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Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

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Capítulo 1 - Vapor & Arcanina Empty Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Mensagem por Stein Ter maio 20, 2014 2:29 pm

O Vento forte bagunçou os cabelos longos da garota, deixando que seus fios louros refletissem o sol matutino com um brilho que só se equiparava em beleza ao verde vivo de seus olhos sonhadores.

"Isso é um absurdo! Você não é um pássaro, Elizabeth!"
A lembrança das palavras de sua mãe a divertiam. A garota sorriu, olhando para o mundo de cima. Ela estava no topo de um monte em Arsin, e ninguém estava alí para assistir seu feito. À sua frente, o céu reservava um plano livre, com vento bom e favorável...e o que mais ela precisava?

- Não sou um pássaro, mamãe, você tinha razão no fim das contas - ela disse a si mesma, segurou firmemente a enorme armação metálica atrás de suas costas, encaixou os pés nos apoios de equilíbrio. - Sou uma cientista - e saltou para o céu.
O ar frio envolveu seu corpo esbelto, fazendo o macacão de couro se agitar com violência. Os óculos de aviador, como ela calculara, lhe serviram como uma luva para impedir que o vento atrapalhasse sua visão. Ali de cima, em queda-livre, ela viu Arsin, o Continente Flutuante, desaparecer atrás de si, enquanto ela mesma era envolvida por uma massa gelada de nuvens macias.
Um instante depois, o mundo havia mudado abaixo de si.

- Olá, Elyin - a garota sentiu os batimentos acelerarem ao avistar a enorme cadeia de montanhas, florestas, rios e cidades humanas, que compunham a orquestra conhecida como Elyn, o Continente Médio. Mesmo àquela distância, ela podia jurar sentir o cheiro doce do carvalho e da grama, tão distintos do ferro, vapor e fuligem aos quais ela estava habituada.
Então, Elizabeth pressionou os botões no guidão, fazendo com que sua invenção ganhasse vida. A arcanina assumiu um brilho rubro, alimentando os capacitores de energia, movendo as engrenagens e pistões para estabilizarem a queda e impulsionar a garota para a horizontal, como um pássaro. As enormes asas de couro e ferro envergaram seus 6 metros de comprimento, estabilizando o voo com equilíbrio e elegância, fazendo Elizabeth planar.

- Eu sou uma cientista! - ela berrou entre um riso incontrolável e as lágrimas compulsivas, imaginando se sua mãe, em algum lugar daquele céu azul acima de sua cabeça, lhe observava com orgulho. Aquela era Gaia, o Mundo, e onde quer que suas asas a levassem, a garota sabia que a aventura esperava, ansiosamente, para encontrá-la.


Capítulo 1 - Vapor & Arcanina Steampunk_nekra_world_by_dosis-d4j04s5



Contador de tempo para o início da aventura: 1 dia.
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Mensagem por Stein Qua maio 21, 2014 11:19 pm

Arsin - O Continente Flutuante

Frio. Esse era o preço que se pagava por viver em Arsin.
A altitude elevada do Continente Flutuante lhe sujeitava ao ar frio acima das nuvens, mas garantia a seus moradores a melhor vista e o melhor céu estrelado que um homem poderia desejar.
Mas, naquela manhã, a cidade fervilhava. O vapor e ferro dos zepelins e trens voadores davam à cidade seu odor característico. O Cheiro do Progresso, como alguns tecnomagos diriam. E naquela manhã, o cheiro do progresso vinha acompanhado de música, euforia e o aroma de festival.

"Vivas a Arsin! Vivas a Arsin! Que Eli nos abençoe a todos!". Este era o clamor do clérigos nas Igrejas, dos mercadores na praça central, do povo abastado em suas casas em estilo vitoriano e dos mendigos que pediam esmolas nas ruas labirínticas, para os quais a festa era só um placebo.
O Festival dos Cem Anos, era como conheciam as festividades que celebravam a vitória dos homens sobre as bruxas, na guerra que havia ocorrido havia mais de mil anos, quando Eli, em sua generosidade, havia permitido que os homens habitassem Gaia em sua plenitude, julgando as criaturas malignas e as aprisionando no inferno. Dracma.

Naquela manhã, as ruas estavam enfeitadas com bandeiras coloridas, balões haviam sido amarrados nos postes de iluminação e cada praça trazia um bardo, um bobo ou uma trupe teatral. Era festa em Arsin, e isso alimentava o espírito humano. A música invadia todo o continente, enchendo os corações do povo de fé e esperança, dando-lhes a certeza que Deus e o Conselho lhes protegeriam de todo o mal, como sempre haviam feito.

- Deseja mais alguma coisa, senhor? - pergunta o barman, após trazer o café a N. O Samurai estava cansado de tanta euforia na cidade, e o volume de pessoas que se reunia em Arsin naquela época do ano era realmente irritante...mas ele estava ali por outro motivo. O ambiente onde se encontrava era um bar comum, com poucas pessoas como ele mesmo havia sugerido, meia iluminação, discreto e elegante. Mas a pessoa que lhe havia contato parecia desesperada na carta. E estava atrasada.
Ao seu lado, a pequena menina balançava os pés que não alcançavam o chão, tomando seu sorvete, cantarolando baixinho. Deveria ser bom ser criança...

Audrey estava de volta. O cheiro de pó, algo doce e coisa queimada encheu suas narinas como sempre fazia, assim que ela abriu a porta e anunciou sua chegada. Era bom estar em casa novamente. Era sempre bom ter um lugar quente e interessante para onde voltar.
A primeira coisa que a garota notou foram as roupas sujas espalhadas pela sala, o sofá bagunçado e a vitrola velha riscando um disco muito antigo de jazz. O preferido de Cornelius, ela logo percebeu.
Então, subitamente, o som de explosão se sobrepôs ao jazz e à cantoria lá fora, trazendo uma cortinha de fumaça branca do cômodo aos fundos, seguido de um acesso de tosse.

Thomas observava o lugar com atenção. A segurança do festival havia sido colocada em suas mãos e na de seus homens, e o capitão da Guarda de Arsin, Thomas "Mão de Ferro", deveria cuidar para que ninguém se machucasse, ou que os roubos na cidade não fugissem ao controle.
Havia música e festividade em todo lugar, e muitos de seus homens estavam distraídos com as atrações, com o mercado ou com alguma mulher de sorriso gentil. Thomas conhecia seu dever, e naquele dia havia sido alertado para escoltar os Líderes Mundiais à sede do Conselho.
Subitamente, as nuvens do enorme Aeroporto se afastaram como se um submarino submergisse do oceano, revelando a enorme estrutura de metal que era o zepelin conhecido como Ponte Segura, o meio de transporte mais seguro de viagem entre Arsin e Elyin. A enorme máquina aterrissou, e Thomas sabia que suas dores de cabeça estavam prestes a começar.
--------------------------------------------------

Elyin - O Continente Médio

A manhã em Elyin vinha com o cheiro de notícias frescas. Sanna escutara primeiro pelos mendigos, depois de um mercador qualquer, e por fim o povo todo comentava sobre o enorme bloco de terra que havia despencado do céu e destruído parte da Favela das Migalhas, deixando a cidade em polvorosa.
A terra sob seus pés estava lamacenta pela chuva do dia seguinte, enquanto ele avançava pelas ruas, avistando de longe o enorme aglomerado de pessoas que se reuniam envolta de algo que ele não conseguia ver, trazendo às suas narinas o cheiro característico de urina, paralelepípedos e miséria que caracterizavam a Cidade das Pobres Almas, como era conhecida sua vila. Mas as Pobres Almas guardavam muitos segredos.

Desmond sentia-se intrigado. Não havia recebido nenhum comunicado de Arsin naquela noite, e o evento sobre o despencamento de um enorme bloco de terra não havia sido citado com detalhes suficientes no relatório que ele tinha recebido. Sua única ordem era: encontrar os culpados. Aparentemente, tudo havia sido causado por um ataque terrorista em Arsin, que havia envolvidos pessoas importantes...agora, O Conselho precisava tomar suas medidas, e a FASE deveria intervir no que tocava a um assunto em particular.
Desmond se aproximou a cela, observando o homem maltrapilho em seu interior, que se mostrava mudo desde sua captura. Os cabelos desgrenhados marcavam suas feições miseráveis, e os traços duros em seu rosto pareciam esconder dores que ninguém mais conhecia. Ele era seu prisioneiro, capturado na queda do bloco de terra, e tido como principal suspeito do atentado. Era isso que seu relatório sobre a mesa lhe dizia, mas ele sequer havia tido tempo para ler com cuidado...

Gwenyver e Ezreal despertaram ao mesmo tempo. A terra tremeu por um único segundo abaixo de si, mas foi o suficiente para deixá-los completamente alertas. A impressão que tiveram era a de uma bomba ter despencado na vila, e era como se o mundo todo houvesse sido abalado.
Os dois olham um para o outro, confusos. O quarto onde se encontravam era nada mais que uma espelunca conseguida às pressas no dia anterior. A Cidade das pobres Almas era realmente muito pobre, como o nome sugeria.
Lá fora e no andar de baixo, eles podiam ouvir pessoas conversando em voz alta, correndo ou rindo loucamente, como seu um evento estivesse ocorrendo. A janela meio quebrada se escancarou com o vento, e o sol matutino atinge o rosto de Ezreal como uma bofetada, enquanto Gwenyver o observa em uma outra cama do outro lado do quarto, rindo internamente.
A aventura estava lá fora, como sempre.


Última edição por Stein em Qui maio 22, 2014 9:10 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Aleleeh Qua maio 21, 2014 11:32 pm

Off: Aeeeeeee! *Corta a fitinha*

On:

Com uma camisa branca, um corselet negro e uma saia curta com leves babados (nada muito chique, mas possuía sua elegância) esbranquiçados, acompanhados de uma longa bota cheia de pequeninas engrenagens. Um visor no topo da cabeça, um de seus instrumentos de trabalho, serviam como um adorno aos cabelos ruivos e longos.
Adentro a loja-casa de Cornelius, meu amigo desde que havia alcançado a maioridade, me sentindo em casa. Aquele lugar era milhares de vezes melhor que a mansão fria dos Keenarys. Apesar de amar os pais e meus 6 irmãos mais velhos, sempre detestei as grandes formalidades dos aristocratas, as falcatruas jogadas por debaixo do pano e a falta de espontaneidade de todos. "Sou um espírito livre, sério. As pessoas deveriam ler mais livros e entender um pouco mais sobre o mundo!"

Ao ouvir o barulho vindo dos fundos, logo penso: "Sério, de novo? Cornelius não se cansa de explodir coisas na minha ausência?"

Passo pela bancada, destrancando com a minha chave, a única cópia que existia além da chave-mestra do velho Cornelius. Retiro outra chave e abro a porta ao fundo da loja, que dá para uma pequena escada de quatro degraus:

- Cornelius? Está tudo bem aí?
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Mensagem por isaac-sky Qui maio 22, 2014 9:18 am

OFF: Finally!!!!!

Observo ao redor, nenhum sinal do contato. Precisava do dinheiro pois o que havia sobrado de sete anos atrás estava acabando.

"Preciso encontrar uma casa pra Megan viver. Não dá ficar carregando ela nas minhas costas pra sempre..." penso mas sou interrompido pelo barman.

"Nada, já está bom, obrigado" respondo aceitando meu café. Sinto o aroma da bebida, ainda desacostumado a aproveitar as pequenas coisas da vida que não podia quando ainda era o 330.

"Não se suje Megan" digo para minha filha, limpando seu nariz sujo de sorvete com minha mão.

Tomo meu café e continuo aguardando, nunca me esquecendo da presença da minha Nodachi, Risco, nas minhas costas.

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Mensagem por Pedro Oliveira Qui maio 22, 2014 9:44 am

Thomas observa o zepellin pousar suavemente, enquanto caminha calmamente a encontro da descida dos passageiros.

-Mais um dia de festa, mas não há muito o que comemorar, só tenho trabalho.
*Lamenta para si enquanto ajeita a gola do uniforme *


Última edição por Pedro Oliveira em Qui maio 22, 2014 1:18 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Yoru Qui maio 22, 2014 12:48 pm

Depois de encarar o sujeito, o oficial saiu como se fosse um simples vigia.
Rumando para sua sala encontra, posicionado ao fronte da entrada, seu assistente numa escrivaninha. Dirige-se a ele:
– Isso tudo é uma piada! Amanhã será o segundo dia após o ocorrido e eles só me deixaram a carta de apreensão do suspeito. Nem sequer responderam minha solicitação de relatório de campo dos guardas locais!? – Não foi uma pergunta, o ajudante sabia. – Envie novamente. Quero saber também quem o trouxe, qual eram as posses do vagabundo.
Bateu a porta.

Acomodou-se atrás da mesa, depositando seu coldre na gaveta acima da lixeira.
Tal dia parecia não ter fim. Os esforços naquela data foram direcionados totalmente para o atentado que se espalhara entre os dois continentes.
O homem foi entregue na tarde anterior, algumas horas após o acidente. Sua origem era incerta, seus aliados (se existissem) não foram mencionados; e, o mais difícil de imaginar era como uma pessoa teria poder para causar aquele desastre.
O tratamento de silêncio do Conselho ultrapassava 24 horas. Parecia ser assim sobre todos os domínios, tanto que nenhuma outra base ou fonte que o chefe de divisão contatava eram capazes de dizer mais do que os rumores.
Desse modo, suspeitava igualmente de questões políticas, pois pretendiam acusar o quanto antes os infratores para os julgar diante do povo escandalizado. Também desconfiava da corrupção dos soldados; recebeu apenas o criminoso, nada foi apreendido. Qualquer arma, artefato ou as próprias arcaninas (de grande valor e poder) seriam provas essenciais. Militares ambiciosos receberiam severa punição na obstrução de um caso tão grave.

Outra informação importante: os registros da guarda local.
Dificilmente entregariam testemunhas em Elyin, mas, o depoimento da segurança presente na região caracterizava um documento interno. A obrigatoriedade do ato e o acesso, para Desmond, definiria o principal.

Passou a mão nos cabelos castanhos, as laterais estavam bem aparadas, contudo, no topo da cabeça haviam fios bem mais longos e eriçados. A barba, que ele podia fazer sozinho e com menos tempo, estava por fazer. Deveria dar uma pausa para uma ducha e uma refeição.
Avistou entre muitas folhas a primeira e única documentação do crime.
– Olha só! – Lembrou do documento. "Talvez tenham colocado dados decentes" cogitou.

Resolveu buscar algumas respostas ali, lendo as folhas abarrotadas.
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Capítulo 1 - Vapor & Arcanina Empty Re: Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Mensagem por Stein Qui maio 22, 2014 1:23 pm

Arsin, O Continente Flutuante - Festival dos Cem Anos

Audrey vê a fumaça subir pelas escadas enquanto ela desce os degraus. Então, ela vê Cornelius, tossindo convulsivamente enquanto ajeita os óculos de lentes redondas e aro de metal. O cientista estava sujo, e a barba desgrenhada estava ainda maior que o habitual, já alcançando seu macacão de couro curtido.
- Ah *cof*, bem vinda de volta, Audrey! *Cof, cof* - ele a cumprimenta, ficando de pé com esforço e recolocando seus óculos de proteção. - Espere, espere, é perigoso, se afaste um momento, sim? - Ele manipula um frasco fumegante com uma ferramenta de mistura, adicionando um segundo ingrediente, um pó de cobre muito forte, que entra em reação com a solução, fazendo o líquido verter uma suave fumaça púrpura e assumir a mesma coloração. - Eureca! E por onde andou, minha querida? - ele pergunta, sem tirar os olhos de suas misturas.
-----------------------------------------

- Desculpa, papai - Megan sorri para N, voltando a comer o sorvete, inocentemente.
A campainha do bar toca, e o samurai vê uma pessoa adentrar o recinto, fechando a porta de vidro fumê atrás de si. A figura trajava um sobretudo negro do pescoço aos pés, cobrindo a cabeça com um chapéu surrado de mesma cor. O rosto sem barba trazia uma cicatriz na bochecha direita, e sua boca parecia tremer levemente pelo nervosismo. Era ele.
- Desculpe o atraso, N, mas precisei despistar algumas pessoas para chegar aqui hoje - ele diz, sentando-se na cadeira à frente de N e Megan, tirando o chapéu e revelando o rosto.
- Oi, tio Groo - cumprimenta Megan, lançando um sorriso infantil ao homem.
- Olá, pequenina, como você está?
Groover StealWorth é um amigo antigo de N, um agente duplo que trabalha ao mesmo tempo para o Conselho e a Cinza. Fora ele que acolhera N e Megan quando a garota nasceu, e também fora ele quem havia feito com que os dois se passassem por invisíveis pelos olhos das duas organizações até então. Groover lhe fornecia dinheiro, despistava as buscas do Conselho e da Cinza, desviando sua atenção, e mantinha N e sua "filha" seguros. Em troca, o samurai ajudava seu amigo em alguns trabalhos.
- O Conselho e a Cinza continuam na sua cola, parceiro - Groover pede um copo de whisky, acendendo um de seus cigarros aromáticos. Aquele era um hábito que N já conhecia. Groover sempre fazia aquilo quando precisava controlar seu nervosismo e ansiedade. - Está cada vez mais difícil manter os olhos furiosos de cima de você. O Conselho quer seu couro porque dizem que você matou Norah e sequestrou sua filha recém-nascida...o pai verdadeiro de Megan não é peixe pequeno, N, você precisa tomar cuidado.
N se recordava bem do homem que lhe roubara tudo. Nero era um nobre influente na corte de Arsin naquele tempo, um cientista genial que havia auxiliado na evolução da tecnomagia como nenhum outro. Se Norah não houvesse se apaixonado por seus encantos...sua amada nunca precisaria ter morrido. Mas hoje, Nero era o lider surpreso da corte, e aparentemente não media esforços para recuperar a filha que nunca fora realmente dele.
A Cinza, o samurai sabia, o caçava por deserção e, pior, por assassinar seus antigos parceiros, que tentaram matar Norah.
- Me desculpe se esse assunto te lembra de coisas desagradáveis, mas você está afundado em um mar de merda, parceiro. Desculpe, pequena - ele diz, bicando a bebida. O homem deposita duas maletas na mesa. - Não abra nenhuma das duas aqui, espere chegar num lugar seguro. Quero que ouça com atenção as instruções que gravei, e execute o plano como pedido. Isso é de extrema importância, N...se conseguirmos fazer isso, é possível que você já não precise mais se esconder.
----------------------------------

A enorme porta mecânica se abriu, e Thomas observou aquelas pessoas incomuns que desembarcavam.
- Então, aqui é Arsin...exagerado, muito exagerado - dizia o homem magro de barbas fartas e muito brancas, aparentando ser o mais velho.
- Não reclame tanto, vovô, nem só de magia vive o homem. As máquinas podem ser uma benção para Elyin se usadas da forma certa - comenta o homem alto, parecendo ser o mais jovem de todos, envergando suas vestes sociais e um rosto liso.
- É o que se espera. Sinceramente, a ideia não me agrada tanto quanto deveria...sei que é errado pensar assim, mas temo que o Conselho possa acabar se metendo onde não deve nesse acordo... - disso o mais forte, um homem alto, de ombros largos e sem sorriso, vestido com um kimono negro e entalhes dourados, seus olhos amendoados apontando o sangue oriental.
Aqueles, Thomas sabia, eram os líderes do Continente Médio, cada qual senhor de sua porção continental, representando suas terras e regendo seus povos sob os costumes antigos. Porém, todos eles estava submetidos ao Conselho de Arsin, e o Conselho os havia convocado para um acordo naquele dia.
O Capitão da Guarda viu os três homens se aproximarem, ao passo que eles param em sua frente, sem dizer uma palavra, aguardando que ele lhes guiasse.
- O Senhor deve ser o Capitão Thomas - diz o mais jovem, estendendo a mão em cumprimento, quebrando o silêncio. - Sou William Diggori, é um prazer conhecê-lo, senhor. Espero que possa nos levar até a sede, o velho StoneRage sente dores pelo corpo todo nessas viagens cansativas, e nosso bom Ryusashi não é um homem que goste muito de esperar - ele sorri gentilmente, aguardando a resposta de Thomas.
-----------------------------------

"Suspeito de atentado terrorista contra o Continente Superior. Identidade não confirmada". Esses eram os dados que se tinha do homem encarcerado. "A Forças de Arsin exigem a captura do culpado e sua execução imediata. O homem foi visto com uma criança enquanto praticava seus atos terroristas, e a criança deve ser encaminhado aos cuidados do Conselho de Arsin, assim que encontrada. Encontrar a garota é de prioridade maior que a execução". Por mais que Desmond lesse aquele relatório, ele simplesmente não fazia sentido. O homem preso era um suspeito, pois sua descrição física era idêntica ao do terrorista...mas ele estava sozinho quando fora capturado. E porque diabos o governo daria mais atenção a uma criança que a um terrorista?
Muitas pessoas haviam saído mortas ou feridas com o incidente da queda de bloco de terra flutuante, o acampamento da FASE estava apinhado de médicos e tendas hospitalares. Pessoas nobres haviam sido feridas, e precisavam ser estabilizadas antes de serem mandadas de volta a Arsin.
Batendo as datas dos ocorridos, Desmond nota que o atentado ocorreu no mesmo dia em que o Festival dos Cem Anos era comemorado em Arsin....e, então, tudo fez sentido. Naquele dia, os líderes de Elyin, os imperadores StoneRage, Ryusashi e Diggori, haviam sido convocados a Arsin para um acordo com o Conselho, que seria de utilidade para os dois continentes. Era a chance perfeita de um homicida assassinar tanto os líderes de Arsin quando de Elyin numa tacada só.
Se aquele homem atrás das grades à sua frente fosse mesmo o culpado...ele era ao mesmo tempo o homem mais corajoso e estúpido de Gaia.
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Mensagem por isaac-sky Qui maio 22, 2014 1:40 pm

"Finalmente!" penso quando vejo Groover se aproximando. Escuto tudo com atenção, mas fico com uma expressão mais sombria quando ele cita Norah.

Olho para as maletas que Groover me dá.

"Sempre que me oferece um trabalho que 'resolverá tudo', acabo com mais sangue do que o acordado, e com mais machucados ainda. Espero que esteja certo dessa vez, amigo" aceito as maletas e o serviço.

"É só o último trabalho" digo para Groover. "As atividades da Cinza aumentam nessa época do ano, me dê data, horário e local. Farei o trabalho"

Dou mais um gole no café.
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Capítulo 1 - Vapor & Arcanina Empty Re: Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Mensagem por Stein Qui maio 22, 2014 1:49 pm

- Tudo o que você precisa está na maleta, parceiro - Groover responde, terminando seu Whisky de um gole. O plano era claro, N podia ver. Groover não queria expor as informações ali no bar, pois nunca se sabia quem os ouviria. Devia ser algo grande daquela vez. - Entrarei em contato com você assim que concluir a missão. Boa sorte, N.
Groover se levanta, ajeita o sobretudo e cobre a cabeça com o chapéu, acenando para N e Megan, antes de deixar o lugar.
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Mensagem por Aleleeh Qui maio 22, 2014 2:54 pm

Observo o velho Cornelius e suas peripécias em sua oficina, que estava mais bagunçada que o costume:

- Tive que ir em um evento com minha família... fomos para a inauguração de uma cafeteria nova, prestigiar os donos, a família Salisbury. Em seguida meu pai ia para alguma reunião, acompanhado de seu primogênito. Tenho sorte de ser a caçula e não participar dos Whigs (liberais) ou dos Tories (conservadores). Tive uma conversa séria com minha empregada e ela entendeu que eu não preciso de todas aquelas aulas de comportamento mais. Agora queriam me ensinar como uma esposa deve se portar... e fui obrigada a fazer um acordo para que a empregada não me denunciasse por entrar na biblioteca de madrugada.

Não contava para Cornelius como as coisas eram opressoras na vida da Elite de Arsin. Homens sempre no comando, mulheres não poderiam se sentir insatisfeitas. Submissão aos costumes rígidos e de caráter moral e ético duvidoso. Afinal, quem havia feito todas essas regras hediondas? Só fingem ser puritanos..!

Aquilo me deixava muito emburrada. Eu havia me tornado um pato no meio de cisnes.
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Mensagem por isaac-sky Qui maio 22, 2014 3:23 pm

OFF: "Duck-Audrey" Costello, Jeff kkkkkkkkkkkkk

Aceno positivamente para Groover que sai do café. Espero Megan terminar seu sorvete e termino meu café.

"Vamos, filha" digo oferecendo minha mão para ela enquanto pego as maletas com a outra.

Saímos do café e vamos até um prédio semi-abandonado, logo na outra esquina, onde estamos alojados temporariamente.

"Lugar feio mas sem perguntas ou vizinhos enxeridos" penso.
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Mensagem por Yoru Qui maio 22, 2014 4:33 pm

Abriu o compartimento, tomou a arma e pôs os papéis ao fundo. Trancando seu conteúdo.

Saiu da sala, apressado, e voltou o assunto com seu auxiliar:
– Marque uma convocação urgente, pela manhã, com quem deteve e transportou esse cara até aqui. Se as respostas forem insuficientes, sairemos com um grupo de busca – Saindo em direção às celas, terminou. – Estará liberado quando finalizar os preparativos. Falarei brevemente com nosso homem, e, seguidamente, com alguém  que tenha presenciado o desastre.

Estacou diante do cárcere, desta vez comunicou, e de forma experimental.
– "Eles" querem te matar homem. Sei que seu silêncio vale a própria vida, mas e a dela? Quanto vale entre vocês?

Uma expressão seria o suficiente, partiria ao próximo objetivo assim que o avaliasse.
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Capítulo 1 - Vapor & Arcanina Empty Re: Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Mensagem por lgsscout Qui maio 22, 2014 5:27 pm

"Mas... que coisa foi essa?" Pergunto, já olhando para Gwen. "Saudade das florestas e ruinas. Mesmo desabando, não são essa barulheira que é aqui."
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Capítulo 1 - Vapor & Arcanina Empty Re: Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Mensagem por Laily Aflen Qui maio 22, 2014 5:56 pm

O frio da manhã ainda era presente naquele quarto, isso é, se aquele lugar poderia ser chamado de quarto. Duas camas velhas e caindo aos pedaços, assim como todo o restante, mas o pior era os colchões com pequenos insetos, aqueles que só encontramos em cidades. Permanecia enrolada nos lençóis, encolhida, sentia falta de Nilee, que nos aguardava na floresta, pois Ez achou que ele chamaria muita atenção por ser um tigre.

Fazia pouco tempo que havia pegado no sono profundo e começava a descansar, quando o tremor me fez despertar ficando totalmente em alerta, ainda que perdida, tentando entender o que estava acontecendo.

Apenas balanço a cabeça negativamente erguendo um pouco os ombros como se expressasse que estava tão confusa quanto o tal. O barulho do lado de fora, toda a correria e falação me chamou a atenção, então corri para a janela ver o que se passava. Os cabelos embaraçados voaram com o vento, e algumas folhas perdidas, caíram suavemente ao chão, aquela fina peça de roupa balançou com o vento e pude sentir os pelos do corpo, arrepiarem de frio. No caminho para a janela, peguei a capa e me enrolei na mesma.

- É o que pretendo saber...
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Mensagem por Pedro Oliveira Qui maio 22, 2014 6:21 pm

*Thomas com um gesto cordial aperta a mão do mais jovem e cumprimenta com dois breves gestos de cabeça os outro dois senhores*

-Se puderem seguir-me , terei o prazer de leva-los pessoalmente.
*Diz, seguindo o caminho até o transporte e retirando as luvas que escondiam as mãos*

-Como foi a viagem dos Senhores ?
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Mensagem por lgsscout Qui maio 22, 2014 7:27 pm

Ajeito a mochila rápido, abro a porta e saio do estabelecimento, lentamente, observando a reação das pessoas ao redor. Chegando ao lado de fora, fico atento aos rumores e tendo observar algo.
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Mensagem por Laily Aflen Qui maio 22, 2014 8:32 pm

Antes de chegar á janela, vejo Ez sair com suas coisas pela porta do quarto. Arqueio a sobrancelha sem entender, mas corro trocar de roupa, colocando a roupa padrão (Da imagem) e prendendo a capa no pescoço. Em poucos minutos descia as escadas correndo á seu encontro.
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Mensagem por lgsscout Qui maio 22, 2014 9:25 pm

Assim que Gwen sai pela porta, seguro seu braço para guiá-la. Sei de como a cidade não é seu ambiente preferido.

"Agora é aguardar as notícias chegarem."
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Mensagem por Stein Sex maio 23, 2014 10:51 am

O assistente acena positivamente, se retirando para cumprir as ordens solicitadas.
Os passos de Desmond ecoam pela prisão, agora quase vazia. Seu plano de busca era seguro, ele sabia bem, e encontrar a criança poderia ser um meio muito eficaz de conseguir mais recursos do governo para a FASE.
Ao ouvir seu discurso, o homem maltrapilho levantou o rosto, lenta e sombriamente, em sua direção, a meia luz da cela fazendo com que ele se assemelhasse mais a um demônio que a um homem. Nenhuma resposta.
Nos olhos do homem, Desmond não encontrava medo ou receio. Ali, o sentimento era quase palpável, trazendo um arrepio frio à espinha do oficial. Dor, era tudo que Desmond lia naqueles olhos negros.
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- Não consigo entender como que a aristocracia consegue viver enfiada em tantos melindres e formalidades hahaha - Cornelius responde, deixando um riso solto correr pelo quarto que era seu laboratório improvisado. - É bom ter você de volta, Audy. Tenho algo para você - ele se vira para a garota, girando o corpo para revelar a ela o que parecia ser um novo invento sobre a mesa. Audrey vê o que parece ser uma bola de metal acobreada, com cerca de 50 centímetros de diâmetro. - Não dei um nome ainda, portanto chamo-a apenas de Esfera. Necessito de uma arcanina específica para fazê-la funcionar. Preciso que você vá ao mercado e compre uma chamada Dínamo, é uma vermelho-arroxeada, creio que você não terá muita dificuldade para encontrá-la. Vamos dar vida à Esfera, Audy! - Ele parecia animado como nunca, e Audrey via seus olhos brilharem como os de uma criança que descobre algo novo.
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Ezreal e Gwen  descem rapidamente os lances de escadas até a recepção da hospedaria, atingindo a rua  logo em seguida. Aparentemente, a vila inteira estava concentrada em algo que eles não sabiam o que era, mas certamente tinha ligação com o tremor.
"Um pedaço de terra caiu do céu? Cê tá zoando, né?"
"Nem tô, seu idiota, vai lá e vê. A parada destruiu tudo."
"Mas que droga! Nóis vai comprá pipa onde agora, mano?"
Os dois ouvem as crianças conversarem e correrem pela multidão. A Cidade das Pobres Almas era um lugar sujo, pobre e desgraçado pela fome. Mas Ezreal havia ido até ali por um motivo bem específico. Suas explorações recentes apontavam que a cidade havia, há muito tempo, servido de palco para uma batalha mística entre humanos e bruxas, e que um tesouro muito antigo havia sido enterrado em algum lugar ali. A lenda era conhecida como Lágrima Lazuli, mas essa era a única informação que ele havia conseguido. A curiosidade movia o explorador, como sempre, e às vezes ele encontrava mais coisas do que procurava.
Quando Ezreal e Gwen se aproximam da multidão, se enfiando entre as pessoas para observar à frente, eles têm uma visão aterradora.
Uma enorme cratera se estendia por mais de um quilômetro, engolindo casas, e bairros inteiros, como se um meteoro houvesse atingido o lugar. Pedaços de madeira, pedra, lixo e corpos humanos estavam espalhados e soterrados por toda parte, e os pobres choravam suas perdas amargamente.
Gwen avistou um grupo de oficiais de Arsin, o pessoal da FASE, como Ezreal lhe ensinara, tentando resgatar sobreviventes e conversando com as pessoas para tentar entender o ocorrido. Aquilo tudo era muito confuso, mas os ouvidos selvagens da garota conseguem identificar as conversas como "uma pedra imensa que despencou de Arsin".
Subitamente, Gwen tem uma sensação familiar. Sua ligação animal com o tigre sussurrava em seus ouvidos. Nille precisava de ajuda.
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"Isso não pode estar acontecendo". Esse era o pensamento que corria pela mente de Sanna ao observar a destruição. Ela mesma havia perdido muitos amigos no acidente, e a dor que sentia no peito era de pesar.
- Yo - cumprimenta um rapaz ao seu lado, que a garota reconhece como Todd, um garoto magricelas em seus quinze anos. Assim como ela, o garoto era membro da Malha de Ferro. - Ouvi que isso tudo foi causado por um ataque em Arsin...o pessoal da FASE está investigando as coisas, consegui algumas informações valiosas...Sanna, isso pode complicar as coisas para o nosso lado, sabe disso, não sabe? O governo nos odeia. Se a FASE colocar a culpa do terrorismo na gente...
Mas aquilo não preocupava Sanna como a Toddy. A garota sabia que o velho StoneRage, Imperador daquelas terras, podia ser um homem reclamão e cabeça-dura, mas se havia algo bom em seu governo era que ele impedia Arsin de abrir uma guerra declarada contra a Malha de Ferro. O velho dizia que uma guerra civil, como já havia ocorrido antes, iria apenas alimentar mais a miséria  daquele povo, e havia sido irredutível em proibir que a FASE agisse em combate aberto nas ruas. Isso havia atado as mãos do governo, permitindo que suas tropas agissem apenas como monitores e reportadores.
Porém...se aquilo fosse algo forjado para parecer que a Malha de Ferro tentara atacar Arsin...as coisas podiam mudar e muito de figura.
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- Uma droga! - responde o velho rabugento, StoneRage à pergunta.
- Muito tranquila - responde o mais jovem, Diggori. - As invenções de Arsin são magníficas - ele certamente era o mais interessado em levar tecnologia até Elyin, Thomas logo percebeu.
- Uhm - concordou Ryusashi, em sua seriedade inabalável.
- Espero que tenhamos uma reunião tranquila. Soube que a cidade está em festa, parece bastante interessante. Pretendo conhecer mais sobre a cultura de Arsin quando terminarmos as formalidades - comenta Diggori.
- Jovens e seus interesses inúteis... - o velho balança a cabeça.
Atravessando o longo aeroporto, Thomas consegue escoltar os três homens até uma enorme construção, fazendo Diggori assoviar de surpresa. Uma cúpula imensa de paredes brancas e douradas, com um teto abobadado recheado de pinturas alegóricas que exaltavam a luta de Eli contra os deuses antigos, sustentado por grossas colunes de mármore, ferro e magia. Aquela era a sede do Conselho de Camael, o lar da lei em Gaia, onde as regras que regiam o mundo eram discutidas e assinadas. Todo o poder governamental se concentrava ali, e ainda que os três líderes de Elyin cuidassem de suas porções continentais, eles sabiam que até mesmo eles poderiam estar sujeitos às leis do céu.
A escadaria de mármore claro levou a comitiva até as portas do edifício, que Thomas abriu com uma chave especial, dada apenas aos oficiais maiores. Sem esforço, ele abriu as portas e revelou o interior magnífico, com teto altíssimo que se abobadava acima de suas cabeças. Todo o recinto era bem iluminado, pontilhado por vitrais arredondados no teto, estrategicamente posicionados para permitir que a luz do dia adentrasse com eficiência. Pelas paredes, quadros, tapeçarias, esculturas e lâmpadas de óleo moldavam o cenário.
No centro de lugar, algo como uma câmara de juris podia ser vista, e algumas pessoas se encontravam sentadas, aparentemente esperando a chegada dos líderes.
Dois soldados que Thomas conhecia fecharam a porta atrás do grupo, trancando-a para o início do conclave, cumprimentando o Capitão com um meneio respeitoso.
Os três líderes se aproximaram do centro, assumindo seus lugares em uma mesa redonda colocada no centro da câmara (o lembra uma câmara de deputados), onde um homem alto, vestido socialmente os observa com um sorriso incontido.

- Sejam bem vindos, meus amigos! - o homem cumprimenta, de braços abertos. -  Como foi a viagem? - e eles iniciam as formalidades.
Aquele, Thomas sabia, não era um homem comum. Aquele era Nero, o Líder do Conselho de Camael. A Lei sob Gaia.
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N deposita suas coisas na pequena mesa de madeira. Megan pula na cama, apoiando preguiçosamente a cabeça no travesseiro manchado e velho, observando seu pai com um sorriso infantil.
- O tio Groove deu outro trabalho, papai? - ela pergunta, balançando os pés, como era seu costume.
Era isso que N queria descobrir. Ao abrir uma das maletas, o samurai encontra um aparelho metálico que reconhece como um gravador, um dispositivo que usava uma arcanina de captura para gravar mensagens, muito utilizados nas gravações de discos LP e recados importantes. E também pelos espiões da Cinza. Era um meio eficiente de transmitir uma mensagem em qualquer lugar, e garantir a discrição. Aquele tipo de gravador emitiria seu conteúdo uma única vez, N sabia, e não funcionaria mais.
Ao lado do gravador, ele viu uma peça escura de metal, que trazia em seu interior vítreo uma enorme arcanina vermelha, que parecia pulsar de energia mística. nas laterais, N viu uma mistura que parecia cola pegajosa, na maleta encontrou um dispositivo menor, com uma trava e um botão. Bomba e Detonador.
O samurai apertou o redondo botão vermelho do gravado, para ouvir a mensagem:

https://www.facebook.com/groups/cladobeholdercaolho/ (Ouça a Gravação de Goo. Vou colocar no soudcloud à noite)

Quando N abriu a segunda maleta, encontrou uma enorme quantia de peças de ouro, todas brilhantes e trazendo o rosto de Camael em seu rosto, e o símbolo do Conselho em suas coroas. A Engrenagem do Progresso. Era até hilário que a moeda do Conselho lhe fosse o pagamento para destruí-lo. Ouro era ouro, e sua liberdade e a de Megan, que agora o observava de olhos curiosos, mordendo o lábio inferior.
No corpo da bomba, N lia "15:00". Ele tinha 3 horas para cumprir a missão.
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Mensagem por isaac-sky Sex maio 23, 2014 1:16 pm

Fico alguns instantes com os olhos fechados, pensando e refletindo sobre a missão.
Havia sempre tratado as missões e a nossa situação difícil com sinceridade para Megan, não lhe escondendo o peso e as dificuldades de nossa jornada.

Não seria agora que eu lhe esconderia a verdade.

"A última missão Groover" penso e me viro para Megan.

Me aproximo dela e fico agachado para ficar cara-a-cara.
"Essa missão vai ser importante e perigosa, minha pequena. Então não poderei levar você comigo..." enquanto ela pode começar a protestar, pego uma pequena kunai que guardava no meu bolso.

"Lembra-se do que ensinei? Use-a somente para se defender" dou a kunai para ela. "Você deve ficar aqui dentro e esperar eu voltar, e quando eu voltar vamos comprar tanto sorvete que vai sair pelas orelhas" sorrio para ela e me levanto.

"Naquela maleta há moedas de ouro. Quero que as divida em vários saquinhos, assim fica mais fácil de carregar depois do que numa maleta chamando a atenção" digo isso para que ela se sinta ocupada enquanto estou fora.

"Não abra a porta para ninguém além de mim. Caso batam uma vez na porta, não atenda. Caso insistam em bater, diga 'Meu pai está dormindo, volte mais tarde'. E caso ainda insistam, fuja" digo apontando para a saída de incêndio do prédio, a escada de ferro que se tem acesso pela janela.

"Se eu não voltar até o nascer do sol de amanhã, pegue o ouro e fuja. Com ouro é fácil conseguir hospedagem na região mais pobre da cidade" me agacho novamente e beijo sua testa como despedida. "Te amo filha, já volto"

Sinto uma dor enorme em deixa-la sozinha.

Pego a maleta e saio do prédio, em direção a rua indicada na gravação.

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Mensagem por Laily Aflen Sex maio 23, 2014 3:49 pm

Estranho a atitude de Ez, mas desde que começamos a andar juntos aprendi a confiar no mesmo e assim não o questionei, apenas aproximei mais de seu corpo.

O local estava agitado demais. Pessoas correndo, falando exaltadas, agitadas demais, não conseguia concentrar-me direito, apenas escutava os boatos, partes das conversas, de que pedaços dá cidade das nuvens havia caído ali na região.

Ez me puxava cada vezmais para dentro daquela multidão que estava cercando algo. O ar começou a faltar a cada passo dentro dali, pessoas espremendo umas as outras, barulho, choro, não entendia mais nada, quando então chegamos a frente....

O choque veio como uma onda forte, que bate contra você e se não se segurar ela te leva pra longe. Não tinha palavras para descrever aquela cena, e mesmo que as tivesse não diria nada.

- Gaia ..... -Deixei escapar em um sussurro dolorido. Podia sentir na alma um desespero, a dor que gaia estava sentindo. A respiração acelerada, fazia o coração bater mais forte, mas a mão no peito era um meio de amenizar a ferida que abriu em meu coração. Aquele cheiro de morte impregnou minhas narinas, rapidamente virei-me fechando os olhos com força e levando a outra mão na boca para não vomitar, quando então tenho toda atenção voltada para aquela sensação dentro de mim .

Ouve silêncio e não podia ver quase nada a frente, só conseguia pensar em Nilee e na sensação de perigo que acompanhava. Quando tudo voltou apenas comecei a empurrar todos á frente, enfiando-me no multirão de pessoa, o mais rápido que conseguia.

Ao sair, apenas corria, trombando hora ou outra com alguém mas ainda sim , sem parar, sem pensar em qualquer coisa que não fosse Nilee, e sequer lembrar de Ez.
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Mensagem por Stein Sex maio 23, 2014 4:29 pm

Gwen dispara entre a multidão, e seu instinto a afasta da cidade, enquanto ela corre desesperadamente, com Ezreal a acompanhando, confuso, gritando algo como "Ei, gatinha, me espera! Pra onde estamos indo?".
Então, os dois se vêm longe das casas, longe da gritaria, cada vez mais próximos da floresta que rodeia a borda leste da Cidade das Pobres Almas.
Gwen sente a presença de Nilee, muito próxima dali, mas seus olhos não a enxergam.
Subitamente, Ezreal ouve passos e vozes vindo na direção do grupo, e consegue enxergar um grupo de soldados da FASE, conversando em voz alta. Ele tapa a boca de Gwen, lembrando-a de que ele estava ali e impedindo que ela gritasse por Nilee.
- O animal foi por ali! - diz um empunhando uma espingarda.
- Tem certeza que ele estava com uma menina, cara? - questiona um segundo.
- Eu sei reconhecer uma criança quando vejo uma, idiota! - rebate o primeiro.
- Ah, calem a merda das suas bocas, é só um animal e uma criança! Vamos logo, por ali! Quero voltar pra base pro almoço. Vamos! Vamos! - declara um terceiro, também empunhando uma espingarda.
Os três homens vestem roupas negras, óculos escuros, estão armados e trazem as letras F.A.S.E no peito e nas costas do colete. Eles seguem para a direita, e parecem não tem notado a presença de Gwen e Ezreal.
-----------------------------------

"Promete que vai voltar pra casa, papai?" a garota havia dito, estendendo o dedo mindinho para N. "É uma promessa."
O coração de N batia descompassado enquanto caminhava pelas ruas de Arsin, oculto por sua capa de viagem. O Festival dos Cem Anos ocorria normalmente, e a cantoria e euforia da cidade ajudavam a mantê-lo camuflado. Não havia dia melhor para aquilo, ele devia concordar.
Após caminhar por uma praça com um grupo de músicos e artistas de rua, que cantavam sobre a beleza de uma jovem ruiva qualquer da aristocracia local, N chega à rua sem saída.
Seus pensamentos voam, imaginando como seria bom poder criar Megan em um mundo onde ela não precisasse fugir dos olhos do Conselho ou da Cinza. Uma paz de espírito se mescla à tensão. Ele respira fundo e avança.
O samurai olha para os lados e não vê ninguém...apenas um beco escuro, os prédios ao redor impedindo a luz do sol de iluminar decentemente o lugar. Ele não via nada ali, apenas uma caçamba de lixo gigantesca e o cheiro podre que vinha daquele ponto.
N se aproxima, tentando fazer os olhos se acostumarem com a escuridão. É quando ele tem uma sensação ruim vinda pela direita, e tem o tempo de ver a lâmina rasgar o ar em direção ao seu pescoço. [role um teste de Reflexos: 1d20+Reflexos]
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Mensagem por isaac-sky Sex maio 23, 2014 4:51 pm

Lembro-me subitamente do meu primeiro contrato de assassinato: eu tinha sete anos, a mesma idade que Megan tem agora, e eu tinha sido mandado para matar um policial de rua que investigava demais.
Fingi estar perdido, chorei como uma criança comum e quando o atrai numa mentirosa busca por meus pais, rasguei sua garganta.

Talvez fosse o mesmo beco. Talvez não.

N: 1D20+3 => [ 17 ] +3 = 20

Meus instintos e treinamento me alertaram da espada rasgando o ar e num passo para trás e jogando a cabeça igualmente, desvio do corte.

Tiro Risco das costas e desembainho. A lâmina negra refletindo as luzes dos postes.

"Escolheu a pessoa errada"

Giro a nodachi e ataco o inimigo com um corte vertical:

N: 1D20+4+5 => [ 13 ] +3 (Bonus força)+5 (BBA) = 21
N: 1D10 => 8 + 3 (Bonus força) = 11.

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Mensagem por Pedro Oliveira Sex maio 23, 2014 4:58 pm

- Dá-me licença Senhores.

E com um gesto de cabeça, se despede e se posiciona atrás da bancada do juri, num ponto onde dá para ver  e ouvir toda à reuniao. Eis que dúvidas começam a surgir em sua cabeça, a qual propósito os líderes vieram pessoalmente a Arsin, visto que não é muito frequente. E com muitas perguntas aparecendo ele presta atenção não só na reunião, mas no posicionamento dos guardas e todo o salão.
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Mensagem por lgsscout Sex maio 23, 2014 5:45 pm

Considere que fiz um teste de Conhecimeno em Dungeons para ver se tenho conhecimento ou consigo ver alguma dungeon na área devastada. (E falhei miseravelmente => 1 + 5 + 2 + 3)

Sigo Gwen me esgueirando por entre a multidão. Percebo sua agitação e sinto haver algo estranho. "Espere! O que houve?" Vejo ela parar perante os guardas e rapidamente busco esconder a mim e a ela.
(Teste de Conhecimento Arcano para tentar saber algo sobre os guardas: 10 + 5 + 2 + 3 = 20).

Conto o numero de guardas e avalio seu equipamento.
(Percepção: 3 + 5 + 2 = 8)

"Eles estão realmente falando da Nilee?" Sussurro. "Se acalme."

Tento lembrar do local onde estamos e se há um meio para dar a volta pelos guardas sem ser visto.

...

Off: Lágrima? Só pegar ela, juntar com uma espada longa e mais uns mil e pouco de gold e é GG.
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