). Baird começou a limpar sua espingarda e a checar se seu machado estava afiado corretamente.
Testemunha e Juíza nunca precisam ser afiadas.
Sim, eu dei nome para a minha espada curta e a minha espada longa. Algum problema leitor? Obrigado.
Esperamos até a lua se erguer no céu. O ar daquela noite era quente e sem brisa: perfeito para a matança. Mas eu não sabia bem o porquê de querer matar.
...
Os lobisomens eram ingênuos (se um lobisomen pode ser ingênuo de verdade eu não sei) e começaram a se transformar sem pudor e iniciaram a caçada as pessoas.
Foi rápido. Baird disparou no primeiro dos lupinos que surgiram na saída para a varanda e saltou enterrando a espada na cabeça dele. Brutal. Meu parceiro era bom nisso.
Saquei as espadas e saltei para atacar o segundo lobisomen. Um corte rápido em "X" fez o serviço. Pedacinhos de lupino.
Continuamos e matamos mais deles conforme avançavamos pelos corredores.
Acho que nós fomos ingênuos também.
Os lobisomens estavam em maior número do que esperavamos. Era um grande bando. Fomos cercados e encurralados para direções diferentes:
Lá estava eu cercado por lobisomens em um beco escuro. Dia comum. Caso idiota.
"Com licença senhores. Mas vocês violaram leis de Parnaq muito sérias. Se rendam" disse ironicamente enquanto erguia as duas espadas, ficando as duas horizontalmente alinhadas com meu ombro direito e esquerdo. Meu casaco começou a tremeluzir e se agitar como se estivesse em um tornado.
"Tornado de espadas"
Em um instante eu havia me virado e numa velocidade absurda eu retalhei todos os lobisomens ao meu redor. Detetive Arcano não é um título qualquer. O vento é minha terceira espada, e quando as três se unem, não vejo nada além de pedaços de carne.
Mas Baird não ia tão bem e estava quase sendo derrotado quando aquele círculo de lupinos saltou nele. Não tinha escolha, precisa de olfato para acha-lo e correr.
Me transformei em um lupino prata. Nunca gostei desse meu novo sangue, mas acho que era uma visão épica com a lua refletindo.
Em instantes eu dilacerei os que estavam acima do Baird, e o careca deu conta de matar o resto com a espingarda e a espada.
...
Banhado em sangue, aguardei as minhas espadas flutuarem até mim.
"Melhor caçada de todas! Uhul!" comemorava Baird.
Apenas dei um sorriso enquanto embainhava Juíza e Testemunha. Não me sentia feliz com aquilo. Apenas não queria ficar entendiado.
Parece que nem isso estava funcionando mais. Maninha...
Estou a dois anos por aqui.
Digo "por aqui" em referência a esta dimensão. Desculpa estragar a surpresa, mas eu sou um viajante dimensional. É, sério.
Ok, tenho que me lembrar como exatamente vim parar nesse beco e cercado por lobisomens.
...
Como eu disse antes, sou um viajante dimensional. Meu nome é Jeff. Sou um detetive de...bem, o nome do meu mundo não importa. Ele explodiu, deixou de existir, sei lá.
Meu nome é Jeff e estou atrás da minha irmã já faz um bom tempo. Estou pulando de mundo em mundo tentando achar ela...a vampira é realmente boa em se esconder, ou boa em achar gente que a esconda.
E eu sou um lobisomen.
Sim, essa minha história é sobre uma vampira e um lobisomen irmãos.
Tá, pode parar de dar risada, e pode parar de usar os cliches.
O ultimo vestigio dela parou em mundo...acho que a palavra é "urbano". O meu mundo era algo que a literatura chama de "steampunk". De qualquer forma, me estabeleci por aqui e abri um escritório.
...
Naquela manhã eu havia acordado cedo por algum motivo idiota. Abri o escritório e comecei a revirar a papelada.
Parnaq era uma metrópole agitada. Eu sempre gostei disso. Todo dia um crime a investigar, pessoas desaparecidas...monstros. Ossos do oficio.
Mas esse dia estava fraco. Não tinha um caso grande fazia tempo e o ócio apenas aumentava a minha agonia por não encontrar minha irmã.
Baird chutou a porta do escritório, como sempre fazia, e chegou gritando:
"Yo Jeff! Levanta ae e bora caçar lobisomens!"
Baird era um brutamontes careca que...bem, acho que posso dizer que ele se tornou meu parceiro depois de uma briga de bar.
"Assim que você parar de gritar. Me dá dor de cabeça" disse massageando as temporas.
"Parece que um bando deles chegou na cidade e estão se abrigando na Luna"
"E hoje é noite de lua cheia. Perfeito" Me levantei e ajeitei as minhas espadas dentro do casaco e meu chapéu.
...
O dia se passa bem rápido quando se está perambulando por uma cidade como Parnaq. Quando começou a entardecer, eu e Baird chegamos nos arredores do bairro de Luna.
"Me explica de novo o lance de licantropismo sem depender da lua e nem ficar vulnerável a ela" me perguntou o careca pela milésima vez desde que trabalhamos juntos
"Já te disse Baird. Eu vim de um mundo onde os lobisomens funcionam de forma diferente. Os lobisomens por lá são mais fracos que os daqui, mas tem controle sobre seus poderes."
"Tirando o problema com prata hehehehe"
"Exato" respondi, já sem querer argumentar mais.
Encontramos uma varanda de uma casa abandonada que ficava logo em frente a Luna (um complexo de corredores estreitos que se formaram graças ao crescimento desordenada da população pobre da área). Baird começou a limpar sua espingarda e a checar se seu machado estava afiado corretamente.
Testemunha e Juíza nunca precisam ser afiadas.
Sim, eu dei nome para a minha espada curta e a minha espada longa. Algum problema leitor? Obrigado.
Esperamos até a lua se erguer no céu. O ar daquela noite era quente e sem brisa: perfeito para a matança. Mas eu não sabia bem o porquê de querer matar.
...
Os lobisomens eram ingênuos (se um lobisomen pode ser ingênuo de verdade eu não sei) e começaram a se transformar sem pudor e iniciaram a caçada as pessoas.
Foi rápido. Baird disparou no primeiro dos lupinos que surgiram na saída para a varanda e saltou enterrando a espada na cabeça dele. Brutal. Meu parceiro era bom nisso.
Saquei as espadas e saltei para atacar o segundo lobisomen. Um corte rápido em "X" fez o serviço. Pedacinhos de lupino.
Continuamos e matamos mais deles conforme avançavamos pelos corredores.
Acho que nós fomos ingênuos também.
Os lobisomens estavam em maior número do que esperavamos. Era um grande bando. Fomos cercados e encurralados para direções diferentes:
Lá estava eu cercado por lobisomens em um beco escuro. Dia comum. Caso idiota.
"Com licença senhores. Mas vocês violaram leis de Parnaq muito sérias. Se rendam" disse ironicamente enquanto erguia as duas espadas, ficando as duas horizontalmente alinhadas com meu ombro direito e esquerdo. Meu casaco começou a tremeluzir e se agitar como se estivesse em um tornado.
"Tornado de espadas"
Em um instante eu havia me virado e numa velocidade absurda eu retalhei todos os lobisomens ao meu redor. Detetive Arcano não é um título qualquer. O vento é minha terceira espada, e quando as três se unem, não vejo nada além de pedaços de carne.
Mas Baird não ia tão bem e estava quase sendo derrotado quando aquele círculo de lupinos saltou nele. Não tinha escolha, precisa de olfato para acha-lo e correr.
Me transformei em um lupino prata. Nunca gostei desse meu novo sangue, mas acho que era uma visão épica com a lua refletindo.
Em instantes eu dilacerei os que estavam acima do Baird, e o careca deu conta de matar o resto com a espingarda e a espada.
...
Banhado em sangue, aguardei as minhas espadas flutuarem até mim.
"Melhor caçada de todas! Uhul!" comemorava Baird.
Apenas dei um sorriso enquanto embainhava Juíza e Testemunha. Não me sentia feliz com aquilo. Apenas não queria ficar entendiado.
Parece que nem isso estava funcionando mais. Maninha...
isaac-sky- Guarda Real
- Data de inscrição : 21/10/2011
Idade : 30
Localização : Entre Nárnia e a Terra Média
Emprego/lazer : Dominar o mundo/ RPG/ SKA
O que sou
Raça: Humano
Classe: Ninja
Capitulo 2
Um propósito a ninguém
A noite era fria. Nem mesmo a estação de trem de Parnaq cheia de gente era capaz de melhorar essa situação.
Depois dos lobisomens de Luna, não surgiu mais nenhum caso. Bem, esse nem mesmo era um caso oficial. A polícia chegou no local, me deram uns tapinhas nas costas, mas não me deram nem um centavo.
Já é a milésima vez que minha próatividade me ferra. Mas eu queria ação, então eu tive naquela noite.
Decidi andar pelas ruas para procurar o que fazer, pelo menos até chegar no bar mais próximo da estação, a taverna chamada Olho de Drakon.
Nomes de taverna não são muito criativos em todos os mundos. Não importava, em toda dimensão havia algum lugar para beber e matar o tempo.
...
Me sentei, e apoiando as mãos no balcão, pedi a cerveja amarga de sempre.
"Achei que não ia te ver depois de ter dado um jeito nos lobinhos Jeff" disse o barman, um conhecido do bar que eu nunca lembro o nome.
"E eu achei que você ia parar de se meter na vida alheia. Somos sonhadores 'pal' " eu disse levantando o caneco.
"Te ferraram bonito Jeff. Não vejo um maldito por aqui que não fale mal de você"
"Opinião alheia não me interessa"
"Nem um salário? Eu até lhe oferecia um emprego aqui, estamos precisando de alguém pra encerar o..." antes que ele terminasse a piada eu o agarrei pelo colarinho e o puxei para perto.
"Acho que esqueceu quem eu sou não é pal?" nesse momento eu me permiti descontrolar um pouco. Os meus caninos cresceram, em forma de ameaça e lembrança ao barman. Sua expressão era de medo, a mesma que ele teve quando descobriu o que eu era há algum tempo atrás"
"Vai com calma amigão. Era uma piada" respondeu o barman enquanto eu o soltava, sua enorme pança deixando de se derramar pelo balcão. Ninguém reagiu a ameaça. Não era a primeira vez que eu ficava nervoso.
O barman se distanciou e foi atender outras pessoas...
Na televisão, em preto e branco, passava uma reprise antiga de um esporte adorado em Parnaq. Eu nunca me interessei em aprender sobre ele ou algo do tipo...acho que não me interesso por quase em Parnaq.
"Você é Jeff, o detetive, não é?" me perguntou uma moça bonita de cabelos loiros. Tinha cara de ser meio-elfa.
"Sim"
"Ouvi coisas muito ruins sobre você detetive. Mas sei que é o único que pode me ajudar a encontrar meu marido" ela era muito bonita naquele vestido vermelho.
"Pelo preço de um detetive como eu, bem eu não sou barato...tsc, o que estou dizendo? Não tenho um bom caso faz tempo. Me conte mais senhora.."
"Tanya. Pode me chamar só de Tanya. Acho que vai se interessar pelo fato de que..." e nesse em que ela se aproximou sussurrando para mim, notei que tinha olhos amarelos vivos como ouro. "...isso envolve um grupo de vampiros".
Bingo. Vampiros não eram bem-vindos nessa sociedade. Mas eu tinha certeza de haviam poucos por aqui e que minha irmã era um deles. Era a pista mais quente que poderia querer. Só a possibilidade de finalmente poder sair desta cidade me deu novas forças.
...
Eu podia ver o ar saindo como fumaça de minha boca nessa noite fria.
Tanya me indicou uma rua num dos bairros mais afastados da cidade, onde ficava uma casa abandonada habitada pelos vampiros. Tinha esperança de encontrar minha irmã ali...e não me importava como faria para tirar.
Virei a esquina da casa abandonada: era um grande casarão de madeira (provavelmente apodrecida) afastado das outras construções. Não consegui dar três passos antes que uns...cinco talvez. Cinco homens encapuzados me cercassem e apontassem suas espadas e revólveres.
"Sério gente? Eu não tenho tempo pra isso" Na verdade eu tinha, mas não queria matar meus futuros informantes antes de um papo.
"Sabemos quem é você Costello. Sua irmã contou sobre você" disse o vampiro bem a minha frente.
"Então ela contou que eu posso fatiar vampiros que nem manteiga. Tenho experiência nisso"
"Estamos prontos pra te parar" disse outro vampiro mais exaltado.
"Só quero falar com minha irmã"
Eles ergueram suas espadas. Lindo. Rapidamente tirei as minhas espadas-irmãs e me desdobrei para bloquear três com Juíza e dois com Testemunha.
"Não, esse idiotas não vão..." pensei mas eles fizeram: eles apontaram com os revólveres para mim. Os vampiros seguravam as espadas com uma mão só, sendo fácil pra mim empurrar suas lâminas para cima e saltar.
Somente vi os clarões e senti o cheiro de pólvora bem abaixo de mim. Aterrissei alguns metros ao lado.
Minha irmã estava bem a minha frente, usando um chapéu preto e um casaco "de detetive" parecido com o meu. Estava mais pálida do que o normal.
Estanquei.
"Podia me deixar em paz maninho"
"E podia começar a pensar um pouco e recuperar as memórias maninha"
"Até quando vai perseguir esse sonho idiota de salvar sua irmã?"
Uma chuva forte começou a cair. Os vampiros, feridos pelas balas de prata, começavam a se recuperar e levantar.
"Se tentasse entender maninhha. Se você se lembrasse dos nossos pais!"
"O passado não é algo importante pra mim Jeff. Aceite que está sendo obsessivo e saia do meu caminho! Saia desta cidade!"
"Ou o que?" eu tremia de frio e...não saberia explicar o que sentia. Já havia me encontrado com ela situações parecidas, mas dessa vez ela parecia determinada a me enfrentar.
"Te tirarei daqui em três pedaços diferentes" ela mostrou seus caninos e desembainhou uma espada. Uma espada de prata!
Seu golpe foi rápido, mas apenas o bloqueei com Testemunha. Faíscas surgiam das nossas espadas, como se fossem chamas acesas. O material mágico das duas era conflitante.
Não queria lutar. Apenas bloqueei. Estava sendo empurrado para trás por seus golpes. Meu pé direito escorregou e eu tropecei.
Ela fincou a espada em meu ombro direito e a retirou com força. Isso abriu um talho enorme.
Espirrando sangue, eu cai no chão.
Via apenas a água a cair no meu rosto. E um relâmpago, em seguida um estrondo parecido como o de uma série de cordas se contorcendo e batendo como chicotes. Todos os vampiros estavam se contorcendo e cobrindo as orelhas. Sairam correndo, mas pude ver minha irmã olhando de soslaio para mim.
Não tinha fúria, não tinha raiva, apenas olhava inexpressivelmente.
Desmaiei.
A noite era fria. Nem mesmo a estação de trem de Parnaq cheia de gente era capaz de melhorar essa situação.
Depois dos lobisomens de Luna, não surgiu mais nenhum caso. Bem, esse nem mesmo era um caso oficial. A polícia chegou no local, me deram uns tapinhas nas costas, mas não me deram nem um centavo.
Já é a milésima vez que minha próatividade me ferra. Mas eu queria ação, então eu tive naquela noite.
Decidi andar pelas ruas para procurar o que fazer, pelo menos até chegar no bar mais próximo da estação, a taverna chamada Olho de Drakon.
Nomes de taverna não são muito criativos em todos os mundos. Não importava, em toda dimensão havia algum lugar para beber e matar o tempo.
...
Me sentei, e apoiando as mãos no balcão, pedi a cerveja amarga de sempre.
"Achei que não ia te ver depois de ter dado um jeito nos lobinhos Jeff" disse o barman, um conhecido do bar que eu nunca lembro o nome.
"E eu achei que você ia parar de se meter na vida alheia. Somos sonhadores 'pal' " eu disse levantando o caneco.
"Te ferraram bonito Jeff. Não vejo um maldito por aqui que não fale mal de você"
"Opinião alheia não me interessa"
"Nem um salário? Eu até lhe oferecia um emprego aqui, estamos precisando de alguém pra encerar o..." antes que ele terminasse a piada eu o agarrei pelo colarinho e o puxei para perto.
"Acho que esqueceu quem eu sou não é pal?" nesse momento eu me permiti descontrolar um pouco. Os meus caninos cresceram, em forma de ameaça e lembrança ao barman. Sua expressão era de medo, a mesma que ele teve quando descobriu o que eu era há algum tempo atrás"
"Vai com calma amigão. Era uma piada" respondeu o barman enquanto eu o soltava, sua enorme pança deixando de se derramar pelo balcão. Ninguém reagiu a ameaça. Não era a primeira vez que eu ficava nervoso.
O barman se distanciou e foi atender outras pessoas...
Na televisão, em preto e branco, passava uma reprise antiga de um esporte adorado em Parnaq. Eu nunca me interessei em aprender sobre ele ou algo do tipo...acho que não me interesso por quase em Parnaq.
"Você é Jeff, o detetive, não é?" me perguntou uma moça bonita de cabelos loiros. Tinha cara de ser meio-elfa.
"Sim"
"Ouvi coisas muito ruins sobre você detetive. Mas sei que é o único que pode me ajudar a encontrar meu marido" ela era muito bonita naquele vestido vermelho.
"Pelo preço de um detetive como eu, bem eu não sou barato...tsc, o que estou dizendo? Não tenho um bom caso faz tempo. Me conte mais senhora.."
"Tanya. Pode me chamar só de Tanya. Acho que vai se interessar pelo fato de que..." e nesse em que ela se aproximou sussurrando para mim, notei que tinha olhos amarelos vivos como ouro. "...isso envolve um grupo de vampiros".
Bingo. Vampiros não eram bem-vindos nessa sociedade. Mas eu tinha certeza de haviam poucos por aqui e que minha irmã era um deles. Era a pista mais quente que poderia querer. Só a possibilidade de finalmente poder sair desta cidade me deu novas forças.
...
Eu podia ver o ar saindo como fumaça de minha boca nessa noite fria.
Tanya me indicou uma rua num dos bairros mais afastados da cidade, onde ficava uma casa abandonada habitada pelos vampiros. Tinha esperança de encontrar minha irmã ali...e não me importava como faria para tirar.
Virei a esquina da casa abandonada: era um grande casarão de madeira (provavelmente apodrecida) afastado das outras construções. Não consegui dar três passos antes que uns...cinco talvez. Cinco homens encapuzados me cercassem e apontassem suas espadas e revólveres.
"Sério gente? Eu não tenho tempo pra isso" Na verdade eu tinha, mas não queria matar meus futuros informantes antes de um papo.
"Sabemos quem é você Costello. Sua irmã contou sobre você" disse o vampiro bem a minha frente.
"Então ela contou que eu posso fatiar vampiros que nem manteiga. Tenho experiência nisso"
"Estamos prontos pra te parar" disse outro vampiro mais exaltado.
"Só quero falar com minha irmã"
Eles ergueram suas espadas. Lindo. Rapidamente tirei as minhas espadas-irmãs e me desdobrei para bloquear três com Juíza e dois com Testemunha.
"Não, esse idiotas não vão..." pensei mas eles fizeram: eles apontaram com os revólveres para mim. Os vampiros seguravam as espadas com uma mão só, sendo fácil pra mim empurrar suas lâminas para cima e saltar.
Somente vi os clarões e senti o cheiro de pólvora bem abaixo de mim. Aterrissei alguns metros ao lado.
Minha irmã estava bem a minha frente, usando um chapéu preto e um casaco "de detetive" parecido com o meu. Estava mais pálida do que o normal.
Estanquei.
"Podia me deixar em paz maninho"
"E podia começar a pensar um pouco e recuperar as memórias maninha"
"Até quando vai perseguir esse sonho idiota de salvar sua irmã?"
Uma chuva forte começou a cair. Os vampiros, feridos pelas balas de prata, começavam a se recuperar e levantar.
"Se tentasse entender maninhha. Se você se lembrasse dos nossos pais!"
"O passado não é algo importante pra mim Jeff. Aceite que está sendo obsessivo e saia do meu caminho! Saia desta cidade!"
"Ou o que?" eu tremia de frio e...não saberia explicar o que sentia. Já havia me encontrado com ela situações parecidas, mas dessa vez ela parecia determinada a me enfrentar.
"Te tirarei daqui em três pedaços diferentes" ela mostrou seus caninos e desembainhou uma espada. Uma espada de prata!
Seu golpe foi rápido, mas apenas o bloqueei com Testemunha. Faíscas surgiam das nossas espadas, como se fossem chamas acesas. O material mágico das duas era conflitante.
Não queria lutar. Apenas bloqueei. Estava sendo empurrado para trás por seus golpes. Meu pé direito escorregou e eu tropecei.
Ela fincou a espada em meu ombro direito e a retirou com força. Isso abriu um talho enorme.
Espirrando sangue, eu cai no chão.
Via apenas a água a cair no meu rosto. E um relâmpago, em seguida um estrondo parecido como o de uma série de cordas se contorcendo e batendo como chicotes. Todos os vampiros estavam se contorcendo e cobrindo as orelhas. Sairam correndo, mas pude ver minha irmã olhando de soslaio para mim.
Não tinha fúria, não tinha raiva, apenas olhava inexpressivelmente.
Desmaiei.
isaac-sky- Guarda Real
- Data de inscrição : 21/10/2011
Idade : 30
Localização : Entre Nárnia e a Terra Média
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