Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Aceno para Thomas e lhe respondo:

"Eu ia escapar seu idiota, agora não tenho que olhar pra sua cara!" recebo o golpe e lhe dou um chute.

Ignoro o lamento do gorducho.

(Estou com as mãos amarradas como antes Stein?)

[Ninguém está de mãos amarradas por Daniel não é tão inteligente quanto Desmond para comandar o lugar. Na pressa de prender vocês, ele se esqueceu]

- O vocês estão fazendo, seus anormais? - pergunta Erl, batendo nas grades com o dobro de vontade. - Me tirem daqui, eles idiotas vão acabar me matando também!
- Cala a boca, Mamute de Júpiter - diz um soldado do outro lado das grades, acompanhado de uma menina de cabelos ruivos, longos, aparentando ter pouco mais de 12 anos, que os observa com timidez, revelando profundos olhos verdes. O soldados abre a cela o suficiente para garota entrar. - Seja rápida. Venho buscá-la em 20 minutos. E se essa briguinha continuar quando eu voltar, vou me lembrar de trazer uma arma de choque para parar as duas meninas! - ele berra para N e Thomas, se retirando.
A menina se aproxima, trazendo nas mãos uma bacia com água, panos limpos sobre os ombros e uma mochila médica nas costas. Sem dizer palavra, ela levanta a camisa de Desmond, embebeda um pano com o líquido transparente de um frasco e aplica sobre uma de suas feridas.
A dor inicial é terrível, e Desmond suprime o grito de agonia mordendo o lábio. Porém, um segundo depois, ele sequer sente o local afetado, muito menos a pinça que a garota usa para tirar a bala de dentro de sua carne e costurar a ferida.
A menina se mantém calada, evitando olhar para os homens que brigam ao lado.

Desmond desperta num dos cantos do cárcere gélido. Tenta se erguer, a dor limita seus movimentos mas ele consegue sentar e encostar o corpo com cuidado. Ardência por toda a pele.
Muito barulho. Erl debatia-se contra as celas, provavelmente em nome de liberdade e inocência. Irônico demais ver um soldado de guarda naquela situação, mais ainda era ser o líder enjaulado. Não era o único, Thomas estava lá, aos socos com N. Distinguiu acusações. Eles estavam comportando-se como frágeis e simples prisioneiros.
Compreendeu um segurança reclamando da bagunça, trazendo mais alguém. Reconheceu a silhueta feminina. A luminosidade era muito baixa ali dentro, percebeu, e a visão estava turva. Foi despido sem forças para reagir, nem mesmo quando veio a série de pontadas que sentiu antes da remoção dos projéteis.
Sua consciência reagiu as sensações, e a memória veio: disparos e a rede de contenção. Haviam coisas piores que ele bloqueou inconscientemente. Muita coisa para o seu fator de cura dar conta. Quando as balas fossem removidas, possivelmente estaria de pé mais rápido – poderiam carregar algum efeito anti-mágica.
Depois, voltou a sentir o nada. Fechou os olhos mais um pouco.

Observo o lugar atenta, principalmente todo o caminho . Foi uma autoridade tanto ver todas aquelas pessoas, entre elas tantas crianças. Mantenho Nille a meu lado para evitar qualquer transtorno, assim como me mantenho perto de Ez. Estava atenta a qualquer movimento estranho e analisava a mulher que se aproximou também, nos observava.

Quando vi, estava em uma espécie de acampamento. Muitas crianças me olhavam e, principalmente, fitavam o tigre e a pequena Megan que ia andando com aquele olhar inocente que só pertencia às crianças e seres intocados.
Agora o casal estava junto conosco e eu podia perceber o apreço de Nilee com sua dona de cabelos tão longos e lisos. O oriental estava junto... parecia que eu havia o envolvido em algo que nem eu estava entendendo.
"Acabei me comprometendo com a loirinha... e acho que sou responsável pelo oriental também... Audrey Eve, o que você fez?", penso um pouco preocupada com o que aconteceria daqui pra frente... apesar de dividir esse sentimento com a emoção e realização de ter uma aventura e de não estar entre as dondocas em algum chá da tarde sobre futilidades e ópio de arcanina.

E foi quando eu vi aquela bela moça, a que parecia ser a líder daquele monte de gente com roupas negras que estavam prestando serviços àquelas pessoas e pequeninos.

- Desculpe... - inicio, um pouco confusa, mas tentando continuar sendo cordial - mas não fomos devidamente apresentados. Me chamo Audrey, prazer. Vocês representam alguma força em Eliyn? - digo, mordendo o lábio inferior, sem-graça - São algum tipo de serviço?

Observo o que acontece ao nosso redor: Erl gritando, o guarda nos ignorando, a garota entrando para fazer os primeiro-socorros em Desmond.

Abaixo os punhos e aceno com a cabeça para Desmond, dando a entender para Thomas de que aquilo não funcionaria...pelo menos por enquanto.

"Quem é você?" pergunto para a garota que entrou.

A menina termina de retirar a terceira bala de arcanina e costurar a carne de Desmond. Ela se aproxima do oficial, oferecendo um líquido vermelho.
- Isso deve ajudá-lo a se curar, é um antídoto para o veneno anti-magia contido nas balas - ela diz, e sua voz é suave e juvenil. - Meu nome é Kitsune, ou Raposa, como preferirem. Antes de mais nada - ela abaixa o tom de voz -, quero que me contem o que aconteceu de verdade - ela pergunta a vocês quatro, seus olhos verdes cintilando, e vocês sentem que é impossível mentir, sem entender o porquê.
Erl se acalma, finalmente, deixando o corpo gordo escorregar de costas para a cela, sem forças, de onde os observa com os olhos semi-cerrados.
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- Sou Sanna - a garota de pele negra e olhos perspicazes responde. - Por favor, entrem, como Todd disse, vocês devem ter fome e está escurecendo - ela diz, e entra por um alçapão no teto onde estava os observando.
Todd e seu grupo os levam para dentro do que parece ser um conjunto de casas esfarrapadas caindo aos pedaços. Vocês finalmente alcançam um lugar maior, semelhante a um galpão, iluminado por algumas luzes de arcanina amarela e a luz do fim da tarde. aos fundos, se encontra Sanna, com o que parece ser um mapa estendido sobre uma mesa, ao passo que algumas crianças lhes trazem comida: pães escuros, queijos, pescado salgado, manteiga e leite. Uma refeição simples para quem era de Arsin, mas fartura para quem nascera no continente médio.
- Por favor, sirvam-se - diz Sanna, apontando a comida, que Nilee começa a farejar. As crianças ao redor os observam um tanto acanhadas e conversam entre si, rindo baixinho sobre o tigre, achando-o muito divertido.

Cruzo os braços, surpreso diante de tamanha anormalidade.

"Fui preso por um crime que não cometi. Preciso encontrar minha filha. É isso" digo, objetivamente como sempre.

-Sou Thomas, estou aqui por uma armação do conselho que tanto me empenhei em proteger.

*Se senta na cama ao lado de Desmond tentando esconder a raiva que carregava seu tom de voz*

Sorveu o remédio, tosse breve. Ele pisca tentando ficar acordado, recebe o olhar e a questão o incomodam como um delírio. Leva a mão à cabeça, os efeitos do mutagênico exauriam. Começou respondendo com seus pensamentos fracionados:
– Traição... Daniel, traidor... – Balbuciando, ainda sob os efeitos negativos da dose amplificadora de condicionamento físico somados a indisposição pós-combate. – Assassinos... corruptos... Conselho de... Nero... – Lembranças reincidentes, novas e velhas, foram soltas: – Proteger Elyin... achar menina... crianças... cuidar... irmãos... soldados... todos... Sanna... garantir a vida... meus... família... encontrar Gauls.

Pendeu a cabeça outra vez, as pálpebras tremiam. Queria acordar logo. Devia.

Thomas se levanta e ajeita o corpo de Desmond, deitando-o na cama.

- Ô samurai que tal sairmos daqui de uma vez?
*Digo dando uma rápida olhada para a garota *

Pego um porção e me afasto. Ainda não vejo motivo em tamanha generosidade, muito menos confio em quem vem em paz, mas depende de um Santuário para isso. Fico aguardando por Gwen.

Não gostava da ideia de ir cada vez mais a dentro da toca de uma criatura desconhecida, e ainda sim, a situação era parecida. Respiro fundo e continuo seguindo o grupo, até chegarmos a sala. Minha barriga roncava, desde manhã que estava naquela correria, gastando energias e não havia parado para cuidar de meu corpo. Mas ainda sim era cautelosa demais. Vejo Ez pegar sua porção e se afastar um pouco, se mantendo na sala, porem em seu canto. O conhecia o suficiente para perceber que não estava nem um pouco avontade com aquilo tudo, talvez ele soubesse de algo que eu não.

Pego minha porção, apenas movimentando de leve a cabeça em sinal de agradecimento á morena, provável líder daquele lugar, então me afasto seguindo ao lado de Ezreal.

- Não coma ainda... - Sussurro de frente a ele, para que ninguém visse, então conjuro ali, um feitiço para purificar os alimentos. Precisava ser cautelosa e discreta, apesar do juramento daquele homem, apenas ele fez aquilo, o que não impede que outros façam mal á nós.

- Pronto... - Suspiro e me encosto ao seu lado, levando um pedaço de pão á boca e dando os pescados para Nilee. Reparo nas crianças que estavam encantadas com o tigre, mas por hora o manteria á meu lado enquanto mantinha os olhos em Sanna.

Feitiço:

Aceito o alimento, acenando em agradecimento pelos cuidados. Aceno também para as crianças que colocam seus olhos curiosos sobre nós e sobre Nilee. Estava realmente com fome, mas nunca havia comido fora de Arsin. Acostumada há tantos talheres, pratos de entrada, aperitivos, pratos principais, degustações, chás, vinhos... para mim, parecia muito mais simples e menos chato daquela forma que a refeição havia sido apresentada. Afinal, comida era para ser saboreada e matar a fome!
"Aqui embaixo é, realmente, um outro universo...", digo, experimentando um pouco do peixe e um dos pães. Sinto o aroma dos queijos e corto uma fatia para observar: apesar de não concordar com tantas práticas aristocráticas, eu tinha alguns traços bem denotativos. Estava ali, degustando o queijo, como se fosse algo tão martelado na minha mente que seria difícil agir diferente.
Após beliscar o queijo e me deliciar com o pescado salgado e aquele curioso pão escuro, que não se parecia em nada com os brioches que a cozinheira Sarlett fazia e polvilhava de açúcar branco e claro, decido perguntar:

- Essa é realmente uma ótima refeição, sra Sanna. Obrigada por nos oferecer hospitalidade e cumplicidade. Devo parabenizar quem pelos pescados salgados? O tempero estava na medida certa - paro, pensativa, pensando se era assim que eu deveria ser cordial com aquelas pessoas ou se apenas estaria as chateando - ... e todo o resto está muito bom. Por obséquio, poderiam me explicar o que está acontecendo aqui no continente médio?

"é muita informação pra um dia só. De aluno exemplar a terrorista... como foi que isso aconteceu?" *penso enquanto me aproximo da comida*

- ITADAKIMAAASS'

*começo a comer, olhando para audrey e susurro próximo a seu ouvido*

- oque faremos com relação à Epoch?

- Vejo que falam a verdade - a menina ruiva sorri. - Vocês não são culpados pelo crime, leio isso em seus olhos. Tampouco são os traídos...foram todos traídos, direta ou indiretamente - Seus olhos brilham naquele verde hipnotizante. - Não foi a Malha que atacou Arsin, posso lhes garantir isso, pelos motivos e pelos métodos usados. Então, está na hora de falar a verdade também. Eu sou Kitsune. Eu sou da Malha de Ferro. A verdadeira Malha de Ferro - ela diz, e um sorriso ladino toma seu rosto. - Estou aqui para libertá-los.
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Enquanto vocês se serve, as crianças os observam, curiosas, conversando entre si.
- Não precisam de formalidades aqui - Sanna responde a Audrey. - Creio que vocês estejam confusos com o que vem acontecendo, e gostaria de lhes dar explicações. Em primeiro lugar, não foi a Malha de Ferro que atacou Arsin, segundo meus informantes no Continente Flutuante. Alias, há alguns que ainda dizem que tudo é uma farsa criada pelo próprio governo, para no culpar e convencer os líderes de Elyin a aceitar o envio de tropar arsinianas para cá. Eles pretendem implantar tecnologia celeste em nossas terras, mudar nosso modo de vida e...não temos certeza, mas talvez eles estejam aqui para nos estudar...
Vocês acham aquela citação estranha. Sanna fala em estudar como eles fossem objetos de pesquisa, como animais...aqui parecia cruel em um outro nível.
- O povo de Elyin é especial... - ela cita - Somos antigos...tanto quanto a magia no mundo, e por isso que compartilhamos o dom. Arsin quer esse poder, eles querem nos entender.
Aquilo tudo parecia muito estranho a quem é de Arsin, mas Ezreal e Gwen compreendem que ela fala da magia humana, presente na alma, a mesma magia que era moldada pelo espírito de cada indivíduo. Quem é de Arsin não sabe isso a fundo.

Como eu havia imaginado, ali no continente médio não haviam muitas delongas nas conversas e Sanna estava sendo mais objetiva que muita gente do meu convívio.
Presto bastante atenção nas palavras seguintes... e como eu imaginava, Arsin escondia muitos segredos e coisas sujas. Acredito que em todos os lugares existam os dois lados da moeda... mas em Arsin a coisa era colocada de um modo agressivo e muito protegido por gente importante. Pelo menos era isso que eu havia notado durante esses anos pesquisando e sendo levada por minha curiosidade.
O dom me remete à um certo trecho de um livro que havia lido aos 18 anos, ainda vinha fresco em minha memória:
"E os anos fizeram com que a magia da Terra Esquecida fizesse efeito e um brilho cintilante podia ser sentido em cada olhar das pessoas daquele lugar. Seus sorrisos eram mais sinceros e talvez, como uma punição pelo progresso ter se aproximado tanto dos céus e ofuscado o sol para as outras terras, as pessoas do continente médio haviam ganhado um presente, o qual não deve ser subestimado".

(Audrey_RUIVALINDA: 1D20+2 => [ 11 ] +2 = 13)

Sorrio diante da fala de Kitsune.

"É a primeira vez que fico feliz em ouvir o nome da sua organização. Sinto-me quase um membro, diante de tantas acusações" me aproximo de Thomas e Desmonde.

"Vamos sair daqui e vamos sair hoje" digo, num incomum momento de animação e ansiedade.

Eu estava vivo. E enquanto vivesse não desistiria de lutar por Megan.

- Há muito tempo, ocorreu uma batalha entre humanos e bruxas em Elyin. Naquela época o mundo inteiro era Elyin, e todos viviam sobre um mesmo chão - conta Sanna, ao passo que as criança se sentam, os olhinhos brilhando com a história. - Eramos humanos, bruxas, minotauros, fadas, faunos, dríades, goblins e uma infinidades de criaturas que hoje são contadas apenas em lendas. Então, o homem decidiu que o mundo era seu por direito, e se opôs às outras criaturas, criando uma guerra que duraria cem anos de escuridão - o pessoal de Arsin automaticamente se recorda do Festival dos Cem Anos, que estava sendo comemorado lá em cima no dia do atentado. - Então, em meio ao conflito, uma magia muito poderosa fez um pedaço de Elyin se soltar e flutuar, levando consigo pessoas, máquinas e conhecimento humano. Esse pedaço de terra é o que hoje conhecemos como Arsin. Ars de ar, In de terra. A terra que voa. Enquanto Ely tem a mesma origem que Eli, e significa centroi ou origem. Somos o centro do mundo, Elyin.
As criança exclamam "oh!" e "noossa!", e até Nilee parece ouvir a história erguendo as pontas de suas orelhas felinas.
- Os humanos venceram a guerra graças aos seus inventos, suas armas de ferro e aço e...o dom - Sanna os observa um a um, mascando um pedaço de pão escuro. - Desde o princípio, o mundo é recheado de magia, esse é um presente que nos foi dado. A magia bruta existe em todo lugar, nas plantas, nas rochas, no céu e no mar, em mim e em vocês, nas bruxas e nas fadas. Em tudo. Porém, a alma humana é capaz de modelar essa magia bruta e lhe dar forma, uma capacidade extraordinária que divide a magia em ramificações, como vocês devem conhecer. O fato é que essa capacidade de manipular a essência arcana é rara em Arsin, e muito comum em Elyin. Após vencer a batalha, as lendas contam que os homens, junto de Eli, aprisionaram os seres místicos em uma.prisão abaixo da terra, conhecida como Dracma. O Inferno - as criança estremecem à menção do lugar. - E diz-se que duas coisas fazem com que os moradores de Elyin despertem o dom para manipular a magia mais facilmente. Um deles é a proximidade com Dracma, e o outro, é porque na terra onde vivemos, a magia da batalha de cem anos ainda continua aqui (como os resquícios de una bomba atômica), afetando a todos nós e nos concedendo o dom.

Sanna faz uma pausa, dando outra mordida no pão escuro.
- Esse é o interesse de Arsin em nós. Eles querem aprender sobre como somos capazes de despertar o dom de criar coisas a partir do nada, usando o poder em nossas almas. A isso, eles chamam Fator Genese, a capacidade de moldar o mundo. E se tem uma coisa que o Conselho de Camael deseja, é mudar o mundo..mesmo que para isso eles precisem dissecar Elyin inteira para entenderem o Dom. E justamente isso que a FASE veio fazer aqui. E eles são apenas o começo disso tudo...nossa terra corre o risco de ser afetada pela segunda vez na história por uma das coisas mais poderosas e destrutivas que conhecemos: a ganância humana.

Sanna deixa vocês absorverem as informações e fazerem perguntas, enquanto continua sua refeição.
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- Não vai ser tão simples como vocês gostariam, aposto - diz Kitsune, ajeitando uma mecha do cabelo. - Vocês estão cercados por todos os lados pelos cães da FASE, sem ofensas - ela diz a Desmond - e me sequestrar não será uma solução - ela parece prever vocês. - Não, espancar o Erl pra chamar a atenção também não vai dar certo - de novo.
- Ei! - o guarda parece indignado. - Estão se esquecendo uma coisa - Erl dá aquele seu sorrisinho de porco, mostrando um molho de chaves sob a camisa. Ele havia escondido aquilo o tempo inteiro, já que Desmond e N não lhe tiraram as chaves e ele não havia sido revistado pela nova FASE, por ser assumido como um prisioneiro. Erl era a resposta.
- Ótimo! - Kitsune tampa a boca para conter a empolgação. Ela parecia se divertir com aquilo. - Com as chaves, podemos dar um jeito de libertar vocês e levá-los para o lado de fora...mas, como?
- Eles recolhem os lixos da prisão todas as quartas-feira ao fim da tarde, ou seja, daqui a mais ou menos duas horas - diz Erl, e Desmond sabe que é verdade. - É a chance mais fácil de sairmos daqui - ele ri, maldosamente. - Isso, claro, SE eu der as chaves. Vocês me magoaram muito sabe...eu aceitaria algumas desculpas de joelhos.
A própria ruiva olha Erl com os olhos semi-cerrados.

Me aproximo e fico do lado de Kitsune.

"Você não está em posição de barganhar nada, porco" digo, arregaçando as mangas.
"Dê-nos as chaves e poderá fugir conosco, a partir da liberdade, toma um caminho diferente do nosso. Você sabe que é testemunha agora, sua vida será descartada igualmente a nossa se permanecer aqui"

Desmond ouve a todos. Agora que estava sem restrições mágicas, levantava sentando-se ao lado de Thomas. O tamanho foi-se junto com o efeito. Apoiou as mãos na borda da cama, olhou para seus pés reconhecendo os detalhes e resgatando a visão.
– Não cause dificuldades, soldado – Falava baixo, porém, com firmeza. – Eles nem ligaram para você quando nos colocaram nesta cela. Nem vão quando precisar levar o capitão e eu para sermos julgados por traição diante do Conselho – Apontou com a cabeça o antigo criminoso, agora trajando o uniforme FASE ao seu estilo. – E N possivelmente será executado sem delongas, já que os perseguidores dele sabem como ele deu trabalho...de resto, tem você – Mirou o homem nos olhos. – Apenas você. Enquanto roncava e babava, eles executaram todos os seus colegas, idiota. Pensa que vai ser diferente contigo?
Levantou e ficou diante dele, olhando-o do alto.
– Soldado... – Enfatizou novamente a posição. – Por qual motivo pensa que comando essa divisão inteira? – Não esperou resposta. – Só porque fui o único iniciante a me interessar na origem e preparação deste grupo, no sistema e nas leis de comando, ou no sucesso de operações? Só isso? – Logo as marcas da face e da pele desapareciam a velocidades assustadoras, usufruía de poderes de regeneração. – Acredita que os rumores que ouvia sobre meus poderes eram lendas contadas por homens medrosos?!? É isso que pensa de mim, soldado?!? – Os ferimentos a bala mostravam recuperação anormal, a experiência de qualquer militar faria compreender que muitos não sobreviveriam àquele dano. – Posso pedir, ou apanhar essas chaves da poça de banha que sobrar. Se acha um cara importante, agora?!? Tome essa decisão simples, senão eu mostro o que é liderança.

Sistema:

Cura Espontânea:

- Acho que deve nos escutar, se nós não sairmos daqui, você também não sairá. Nós temos um samurai, um comandante e eu, acha que pode dar conta de nós 3?

*Diz Thomas amigavelmente enquanto retira as luvas para justamente mostrar sua mão de metal, então cruza os dedos e apoia a cabeça nas mãos lançando um olhar frio para o gorducho*

Erl parece pesar as palavras do grupo, e o sorriso logo some de seu rosto quando ele ouve que seus companheiros foram todos mortos. Ele parecia ter entendido que a situação dele não era, nem de longe, melhor que a de vocês, e seu semblante se torna triste e sem esperança.
- Tudo bem, eu vou colaborar com vocês... - ele cede. - Mas me ajudem a sair daqui também, por favor.
Kitsune parece pesar a ideia de fuga.
- Vamos precisar de uma distração e de muita sorte. Tenho uma ideia, mas precisarei de um grupo maior para colocá-la em prática. Daqui três horas, irá anoitecer, e alguém vira até aqui. Vocês deverão ser rápidos e sutis, e não deverão chamar atenção de ninguém. - Ela sorri, e seus olhos não são os de uma adolescente. - Essa noite será bem cheia, rapazes.
O guarda vem buscar Kitsune, e a ruiva vai embora como se nada tivesse acontecido.
Logo em seguida, alguém lhes trás comida e água, lhes deixando sozinhos, os quatro, na cela.
Erl fica em silêncio, e não fala mais nenhuma ameaça ou gracinha.

Subitamente, N sente um arrepio, uma sensação inexplicável. Era como sentir o calor de uma panela ao aproximar a mão do metal, cada vez mais forte, sem tocá-la. Ele não conseguia transformar a sensação em palavras, mas a ideia que sua mente assume é clara, e faz seu coração acelerar. Megan estava por perto. Ele tinha certeza.
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- Tio - Megan se aproxima de Dakato -, por que você tem os olhos puxados assim? - ela estica os próprios olhos, apontando para o rosto do oriental. - Você é igual meu pai, ele tem olhos bonitos assim também - ela sorri, então franze o cenho. - Estranho, tio...você é bem parecido com o papai... - ela comenta, inocentemente.
Enquanto isso, a reunião se desenrola ao fundo, com Sanna dando suas explicações e as crianças ouvindo atentamente junto com o grupo.

Esperar era agoniante, mas eu tinha a certeza, aquele sentimento estranho. O mesmo arrepio que senti quando ouvi o choro de Megan, recém-nascida, naquela noite chuvosa.

"Estou perto filha. Vou chegar até você..." penso.

"Desmond, acha que eles guardarão as armas no mesmo lugar? Pode nos fazer um mapa improvisado?" pergunto ao oficial.

- Seu pai também é japonês pequena? - "mas pensando bem, ele também era um espadachim do modelo samurai."

- Como é possível? não conheço nenhum asiático loiro, e você também não tem olhos assim - *repuxo os meus olhos fazendo uma careta engraçada*

"às vezes minha própria infantilidade me faz rir"

*retorno o rosto e o pensamento a audrey*

- oque vamos fazer com relação ao veículo?