Capítulo 2 - Pena & Espada

Fico balançando meu rosto, como se assim fizesse o rubro sumir, mas ao tocar minha bochechas as sinto quentes ainda.

"aaah... Que seja" - penso

Chegamos de encontro ao grupo, e Sanna me entrega 3 potes de veneno em um cinto comum, pego e o coloco sobrepondo em "X" o meu cinto com a adaga e pistola.

-Obrigada - sorrio - Irei te devolver o favor um dia.

Observo que estamos no centro do mercado de Aria, e não senti mais a presença do Léo por hoje, me viro ao grupo.

-Gente, estamos no centro do mercado de Aria, precisam comprar algo mais antes de seguirmos ao torneio. É a última chance.

Olho para o céu e Observo o dia.

"vou deixar acontecer. Já que minha vida em arsin não tem mais volta, e vou ter que encarar a vida como um homem, homem esse que ainda não conheci, pelo menos vou me dar o luxo de conhecer as coisas legais da vida além de simplesmente me enfurnar entre páginas amarelas, livros, café e velhos frustrados. Vou viver minha vida aqui, e abraçar o que ela me oferecer... quanto ao resto... a gente improvisa..."

chegamos ao local do torneio. Me acalmo, a presença dos demais me faz sentir confiante, vejo Jack ao longe procurando não sei o que. Mas antes que eu pudesse chama-lo ele mesmo se aproxima.

- Teve que comprar algo samurai?

se eu visualizar N e Audrey:

mensagem mental para a Pane:

- Não, não... apenas esse meu olho que me falta que as vezes faz eu desconfiar de tudo que vejo... Nada demais.

*Cruzo os braços olho ao redor e falo*

- E você carinha, sinceramente, você parece meio maluco, mas eu aprendi que normalmente pessoas com algum dom especial tem essa tendência de insanidade. Acertei?

*Esboço um sorriso no rosto, esperando a reação do mago.*

*abro os braços mostrando o robe preto amarrado na cintura, com o cinto das varinhas, a capa verde cobrindo a mochila com os pergaminhos nas costas e a calça militar*

- Eu não sigo as tendencias, sou apenas mais um que está levando a vida pelo lado do caos... já joguei de Leal e isso é certinho demais pra mim... agora é "Vida la Vida Loca!!!"

*brinco com o novo colega entre sorrisos e descontrações para disfarçar o nervosismo*

- Haha, e eu achando que isso seria mais um serviço normal. Agora, é impressão minha ou seu grupo não está aqui só pelo torneio? Vocês parecem mais do que aventureiros, pelo modo que agem... As vezes vocês sabem de algo que eu estou atrás também.

*Digo agora sentando no chão de "chinêsinho". Apoiando o queixo na mão direita tiro um papel de um bolso contrátil da minha perna. Ser um ciborgue tem suas vantagens. Seguro firme o papel que está dobrado.*

- Memories... it's all about them.

Seguimos então em direção ao torneio. Ao chegar no local fico muito empolgada, o que me faz pegar meu pirulito de maçã do amor. Quando sem perceber tomo um susto, uma voz novamente minha mente, não tinha me acostumado com isso ainda. Era Tachibana-san.

"EEsse jeito dele, mas é legal, estou me acostumando. "

Quando Tachibana-san não estiver olhando para mim, vou sutilmente ao seu lado(ele não me percebe até eu falar), e falo baixo para somente ele ouvir.

-Ta-chi-ba-na-saaaan. Eu não ligo de você invadir minha mente, desse jeito você consegue falar comigo. Eu me lembro, porém eu que lhe devo pedir perdão, aquela visão da Pane que você teve não era confiável. Agora você está conhecendo a verdadeira Pane, a Alegria. Desde ontem quando alguém me cobriu e limpou minhas lágrimas, eu perdi esse medo. Essa pessoa foi você né? - fico rubra - Eu confio em você.

Depois de minhas palavras, olho para Tachibana-san sorrio e faço uma pose com os dedos em "V".

Jack consegue perceber que Eu enrubesço novamente, e já tá começando a achar que estou com febre. Quando percebe a garota de cabelos azuis falando em meus ouvidos e saca a história toda. Se tiver o mínimo de inteligência sabe que será totalmente ignorado agora...

mensagem mental pane:

- Tsc...

*Levanto e vou perambular esperando finalmente começar o torneio*

-Acho que posso dizer o mesmo, você tem me acalmado diante de tudo. - sorrio e olho em seus olhos - Não tenha medo. - olho para baixo e falo mais baixo - eu não sou um monstro.

Dou um passo a frente de todos, e me viro para eles.

-Alguém tem mais algo a comprar? Se não, vamos entrar no local.

Começo a contar o número de pessoas, e não vejo a Audrey, N, e a Megan.

-Onde estão os outros 3?

- N falou algo sobre ir ao ferreiro... foi o que perguntou a você mais cedo.

- Vou aqui, volto já. Tenho que falar com o Velho jin.

*corro até a loja do velho mago, talvez ele tenha algum stand avançado na feira, se não tiver vou até a loja mesmo*

- Ohayo Jin Sama!!! Preciso rapidamente de um favor seu. Quero que o Senhor Inccruste 8 pedras mágicas com a magia mensagem. de nível 0. pode fazer isso por mim? não tenho muito tempo pois os jogos da Guerra dos Cristais logo começarão e eu sou um competidor .

*após o favor feito, volto para junto do grupo*

mensagem mental:

*entrego uma pedrinha para cada um, e uma para Sanna*

- Com isso poderemos nos comunicar durante o combate sem usar palavras. ativem apenas quando a partida começar. Não dura muito tempo...

-Verdade, não é melhor algum de nós ir buscar eles? Eles sabem o caminho até aqui?

Tachibana-san sai correndo, lembrou que tinha que buscar algo. Foi rápido, quando o vi voltando sua voz veio de novo em minha mente, já estava começando a ficar acostumada com isso. Enquanto ele vem chegando ao grupo nossos olhos se encontram e dou uma piscadela para ele tentando dizer.

"Está tudo bem, não se preocupe "

Ele então começa a entregar umas pedrinhas para cada um do grupo, quando ele entrega a minha, eu digo olhando para a pedrinha, e baixo.

-Eu também não entendo muito bem isso. Sou a mais novas deste grupo, e minha experiência é muito baixa.

Ele passa a terminar de entregar as pedrinhas e explica o que ela faz.

-Mas como faço funcionar? Quanto tempo dura?

OOlho para o relógio, está quase na hora, e os outros 3 ainda não tinham chego.

-Nós vamos perder a apresentação se eles não chegarem logo. Alguém vem comigo? Vamos busca-los.

- Vamos conosco Jack. Vou apresenta-lo ao restante do grupo. Dentre eles o outro asiático de que lhe falei.

vou andando lado a lado com a moça e o homem máquina. no fim das contas estava ficando bem feliz.

Tachibana-san e Jack vem junto comigo.

-Jack, não conversamos muito, você veio aqui por dinheiro, mas como pretendia isso sem participar do torneio que é a melhor ocasião para Samurais?

Começo a pensar sobre as magias do Tachibana-san e lembro que meu olho é diferente da maioria das pessoas.

-Tachibana-san, meus olhos sai um pouco diferentes do da maioria das pessoas. Você estudou magia né? Será que eles apresentam alguma propriedade arcana?

Enquanto falo aponto para os olhos e depois olho para o céu.
Andamos de pressa e logo vejo a doceria e do lado a Ferraria, e lá estavam a Audrey, o Samurai e a pequenina.

Aguardo Audrey comprar o que precisa, mas parece que não chegarei a nem mesmo a procurar nosso time.

- Vejo que estão empolgados. Pane, Dakato...Jack? - fico intrigado, o outro samurai parecia não estar interessado no torneio, ontem.

Mas até mesmo os outros dois pareciam diferentes. Dakato não parecia o medroso que tinha corrido para trás de Audrey quando enfrentamos a Sede.
E Pane...ela tem orelhas pontudas? Parece até mesmo uma personagem de história infantil.

- Espero que estejam prontos para hoje. Não é momento de hesitar.

Assim que Audrey terminar suas compras:

- Adeus, Barbazul! Voltarei campeão do torneio - digo, me despedindo do ferreiro junto com Megan.

- propriedade arcana? não sei informar apenas observando. Teríamos que sentar no quarto com mais calma e em silêncio... - paro pra pensar no quão estranho aquilo possa ter parecido e fico sem jeito

- é que que... tenho qu que... lançar um encanto de detectar magia....

ao ver a citação de N...

- já se conhecem é???

-Huuum.. Um quarto? Temos a estalagem, ou a minha casa. Podemos ir em um desses lugares após o torneio e comemorar com todo mundo com meu estoque de bolachas "Carinhas"

EEstava tão pensante sobre meus olhos que não percebi um duplo sentido na frase até o Tachibana-san começar a se explicar. Então fico um pouco rubra, e tento fingir que não interpretei errado.

-SSim sim, não entendo muito sobre magia, mas acredito que coisas assim precisa de mais concentração - sorrio.

OO Samurai percebe nossa empolgação e vem até nós.

-Acho que esse torneio será o início de muitas coisas para mim. É realmente estou empolgada. Nós vamos ganhar né Megan? - vejo a Audrey - Cat Eve, o torneio vai começar, não podemos perder a apresentação, está pronta?

- sim, claro. Prometo que resolvo isso pra você na volta...

- Vamos andando Senhores das Lâminas... Temos uma certa Guerra para Ganhar. Adeus Senhor - me referindo a barbazul.

vamos todos andando em direção à entrada. Agora o time estava completo.

-Thank you. - Sorrio

Todos estamos indo para a direção ao evento. Enquanto voltava estava totalmente desligada, pensando em caso haja propriedades arcanas em meus olhos. O que eles poderiam fazer, mil ideias se passaram por minha cabeça. E quando me dei conta já estávamos todos no local.

-Que empolgação.

Nesse momento o pirulito de maça do amor estava terminando, tiro o palito de minha boca, e faço gestos como se estivesse atirando uma flecha, e jogo o palito no lixo.

Continuo caminhando em silêncio, apenas ouvindo as conversas de meus companheiros de equipe

"toda essa lealdade e companheirismo que eles tem uns com os outros, faz tempo que não tenho ninguém pra chamar de amigo... hahahah, isso não importa, não é com esse tipo de pensamento que irei conquistar mais força e mais vitórias, dentro do campo somos um time, mas no mundo afora, é cada um por si, meu único amigo sou eu mesmo"


Obs: Isso foi um pensamento, não sei se está interpretado de maneira certa (formatação do texto)

- Senhoras e senhores. Falarei novamente. Preciso saber quantos de vocês são capazes de ativar os pergaminhos que carrego comigo. Temos que conseguir lançar todos esses suportes em menos de um minuto!

(estou perguntando quem aqui tem a perícia utilizar instrumento mágico)

Tento me lembrar de todos os aprendizados que já tive na vida desde pequena. Um estalo veio em minha mente.

-Acho que eu consigo. Um dia meu irmão trouxe para casa um brinquedo, em formato de pião na rua, mas nós não sabíamos como ativar ele. Quando ele me deu, toquei em algum lugar dele, e ele começou rodar, e parecia ter ganhado um escudo magico após isso. - Coço a cabeça - Mas eu não sei como ativei, se talvez você me explicar, acho que posso ativar.

(Sim, eu tenho a Pericia: Usar Dispositivo Mágico (CAR) +5+1=6 )

- Garota dinheiro para mim é secundário. Preciso apenas para refinar minha Murasama. *Saco ela e aponto para a luz, fazendo ela brilhar, num tom vermelho. Encaro a garota com meu olho, que finalmente ela pode notar que é azul.* Minhas intenções como mercenário podem ser... violentas, mas busco ir aonde a justiça falha. Não sei minha curta história seria de seu interesse, mas caso deseje ouvir, é só falar.

*Ouço o garoto excêntrico perguntar e respondo.*

- Amigo eu apenas manejo minha lâmina hahaha.

*Fico mais calado, apenas ouvindo. Interrompo o assunto apenas para dizer.*

- Apenas para ficar claro, não sou um Samurai, esse caminho é passado. Sou um Ronin, dono de meu próprio destino.

- Trata-se de infundir sua essência no dispositivo e faze-lo funcionar. Se você já conhecer seu funcionamento, funciona com relativa perfeição.

- Se eu encantar sua espada, farei da mesma forma que faço com minhas varinhas. Adicionando cargas mágicas com magias específicas. Posso adicionar Toque Chocante, Toque da Demência, Raio do enfraquecimento... mas você terá que aprender como faze-la funcionar Jack.

- Mais alguémw

Vejo Jack sacar sua espada, o que me deu um pouco de arrepio. Escuto suas palavras e percebo sua determinação. Quando este se vira para mim vejo seus olhos azuis, parece que estou mergulhando em um oceano.

-Espero que consiga a sua justiça, assim como eu estou buscando a minha.

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-Infundir minha essência.

Fico pensando, um modo complexo de se entender, mas acho que posso conseguir.

-Acho que consigo - sorrio - Thank you.

-" é algo meio assim"

*faço a mesma manobra astral que uso com as varinhas, repetindo em pane o mesmo gesto que ela fez comigo na noite anterior, em seus lábios e testa com a ponta dos dedos...*

o que pane sente:

- Não sei se é tão doce quanto cereja...

*fico rubro de novo*