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Fragmentos 11o Capitulo

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Mensagem por isaac-sky Qui Abr 18, 2013 6:37 pm

"A vil miséria insulta os céus"

1o Estilhaço - Não há nível superior

Estilhaços voavam no auditório. Pessoas corriam desesperadas. Ninguém sabia exatamente de onde vinha o perigo mas o pânico tornou a todos em idiotas.
Quando Acaiah se deu conta ele estava em um corredor branco e vazio e atrás dele estavam dois guardas e um dos cientistas.
"Senhor Acaiah! Ordens?" dizia um dos guardas levemente desesperado. O segundo apenas segurava o seu rifle com firmeza mas evidente medo.
Acaiah levou alguns instantes para pensar no que dizer ao soldado. "Vamos sair daqui amigo. E ajudar quem pudermos no caminho. Já tentaram contato com seus superiores? O serviço de resgaste?"
"Sem resposta no comunicador senhor"
"Então vamos andando. Rápido"

Os quatro iniciaram uma curta corrida pois ao virarem no segundo corredor eles estancaram.
Dezenas de zumbis-invernais retalhavam tudo em seu caminho.
"Voltem! Voltem!" gritou Acaiah tarde demais. Um dos zumbis havia saltado e transpassado o cientista com suas lâminas. Um segundo cortou superficialmente o primeiro guarda. O guarda desesperado disparou contra o zumbi e salvou seu colega de um segundo corte. Acaiah e ele carregaram o ferido e correram pelo corredor que virava a esquerda.

Alcançaram um elevador e Acaiah socou o botão para chama-lo.
"Vai demorar um pouco" ele disse mas notou que o guarda tentava fazer um torniquete e estancar o sangue que jorrava da barriga de seu colega.
O grito estridente dos invernais se aproximava. Sem avisar, Acaiah pegou o revólver do guarda caído e disparou nos poucos que se aproximavam. O infiltrado tinha treinado com armas de fogo no pouco tempo em que esteve na Torre da Ordem, e apesar de ser iniciante, ele possuía o que seu tio Jhon chamava de dom: "Potencialmente certeiro".

Enquanto os zumbis viessem de um lado só do corredor ele poderia segurar a posição.

...

Inumano viu tudo o que aconteceu. As janelas de vidro se estilhaçaram com o grande tremor e as pessoas se desesperaram. Inumano conhecia o mundo fora da cúpula de Parnaq e conhecia sobre terremotos, mas aquelas pessoas do auditório pelo visto simplesmente esqueceram o que era um e que correr de um lado a outro não iria ajudar em nada.
Chris pegou Thera pelo braço e correu pra trás do grande robô que era o projeto deles. Nem havia dado tempo para tirar o pano sobre ele.

"Ok. A gente já viu de tudo mas uma cidade que está quilômetros acima do chão simplesmente não pode ter um terremoto!" esbravejava Thera tentando manter a altura da voz acima dos gritos desesperados.

O tremor cessou mas não houve alívio.
"Invernais! Invernais!" gritou um homem e em seguida um coro gritava também. Os zumbis invadiam o auditório como uma onda que cortava e retalhava tudo que via. O grito estridente dos invernais era a única coisa mais alta que os gritos das pessoas.
"Liga ele!" gritou Thera. Desesperado, Inumano começou a ligar o robô humanóide, tirou a capa que o escondia e se apoiou numa aba nas costas do maquinário que tinha quatro metros.
"Se segura na outra aba!" Chris disse tentando ser ouvido. A onda dos zumbis se aproximava.
"Como que a gente vai passar?"
"Por cima!" Inumano gritou e deu o comando "Zeus, avante!" O robô ativou as rodas abaixo de seus pés e partiu em alta velocidade diretamente para os zumbis. O impacto quase derrubou os dois, mas por um milagre eles estavam vivos e em alta velocidade no largo corredor branco.

...

Acaiah estranhava o fato de que poucos zumbis apareciam no corredor. A demora do elevador era desesperadora, mas parecia estar acabando: faltavam 5 andares. Atirava pouco e poupava munição.
"Como ele está?" Acaiah perguntou ao guarda que fazia os primeiros socorros no colega.
"Desacordado mas vivo senhor" ele respondeu.
"Não é estranho? Acabamos de virar de um corredor cheio deles e eles simplesmente não nos seguiram.
"Deve ter outra coisa que chame mais a atenção senhor.

Neste momento uma onda de zumbis-invernais surgiu, mas desta vez não ia de encontro a nada e os monstros guinchavam de dor: estavam sendo arremessados para longe.
Em seguida um grande robô em fora de homem, mas extremamente mais alto irrompeu do outro corredor e entrou em rota de colisão com os guardas e Acaiah.
"Pera ai! Pera ai!" gritou o Infiltrado.

Quem estava dirigindo o maquinário viu e ouviu Acaiah, mas o freio não funcionou bem e o robô tombou para o lado ao derrapar emanando faíscas mas milagrosamente não atingindo ninguém.
"Quem são...ah! Você é um dos universitários não é?" perguntou Acaiah sem tirar os dois que se levantaram da mira do revólver.
"Não viu? Sou o papa!" caçoou Thera, mancando para o elevador.
"Chris. Thera. Sim, universitários" o Inumano parecia bem dolorido.
Acaiah abaixou a arma. As portas do elevador abriram. Estava vazio.

Fim do 1o Estilhaço



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Mensagem por isaac-sky Qui maio 02, 2013 7:55 pm

2o Retalho - A última aliança

Primeiro veio o tremor. Em seguida o chão do beco se abriu ao meio e uma gigantesca rachadura começou a se formar.
N não aguardou o resto acontecer e praticamente agarrou Daniels e Larq pelos braços e os empurrou para frente.
"Hora de correr! Vai! Vai!"

Iniciaram uma corrida desesperada mas ninguém além de N sabia do que exatamente estavam fugindo.
"Papai! O que tá acontecendo?" Megan havia acordado finalmente.
"Lembra quando você acordava as vezes com medo de monstros embaixo da cama?"
"Lembro"
"Então, acho que eles estão aqui por perto, mas pode deixar que a gente já tá indo embora" ele beijou as costas da mão direita da filha.
Ele sentia o cheiro ficar cada vez mais forte e o grito uníssono dos invernais confirmou sua suspeita.

"Filha pode segurar Risco pra mim?"
"Posso papai" disse Megan segurando a espada com força.
"Pra esquerda!" N gritou para Daniels e Larq, mas o velho tinha sinais de cansaço.

No escuro, N saltou e alcançou a escada de ferro de um prédio baixo. Subiu até a varanda e desceu o resto da escada.
Daniels subiu primeiro e Larq foi em seguida. Todos estavam ofegantes, até Megan, mas N era o único que parecia tranquilo e puxou a escada para cima.

Um mar de sombras percorreu o beco e seguiu a frente pelos quarteirões escuros do subúrbio. O grito uníssono fazia com que Megan cobrisse os ouvidos com as palmas das mãos. Daniels estava quase fazendo o mesmo.
"O que são essas coisas?" Larq foi o primeiro a recuperar o folego.
"Invernais" respondeu N enquanto observava ao redor e tentava achar uma rota de fuga.
"E eles brotaram do chão..." Larq observava as sombras atônito.
"Temos que sair daqui e rápido" Daniels sussurrou. N apenas apontou para os edifícios a frente.

O grupo resolveu seguir saltando de prédio em prédio até alcançar o último prédio que fazia limite entre a avenida principal e o subúrbio. Tanques da Ordem avançavam lentamente e disparando regularmente nos monstros a frente mas pareciam ignorar as ruelas que ficavam no flanco esquerdo e direito da frota.
"Tá infestado lá embaixo" murmurou Larq apontando para a base do prédio. Uma pequena centena de zumbis-invernais rodeava o edifício mas se mantinha longe dos tanques.
N parecia em dúvida, com certeza armava um plano, mas não tinha a menor ideia de como levar os três até a avenida e a frota.

Desamarrou Megan de suas costas. Ele se agachou para olhar em seus olhos.
"Megan, vou ter que te deixar com o tio Daniels aqui e o..." Megan parecia assustadiça. Ela havia estado em uma infestação mas não sem seu pai.
"Larq. Meu nome é Larq" disse o jovem loiro.
"Vou te deixar com o tio Larq e o tio Daniels. Eles vão te levar pra um lugar seguro" N ao mesmo tempo fazia uma ameaça aos dois enquanto confortava a filha.
"Mas e você papai?" ela o abraçou fortemente.
"Vou depois. Lembra quando a gente atrasou aquele monte de monstrinhos pra fugir? Vai ser tipo isso" ele sabia que Megan segurava o choro bravamente. Até agora sempre invejou a coragem que a garota tinha desde nascença porque era como a mãe. "Uma mulher bela e forte você vai se tornar filha" pensou ele.

N se ergueu e tirou Risco do compartimento da barra negra.
"Desçam as escadas. Vou chamar a atenção. Corram para a guarda policial e eles vão querer ajuda-los por conta das...bem vocês não se vestem como suburbanos". N simplesmente saltou do edifício como se fosse uma queda de um metro quando na verdade eram mais de dez andares.

Daniels e Larq seguiram o plano. O músico descia com Megan nas costas e o velho ia logo em seguida.

...

"Fazem oito anos que larguei a vida de assassino. Nunca deixei de matar, mas passei a matar para proteger minha filha. E em menos de vinte quatro horas eu matei e vou matar muito mais do que matei nesses anos..." pensou enquanto os zumbis criavam um círculo a sua volta. Guincharam antes de avançarem em todas as direções mas os guinchos seguintes foram de dor.
N rodopiou e arrancou a cabeça do primeiro invernal. "Eles não tem ponto fraco N mas morrem do mesmo jeito que nós humanos. Corte a cabeça ou fure o coração e terá um invernal morto" lembrou do que o mestre havia dito.
Se virou e cortou o braço direito de outro invernal com um corte vertical rápido e saltou para sua esquerda e apunhalou um terceiro zumbi no peito. Risco já estava suja por conta do sangue negro dos monstros mas ainda não estava suja o suficiente para o número que se aproximava.

...

Megan cobriu novamente os ouvidos pois o tanque mais próximo fazia tanto barulho com os disparos que fazia o chão tremer.
Daniels prontamente achou o oficial do pequeno esquadrão de tanques.

Larq se virou para tentar ver onde N estava. Tudo que viu foi um bolo amarelado que os invernais faziam no beco em que ele deveria estar.

...

N já havia empilhado inúmeros invernais e sentia seus pés grudentos, mesmo usando o seu velho traje de combate, por conta do rio enegrecido que havia se formado o chão do beco.
Cada vez que um invernal morria três surgiam em seu lugar. Era impossível e N sabia disso.

"Me desculpe filha" disse rasgando dois invernais de uma vez. Sentiu uma pontada de dor nas costas mas prosseguiu retalhando o zumbi a sua frente. Girou e arrancou os braços do invernal que o feriu. Girou mais uma vez com a espada em horizontal com seu corpo, cortando o bolo de zumbis que se formavam a sua volta.
"Chove negro hoje" pensou e continuou girando e cortando. Girando e cortando. Girando e caindo.


Fim do 2o Retalho
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Mensagem por isaac-sky Ter maio 07, 2013 6:25 pm

3a Lasca - Sistema Carcerário

O terremoto apressou os planos de Alexander, então gritava do lado de fora da mansão para os colegas de prisão. Eles carregavam suas coisas as pressas e corriam para os pequenos vales esverdeados na direção em que Alex havia ensinado a todos.
Pegou um dos prisioneiros pelo braço, um jovem com no máximo 15 anos.
"Cadê a Elize? Ela não pegou o carro?" o garoto morria de medo mas Alex não sabia exatamente se era por conta do terremoto ou do homem que usava dois braços de metal.
"E-Ela disse que precisava resolver uma coisa"

Alex praguejou e gritou para Romanel que também procurava por Elize
"Leve eles. Vou atrás dela!" deixou o rifle com o médico e seguiu correndo para dentro da prisão-mansão.

Procurou nos quartos até parar na porta do quarto de Elize e escutar o barulho da televisão.
"Parnaq está em estado de alerta. O ministério de segurança da Ordem orienta que todos fiquem em suas casas" a repórter tinha o som do caos como trilha sonora em sua reportagem.
Alex bateu na porta com força.
"Elize! Sua doida varrida, vamos sair daqui!" Ela não respondeu.

Despedaçou a porta com um único soco. Elize estava estática em frente a televisão.
"Não temos pra onde fugir Alex"
"Ela está em choque" ele desligou o monitor e colocou as mãos sobre os ombros dela. "É a nossa única chance Elize. Aonde está o carro?"
Elize demorou para responder mas parecia voltar a reagir normalmente "No pátio, tenho...tenho que dirigir ele e..."
"Não, você está fora de condições. Vai pro túnel como os outros, eu faço isso"

Foi mais fácil convence-la do que normalmente e isso preocupava Alexander. Era o caos em Parnaq mas isso não tornaria as chances do plano dar certo ainda maiores?
Alex foi um motoqueiro desde os 13 anos, mas nunca havia se habituado a dirigir um carro sport como o conversível de José. Arrancou com o carro e saiu da mansão seguindo para o lado contrário da fuga.
Naquele sentido havia o pequeno quartel dos guardas que cuidavam dos limites do pequeno território que Hill formava. Se lembrou somente quando estava a meio caminho de que sentia fome mas ignorou.

"Sem chance..." ele praguejou quando viu uma pequena formação de guardas avançando no horizonte. Xingou enquanto batia no volante. Pisou o pé no acelerador e começou seu próprio plano B.
Notou que os guardas se moviam de forma estranha e não pareciam te-lo avistado. Acelerou mais ainda e com cuidado fez uma pequena abertura no botijão de gás que trazia (sua ideia terrorista preferida). Quando o pequeno vale fazia uma descida ele saltou do conversível.

Rolou seguidas vezes mas os braços robóticos impediram que se machucasse, levantou a cabeça e sorriu ao ver que seu plano havia dado certo e a formação havia se quebrado logo em seguida da explosão.
Os pelos atrás de nuca se eriçaram quando ouviu o guincho estridente dos invernais e congelou de medo.
"Eles estão batendo retirada e não avançando contra nós" descobriu extremamente surpreso e se sentindo extremamente idiota e cruel por ataca-los.

Se levantou e começou a correr no sentido contrário mas não conseguiu continuar. "Aquele pessoal ia escapar se eu não tivesse atacado" e decidiu dar meia-volta.
Ajudava um dos guardas a se levantar quando o primeiro zumbi-invernal avançou contra os dois. Um soco na cabeça do monstro mandou o zumbi metros longe. Fez o mesmo com os outros três que passaram pelas chamas do carro.
Guardas surgiram também da fumaça atirando para trás. "CORRAM!" gritavam todos.

Antes de correr, Alex resolveu fazer o último teste de sua nova força: pegou o carro em chamas com as duas mãos robóticas e ergueu acima de sua cabeça.
"Olha o churrasquinho seus carecas malditos!" e lançou o carro na vanguarda da multidão invernal. Depois da explosão definitiva do conversível, Alexander parou atônito para a visão mais estranha desde que tinha chegado neste futuro bizarro: os invernais fugiam, agora não mais guinchando, mas praticamente chorando. Um choro estridente e agudo, alto e agonizante.

Correu junto dos guardas para a mansão com um sorriso bobo no rosto. Havia descoberto uma fraqueza contra aquelas coisas e era tão obvia que parecia piada. "Como ninguém descobriu isso?"

Fim da 3a Lasca

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Mensagem por isaac-sky Qui maio 09, 2013 5:08 pm

4o Pedaço - A morte em espiral

Lianna acordou quando sentiu a pontada de dor em sua perna esquerda mas o que via não fazia sentido.
Estava em uma grande sala escura e a única luz vinha de uma fresta do teto, rodeada por escombros descobriu que sua perna estava presa por um deles. Desesperada, tentou puxa-lo mas sem sucesso.

"Vou ter que gritar por alguém" pensou quase choramingando. Soterramento não era a forma como imaginava que ia morrer. Tentou gritar mas começou a tossir por conta da poeira que ainda não havia baixado.

"Não grite Lia!" era o doutor Tyran que surgiu da nuvem de poeira mais a frente. Rapidamente cobriu a boca da jovem. "Temos companhia" um ser humanoide e curvado passou por cima deles com suas longas pernas de aranha e pele escura. Tinha os chifres de bode que Lianna conhecia das histórias dos "chefes" dos zumbis-invernais mas esse em específico era muito diferente da descrição que ouvira.
"Vou tentar tirar o escombro da sua perna e pode doer mas você precisa fazer silêncio e não gritar" Tyran parecia mais pálido do que o normal. Ela assentiu com um gesto da cabeça.

Doeu e doeu muito. "Deve ter só torcido o tornozelo mas não sei se vai andar" ele tentou ser engraçado mas não conseguiu. Cambaleou até ela e a ajudou a se levantar.
"Você tá bem doutor?" a voz de Lianna finalmente havia voltado.
"Um arranhão aqui ou ali" ele a apoiou contra um pedaço de pedra que se parecia com uma parede.
"O que aconteceu?" Lia não conseguia se recordar com precisão o que aconteceu. "O caminhão tremou e eu apaguei"
"Fomos arremessados do caminhão. Melhor dizendo, o caminhão foi arremessado e nós voamos dele"
"Ok mas como...meu Deus doutor você tá sangrando!" ela notou que seu jaleco branco-acinzentado estava quase todo rasgado e tingido de sangue.
"Não é nada minha aprendiz. Mas precisamos pelo menos sair da rota dos Invernais maiores" outra Aranha-Invernal passou por cima de suas cabeças.

...

Olaf foi o único que não desmaiou por conta do impacto. Logo depois do primeiro estrondo vieram mais dois. E mais três. E seguiram mais e mais até serem incontáveis. O que preenchia o ar agora era a poeira da terra abaixo e a pedra-base de Parnaq e o som de uma cachoeira em fúria.
"Marah! Frank! James! Alguém?" gritou enquanto corria pela baixa Parnaq e não fazia ideia do quão longe havia sido jogado.

A iluminação pesada das lâmpadas quilométricas guiavam seu caminho com eficiência e davam quase a visão completa do território...assim como os gigantescos espirais esverdeados que subiam do chão para a pedra-base de Parnaq.

A gaze em seu braço havia se rasgado e não restava nada além de alguns pedaços dela, então arrancou o restante. Fechou e abriu a mão para verificar: estava praticamente novo. "É a segunda vez..." as memórias não eram reconfortantes.
Correu alguns metros até encontrar um dos soldados da Armada Cinza estirado no chão.
"Senhor?" perguntou e viu que seu peito inflava levemente com a respiração pesada de sono. Deu uns tapinhas nele até acordar. "Senhor?"

"Cadete Lorne se apresentando" murmurou o soldado quando tentava se levantar. O uniforme cinza de Olaf estava desgastado mas o de Lorne agora estava preto. Mas se era por conta da terra escura de baixa Parnaq ou fumaça o jovem Phoenix não sabia dizer.

"Olaf Phoenix. Pode me chamar só de Olaf" o soldado parecia tonto e gritava alto. "Está surdo por causa do barulho" pensou ao perceber o sangue que escorria da orelha direita dele.
O rádio do soldado chiou e emitiu o som de uma voz abafada.

"Atenção soldados! A proteção de..." a interferência cortava a voz "...evacuar imediatamente! Repetindo..."
"Está nos mandando fugir" Phoenix constatou.
"Ahn?" gritou o soldado provavelmente surdo por conta do barulho.
Olaf acenou para que corressem e pegou o rádio. Precisava encontrar seus homens antes de sair daquele inferno.

...

Lianna e Tyran haviam atravessado o que pareciam ser muitos quilômetros no grande salão escuro, mas não haviam encontrado a saída.
"Isso...isso é o inferno" Lianna caiu de joelhos, exausta.
Tyran também caiu, mas era por conta de seu ferimento.

Lia correu para o velho médico e abriu o que sobrou de seu jaleco empapado pelo sangue: o corte era muito grande e ela não tinha equipamento. Decidiu enrolar o jaleco na mão direita e pressionou o ferimento.
"Acho que não vou conseguir filha" ele murmurava.
"Vai sim seu velho idiota! Teimoso, porque correu?" ela já estava quase toda coberta com o sangue do doutor.
"Tem que se tornar médica um dia...na base. Sim, na base vai encontrar o treinamento" ele murmurava e seus olhos perdiam o foco nela. "Mas precisa prometer usar o que lhe ensinei de forma correta filha..."
"O que?" ela soluçava com as lágrimas começando a rolar.
"O juramento de Hipócrates filha. Decore e repita..." ele estava quase sem voz. "Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência" cuspiu sangue para o lado antes de continuar a falar.
"Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime" sua voz baixava a cada palavra se tornando em um sussurro mas ainda audível para Lia.
"Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário". E ali o médico veterano morreu.

"Não consegui nem dizer antes dele ir..." ela chorava como nunca havia chorado desde que havia abandonado o lar.

Uma mão em seu ombro interrompeu o pranto. Ela se virou e quase o confundiu com um Invernal: usava uma máscara que parecia ser formada por sombras.

Fim do 4o Pedaço
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