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Capítulo 3 - Sangue & Poesia

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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Yoru Sex maio 22, 2015 12:50 pm

      Driblando os focos de combate, o alquimista notou, além da guarda real e dos soldados Neo FASE, guerreiros de preto auxiliando na batalha. Só pela roupa poderia tê-los tomado por membros da Malha de Ferro no Leste, contudo tinha dúvidas. Não acreditava que Ichigo possuía seu contingente completo quando visitaram o esconderijo subterrâneo, principalmente depois de saber sobre o pessoal destacado para a tal apresentação.
      No meio do caminho outra maldita criatura aracnídea pulava de um beco, no caminho deles. Surpreendidos, teríam sido pegos se não fosse uma sequência de raios, que logo descobriram se tratar de um homem e suas espadas. Monstro fatiado, Ryusashi se apresentava os confundindo com civis. O que era verdade.
      Com um meneio de cabeça, Desmond agradece olhando-o atento a suas feições.
      — Você é Ashitaka...! — disse, recebendo um olhar que dizia: "E você?" — Sou Desmond... — Haviam muitas formas do alquimista se apresentar, nenhuma que valesse o tempo de um nobre como ele e a urgência de seu povo. — Esta é Sanna, minha irmã, líder da Malha de Ferro, grupo com o qual está aliado. Aqui deve conhecer outro representando este cargo: Ichigo.
      Pausou, tentando reunir tudo que pudesse resumir para convencê-lo. Então prosseguiu:
      — Sei que você e seu irmão tem suas diferenças, mas ambos foram enganados. — Até nós fomos inocentes acreditando que esse desentendimento era natural, provocações de guerra são graves. — Nós sobrevivemos a uma emboscada e descobrimos que há um espião na Tekkin, quem causou as explosões que incendiaram a Cidade Baixa. Essa pessoa fomentou a discórdia entre os dois, e agora deu a cartada final fazendo-o crer que Kenshi pretendia descartar os moradores da periferia. — Ryusashi Ashitaka não parecia tão irado quanto Desmond esperava que estivesse. — Mas você viu a guarda no resgate aos moradores, não foi?... — Ótimo, eu nem precisava estar falando isso tudo. — Por isso está aqui ajudando na Cidade Alta...
      A chuva, os ventos e relâmpagos o lembravam da tempestade arcana que os queria engolir. Ainda podia sentir a origem daquilo. Mirou outra vez para o topo da colina. O olho do furacão. Parecia que nunca chegavam, só se aproximavam do palácio.
      — Essas criaturas continuarão surgindo seja lá de qual inferno vieram. — Desmond apontou para o castelo do imperador. — É dali que vem este caos. Estamos tentando chegar ali para ajudar nossos amigos há um bom tempo. Aposto que tem alguém querendo limpar o Leste todo. — Com um aceno, Des sinalizou à irmã que continuariam. — Venha conosco, Ashitaka. Se quer mesmo salvar esse povo, algo me diz que apenas lá teremos a chance de fazer isso.
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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Aleleeh Sex maio 22, 2015 8:15 pm

A árvore era realmente majestosa. Faço um sinal para que Pane continue me seguindo, apenas:

- Oh, entendo. Precisamos de uma audiência com sua Rainha, sabe... sou Eve. Como poderíamos conseguir essa tal autorização, senhorita?

Ouço Pixie e a impressão da fadinha:

- Sim, não somos daqui. Somos forasteiras, fomos mandadas aqui com uma importante missão. - desde quando havia criado coragem para atuar? - Temos informações preciosas para a Rainha das Fadas, algo que envolve o sangue da própria.
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Mensagem por arcanjosna Seg maio 25, 2015 6:13 am

- mas que droga... Eu não tenho como proteger todos e agir ofensivamente ao mesmo tempo...

Minha mente me cobrava a incapacidade... Não poderia deixar mais gente morrer, principalmente meu irmão. Não ele, não agora que o encontrei.

- "minha pequena parceira. Perdão pelo lapso, achei mesmo que Lana seria capaz de te ouvir... Consegui identificar 5 feitiços de proteção... Precisaríamos de magias de manipulação e evocação de 4o e 5o círculo... Uma de cada já serve. Ainda há duas magias que não consegui ler... Mas apostaria novamente em manipulação e evocação de nível muito alto... O que você consegue pra mim?"

Observo em volta, alguém teria que cobrir N... Se ninguém tomar o fronte de batalha, ele irá morrer...

- Katheryn. Temos de resgatar ainda N e Yasuo... Se eles morrerem será o fim dessa noite!
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Mensagem por Stein Seg maio 25, 2015 7:00 pm

Ashitaka parece avaliar as palavras de Desmond por algum tempo. Sanna percebe que observar os dois é como reconhecer comandantes de guerra que se avaliam unicamente pelo olhar, ambos determinados, ambos sinceros em cada expressão. Era possível reconhecer um líder pelo olhar, Gauls os ensinara. Era possível reconhecer um homem confiável da mesma maneira.
- N e Katheryn provavelmente me falaram de vocês - ele diz, por fim. - Os soldados de meu irmão me contaram o ocorrido. Parece que ambos fomos enganados, e eu quero muito conhecer o responsável por tornar o meu país em um inferno. Apressemo-nos.
E eles avançam em direção às escadas de pedra.
---------------------------------------------

"Eu não... quem fará, é você", a voz ecoa na mente de Dakato, quando ele toma a arcanina negra entre os dedos e sente como se sua existência deixasse de ser algo único, concreto e definível. Dakato era agora como um ligamento, um elo, uma ponte entre dois mundos, duas formas de existência completamente diferentes entre si, e ao mesmo de origens tão semelhantes. A sensação é quase indefinível, alienígena, estranha, incalculável, completamente abstrata. Dakato era um canalizador.
"Há um preço que se paga para abrir uma das portas, e nem sempre é possível forçar a tranca. Mas... de algum modo... você é diferente... eu sinto que posso te ajudar... venha." A mão diminuta toca os dedos do mago, os olhos violeta penetram em sua mente como uma lembrança distante. Pane. Ele sente sua consciência flutuar, seu espírito deixar seu corpo por um instante que levaria uma eternidade. Ele sabe que paga por algo que não compreende, que agarra uma esperança que não é unicamente para ele. Mas, de alguma forma, ele sente que faz o que deve ser feito.
E apenas ele pode fazer.
"Este não é o seu mundo", diz a criatura de cabelos azuis e violeta, como seus olhos, a pele alva sem imperfeições brilhante como se possuísse luz própria, suas feições tão lindas como Dakato jamais teve o menor vislumbre. Seu corpo, contudo, deveria ter menos que três polegadas, e as pequenas maças de seu rosto pareciam levemente enrubescidas por algum motivo.
Dakato observa o lugar ao seu redor, um misto de cores como uma aurora boreal infinita, um ar frio que suspende sua consciência num estado de tranquilidade e alerta, como se todos os sentidos de seu corpo não fizessem sentido algum. Ele agora sentia com a alma, e somente aquilo importava.
Ele olha para frente e o que vê é uma enorme porta em granito com diversas alegorias, símbolos em uma língua antiga que ele não poderia esperar compreender, desenhos que remetiam ao início do mundo, à criação, ao fluxo da vida e a uma força que regia tudo.
Magia.
"Abra. Se tiver certeza do que quer."
Dakato já lera sobre aquele lugar, mas a literatura não poderia prepará-lo para o que via, muito menos para o que sentia. Ele estava de frente para a origem de tudo o que estudava, de tudo no qual acreditava. Dakato estava de frente para o que os místicos conheciam como As Portas do Sonhar..
Era ali que o Universo forjava os Desejos, a capacidade de mudar o mundo. O berço da Magia.


- Dakato! - berra Lana, quando o mago parece entrar em um transe profundo e desmaiar, para a surpresa de Lana e Katheryn. - Essa não - ela parece paralisada ao notar a aproximação de Ichigo.
Katy prepara uma magia de cura, lutando contra o próprio sentimento depressivo que ameaça devorar sua esperança de assalto. Ela sente a energia fluir por seu corpo até suas mãos, correndo pelo ferimento do imperador e impedindo o sangramento o bastante para que ele não morresse ali. Contudo, ela sabia que estava longe de ser o suficiente para reparar os enormes danos internos causados pelo ataque daquele demônio.
- Obrigado... - Kenshi lhe direciona um olhar significativo, num agradecimento que não cabia em palavra alguma. - Essa noite, por três vezes, eu fui resgatado por você... agora, quando o teto desabou... e com a sua interpretação no teatro - ele se levanta com dificuldade, desarmado, pois sua espada não se encontrava junto de si. - Eu fui um tolo por tempo demais, cego pelo dobro de tempo... mas nunca imaginei que uma mulher abriria meus olhos dessa forma - ele faz uma pausa, respira, e encara Katheryn diretamente em seus olhos. - Obrigado.
Um urro de batalha, um clamor pela sobrevivência que apenas um guerreira era capaz de produzir. Eiji estava mais uma vez de pé, sangrando como jamais sangrara, os membros tremendo pela perda de sangue e pelos danos inimagináveis sofridos. Ele empunha o arco, retesando uma flecha de pena vermelhas, tingidas por suas mãos. E um disparo atinge as costas de Ichigo em cheio.
O inimigo produz um urro de ódio, incapaz de arrancar o projétil entre suas omoplatas. O sangue escorre por seus lábios, enquanto ele cerra os dentes de tal maneira que suas gengivas esbranquecem.
- Eu vou arrancar seu coração... eu vou devorar o seu olho e atirar suas vísceras ao fogo! - ele encara Eiji com um olhar demoníaco, e o samurai sente o medo lhe abraçar o espírito, sendo repelido com muito esforço por seu próprio ímpeto. Ele não iria ceder. [Eiji está com 0 PVs e pode desmaiar a qualquer instante. Seu deslocamento foi reduzido pela metade, e você só pode andar ou atacar num único turno, impossibilitado de fazer os dois. Se receber um dano de mais de 16 pontos, Eiji sofrerá morte definitiva].

- Então é esse o seu senso de diversão, meu irmão? - a voz ecoa da entrada do teatro, ao passo que vocês se viram para ver de quem se tratava, e seu deparam com Desmond, Sanna e um homem de cabelos longos, uma trança única correndo por suas costas, as mãos empunhando uma espada cada uma, pulsando de energia elétrica. Katheryn e Eiji reconhecem o aliado instantaneamente.
- Ashitaka! - exclama Kenshi, e seus olhos tremem, como se ele contivesse uma incrível vontade de chorar por ver o irmão. O orgulho, contudo, era duro como pedra.
- Olá, meu irmão, creio que tenhamos muito o que conversar - diz o outro, a mesma expressão dura devolvida sem hesitação. Ele se aproxima, seguido por Desmond e Sanna, que reconhecem os amigos naquela cena bizarra de morte e destruição, onde dezenas de soldados jaziam imóveis em meio aos escombros. Ashitaka avalia Kenshi, e ambos se observar de frente um para o outro, como dragões que se encaram, avaliando as forças um do outro. Os mesmo olhos, a mesma expressão, a mesma determinação. Ashitaka lhe ergue uma das espadas. - Luta ao meu lado?
- Será um prazer - responde Kenshi, apanhando a arma.
Relâmpago e Trovão estavam agora em mãos diferentes, mas o Dragão era sempre um só.
----------------------------------------------------

- O sangue da Rainha?! - a guarda olha para Audrey com surpresa, evidentemente sobressaltada. Aquilo pega Audrey desprevenida... ela não imaginava que seria tão fácil convencer aquela criaturinha. - Isso é sério! Venham comigo, agora.
Numa situação surreal, Audrey se vê de frente ao tronco da árvore imensa,    onde consegue notar uma espécie de porta formada por runas talhadas na madeira. A fada se aproxima, recita algumas palavras e penetra um ponto específico da madeira com sua lança, ao passo que a porta magicamente se abre.
- Entrem, depressa - ela ordena, e Audrey e Pane se impulsionam para frente, seguidas por Pixie.
Fácil até demais.

Leva um abrir e fechar de olhos, até que as duas garotas se vêm num enorme salão comunal, construído em meio aos ramos e folhagens, de uma beleza indescritível. Era como estar na morada de alguma criatura mágica que Audrey havia lido em seus livros infantis, o que lhe invoca um sentimento de descoberta e realização muito maior do que ela esperava.
À sua frente, Audrey e Pane admiram a figura de uma mulher de cabelos muito loiros, quase brancos, descendo em cascatas acompanhando o vestido azul até o chão. Seus olhos são de um violeta característico, sua pele é branca como as nuvens e seu sorriso é tão caloroso quanto o sol após uma tempestade. Ela abre a boca para falar, e seu tom é tão angelical que a compreensão lhes vem de imediato.
- É um prazer recebê-las - diz a Rainha das Fadas.
Atrás da dama, elas podiam observar um homem sentado em posição meditativa, de olhos fechados, completamente imóvel, trajando um enorme casaco de peles e o colar brilhante em forma de presa que lhe pendia do pescoço. Era difícil reconhecer Thomas Shipsail sem o braço mecânico, mas saber que o amigo estava vivo trazia um alívio imenso ao coração das duas garotas.
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Mensagem por Aleleeh Seg maio 25, 2015 8:42 pm

Demasiado fácil..!, penso, impressionada pela simplicidade da fadinha nos permitir entrar.
Pane me acompanhava, segurando um pedaço da renda das minhas roupas.
Lá dentro era ainda mais bonito que nos livros... ver ali, com nossa própria retina era algo resplandecente e inesquecível. Gostaria de registrar tudo... mas isso terá de esperar..., reflito.
Ao nos depararmos com o imenso salão, a majestosidade da moça nos revela quem era: finalmente, estávamos defronte com a Rainha das Fadas:

- Obrigada, majestada. É uma honra estar aqui, se me permite dizer. - sorrio, efusiva e sinceramente - Sou Eve e essa é Pane, viemos de long...

Thomas estava logo ali atrás... parecia meditar, calmo.

Tento continuar o diálogo após ter percebido o homem ali:

- ...longe porque temos recados importantes para vossa magnificência. Gostaria de discutir logo esses assuntos.

Preciso falar de Shipsail também... mas, antes, precisamos ver se ele está bem... se essa Rainha apenas o está mantendo como um convidado.
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Mensagem por arcanjosna Seg maio 25, 2015 9:07 pm

Como? Eu... Estou aqui mesmo?...

É incrível. eu estou no lugar que muitos magos sonham encontrar... E que a grande maioria não ousa procurar...

A fada... Em meu coração sabia quem falava comigo. E era linda. Como era linda. Lembro de minha amada no ato. A nostalgia de um amor impossível que parece tão distante. Nem parece que vi aquela garota a poucos dias.. Mas chega, Dakato. Você tem uma missão. Faça o que deve ser feito.

- Farei o necessário... E juro que estou com vontade de te beijar, garota!

Meto a mão na tranca, faço um meneio respeitoso e tento abrir.

- Eu aceitoo que tiver pra mim. vindo com o poder para destruir o mal, eu sou seu.

- ME MOSTRE A VERDADE!
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Mensagem por ritter Seg maio 25, 2015 9:13 pm

Então... O dragão não é apenas Kenshi... O verdadeiro dragão é quando os irmãos estão juntos...

O poder que os dois pareciam transmitir, lutando juntos, era assustador e belo, ao mesmo tempo. As palavras de agradecimento do imperador tocam meu coração, eu finalmente estava ajudando alguém... E não era apenas por vingança. A chegada de Desmond e Sanna acalma, de certa forma, meu coração.

Ichigo parece ir na direção de N. Eu tinha que fazer algo, nós ainda tínhamos que salvar Megan!

Me sento no chão, de joelhos. Com voz suave, começo a cantar... Uma canção antiga de meu povo, passada pela minha família de geração em geração... A música que leva o nome dos antigos Blood-bond.

- Celestial Bond... Os heróis sem canção... - Digo, em voz baixa.

Há muito tempo atrás eu fui para a praia
Sussurrei o meu desejo para uma brisa do Norte
O vento levou o desejo para o alto das estrelas
E disse a eles o que eu perdi de todo o meu coração

Eu estava hipnotizado pelo rolamento da maré
Deitei na costa e algo me perturbava no céu
Como uma estrela cadente, meu sonho se foi
Eu a fiz em minha mente
Eu não quero acordar

Quando é que o tempo vai curar e cumprir o sonho do meu coração?
Quando vamos nos unir em um só e iluminar a nossa própria estrela?

Todas estas memórias
Vou guardar no meu coração
As palavras são tão inúteis
Uma ligação para além do lado mais puro

Por milhares de vidas
Vou esperar para sentir
Um momento de passagem da felicidade
Para ser envolvido pelo silêncio

*Fascinate em Ichigo, DC 16 Vontade.*


Música, pra quem se interessar:
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Mensagem por isaac-sky Ter maio 26, 2015 10:04 am

Não posso deixar de sorrir por um instante.

Ichigo poderia ser o monstro que fosse, mas uma flecha ainda lhe machucaria.

O medo que ele emite com seus olhos é um medo indescritível. A sensação de fracasso, o medo de que Megan fique ferida...essas coisas me amedrontam mais do que minha própria vida.

"Hellhound, Risco...isso não acaba aqui"

Estava pronto para sacar outra flecha, os músculos já estão doloridos enquanto a adrenalina ao puxar a espada de meu ventre começa a passar, os cortes são de uma dor tão forte que minha mente desligou a dor.
Sinto a letargia sobre meu corpo, estar a um fio da morte...

E então eu sou surpreendido mais uma vez com amigos chegando na última hora.

- Sanna, Desmond, Ashitaka...achei que iam faltar a festa - digo, com dificuldade para manter o foco de visão em um Ichigo enfurecido.

Era hora de agirmos em conjunto. Ele ainda era um contra todos nós.

A flecha está pronta, posicionada no arco.
Achei que aquele era meu último disparo. Ainda respiro. Ainda estou vivo.

Até meu corpo estar seco, e não houver uma única gota de sangue, vou lutar.

Sorrio por completo quando escuto a canção de Katheryn. Ichigo tentava primeiramente minar nossa coragem...Katheryn também está entendendo que não é a ausência de medo, e sim, a determinação para prosseguir mesmo com medo.

O Dragão, Ashitaka e Kenshin, avança no combate. O quão glorioso teriam sido os dois se tivessem unidos desde o início.

Faço a mira, puxo a corda e disparo. Não há como recuar, eu não vou conseguir me mover, vou confiar que meus amigos impeçam o dano fatal...ou morrerei sabendo que Megan não está sozinha, pois nossos amigos lutam juntos.

- Megan...

1D20+8+1+2 => [ 16 ] +8+1+2 = 27
1d6+3+2+8 => [ 1 ] +3+2+8 = 14

A flecha voa enquanto a esperança começa a renovar nossos amigos.
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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Yoru Ter maio 26, 2015 5:21 pm

      Como havia pensado, bastava bater o olho na cena para descobrir a situação real. No meio de inúmeros homens caídos, Desmond identificou alguns de pé, a maioria eram companheiros seus. E, entre eles, claro, o inimigo. Parecia um homem, estava de costas; a silhueta era familiar mas difícil de resgatar. O dia havia sido extremamente longo e cansativo, e o granadeiro sobrevivera a tantos oponentes que mal podia lembrar metade dos rostos furiosos que encarara. O solo acima do piso de madeira e entre os corpos possuía blocos de pedra destruída, areia e cacos de vidro, tudo coberto com certa porção de sanguinolência. O castelo situava-se numa região alta, um monte, portanto sabia que a areia era intrusa; além disso, o rombo gigante permitia a luz dos relâmpagos invadir o centro do salão como o autor fizera anteriormente. Magia, constatou o alquimista, muita magia.
      A primeira que viu foi Katheryn, que dedicou apenas um olhar de atenção e logo voltava seus esforços ao combate com uma canção. Em seguida viu Dakato e Lana, reunidos sobre alguns equipamentos e a estranha pedra escura conquistada no torneio de Aria. Isso estava com ele o tempo todo? Percebeu que na verdade o tecnomago estava desacordado, numa espécie de transe, a mulher tentava reanima-lo. Teria ido verificar se Tachibana não fora pego por algum feitiço mental, no entanto encontrou outra prioridade. Noutro canto, mais próxima que a moto tombada que N arranjara na vila dos Nolepeleko e mais distante que o próprio samurai, uma redoma flutuante continha um corpo pequeno e frágil, a figura de cabelos claros dormitava sob um óbvio efeito sedativo. Megan...!
      Segundo após segundo a fúria crescia dentro de si. E ele sabia em quem devia descarregar toda ela. Nem precisava de uma seta para lhe apontar a ameaça, já possuía uma cravada nele.
Os dois combatentes ao fundo notaram o trio recém-chegado, e agora Desmond conseguia mirar aquela fuça de traidor.
      — Sanna, Desmond, Ashitaka... — dizia Eiji — achei que iam faltar a festa.
      — Jamais — respondeu Des. — Podemos nos atrasar um pouco, mas nossa família ama confusão e comemoração.
      Ichigo. O que mais desejava era pular para cima dele com os punhos em chamas, partir-lhe todos os ossos por ter os direcionado para uma emboscada, torrar sua carne pelo incêndio na Cidade Baixa e lançar seus restos à horda de feras que estavam sendo invocadas; e por, o que estivesse fazendo com a pequena Megan, só podia esperar que sua alma caísse num inferno muito profundo no qual sua pobre existência fosse destroçada pelas criaturas do abismo. Contudo esse não era o tipo de apoio que os amigos estavam precisando, ciente disso, manteve-se calmo.
      — Sanna, vamos evitar bombas — disse para a irmã —, acho que muitos estão somente inconscientes. — Mexendo nos bolsos e dentro da fenda do quimono, o alquimista reunia alguns itens. Numa mão puxou um pé de coelho e uma espécie de chaveiro com uma insígnia que representava um alvo. — Fique com isto — disse, entregando a insígnia —, vai saber quando for a hora certa.
      E com o outro material, o alquimista desenhava com fogo um círculo alquímico suspenso, o qual sugou e aqueceu parte da água no ar, que serviu para cozinhar rapidamente o pé de coelho, tornado num cubo de gelatina avermelhada; feito isso, despejou a solução do ar para o chão, formando uma poça vermelha e com o reflexo de um outro diagrama. Levantou um pé de sua posição, e o primeiro passo foi exatamente contra o líquido, que chiou e evaporou como se sua sola fosse ferro em brasa. O vapor subiu-lhe às pernas assim que continuou o andar, primeiro uma grossa tinta carmesim que gravou diversos cálculos de potencialização, a segunda camada veio como um revestimento transparente que se moldou em botas de vidro escarlate. As cores se apagaram e o que se via novamente eram somente os pés com os chinelos orientais (Adjuring Step).
      Passando veloz ao lado da dançarina que agora cantava, Des tocou-lhe o ombro delicado, levou um joelho ao piso e disse:
      — Não quero atrapalhar sua música, mas me falta energia para fazer isso do jeito agradável e precisaremos de você e sua espada daqui a pouco, Kat.
      Então juntou as palmas entorno do ponto deslocado e forçou-o de volta (Cura 26 = 9 + d20 (Desmond: 1D20 => 17)).
      — Vamos cercá-lo — disse para todos os aliados.

Continuação:
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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Pedro Oliveira Ter maio 26, 2015 7:36 pm

- Nobre Rainha, não temo mais nada, se não perder aqueles a quem amo, e eles são meus amigos.
Não tenho mais nada nessa vida se não a amizade, e não não temo a NADA, nem a própria senhora Morte.

- Preciso de roupas,e meus equipamentos, por favor, não posso ir ao Leste sem roupas e despreparado, espero que me entenda,as respostas que busquei em Dracma não encontrei, tens um novo aliado para suas pelejas, o Majestosa Rainha.
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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Stein Ter maio 26, 2015 8:28 pm

Os irmãos Ryusashi ficam em uma mesma posição, concentrando uma energia estupenda que desprende pequenos relâmpagos de seus corpos. Seus olhos cerrado. Seus membros rígidos, imóveis. O chão abaixo de seus pés produz pequenas fissuras , enquanto uma aura esbranquiçada corre por seus corpos, acumulando-se mais e mais a cada segundo.
Katheryn executa sua canção, tentando direcionar um encantamento de fascinação contra Ichigo. Ela desejava proteger o samurai com tudo que tinha... mas ela sabia que não seria o suficiente. Ichigo parece surdo ao seu encanto.
A dor lancinante vem sem aviso, seguida de um estalo forte e de um alívio imediato, quando Desmond coloca o ombro de Katheryn de volta à posição original. A dançarina sente gratidão pelo feito, mas sua atenção se volta rapidamente para frente, assim como a do alquimista... N estava em grave perigo.

A flecha disparada atinge Ichigo em cheio no peito, mas Eiji percebe que seu alvo não faz o devido esforço para se esquivar... em seus olhos, há ódio, trevas e morte, e Eiji sente o cheiro do próprio sangue lhe subir até as narinas. Ele sente o gosto acobreado quando o líquido atinge sua garganta e seus órgãos interno começam lentamente a entrar em colapso devido ao esforço extremo.
Seus olhos vão diretamente em direção à redoma de Megan...

A criatura alada enrubesce com as palavras de Dakato, tapando os lábios como uma criança inocente. O mago acha graça, mas se recompõe, toca as portas de granito e tem a sensação fria que imaginava... o tempo para, ele ouve a própria respiração, próxima e distante, como se seu corpo original não estivesse ali. Ele se recorda de todo seu estudo, de tudo que vira até ali, de tudo que aprendera com suor e esforço, com lágrimas e sangue.
- Abra - diz a fada.
E Dakato impulsiona os braços para frente...


- Você é um tolo, Eiji Tachibana - diz Ichigo, olhando diretamente para os olhos do samurai. Eiji sente a dor aguda lhe pressionar o abdômen, queimando o plexo solar, atravessando sua coluna vertebral e despontando em suas costas. Ele não consegue sentir os membros, sua vista embaça, e ele logo não sente dor alguma. Mas ele ouve... ouve um mundo borrado e cruel, um mundo que ameaça roubar sua esperança, suas crenças, seu juramento. Sua filha. - Os humanos são frágeis, eu lhe disse... também são ladrões, usurpadores, traidores e egocêntricos. Um câncer que corrói Gaia desde sua criação. Vocês entraram em guerra consigo mesmos, e parte de vocês se rebelou, desejaram o mundo apenas para si e assim criaram seu maldito Conselho. Mas a pequena centena de vocês que se manteve firme criou um elo duradouro conosco... servindo ao caminho correto, nunca se desviando do objetivo final. Esses humanos se tornaram cada vez mais místicos, cada vez menos sentimentais, mais coerentes, mais racionais... mais cinzas, como nós. E você era um desses. Mas agora você se uniu ao lado errado, samurai... você pecou ao tentar negar à nossa Rainha a change de caminhar novamente por este mundo. E por esse e todos os outros pecados, vocês são responsabilidade nossa, pois nós lhe oferecemos o que tornou vocês essas aberrações descontroladas. Fomos nós que criamos essa doença... e somos nós que iremos mitigar sua existência.

Dakato perde a respiração, quando as portas se abrem se supetão. Ele vê os múltiplos olhos que se esgueiram na escuridão, observa a enorme quantidade de energia arcana que emana de dentro daquele portal, como um imã que absorve sua atenção por completo, e ainda que o medo ameace coloca-lo fora de sua consciência, ele sabe que aquilo não é possível nem que ele queira. Dakato está completamente desperto... o bastante para enlouquecer.
"A verdade é como uma centelha", Dakato ouve um milhão de vozes diferentes emergirem em sua mente, enquanto ele capta uma infinidade de símbolos, alegorias, runas e imagens diversas, uma mescla de passado e futuro que ele não sabe dizer ao certo. Contudo... pouco a pouco... ele começa a assimilar cada nova informação, cada novo segredo que lhe é revelado. "Ela se acende por um tempo e quanto mais você a alimenta, mais forte ela fica. Contudo, uma centelha jamais é eterna, e a verdade também não o é. Há uma relação intrínseca entre a verdade que se busca, e a verdade marcada nas linhas do tempo. Você pode observar  a linha e ver exatamente o que aconteceu... mas o quanto é possível alterar uma verdade apenas com palavras? A centelha é instável. A verdade nunca é eterna. Mas a sua capacidade de mudar a sua própria verdade é real. Desde que você acredite no que é verdade ou não para você."
Um desejo, Dakato compreende, a chance de mudar o mundo com uma verdade só dele. O poder de negar um acontecimento e alterar a trama do universo. Segundo os arcanos, era A Magia Proibida, um pecado contra o fluxo da vida.
Aquele poder seria capaz de trazer de volta as pessoas mortas por Ichigo, ou quebrar sua barreira, ou mesmo libertar Megan. Aquele poder seria capaz de libertar a Vila Nolepeleko ou reverter a maldita tranca que aprisionara os sentimentos de Pane.
Aquele poder era extremamente perigoso.


- Morra, como o verme que és, traidor - Ichigo deixa o corpo de Eiji desligar por seu braço enrijecido e ensanguentado, atingindo o solo com o único olho ainda mirando na direção de Megan... completamente sem brilho. A vida deixara aquele corpo, para o desespero de seus amigos.
Não havia despedida, não havia clemência ou beleza. A morte era fria, crua. Real.
Eiji Tachibana... N... estava morto.

Dakato abre os olhos de súbito, observando o teto destruído do teatro acima de si. Ele ouve os gritos desesperados ao seu redor, voltando a absorver o odor de sangue que vinha de todos os lados. Ele não sabe o que aconteceu, não sabe se o que viu foi ou não real... mas seu coração está leve na mesma intensidade que sua mente pulsa de informações novas. Dakato sente a Ressonadora pulsar entre seus dedos, ao passo que a arcanina negra se encontrava na outra mão, morna como ele sempre a sentira.
Ele se levanta, pronto para encarar Ichigo. Então, percebe que o mundo está diferente, com uma profundidade estranha... o pensamento se confirma quando ele toca o olho direito e não vê sua própria mão.
"Há um preço que se paga para abrir uma das portas", havia dito a criatura alada.
Ele cerra os punhos... e soa frio ao ver o corpo inerte do samurai no solo.
Desmond trinca os dentes, Sanna arregala os olhos. Katheryn perde a voz em meio ao seu cântico.
Eiji está morto.
--------------------------------------------------------------------------------------

"É bom ouvir sua resposta" diz a Dama, tocando a fronte de Thomas. Ele se lembrava também que ela não lhe concedera vestimenta alguma, equipamento algum. Apenas lhe dissera que ele tinha tudo que precisa bem ali, e ela lhe toca o pingente que um dia seu pai recebera de sua mãe. "Isso lhe conferirá toda proteção que precisa. Não sei onde conseguiu isso, Thomas de Arsin... mas garanto que quem lhe deu isso, deve lhe amar muito."
A próxima coisa que Thomas se lembrava, era de sentir o peito leve, quente, e seu corpo havia suavemente se assentado no salão comunal, onde a Dama executara um magia estranha envolvendo seu pingente. Em seguida, ele não estava mais lá.

- Eu vi na mente de Thomas a sua missão - a Dama interrompe Audrey, tomando-a de surpresa. - Eu sei quem e o quê vocês são. E não, isso não me agrada... mas seu amigo me fez lhe dar uma única chance. Não é a mim que vocês devem pedir o que desejam... pois eu sou incapaz de quebrar o selo ancestral que encerra sua família - seus olhos recaem em Pane, e Audrey percebe que a garota quase se desestabiliza. - Contudo, seu amigo possui algo muito valioso, que pode lhes auxiliar.
A Dama se encaminha na direção de Pane e Audrey, tocando suas frontes com delicadeza, ao passo que as duas garotas sentem seus corações leves, puros de qualquer maldade ou remorso. Incapazes de fugir ou se rebelar.
- Minha irmã, neste exato momento, está prestes a emergir em seu mundo, como previso pela profecia - diz a Rainha das Fadas, seus olhos tão penetrantes que seria capaz de ler as almas das duas mulheres. - Nem mesmo eu seria capaz de mudar o inevitável, o que foi previsto há mil anos por mim mesma. A existência de minha irmã é poderosa demais para que a realidade de Gaia a aceite, e para tanto ela usará o corpo da criança que a ciência humana se propôs a criar. Se vocês não se apressarem... tudo estará perdido.


Thomas ouve as vozes de Audrey, Pane e da Rainha, mas ele não sabe de onde as vozes vêm. Subitamente, ele não ouve mais nada, não vê mais nada, como se estivesse suspenso em um gigantesco oceano sem cor. Ele sente frio, como se estivesse nu na escuridão, exposto ao limite.
"Quem é você?", a voz ecoa em sua mente, vindo de cada partícula daquele imenso oceano.
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Mensagem por Yoru Ter maio 26, 2015 11:51 pm

      Impossível!, foi só isso que Desmond teve tempo de pensar enquanto via Ichigo surgir num piscar de olhos junto de Eiji. Essa velocidade...
      Enfurecido, o granadeiro bem que poderia explodir metade do lugar para acabar com aquele monstro assassino, no entanto insistia na própria calma. Sacou algo semelhante a um sachê, fez um corte com o dente e despejou uma espécie de farinha azul num frasco com água; agitou o vidrinho com o polegar tampando o gargalo; revelou uma seringa e usou a agulha para sugar o líquido brilhante do interior do recipiente (Arcane Sight).
      — Sanna — chamou Des, mas acabou pegando-a de surpresa com uma pontada na coxa lisa. — Isso serve só pra você enxergá-lo. Só você, entendeu?

[Off: Bora fazer o que os herois fazem: lutar sob qualquer dificuldade.]
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Mensagem por ritter Qua maio 27, 2015 12:00 am

- Não... N!

É tudo que consigo dizer, enquanto vejo a cena acontecer tão rápido. Aquilo não podia estar acontecendo. Os olhos voltam a marejar, parecia que não acabaria nunca.

Não, deve haver algum jeito.

Me levanto rapidamente, tentando enxugar os olhos e ativo a battle dance. Com ela, corro o mais rápido possível para pegar usurpadora e retornar para onde estava, junto dos outros, mantendo total distância de Ichigo. Ataca-lo de frente seria estupidez.

Você pagará... Ichigo!
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Mensagem por isaias_tsuiwa Qua maio 27, 2015 6:51 pm

*Um ódio fervente brotava de meu ser ao ver Ichigo golpeando fatalmente o samurai, levando-o a óbito*

*Sinto um nó na garganta acompanhado do marejar em meus olhos ao ver tudo acontecendo, afinal, 'será que ainda temos alguma chance de parar esse verme?' *


'Garantindo a vida dos seus, pois ninguém nos reconhece como gente, mas nós somos família.' *Ecoa repetidamente em minha mente enquanto as lágrimas brotam de meus olhos*

*Sinto uma leve pontada após Des falar comigo e rapidamente levo a mão a minha bolsinha de alquimista e rapidamente retiro dois bastonetes-Smokestick- e os icendeio dizendo a mim sussurando*

'Samurai caolho, aguarde-nos que iremos dar um jeito de te trazer de volta'


*Rolo um dos bastonetes para frente que em conjunto do outro que está próximo de mim com o objetivo de criar uma cortina de fumaça imensa envolvendo aquele o ambiente e consequentemente cegando Ichigo*

"Des, vamos mostrar a esse bruxinho maldito o verdadeiro significado de Malha... vamos todos juntos, matar ou morrer"

*Levo minha mão a wakizashi com um sorriso em meu rosto enquanto envio um comando mental para ativar a propriedade ácida da lâmina*
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Mensagem por arcanjosna Qua maio 27, 2015 7:27 pm

Acabo de tornar à minha realidade... Então... Tudo aquilo... Sempre foi assim?

Tanta coisa me foi revelada que sequer consegui organizar tudo na cabeça e... Droga... N.

Demorei tanto a encontrar meu irmão e agora o grande idiota morre. Não fosse a estase e que me encontro... E... O que são essas linhas? Se eu puxar aqui...

Puxo o cordão vermelho... A mão de Ichigo sai de dentro de meu irmão, a ferida se fechaa...

Mas ainda vejo a imagem anterior... É como se pudesse navegar pelo tempo, como se fosse um registro... Soube de um grande mago Valoriano que sofria de uma doença a que o fazia enxergar tudo dessa forma... Então... Aquela névoa toda... É o futuro, imagino eu...

O poder que consegui não é tão forte... Tenho duas atitudes... Mas o primeiro passo, é atacar nosso algoz.... Mas antes, tenho que tentar entender como funciona essa translação astral divina que ele fez... Se fosse só para invocar e levar megan, ele teria sumido... Porque a necessidade de tanto sangue?

Puxo mais a corda... Preciso ver o que ocorreu antes de chegarmos... Preciso ver como ele iniciou essa conjuração...
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Mensagem por Stein Qui maio 28, 2015 8:56 pm

Katheryn inicia sua dança, executando movimentos leves, tentando conter as lágrimas, que se mesclam dolorosamente à sensação depressiva. A morte de um bom amigo era tudo que ela não precisava naquele momento.
A dançarina, então, percebe que sua arma está próxima demais de Ichigo, e seria um suicídio tolo imaginar que poderia se armar antes que o inimigo lhe arrancasse a cabeça. Seus pensamentos, então, são interrompidos pela ação dos irmãos alquimistas.
Desmond e Sanna realizam uma ação em conjunto, criando uma redoma de fumaça ao redor de Ichigo (3 metros de raio, dura 1 rodada). Era preciso aproveitar aquela chance de imediato... e os dragões finalmente abrem os olhos, imbuídos de poder místicos.
- Está pronto, meu irmão? - pergunta Ashitaka, sua aura amarela rasgando o espaço ao seu redor com pequenos relâmpagos.
- Nunca estive tão pronto em toda minha vida - responde Kenshi, enquanto o solo afunda sob a pressão agressiva de sua ira. - É um prazer lutar ao seu lado mais uma vez.
- Você ainda não viu a bagunça lá fora. Tenha certeza que essa não será a última vez.
Subitamente, os dois irmãos disparam na direção da redoma de fumaça, como dois raios que estouram o ar em velocidade sônica.

- Tenryu no Kaminari! ["Trovão do Dragão Celestial" - Ryusashi Kenshi]
- Tenryu no Inazuma! ["Relâmpago do Dragão Celestial" - Ryusashi Ashitaka]


Como um relâmpago estrondoso, o ataque conjunto faz o ar explodir em um imenso flash de luz, enquanto Sanna e Desmond rezam para que sua estratégia tenha realmente concedido aos irmãos dragões a chance perfeita. O destino do Leste estava confiado naquela jogada.
O destino era sempre uma maldita criança travessa.

[o post de vocês pode ser um pensamento nesse meio segundo que durará o brilho, até que a nuvem de fumaça se dissipe]
-------------------------------------------------------------------------------------

Imersão.
Dakato se vê em meio a uma infinita dimensão branca, sem forma, sem cheiro, apenas uma imensa trama de fios que correm em todas as direções, como as teias de uma aranha que havia se esmerado ao máximo em sua obra prima.
O mago puxa uma das pontas, como quem toca uma arpa, e nota o vibrato da corda que se estende muito além. Ele não apenas vê, não apenas ouve, ele sente a ressonância e a interpreta, e ela é para ele como um fato palpável.
Presente. Passado. Futuro. Ele agora sabia que eram todas palavras tolas para definir um conceito que a impotência humana era incapaz de conceber e compreender. O Tempo, Dakato agora entendia, era uma mera ilusão.
A ressonância logo se torna uma imagem na mente do mago, e ele percebe que havia desencadeado muito mais do que poderia controlar. Tocar a trama lhe dava a sensação de dimensão muito além do que ele estava acostumado, e não era difícil que as sensações lhe levassem rapidamente à falta de controle. O resultado era uma onda de informações.

- Os místicos não aprendem a dominar a magia, eles são um com ela - Dakato observa em sua sala de aula, enquanto o professor de Arte da Magia, da Academia de Arsin, explica aos alunos sobre as propriedades arcanas. Era nostálgico. - Suas essências são manifestações puras da magia, e suas naturezas indicam a imutabilidade de suas capacidades arcanas. Uma bruxa seria incapaz de conjurar um feitiço de cura, por exemplo, tendo em vista que sua natureza é puramente má e pestilente. Os nagis, da mesma forma, não conseguiriam executar uma magia de revelação da verdade, pois sua natureza é completamente contrária ao feito, sendo eles a manifestação da traição. Os humanos, contudo, possuem uma alma, e isso lhes dá a incrível capacidade de manipular a essência arcana que por vezes recebem como uma bênção em seus corpos, que se tornam canalizadores dessa força magnífica. Se fossemos classificar a natureza humana de forma acadêmica, essa certamente seria definida como "Criativa e Adaptável", algo que nos permite manifestar a magia em todo o seu leque de possibilidades. Há quem diga que o estudo da arte nos foi dado pelos próprios místicos, nos primórdios do mundo, mas a afirmação possui pouco ou nenhum fundamento concreto, se pensarmos que, bem, não há muitos místicos andando pelas ruas atualmente, se é que me entendem, e ainda que a Igreja de Eli afirme que eles estão aprisionados em Dracma, não é possível ter contato com nenhum deles para elucidarmos o caso. De qualquer forma, basta vocês saberem que isso não cairá na prova, incrível, não? - a sala inteira ri.

Subitamente, Dakato é transportado a um lugar frio, escuro, e rapidamente se percebe num corredor de paredes metálicas. Ele anda, seguindo a única fonte de luz à frente, até que chega em um laboratório. Ali, debruçado sobre um microscópio, o cientista analisa seu material de estudos, disposto entre as lâminas de vidro, executando uma miríade de anotações rápidas, enquanto manipula os compostos reagentes com a destreza da experiência.
- Então, é assim que sua cadeia de DNA funciona... fascinante. Se eu conseguisse agregar isso ao DNA humano, seria capaz de desencadear a criação de um conjunto de hélices perfeitas... não haveriam falhas genéticas, sem doenças, sem ameaças do mundo externo... eu poderia sim desencadear o próximo passo na cadeia evolutiva Ah, e como seria possível manipular uma magia fora dos padrões naturais... Eureca. - ele parece conversar consigo mesmo, e Dakato percebe uma segunda forma de vida deitada sobre uma cama.
Ele se aproxima do leito, e só então tem um sobressalto. A aparência da criatura é asquerosa, assustadora, uma mescla de gente e monstro, verrugosa, cega, de traços disformes e cheios de chagas. Uma bruxa.
Ela se encontrava algemada na cama, fraca ou dopada demais para fugir ainda que estivesse sem os grilhões. Ela, contudo, encara Dakato com seus olhos cegos arregalados, sem vida, balbuciando algo inaudível como se tentasse transmitir uma mensagem e, de repente, começa a tremer, berrar e a se debater violentamente, para o espanto do mago, que se afasta instintivamente.
- Desgraçada! Os medicamentos não foram o suficiente dessa vez? - e Dakato vê Cornellius se levantar de sua cadeira, muito mais jovem do que ele se lembrava desde a visita a sua casa, com Audrey. A bruxa não tirava os olhos de Dakato, ainda que o mago se afastasse pouco a pouco, berrando coisas desconexas, em uma língua incompreensível, desesperada.
- Vazia! - a compreensão das palavras vinha de súbito. Não, ela havia se expressado no idioma comum. - Nascerá sem alma! A menina será vazia!
- Maldita bruxa e suas maldições infundadas! - pragueja Cornellius, e aplica a injeção diretamente no coração da bruxa, forçando-a a se acalmar, pouco a pouco.
Dakato volta seus olhos para a mesa do cientista, e seu último vislumbre era o de uma arcanina negra sobre um amontoado de livros e anotações criptografadas, possivelmente um diário de bordo, a julgar pelas datas reconhecíveis.
Ele podia jurar que via algo se mover dentro daquela pedra.

"A menina será vazia."

- Seu nome será Nairah - Megan desenhava em seu diário uma moça de cabelos loiros, a qual Dakato agora se lembrava perfeitamente. Não conseguia conceber que havia se esquecido da breve paixonite de Eiji por aquela mulher, e não conseguia entender como todos a haviam esquecido. - Você será minha mamãe, tá bom? - Megan sorri, e Dakato sente um calafrio ao ver que o nome de Nairah toma brilho no diário da pequena. - Exista - diz Megan, e o mago percebe que a criança desenha de olhos fechados, como se estivesse dormindo.
Megan havia criado Nairá.
Fator Gênese.

"A menina será vazia."

- Não há maneira de quebrar o laço entre eles, minha Rainha. Esta geração dos dragões é muito mais unida do que o esperado - dizia o homem de costas para Dakato, observando um objeto que o mago não consegue ver de primeira. - Por todo esse tempo que observei a família, não consegui encontrar uma brecha forte o bastante que me permitisse criar um conflito da magnitude que precisamos. Ao menos não sem causar uma grande e brusca disruptura.
- Suas palavras são hesitantes demais, meu precioso servo, diga-me a dúvida que lhe aflige - respondia uma voz feminina, que Dakato percebe agora vir de dentro de um espelho, bem à frente do homem.
- A morte da filha caçula, a sacerdotisa. Isso poderia gerar a disruptura.
- Não consigo entender sua linha de pensamento. Em milênios de observação, eu assisti inúmeros casos onde uma morte apenas fortaleceu os laços familiares.
- Não se o irmão mais velho sucumbisse pela mesma doença que seus pais, e sua irmã caçula precisasse dar a vida em troca de uma poderosa magia curativa. Imagine agora que esse irmão será salvo às custas da irmã, e guardará uma culpa imensa, oculta em forma de um orgulho cego que culminará pouco a pouco na revolta de seu irmão do meio. Ambos crescerão tão diferentes quanto a água e o vinho, e quando tiverem idade o bastante, eu mesmo proverei para que se tornem os piores inimigos.
- O problema é que isso nos faria perder a sacerdotisa... a única cria dos dragões que nasceu com o dom da cura em séculos.
- Contudo, a futura guerra entre os irmãos nos dará a chance de obter derramamento de sangue o bastante para despertar o Dragão-Serpente Orochi, que vive entre os dois mundos no vértice do Leste, adormecido desde o Banimento. Com isso, minha Rainha, poderemos usar o poder da Serpente para abrir caminho entre Dracma e Elyin novamente. Levará um tempo até que Sua Graça consiga se transportar para este lado, devido à sua enorme quantidade de poder, mas este é um plano ambicioso para o qual desprendemos séculos de busca e preparo... e eu garanto que sou capaz de concluí-lo.
- Sua perspicácia enche meu coração de alegria. Lhe concedo a permissão para executar este plano, e aguardo ansiosa por sua conclusão, meu querido Ichigo.
- É uma honra ter sua aprovação, minha Rainha, juro não decepcioná-la.

"A menina será vazia."

Um outro ambiente, um local igualmente escuro, um cheiro ocre, seco e irritável ao olfato. Havia uma infinidade de livros abertos, círculos de magia negra traçados em cada parede e um aglomerado de olhos amarelos que observavam da escuridão. Dakato sabia que não estava em uma dimensão comum, e a sensação era de estar com um pé em Elyin e o outro num lugar totalmente desconhecido. Ao mesmo tempo, não estava em nenhum dos dois. Um vértice.
- É isso - dizia Ichigo, erguendo o frasco com um líquido de cor âmbar. - A essência da mesma barreira usada para aprisionar a Rainha Aracna há milênios. Obrigado por terem encontrado esta preciosidade, meus pequenos, imaginei que seria possível encontrar os resquícios da conjuração, perdidos entre os dois mundos, só não imaginei que conseguiriam fazê-lo em tão pouco tempo - os olhos na escuridão emitem alguns chiados e grunhidos, fazendo suas patas aracnídeas tilintares em uma sinfonia bizarra. - Agora, vem a hora de executarmos nosso segundo plano ambicioso. Tenho certeza que posso usar isso para mesclar a essência da criança e da Rainha, transformando-a em um receptáculo. A assinatura mágica de Aracna é tão poderosa que a criança não conseguirá resistir e falecerá, tenho certeza... contudo, uma casca sem lama não nos trará nenhuma perda, e o potencial mágico que aquele corpo traz consigo é muito maior do que eu jamais vi. Ela certamente é a criança da profecia, e nós, meus pequenos, faremos a profecia se concretizar.

"A menina será vazia."

Dakato se vê novamente de volta à dimensão branca, imerso no emaranhado infinito de fios que compõem a trama. Ele se vê segurando um fio âmbar entre os dedos da mão direita, que não ressoa. Aquele fio, ele sabe, representa o achado de Ichigo, a essência da redoma que ele usara em Megan, que de fato a matara, que a tornara um receptáculo para trazer Aracna, seja ela quem fosse, para aquele mundo. Aquela não era a origem de tudo, o mago sabia, mas era o máximo que seu dom temporário lhe concederia.
Se ele partisse aquela linha, não era possível prever mais nada. Se ele impedisse que um dia Ichigo houvesse obtido o poder para trazer sua Rainha para este mundo, usando o corpo de Megan, Dakato poderia afetar os eventos seguintes de forma drástica e irreversíveis. Para o bem, ou para o mal.
A escolha, estava literalmente, entre seus dedos.










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Mensagem por arcanjosna Qui maio 28, 2015 9:25 pm

- você... conseguiu ver isso também pequena fadinha? Fico tremendo com tanta informação... Então... A pequena está morta... Eiji também... Eu devo minha vida a ela... Me salvou da morte quando nos conhecemos... Que droga.

Ergo a mão contra a corda...

- o evento que inicia essa coisa toda. Ichigo já contava com nossa presença. Se já não estávamos aqui, estávamos bem perto... E precisamos da garota e do 330 pra destruir a Cinza. Vou quebrar essa linha, e torcer pra que tudo dê certo pra nós... Se tem algo que me impeça... Diga agora.

(caso não seja impedido)

- IZANAGI!
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Mensagem por Pedro Oliveira Qui maio 28, 2015 10:00 pm

Nenhuma partícula ou substância, apenas Thomas e a imensa escuridão.
Seu corpo,com seus pelos arrepiados, não sabe ele, se por causa do frio daquela imensidão ou por algo que não consegue compreender, ele apenas sente os pelos de sua nuca e de seus dois braços estarem arrepiados.

Ele busca algum sentido naquilo tudo, mas o único que encontra é sua audição, com as vozes de Pane, Audrey e da Rainha se misturando com aquele infinito negro.

Onde será que eu estou? Não consigo mais entender...

Thomas não sabe o pulsar do tempo ali, não sabe se passou 1 segundo ou 1 século, ele não consegue...
Quando é chamado por uma voz, que mistura vários timbres diferentes, sendo uma criança e ao mesmo tempo um ancião...
- Quem sou eu? Apenas um homem, a serviço do bem, e da justiça, da honestidade... Sou apenas um soldado em um campo de batalha muito maior, apenas uma peça num jogo de luzes e trevas, onde o acaso o leva para o desafio e cabe a você o enfrentar de cabeça erguida, sem temer o que espera...
- Ó voz, que me dirige a palavra, não sou nada, sou Thomas, apenas Thomas... Shipsail.
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Mensagem por ritter Sex maio 29, 2015 12:34 pm

Observo o movimento dos dois irmãos, enquanto vão para cima de Ichigo. Já havia desistido de pegar usurpadora, ela estava perto demais do algoz, que provavelmente faria as mesmas coisas que já havia feito comigo. Ou piores, caso me recusasse novamente.

Já estava perdendo a esperança. N estava morto, não havíamos conseguido libertar Megan. E o culpado de tudo aquilo simplesmente não caia, de jeito algum.

A depressão parece aumentar quando paro. Seu peso me faz ficar de joelhos e baixar minha face, em prantos, enquanto espero o desfecho fatal de toda a situação.

Um grito final de desespero sai de minha garganta, todo ódio e frustração imbuídos nele.
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Mensagem por Aleleeh Seg Jun 01, 2015 6:09 pm

Ela podia me ver. Me ouvir. Agora, tocando a minha mente, podia sentir o coração sendo preenchido da mais pura leveza. Ela era linda e aterradora.

A beleza, as vezes, é assustadora. Eu bem tinha percebido isso.

Pane olhava para a Rainha das Fadas. Eu também.

Algo estava errado. Muito errado...



Olho para a Rainha das Fadas e diante de suas palavras, exito por alguns breves segundos:

- Corpo da criança? Que criança..? P-poderia ser..?! - respiro, olhando para ela novamente - A senhora deve explicar o que está ocorrendo. Se temos relação com isso e podemos fazer algo...

Aquilo tudo era muito confuso. E Thomas, agora, parecia distante... como se não existisse.
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Mensagem por Stein Qui Jun 11, 2015 8:02 pm

- A criança a qual me refiro - explica a Dama, mas Eve já sabia a resposta antes que as palavras saíssem de seus lábios. Megan - é a criatura criada pelos humanos. O homem sempre brincou com a natureza e desenvolveu uma maneira própria de manipulá-la, a qual nomeou "ciência". Do fruto das experiências humanas, de sua arrogância e sua busca inevitável pelo desconhecido, eles criaram algo abominável, e ao mesmo tempo sublime. Um ultraje, e simultaneamente uma dádiva, uma luz que pode brilhar mais que qualquer outra na escuridão, ou pode atirar as trevas sobre o mundo mais uma vez. Eu previ seu nascimento há centenas de anos, um sonho me foi revelado e eu a vi, a criança que seria o receptáculo de minha irmã - um frio na espinha -, a criança que traria uma Nova Era a Gaia. Ela é a Portadora da Luz, Audrey Eve, mas a própria luz é relativa, pois quando se ilumina um canto do mundo, consequentemente se lança trevas a outro.
Thomas parece balbuciar algo, mas as palavras não deixam seus lábios, apenas o movimento é visível. Ele parecia estar conversando com algo dentro de si mesmo.
- Para ser sincera, não sei se estou agindo corretamente os auxiliando... eu mesma sinto rancor pelo que os humanos fizeram ao meu povo, mas... - a Rainha das Fadas se direciona até uma das janelas, observando muito além do que os olhos comuns seriam capazes. - Aqui, nós somos felizes. Não há guerra, não há lamúria ou lamento... vale a pena guerrear pelo passado, ou a paz do presente tem um valor mais significativo que a vingança? Eu me pergunto isso todos os dias.... há mil anos. Contudo, eu sei que minha irmã não pensa da mesma forma, e durante todo esse milênio ela só fez buscar um modo de penetrar em Elyin mais uma vez, e conseguiu muito seguidores em seu intento. E dessa vez, ela está próxima demais. Caso Aracna consiga se apossar da criança, não há retorno, não há segunda chance. Uma vez que minha irmã rasgar o véu que separa nossos mundos, não há ninguém vivo em sua era capaz de detê-la, e a humanidade será erradicada.
A Dama se aproxima de Audrey e Pane, e seu olhar é muito sério.
- Não vou negar, parte de mim apoia o que minha irmã deseja, e essa mesma parte quer vingança em iguais proporções. Confesso que a parte obscura dentro de mim desejou assassinar Thomas quando descobri sua natureza humana... mas ele me mostrou um coração puro que não esperava encontrar em sua raça. A parte em mim que deseja a Paz, portanto, prevalece, e sendo assim, eu farei justamente o contrário do que minha irmã deseja. Eu promoverei a calmaria, em detrimento do conflito, e lhes concederei auxílio.

A Rainha das Fadas, então, desenha um pequeno círculo no ar, que assume um brilho esverdeado. Ela executa um desenho complexo com o dedo indicador, recitando algumas palavras em uma língua desconhecida, antes que o brilho tomasse a forma de um objeto. Um pingente, semelhante a uma esmeralda encrustada em prata, presa por um cordão do mesmo metal valioso.
Há alguns anos, Mauá Nolepeleko, sabendo a perseguição que sua família sofria, executou um feitiço poderoso sobre sua vila, clamando por proteção - a menção aos avós de Pane finalmente causa algum alívio nas garotas. A Rainha conhecia suas histórias, afinal. - Contudo, o espírito que ele invocou é uma espécie de... espírito rancoroso. Esse espírito possui mais de mil anos, e durante todo esse tempo, ele viveu no limiar entre o seu e o meu mundo, o que o tornou ainda mais complexo e, com o tempo, muito poderoso. Ouvindo o clamor de Mauá Nolepeleko, esse espírito resolveu aplicar um truque sobre a vila. Por um lado, ele decidiu conceder a proteção, e por outro, ele queria vingança. Por isso, a Vila Nolepeleko é protegida contra seus perseguidores, mas ela viaja constantemente entre os dois mundos, o que faz com que algumas pessoas fiquem presas a ela para sempre, em especial se estiverem em seus limites territoriais durante a virada de uma fase da lua.
A Rainha estende o objeto para Audrey.
- Este objeto pertenceu ao espírito enquanto ele vivia. Para que a proteção seja retirada da vila, e consequentemente a maldição, será preciso aplacar o ódio daquele espírito, e eu não posso lhes ajudar mais do que isso. Vocês terão que tentar por si mesmas, e eu não posso garantia sua sobrevivência, de nenhum modo. Este objeto certamente chamará a atenção do espírito, o que lhes dará uma chance de diálogo, mas não esperem por gentileza... ela é violenta e seu ódio pela humanidade tem uma origem semelhante ao de minha irmã. Os humanos lhe tiraram algo valioso demais, e até hoje ela não superou essa perda. Nesse momento, o que eu posso lhes desejar, é sorte.

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"Você está certo. Você não é nada, e ainda assim espera ser alguém", diz a voz, vinda de todos os lugares, e Thomas sente a mente tranquila flutuar no vazio infinito. "Toda a sua vida foi assim, não é? Viver para ser alguém, provar a si mesmo sua importância, seja protegendo os mais fracos, seja buscando algum grande significado em suas origens. Um humano típico. Mas você é um homem atípico. Ah sim... é sim...vocês são..."
Subitamente, Thomas se vê em uma enorme sala, escura. Ele finalmente é capaz de sentir a gravidade e nota que seu corpo existe naquele plano, fisicamente. Não há luz, mas ele sente os próprios membros, ouve a própria respiração.
"Contudo, dessa vez, você não busca um modo de se auto-proclamar, mas um modo de afirmar a si mesmo sua própria incapacidade. Você clama por auxílio...porque pela primeira vez entendeu que sozinho é incapaz de continuar em frente."
Uma pequena fagulha ilumina à frente, e Thomas percebe que há uma imensa porta de granito à sua frente, com diversas alegorias, símbolos em uma língua completamente desconhecida, desenhos que remetiam ao início do mundo, à criação, ao fluxo da vida e a uma força que regia tudo.
"Há alguém do outro lado desta porta que faz um pedido semelhante ao seu, ambos pretendem alterar a mesma linha da trama... mas ambos são incapazes de pagarem sozinhos pelo desejo. Sendo assim", diz a voz, e Thomas sente o impulso por se aproximar da porta, um instinto "eu lhes darei a chance de pagarem juntos pelo que me pedem. Para que algo não seja encontrado, algo deve ser perdido. Para que uma coisa não seja vista, é preciso se perder a visão. Para que algo jamais toque as mãos indesejadas, uma mão desejada deve ser desprendida."


- O evento que inicia essa coisa toda. Ichigo já contava com nossa presença. Se já não estávamos aqui, estávamos bem perto... E precisamos da garota e do 330 pra destruir a Cinza. Vou quebrar essa linha, e torcer pra que tudo dê certo pra nós... Se tem algo que me impeça... Diga agora - Thomas ouve a voz vindo de trás da porta, e a reconhece de imediato. Dakato.
Ele sabe que seu amigo é quem faz o pedido, mas não sabe de que maneira ele chegou até ali, do outro lado daquela porta de granito imensa e misteriosa.
"Se tem algo que me impeça... Diga agora. Qual é sua resposta, Thomas Shipsail? Você abriria a porta a um amigo ou impediria que ele mudasse o mundo?"
Antes que pudesse responder, Thomas olha para seu braço novo, o braço que ele já havia se esquecido há muito tempo... quando ele o havia perdido? Em que incidente? Ele não se lembrava... não se recordava de um dia ter tido aquele braço... quando ele havia sumido? Ele um dia o tivera? Ele já havia pago o preço?
Ele sempre pagara o preço, no fim das contas, e o tempo não existia.
"Sua resposta, Thomas Shipsail."

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Dakato sente o ar vibrar ao seu redor, uma luz imensa engole sua consciência.
As portas se abrem às sua frente, e ele tem certeza de ver alguém do outro lado, mas não o reconhece. A figura se assemelhava a um leão, de pé como um humano, altivo, decidido. Ele lhe lembrava alguém... já fazia tanto tempo... ou o tempo lhe enganava?

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Para Katheryn, era como se o mundo parasse em um grito de dor, raiva e uma tentativa desesperada de se agarrar à esperança. Ela sabia que o mundo desmoronava ao seu redor. Sabia que todo o seu passado de alguma forma a conduzira até aquele ponto e via que sua vinda para o Leste tivera um significado imenso, não apenas para si mesma, mas para outra pessoa. Ela abrira os olhos do imperador com sua interpretação, suas palavras, seu coração... ela era mais do que uma menina órfã que vivia pela vingança e aquilo tinha que contar alguma coisa.
O mundo poderia mudar, e se Katheryn não gostasse dele, ela o mudaria novamente, como fizera dessa vez, e quantas vezes fosse necessário. "A dança não muda as pessoas, Katy", Zaphira havia lhe ensinado "Mas uma dançarina sim", não existira no mundo melhor dançarina que sua mãe. E como sua lembrança mudara Katheryn nos últimos tempos...


A esperança haveria de existir...


OFF: no aguardo da resposta de Thomas para continuar. Sua resposta será decisiva para o que está prestes a acontecer.
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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Pedro Oliveira Sáb Jun 13, 2015 10:21 am

Do nada eu fui gerado,ao nada eu retornarei, o que sou ...se sou alguma coisa, foi por meu próprio esforço, buscando mudar uma realidade ,mudar um conceito .

Escuridão e Luz, irmãs vivas dentro de cada ser, dependendo apenas de qual caminho se busca escolher.
Eu sou Luz, vim para iluminar por onde passo,fazendo o que for necessário para alcançar.

Essa sala escura,numa imensidão de trevas não é nada,pois existe luz aqui e não é aquele brilho, sou eu ,um homem comum mas um humano incomum ,não por minha própria força, mas por algo maior , que independe de mim, para cumprir uma missão, a qual eu não sei e não escolhi participar.

Pai, obrigado, não fui o melhor dos filhos, mas fiz o possível para lhe dar orgulho de mim, você me guiou nos valores de um homem, me ensinou o caminho correto a caminhar, me treinou para algo que nem o Senhor sabia, mas lhe agradeço por isso.

*Thomas se aproxima do portão*

Esse pingente usado pelo senhor, não sei o significado, mas usarei enquanto viver para manter a chama da esperança acesa, dentro de mim , obrigado por me direcionar à luz.

- Meu braço, com ou sem ele, hey de trilhar o caminho que me foi imposto.

- ESCURIDÃO SEM FIM, PARA MUDAR O ESTADO DO MUNDO, DARIA MINHA VIDA SE FOSSE NECESSÁRIO, SE ATRAVÉS DESSA PORTA HÁ A CHANCE DE MUDAR A REALIDADE DE TRANSFORMAR A EXISTÊNCIA DE TODOS OS POVOS.
- PARA MUDAR O ESTADO DO MUNDO, EU MESMO ABRIRIA PARA ELE.

*Thomas pega o dente azul e o toca na porta*

- ESCURIDÃO EU A REJEITO, FAÇA O QUE TIVER QUE SER FEITO, ABRA A PORTA.







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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por Stein Seg Jun 15, 2015 9:00 pm

Um toque.
Uma luz.
Uma revelação.

- Então, vocês não encontraram... - a voz de Ichigo estava carregada de um terrível pesar. Ele observa os olhos amarelos na sala e um perturbador tilintar de patas e carapaças confirmam a negativa. - A menina está na cidade, mas sem a essência, creio ser impossível usá-la da forma correta. Adoraria dar este presente à nossa Rainha... mas receio que teremos de nos contentar com o prêmio mais lúcido. Iremos destruir o Leste esta noite, meus queridos... A cidade baixa será consumida pelo fogo, e este sacrifício deverá atrair a sede de Orochi, que descansa neste espaço entre Eliyn e Dracma... o Vértice do Mundo esconde muito mais do que esses tolos imaginam... Essa noite, nossa vingança será derramada sobre os humano, e as trevas engolirão nosso inimigos.
Os silvos altos eram horrendos, assustadores, e vinham de todos os lados, como um coro de guerra.
Thomas e Dakato olham para o lado, vendo um ao outro. Não há palavras que possam ser expressadas naquele momento, apenas um aceno de cabeça, um olhar significativo, e um adeus silencioso.
E uma reza, igualmente silenciosa, para que tudo tivesse dado certo.
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Um suspiro, como se fosse o primeiro.
Thomas sente o ar invadir seus pulmões, e seu coração acelera ao ver Audrey e Pane à sua frente. Sua mente flutua de alívio, seus ombros recebem de uma só vez o a descarga de cansaço, e ele sente a vertigem. O pingente de seu pai perde automaticamente o brilho azulado, convertendo-se em uma pedra acinzentada em formato de dente, não mais azul.
Thomas sabia que ela já iluminara tudo para o qual havia sido destinada, e ele rezava para que seu desejo houvesse sido atendido.
O ex-soldado sente a pontada característica vinda do ombro, e toca o local por baixo da manta de pelos leoninos. Seu braço, ele já imaginava, não estava ali. Talvez nunca estivera.
Thomas já não sabia em qual momento da vida havia pago o preço pelo desejo, se havia sido num passado distante, ou mesmo num futuro desconhecido. Não importa, ele não se lembra, e o tempo é nada mais que uma ilusão.
O importante agora era que Thomas sabia o motivo por trás da perda. E seu coração não carregava nenhum arrependimento.
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Dakato havia perdido o senso de profundidade. Essa era a primeira nota mental quando abriu os olhos, e notou que estava cego do direito.
A segunda, contudo, era muito mais grave, e fez seu coração sangrar com uma tristeza infinita. Suas memórias lentamente se reorganizam, enquanto ele tenta se lembrar de como havia chegado até ali.
Ele se lembrava do fogo na cidade baixa. Se recordava dos gritos de desespero e da fuligem de casas destroçadas. Ele se lembrava das feridas, das queimaduras, das lágrimas que havia vertido em seu leito de morte. Lembrava-se do segredo, da fotografia, do último arrependimento e do pedido de perdão.
Ele tivera de fazer uma escolha. Ele sabia o que aconteceria com Megan naquele teatro, e precisava avisar o grupo.
Ele, então, se via com a comitiva que Ichigo lhe concedera, prestes a sair da cidade, quando sua consciência havia recebido a iluminação de que Megan morreria se fosse ao teatro. Ele fez a escolha, pois de alguma forma conhecia as consequência de não agir.
Dakato abandonou a comitiva que se dirigia para a Cidade Baixa, deixando assim que os homens da Malha de Ferro e posteriormente Yasuo agissem em auxílio de sua mãe e do povo que queimava. Ele achava que podia confiar neles, mesmo não sabendo o motivo exato naquele momento.
Ele correu, o máximo que pode, até que finalmente alcançou o palácio. Ele puxou a manta de Katheryn, que se assustou ao ver o mago. Ele lhe contou o que aconteceria e ela parecia surpresa pela revelação. Era como se Dakato houvesse viajado no tempo.
Sua mente, contudo, era a única que havia viajado... e ele sentia que suas memórias continuassem a saltar no tempo, como uma esfera de borracha que quica com um destino não-linear, sem controle de seu ponto final ou mesmo de sua rota de ação.
Ele se lembrava de também receber o manto, de se fundir à comitiva... e agora se lembrava de quando Yasuo andara em sua direção, prestes a sacar a espada por reconhecê-los e imaginar, claramente que eles haviam instaurado o caos.
Então, Dakato se interpões, e a reação do samurai é atípica. O mago lhe explica o ocorrido, enquanto ele embainha sua nodachi e ouve atentamente.
- Se um cego pode ver com os ouvidos - ele sussurra para os dois -, então espero que façam um surdo ouvir pelos olhos o que seu coração se recusa a escutar. São tempos cinzas esses que vivemos, e se olhar pela janela verá que os corvos nos rodeiam. Os corvos mentem para o relâmpago e é irônico que um grupo de peregrinos seja a única chance de impedir que a revogada se torne tormenta. Façam o dragão ouvir.
As palavas de Dakato haviam convencido Yasuo, e ele buscaria salvar sua mãe e o povo na Cidade Baixa o mais rápido possível.
A peça havia se iniciado, e Megan parecia muito disposta. Dakato havia lhe contado um segredo, um truque, e ela aceitara com entusiasmo.
A bruxa entrara em cena, atacando o príncipe Susano e a princesa Amaterasu, e a bruxa tinha um plano. Por baixo das fantasias, Dakato sentia o suor frio escorrer pelo seu rosto. Ele não poderia errar, de modo nenhum.
A encenação leva Dakato, disfarçado de bruxa, a conjurar sua magia de teleporte. Ele simula uma bola de fogo, disfarçando seu real intento. A magia atinge Megan, e ela desaparece.
As cortinas se abaixam, e na escuridão, Dakato vê que Megan está segura. Ele pede que Lana a proteja, custe o que custar, e que se esconda, pois sabe que o castelo está rodeado pelos guardas do imperador.
Então, o coração de Ryusashi havia sido tocado, mas um prenúncio de guerra com seu irmão havia quebrado o pequeno momento de paz. Nesse momento, o terremoto havia destruído tudo. O teto desabara, Katheryn havia salvo a vida do Imperador, e sua conselheira de mentira havia sido destroçado pelos escombros.
Foi ali que Dakato contemplou o ódio de Ichigo pela primeira vez.
- Onde está a menina? - ele exigiu saber, mas o mago estava disposto a perder a vida antes de contar a verdade. E ele sorriu. Pois seu inimigo era incapaz de vislumbrar o destino como ele havia sido.
Uma moto destrói uma porta dos fundos, e N entra em cena, montado em seu veículo de ferro e vapor. Ryusashi pede que um de seus soldados busquem sua espada, enquanto Dakato revela abertamente os planos de Ichigo e diz que aquilo era um embuste para dar a Ryusashi e Ashitaka um pretexto para a guerra.
O combate fora violento. Desesperador. Ichigo parecia desejar o poder curativo de Katheryn, tentando sequestrá-la, mas o mago havia antecipado seu intento.
Os irmãos alquimistas haviam chegado em auxílio, Ashitaka viera, guiado pelo filho de Yasuo, que agora via seu pai lutar lado a lado com Eiji, em investida contra um inimigo imortal.
- Corte Invernal! - berrava N.
- Hasagi! - investia Yasuo.
Ambos realizam um golpe poderosos em conjunto, atingindo Ichigo em cheio, jogando-o aos escombros. Logo em seguida, como um relâmpago negro, Ichigo investe em direção a N, buscando perfurar seu coração. Mas Yasuo fica entre eles.
- Eu já lhe disse, idiota - Yasuo verte sangue pelos lábios, enquanto a luz em seus olhos desaparece pouco a pouco. - Você tem uma filha para cuidar. Eu já cuidei do meu. Foi bom lutar... ao seu lado...
O sangue de N ferve. Dakato lhe atira uma esfera metálica, imbuída com um poder arcano pulsante. A fada havia lhe dado o auxílio, de algum motivo, e a arcanina negra leh concedera o poder para transferir o poder mágico para a Ressonadora.
Ashitaka e Ryusashi aproveitam a distração de Ichigo para executar um ataque devastador. N tem a chance perfeita para jogar a esfera de metal na direção de Ichigo, quando este avança contra o samurai. Um jorro de luz atinge o corpo de Ichigo como um relâmpago, fazendo a parede atrás de si desmoronar. Sua defesa de esfarela no ar, como migalhas de vidro ao vento.

- Tenryu no Kaminari! ["Trovão do Dragão Celestial" - Ryusashi Kenshi]
- Tenryu no Inazuma! ["Relâmpago do Dragão Celestial" - Ryusashi Ashitaka]

A poeira se levanta, enquanto os irmãos dragões embainham suas espadas novamente. Havia acabado.
Chovia muito lá fora.
Chovia água fria.
E os demônios que escapavam de Dracma devoravam a noite.

Dakato sente um aperto no peito. Ele tinha memórias do leito de morte... se lembrava das mãos frias. Ele via a lembrança de sua mãe, falecendo em seus braços, pedindo perdão. Mas ele jamais havia vivido aquela cena.
Então, o choque da realidade faz sua mente finalmente entender. Suas memórias se fixam em sua mente, e sua consciência deixa de viajar.
Ele havia tido um leve vislumbre do futuro.
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Capítulo 3 - Sangue & Poesia - Página 26 Empty Re: Capítulo 3 - Sangue & Poesia

Mensagem por isaac-sky Ter Jun 16, 2015 3:34 pm

Sinto como se o mundo tivesse mudado por um instante. Não havia me dado conta de como tudo aconteceu desde a hora que cheguei de moto.

Embainho Risco, sentindo o peso daquela confrontação impossível. Havíamos vencido um monstro, um ser tão horrendo quanto a Fome que enfrentamos na Cidade das Corajosas Almas.

E é Yasuo, e não alguém como eu, quem estava no chão sangrando até a morte.
Alguém havia se sacrificado por mim? Que louco faria isso?

- No fim, foi uma honra, Yasuo-sama - digo me ajoelhando perante o samurai caído - Você foi o rival ideal, pena que nunca pude lhe chamar de amigo... - fico ali, aguardando o inevitável. Fecho seus olhos assim que ele deixar esse mundo.

Embainho a nodachi de Yasuo e a coloco sobre seu corpo.
Me levanto. Tristeza e melancolia percorrem meu coração, mas um sentimento me enche o espírito: Honra.

Yasuo havia me escolhido. Ele havia morrido pelo mesmo Código que idealizei. Acho que todo pai segue este caminho, afinal.

Olho para o filho de Yasuo, e com os olhos marejados, faço uma reverência para ele.

Ele sabe o que significa. No fim, eu respeito Yasuo e sua linhagem como iguais.

Me aproximo de Katheryn, parece tão exausta quanto eu.
- Bom trabalho, espadachim...mas, onde está Megan?

Precisava ver minha filha, mais do que tudo.

- MEGAN!? - tento chamar, diante da chuva.

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Mensagem por Stein Ter Jun 16, 2015 8:05 pm

A chuva incessante se derrama lá fora, adentrando no teatro destruído pelas brechas no teto. Os escombros e os corpos de soldados derrubados em combate formam uma cena triste, como qualquer campo de batalha.
- Papai! - grita Megan, os olhinhos repletos de lágrima enquanto corre na direção do pai, vestindo o mesmo kimono branco que havia usado na peça. Ela estava linda, exuberante, e N imagina pelo que sua filha passara para que o plano houvesse saído como planejado.
Mas...havia?
Subitamente, um calafrio.
Um estalo mental.
Um deja vú.
Desmond e Sanna revivem o combate que tiveram do lado de fora, contra a terrível aranha colossal. Se recordam do garotinho que haviam deixado em segurança e do comando que haviam dado aos agentes da Neo FASE, na esperança que a ajuda do esquadrão salvasse algumas vidas em conjunto com os soldados de Ashitaka, o que certamente ajudaria a frustrar os planos de sacrifício de Ichigo.
Katheryn se lembrava do jogo de mentiras e encenações que a colocara no lugar certo, na hora certa, e no jogo de palavras que ela astutamente havia desempenhado para tocar o coração de Kenshi. Se recordava da reconciliação, e do agradecimento sincero do Imperador.
Contudo, havia uma lembrança estranha na mente de Katheryn, Sanna e Desmond... algo que eles não se lembram se haviam mesmo vivido aquilo... ou se era fruto da imaginação.
N estava morto, trespassado pelo ataque brutal de Ichigo. Megan estava presa em uma redoma âmbar, desacordada, possivelmente em estado de choque ou coma. Talvez morta, assim como o pai.
N sente uma dor no peito, num ponto que não havia sido atingido, no local exato de seu coração. A dor é como um infarto. O desconforto passa assim que Megan se joga em seus braços, e é como se a dor fosse apenas uma ilusão. Mas as memórias atingem sua mente, na mesma proporção que Katheryn, Desmond e Sanna. Ele se lembrava do frio, do desespero, da desolação. Do arrependimento.
N sabe que havia morrido, e se lembrava de ter visto a filha do outro lado, ambos abraçados, ambos em paz, longe da guerra, do conflito e da perseguição. Mas isso havia mesmo acontecido.
Era como se eles houvessem vivido duas noites em uma só... e se lembravam perfeitamente de ambas.

O único que tinha a resposta ali era Dakato. E o mago sabia perfeitamente o que havia ocorrido, pois fora ele quem puxara a linha da trama no momento exato.
- Você... não está... morto? - diz Lana, franzindo o cenho, se aproximando de N. - Espera... estou me sentindo meio estranha... o que aconteceu aqui?
Havia muito o que explicar, Dakato sabia. Mas ele adoraria saber, primeiro, como ele alcançara aquela porta... ele sentia sua mente expandida, sentia suas capacidades arcanas potencializadas e a magia corria em suas veias como jamais havia ocorrido.
De quem havia sido a voz que o guiara na porta?
Ele havia implorado, havia rezado, havia feito suas orações como o fiel que nunca fora. Ele pedira ajuda a um deus que queria acreditar que existia, como sua mãe acreditava. Mas nunca obtivera resposta. Não até aquele momento.
O mago sente a arcanina negra entre os dedos, mesmo não se lembrando quando a havia sacado. Ele sentia o pulsar vindo da pedra, e agora sabia o que havia sido aprisionado ali. Fosse o que fosse, havia lhe dado uma chance única de obter algo impossível. O preço, ele sabia, havia sido muito mais alto do que lhe fora revelado de pronto.
Mas ele via o sorriso de Megan, afundada nas vestes de N. Seu irmão. E nenhum arrependimento consumia o coração de Dakato naquele momento.

Ainda não.
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