Capítulo 2 - Pena & Espada

Nos organizamos e fazemos os turnos de vigia. Consigo descansar, mesmo tendo de acordar depois para fazer meu turno, pareço descansar como nunca havia descansado na vida.
Megan dorme ao meu lado, sua respiração pesada e algumas palavras novas que ela aprendeu sendo ditas durante o sono.

"Himitsu" essa menina vai acabar sabendo mais da língua do leste do que eu.

Meu sonho, lembro bem o que sonhei nesta noite:

Vejo um espelho, tudo ao redor é branco feito o nada. O espelho tem dois lados.

Em um lado vejo o reflexo de Norah. A Norah que conheci e amei, tão bela...do outro, havia Nairah, igualmente bela mas misteriosa.

Sentia como se devesse escolher. Isso não fazia sentido.

- Nunca faz sentido... - sinto um arrepio quando Norah diz o nome que ela me deu. O nome que quero seguir. Um nome que guardo até da minha filha.

- Tatakae - ouço uma voz masculina, mas não reconheço de quem. Talvez seja uma memória antiga demais.

Tatakae

Acordo, não assustado ou sobressaltado. Apenas intrigado.

Vou para o meu turno de vigia.

- Certo... amanhã teremos um dia cheio. Queiram me dar licença, sim? Irei me retirar.

Havia me trocado, mantendo apenas um corselet com as pregas desabotoadas e a parte debaixo da saia, com alguns babados brancos.
Coloquei a mochila ao lado, as armas próximas e fiquei sentada, refletindo. Todos já dormiam e Pane havia acordado subitamente no meio da noite, assustada.

Agora que sabia que já havia entretido a pequena Pane em uma festa... que havia estado em meio à sua família... começava a sentir pena da garota. Pena de si mesma também. Ser da aristocracia não era seguro, definitivamente.
Me deito, pegando no sono com certa facilidade após as reflexões. Estava cansada e ainda mole pelos remédios para tratar os ferimentos.

Quando pegou no sono, não houveram sonhos... e sim, lembranças. Eram doces lembranças de uma festa. A menina segurando um polvo de pelúcia na cabeça parecia fofa e muito alegre...


- Pane, vou te contar uma coisa! Mas é segredo, tá?

- Eu amo segredos! E pirulitos! E coisas bonitas!

- Eu achei uma pistola! Guardei ela e descobri enigmas malucos!

- Oooh! Será que foi meu papai que fez? Sabia que meu papai faz coisas malucas e legais?

- Imagino, Pane, haha! Sabe outra coisa? Um dia... eu vou conhecer o mundo fora daqui. Imagina o que tem lá embaixo, Pane! Imagina o que tem mais abaixo do embaixo! - olhava para o teto, imaginando as estrelas - Será que um dia eu consigo construir coisas para ajudar as pessoas?

- Meu papai e minha mamãe podem te ajudar! Eles ajudam um moooooonte de pessoas - ela estica os braços, sorridente.

- Xiiiu, Pane! Fala baixo, estamos escondidas, esqueceu? - olhou para os lados, como se qualquer pessoa estivesse vigiando-as - Se estivéssemos na minha casa eu te levaria para nossa biblioteca. Tenho livros interessantes por lá, talvez você gost... - fora interrompida.

- E pirulitos? Quero um bem colorido e docinho! - ela balança a sainha rodada, feliz.

- Oh, talvez Pamela saiba fazer pirulitos de mirtilo... hm, posso providenciar isso, se desejar! Mas, então, você pode ser minha irmã caçula, já que sou a caçula dos meus irmãos! - coloco as mãos nos ombros dela - E eu te treinaria para ser uma lady... aventureira!

- Aventura, eba! Podemos... podemos nadar! E brincaríamos de polícia e ladrão... talvez... ai, Pane não sabe mais!

- Hahahahaha! Você é muito engraçada, Pane! Vamos, experimente esse doce aqui, tenho certeza que vai gostar - ofereço um muffin doce de amoras - e esse é o meu - mordo com vontade.

- Oh! - ela morde, animada - Isso é bom! Eu e o Tentacruel achamos essas festas muito... blérgh!

- Também acho, Pane...

- Não sabia que existia gente de cabelo vermelho!

- É, acho que sou a única, tirando papai. Já vocês Nolepelekos tem cabelos azuis... isso é bem incomum!

- É por causa desse segredo, ó! - ela mostra as orelhas de elfa - Viu? Viu? Eu posso ter vindo de algum lugar mágico!

- DRACMA! Você veio de Dracma, essas orelhas pontiagudas... você pode ser uma fada, Pane! Hahaha, vou escrever sobre isso!




Acordei de noite, olhando para Pane. "Só pode ser ela... Nolepelekos... agora entendo suas motivações...", penso, virando para o outro lado em busca de dormir novamente.
E, de fato, dormira.

A noite é conturbada, para todos vocês. As lembranças do dia assombram suas mentes, num misto de medo e alerta. O dia que se seguiria era incerto, mas mais ainda era o caminho que vocês decidiram trilhar. Era evidente que não haveriam aliados para sua contenda...a CINZA os caçava, o Conselho os caçava, e a Malha de Ferro enfrentava a FASE em diversos pontos de Elyin...os mundo havia se tornado uma tempestade de mistérios, intrigas e segredos. E vocês estavam no centro de tudo isso.
Ainda assim, alguns conseguiam ter sonhos bons. Sonhos que remetiam um mundo de paz e esperança, como um mecanismo de defesa de suas mentes, tentando compensar os traumas. Sem dúvida, a união daquele grupo havia se fortalecido ainda mais nos dias que se seguiram, e você certamente estamos mais preparados agora do que jamais haviam estado.
O vento frio da manhã sopra pelas frestas da janela, quando um sol ameno anuncia o amanhecer. Era cerca de 9hs da manhã, e o mercado de Aria parecia fervilhar lá fora, com anúncios da Guerra dos Cristais rodando por cada rua da cidade.
O aroma delicioso de pão assado e café fresco enche  o Snorlax Dorminhoco, despertando todos vocês.
Era hora de despertar.

[Podem interpretar livremente, comprar o que precisam, tomar café, organizar suas magias, etc. O torneio se inicia às 12hs. Se JP quiser entrar, a hora é agora.]

Me levanto disposto. Vou ao banheiro, lavo o rosto e volto ao quarto para acordar Megan.

- Vamos acordando, mocinha - digo, acordando minha filha. - Hoje vamos ao mercado.

Vamos os dois para o desjejum. Pretendo sair com Megan para o mercado e procurar por um ferreiro que afie a minha nodachi.

- Pane, pode me indicar um bom ferreiro? Alguém bom com katanas, nodachis pra ser exato - pergunto a ela antes de sairmos. - E garota, não volte sozinha pra sua casa. Leve alguém com você pra poder ir buscar suas coisas.

Nos dirigimos para a saída da taverna. Aproveitaria a ocasião para conversar com Megan sobre ontem.

- Audrey, você também, não ande sozinha por aí. Todos nós temos de evitar andar sozinhos na verdade - aconselho antes de sair.

Nos dirigimos ao mercado.

*Me levanto. Diferente do outro dia, aonde fazia tudo como um p*** loca, hoje estou mais sério, centrado. Vou até o balcão falar com a Madalena*

- Senhora, gostaria de saber mais sobre o tal torneio que vai acontecer hoje. Sabe de alguma coisa?

Os olhos vão se abrindo lentamente, o aroma de pão invade meu nariz, os pães feito pelo Sr. Lêoponcio são realmente uma maravilha. Ao acordar me lembro de uma palavra um tanto familiar, mas não sei de onde.

-Tentacruel... - sussuro.

"É um nome legal, para uma bichinho de pelúcia" - penso.

Então me levanto, e como de costume arrumo a cama e deixo prontinha para limpeza. Bato em minhas roupas tentando tirar o amassado já que dormi com elas. Enquanto observo o pessoal ir acordando, parecia que ainda não haviam se acostumado com Aria, que já estava borbulhando a está hora da manhã.

-Bom dia - Sorrio - Aria já está de pé, vocês também devem se aprontar.

O Samurai é um dos primeiros a despertar depois de mim, e me pergunta de uma ferraria.

-Do lado da confeitaria do Chefe Gusteu, tem a oficina do Ferreiro Dustin. A Megan sabe onde é a confeitaria - Olho para Megan - Será que você pode guiar seu pai? - Olho para o Samurai - Agora não é tão perigoso, mas se alguém quiser vir, será bem vindo em minha casa. - Sorrio.

Enquanto falo vou colocando o arco e flecha nas costas, adaga e pistola na cintura. E vou me direcionando a porta.

-Preciso ir em casa trocar de roupa para o torneio, esse horário não é tão perigoso eu ir lá, mas caso alguém queira ir junto, me acompanhem que já estou de saída, tenho que ser rápida.

Saio do quarto e desço as escadas, passo pela cozinha e pego um pão quentinho com manteiga, que parecia estar derretendo.

-Bom Dia Sr. Lêoponcio e Sra. Madalena. Aqui está o dinheiro pela pernoite. Já já estou de volta.

Saio da Snorlax, e olho para trás para ver se alguém veio junto. Caso alguém tenha vindo, ou não, estamos seguindo em direção a minha casa.

Acordo, me espreguiçando. Havia sido uma noite estranha aquela e ainda não havia acostumado com a presença da nova integrante do nosso grupo.
"Bem, as coisas vão se revelar conforme trabalharmos juntos, acredito", penso, indo em direção ao banheiro fazer minhas necessidades e colocar uma roupa mais decente do que aquelas roupas de baixo com que dormira.

Coloco a muda de roupa menos formal, com uma calça e um corselet leves e bem trabalhados, a luva e coloco a touca com orelhas de gatinho. Encaixo nela meu visor e deixo o restante dos preparativos na mochila.
Passo um batom de tom roxo bem escuro, quase preto e coloco as botas de cano alto.
Confiro munições, armamento e tudo o que precisaria para garantir que sobreviveria durante o Torneio.

Dou bom dia para quem estiver perto e recuso o convite de Pane:

- Oh, queira me desculpar mas gostaria de tirar o desjejum antes, - ainda estava maquinando sobre ontem, essa era a verdade - o cheiro que advém do andar da cozinha é esplêndido demais para ser ignorado!

Parto em direção da cozinha, sem a touca para não chamar tanta atenção, pegando para mim uma caneca bem cheia de café e outras delícias que estiverem à mesa.

-Então essa é a cidade que vai ter a honra de me ver lutar... - Afirmo enquantto observo os portões da cidade de Aria - hahahaha, isso vai ser interessante!

Entro na cidade e observo o ambiente, parece bem cheio, bom, é o que deve se esperar em qualquer lugar que realize um evento como este. Olho para um relógio pendurado em uma parede qualquer:

-9 horas, hmm, ainda da tempo de conhecer a cidade, o torneio é só ao meio dia se não me engano - falo comigo mesmo

Decido ir até o mercado, ver quais velharias eles vendem por aqui. Pergunta pra um estranho aleatório como chegar ao local e sigo meu caminho. Enquanto ando pelas ruas, vou observando as pessoas nessa cidade, até que me deparo com uma jovem, de cabelos azuis.

-Pff... esse lugar tem gente de tudo quanto é tipo! - penso

Encaro a garota enquanto caminho calmamente, ela responde me olhando, como se estivesse a me analisar, mas sigo meu caminho, sem direcionar qualquer gesto ou palavra a ela.

- me aguarde senhorita Salmaleko!!!!!

Sigo com pane, agarrado com uma varinha de madeira rubra...

Olho para trás e vejo o Tachibana-san vindo para me acompanhar.

-Tachiiii... -san- Me lembro que não seria prudente falar seu verdadeiro nome na rua - Alguém então veio me fazer companhia. - sorrio

Eu realmente fico muito feliz que alguém quis vir comigo.

-Eenr... Obrigada. vamos então, minha casa não é longe.

Andamos pelas ruas de Aria, e enfim chegamos em casa. Abro.

-Por favor, entre! Minha casa é simples, aqui eu não sou da aristocracia.

Entro em casa e tiro meu chapéu, mesmo cedo o sol de Aria frita a cabeça, e deixando minhas orelhas mais confortáveis.

-Vamos na cozinha, irei te apresentar o melhor produto da cidade, meu irmão adora, as bolachas "Carinhas". Servido?

- conheço sim. Comia as sabor café em semana de provas lá em cima xP

Como é possível que alguém que sofreu tanto consiga ser sorridente assim, essa moça co tinua me surpreendendo... quero ver até onde vai...

- não tem medo de se machucar hoje?

Pergunto de forma despretenciosa

-Eu chupava os pirulitos de café quando tinha q virar noites resolvendo casos.

Procuro um pacote do sabor morango e dou para Tachibana-san.

-EEu tenho, mas eu sempre tive vontade de participar. Acho que emoção está superando o medo. -Faço cabisbaixa - Meu medo agora é perder meu irmão.

O silêncio domina o ambiente. Até que eu começo a andar em direção a escada.

-Venha ver o quarto do Ko.

Subimos e adentrando no quarto mostro o livro rasgado, e fico em silêncio. Ando até o guarda-roupa do Ko e puxo uma tolha e jogo para ele.

-Tome um banho também, este quarto é uma suíte. Relaxe, teremos um dia duro.

Vou saindo do quarto e vou em direção meu.

-Eu vou para o meu quarto relaxar e colocar uma roupa melhor para o torneio. Até daqui a pouco, qualquer coisa grita. - sorrio.

Fecho a porta, e separo minha roupa, e vou tomar um banho de 5 minutos, precisamos ser o mais rápido possível.

"Espero que de tudo certo"

Termino o banho me troco, e deito um pouco em minha cama, esperando Tachibana-san me chamar.

Minha roupa:

Spoiler:

Me banho. Não sei se por necessidade ou não ter muito mais coisa a perder. Ela aparentava confiar demais em mim, fico preocupdado, se ela costuma agir assum alguém pode se aproveitar dela em algummomento. Podem machuca-la de novo...

Vou até o quarto de pane

- Senhorita pane - *toc toc *

A porta se abre e vejo a moça de cabelis molhados sobre a cama com uma roupa mais... aberta do que ontem... vou já virando de lado com a mão no nariz fingindo um espirro...

-vamos moça, devemos partir.

Escuto a batida na porta e ao ouvir viu né levantando.

-Sim, vamos voltar. Preciso comprar uns venenos.

Viu até a gaveta do meu quarto é tiro todos os pirulitos menos os dois de maçã do amor, e pego mais 5 de limão, e mais 2 de maçã do amor.

-Agora podemos ir. Meu estoque está renovado.

PPasso a frente do Tachibana-san e descemos a escada, então saímos e trancamos a porta.

- Let's go! - sorrio

Seguimos nosso caminho de volta ao snorlax, comendo bolacha e discutindo meus planos com aquela tulha de pergaminhos ao chegar pincelo os ûltimos detalhes

- então teremos no máximo dois minhtos para lançar todos os buffs eseguirmos com as formações. Você precere invisibilidade, patas da aranha?

*Acordo suando frio, boca seca e tremendo*

*Um pesadelo havia perturbado meu sono, onde eu via Nero, a Fase e uma equipe de assassinos que julguei ser a Cinza, todos unidos dizimando minha família, de uma forma macabra, insana que assustaria até o mais forte dos guerreiros, caso ele tivesse alguma ligação emocional com alguém de lá *

*Sento na minha cama e respiro fundo dizendo para mim mesma*
-Preciso ficar mais forte, preciso protege-los, estou muito fraca, o tempo é curto e o inimigo é astuto!

-Nunca fui devota a nenhuma espécie de divindade, mas se de fato existir alguma, peço que proteja e fortaleça meus irmãos...

*Ajeito uma mão contra a outra é levanto e vou direto ao banheiro para tomar banho e me recuperar deste susto que tive*

*Após o banho, visto minhas roupas e vou para perto da cama de Desmond*

*Me abaixo, perto do ouvido dele e digo*


"Mano, acorda, preciso treinar Alquimia, preciso desenvolver as tintas e você precisa se preparar para esse torneio"

N rapidamente encontra a loja indicada por Pane, sendo guiado por Megan, que conhece o caminho como a palma da mão. A menina era ótimo em guardar caminhos, N sabia, e adorava demonstrar seu talento para quem quisesse ver.
- É aqui, ó! - ela aponta o estabelecimento algumas casas ao lado da doceria de Gusteau, um lugar onde se lia "Forja do Anão".
Ali, N sentia um cheiro inconfundível de aço, o som tilintante de metal sendo esmagado contra uma bigorna, e o chiado da peça quente sendo temperada em água gelada. À medida que adentra o local, N vê diversas armas e peças bélicas pela paredes, como pistolas, espadas, machado, armaduras e escudos, braceletes, corseletes e malhas de aço. Todas possuíam algo em comum: um símbolo rúnico que N não consegue identificar, azulado pelo trabalho em forja.

- Posso ajudá-lo, bushido-man? - pergunta o homem de macacão de couro, segurando a lâmina de uma espada com um alicate de cabo longo, afudando-o em água gelada para temperá-lo. Ele não deveria ter mais que 1.2m de altura, mas sua constituição física era surpreendente. Musculoso e robusto, o anão moldava a peça de aço com um enorme machado, batendo-o contra a bigorna negra. A barba azul, porém, era o que mais chamava a atenção do samurai. - Vamos, desembucha.
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Na cozinha, Dakato, Audrey, Desmond, Sanna, Thomas e Pane encontram um banquete, como era de se esperar. Havia pão quente assado por Leopôncio, que depositava um fumegante sobre uma tábua de madeira posta sobre a mesa central. Ao redor, pães doces, leite, mel e manteiga faziam as vezes, unindo seu aroma ao de café fresco, colocado em várias garrafas de madeira ao redor da mesa.

- Claro, senhor, mas...não sei se as inscrições ainda estarão abertas... - diz Madalena, indicando o local a Jack. - Boa sorte, senhor, e tome cuidado, a cidade está bem agitada hoje - sorri.

Pane pega um pedaço de pão doce, e vocês vêm Dakato devorar qualquer coisa e correr atrás da garota. O mago era realmente muito introspectivo, mas quando ganhava a confiança de alguém...era realmente uma boa pessoa, bastante animado e falador. Isso faz vocês lembrarem de N, que possuía a mesma característica. Será que era uma qualidade do Leste?

Audrey, Desmond, Sanna e Thomas se servem, imaginando o que os esperava no torneio que aconteceria em 3 horas. Sanna não conseguia se manter quieta...seus músculos exigiam seu treinamento matutino, como ela sempre fizera na Cidade das pobres Almas. A mente de Desmond nunca parara de trabalhar, e ele sabia que deveria fazer seus preparativos arcanos antes do torneio. A cabeça de Thomas, por sua vez, agora já havia voltado ao normal, e a ressaca o deixara em paz, mas ele descobrira que fizera a manutenção toda errada das armas na noite anterior, e precisava dar um jeito nisso. Audrey poderia cogitar a possibilidade de fazer seus próprios preparativos...ela se recorda da arma que a policial que lhe havia provocado usava, a HS-414, uma verdadeira obra de arte bélica. A atiradora imagina que tipo de pessoas eles enfrentaria na Guerra dos Cristais, e isso fazia sua adrenalina subir.
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Quando Pane e Dakato haviam terminado seus fazeres e vinham conversando tranquilamente de volta ao Snorlax Dorminhoco, avistam um homem muito diferente, completamente distoante do resto do povo de Aria. Aquele homem alto, de musculatura proeminente, certamente era um turista, talvez mais alguém para o Torneio...se ele fosse um oponente, poderia ser um belo de um problema.
Ele, então, parece notar o cabelo de Pane e os olhos puxados de Dakato e comenta isso em voz alta. Sim, certamente ele é de fora.
Nisso, vocês notam que Jack chega até o local de inscrições, e parece começar a fazer a sua. Esse também parecia forte, e também poderia ser um belo problema...a Guerra dos Cristais sequer havia começado e vocês já conseguem notar as deficiências no grupo.
A equipe de vocês era cheia de magos e atiradores de longo alcance, mas ninguém possuía a constituição física daquele homem que mais parecia um fisiculturista...e somente N era um combatente de curto alcance, como Jack. Aqueles dois certamente seriam um bom adendo ao grupo...

Tiro Risco das costas e coloco a nodachi sobre o balcão. A espada cobre todo o balcão, com certeza maior que o próprio ferreiro.

- Quero que afie essa nodachi. Tem experiência com tamahagane? O aço japonês?

Tiro Risco da bainha. Aos olhos de um leigo seria uma nodachi comum, mesmo sendo raro encontrar samurais que empunhassem somente nodachis.
Mas Risco foi feita especialmente para mim, já planejando minhas medidas e acertando perfeitamente. Eu era um com essa espada.

- Por quanto faria esse serviço?

-- Er eu não vou me inscrever no torneio... --

*No local do tal torneio, ainda trajando uma roupa social, apenas observo a movimentação, ficando atento a alguma insignia peculiar. Em especial uma que conheço bem. Reparo a variedade de guerreiros que estão aqui, finalmente parece que estou começando a chegar perto de achar uma pista de meu enigma.*

-Essas bolachas são divinas.

Tachibana-san me pergunta sobre que feitiço eu quero que ele coloque em mim.

-Huuum... acho que para uma ladina, nada melhor do que ficar realmente invisível hã? - Olho para ele - Sorry, não consegui pensar em uma utilidade para patas de aranha em mim.

Enquanto andamos, vejo um homem enorme, uns 20cm mais alto que eu, assustador. Então percebo ele me encarar, e aparentemente parece debochar de meu cabelo e dos olhos do Tachibana-san.

-ooh...Meus cabelos possuem a cor mais bela.. hunf - falo em um tom baixo - Tachi-san, esse estranho ai ta falando da gente. - faço uma cara feia,por dois segundos.

Mas ai começo a alinalizar suas estruturas, e me lembro que não temos ninguém assim em nosso time, ele seria de grande ajuda, então volto a sorrir.

-Vem Tachi-san - puxo ele pelas mãos correndo - Falta uma na nossa equipe ainda, ele é ideal - Sorrio.

Vou correndo até o homem, o surpreendendo.

-Ei moço, me segue, você veio para a Guerra dos Cristais não?

Sem esperar a resposta do homem, puxo ele também e vou correndo até o local das inscrições.

-Sabe, falta só um no nosso time, você já tem time?

Chegando no local da inscrição vejo o cara que fez a minha ontem.

-Senhor, me mostra a lista do time do Bass B?

Volto a olhar para Tachibana-san, sorrindo.

-Não se assuste, eu sou assim - fico um pouco rubra - Ontem foi um dia diferente, a partir de agora vocês vão conhecer a verdadeira alegria (Pane) - Sorrio, diferente dos sorrisos de ontem, este era sincero.

O anão se aproxima, deixando seu trabalho para depois. Com gentileza surpreendente para alguém como ele, o anão toma a Nodachi nas mãos, estudando sua lâmina reluzente, o cabo incomum...e a alma daquela espada, algo que os orientais gostavam de chamar de "motivação" .
- Não vai ser barato. Posso levar o dia inteiro por 2 mil ou posso fazer isso antes do torneio por 3.5 mil. É, bushido-man, eu sei que você vai participar. Todos que vem me procurar nessa época têm o mesmo motivo. Vocês só pensam em lutar e lutar! Isso muda a Motivação da espada, sabia? Veja, veja! -ele aponta as ondulações que formam a alma de Risco, e o que N vê é o característico padrão caótico e agressivo, despontando como rajadas de fogo. - Isso é o Caos. Uma Motivação caótica assim só pode vir de uma forma, bushido-man, e eu te indico a não buscar isso... vingança não te levará a nada.


Jack não vê nenhum sinal do que procura, apenas uma Aria borbulhante de pessoas e roatoa desconhecidos. O Guerrwiro havia tido um aonho na noite anterior, e agora imaginava se não fora um truque de seu subconsciente.
" Nolepeleko", o nome que havia houvido antes, no quarto vizinho...de alguma forma, não lhe era estranho, mas ele não sabia dizer com precisão de onde o conhecia.
Sua cabeça doi por tentar lembrar, como se algo quisesse manter o passado no passado. Aquilo era perturbador. Será que aquele grupo poderia ter alguma relação com seu passado?




pane literalmente arrasta o homenzarrão para o local das inscrições, ao passo que o escrivão, sorridente, lhes cumprimenta.
- Ora, bom dia, senhores! Felizmente, nosso comitê decidiu estender as inscrições. O Valor é 600 peças de ouro agora, mas seu amigo musculoso ainda tem a chance de participar. Preciso apenas do valor e de seu nome e alcunha.

- É do caos que se pode mudar a forma atual das coisas. Risco, esta nodachi, tinha uma motivação fria. Seu trabalho era de matar sem sentir, absorver o sangue de qualquer um.

Digo, observando as nuances de luz na lâmina.

- Eu não busco vingança, ferreiro, eu busco liberdade. Pra mim e para minha família - sorrio para Megan.

- Ore wa Ichigou. É por esse nome que me verá lá no torneio, sou o primeiro de algo novo. Será o melhor torneio que já viu, tenha certeza disso.

Conto mentalmente meu dinheiro. Não tinha o suficiente.

- Faça um preço menor e voltarei para recompensa-lo. Verás como voltarei com novas linhas de motivação.

- Hump... - ele pondera. - Quanto você tem, Bushido-man? E sobre o que me disse...as vezes buscar liberdade pode ser fscilmente confundido com irá ou vingança. Tome cuidado...uma espada assim também sente...também pensa… é uma peça formidável.

- Eu sei, ela sabia que eu estava confuso. Se Risco puder me escutar agora, será uma espada diferente.

- Posso pagar até 3200. Senhor...? - queria saber o nome do ferreiro.

Faço uma refeição bastante balanceada e tento comer um pouco mais de nutrientes para me manter com energia o suficiente para conseguir me sair bem durante o torneio. Ao terminar de me alimentar, limpo os lábios com um guardanapo e coloco os talheres como mandava a etiqueta tradicional de Arsin, indicando que eu havia terminado de me servir.

Me levanto:

- Se me dão licença, companheiros... - faço um meneio e me retiro.

No banheiro eu escovo meus dentes e retoco o batom para deixá-lo forte e marcante. Os lábios de uma mulher deveriam ser desejáveis e bem delineados, uma das "armas femininas". Apesar de todo o puritanismo pregado no Continente Superior, a Ama ensinava também esse tipo de coisa, salientando o manual de uma lady com todo o requinte e feminilidade que pudesse utilizar.

Mas essa era também a Era das mulheres fortes e determinadas. Eu era aquilo, sabia que havia uma chama ardente dentro de mim, uma curiosidade incessante, um ímpeto por lutar por justiça e para criar meu próprio destino.

No final das contas, todos ali queriam traçar seu próprio destino. Escolher, lutar por seus ideias. Parece nobre... mas não era nada fácil.
Refletindo ainda sobre as armas, me arrependo por não ter trabalhado nelas ontem. "Foi divertido, até que...", pensou, com aquilo lhe assombrando e ainda pensava "a carta tem que chegar logo para eles... Keenarys...", enquanto caminhava para fora da Estalagem.
Refletira bastante sobre o que N havia dito... de não andar sozinha. Mas já havia incomodado demais todos eles e, com certeza, eles tinham outros planos. Coisas mais importantes do que caminhar com uma Lady Chata de Galochas.

De qualquer forma, saio da estalagem em busca de alguma loja que trabalhem com armas. Pensara durante o desjejum em um certo aprimoramento, tinha planos para a Pistola.


A pistola escorregou e deslizou até a mesa onde eu estava, agachada e com as pernas muito juntas e as costas levemente arqueadas. Ao vê-la, os sons pareciam diminuir de volume.
Quase não ouvia a gritaria e o medo que o assassino gorducho havia causado na festa de debutante de Adda. Tudo o que conseguia ver era aquele equipamento tão bonito e cheio de aparelhos.

Antes desse achado, eu já fuçava em todas as coisas que possuíam mecanismos. Era curiosa e levemente introspectiva; apesar disso, possuía uma ousadia que me fazia descobrir coisas fascinantes e moldar, pouco a pouco, meu caráter.
Não sabia quem havia puxado. Talvez tivesse puxado mesmo a mãe, que era uma mulher de personalidade, forte e que representava a Casa Keenary quando se fazia necessário.

Mas a pistola... tinha feito sua mente viajar. Não era tão criança, já tinha 11 anos quando a encontrei. Dentro de um livro falso, a guardava.

Agora, sobre os irmãos: Eram muitos.

O mais velho era Aaron Cranelly Keenary Whelan, atualmente com 29 anos, casado com a Miss Editha Cranelly.

A segunda filha, Adda A. Keenary Whelan, atualmente com 27 anos, casada com Lord Eric Elswood.

Os gêmeos Giles e George Keenary Whelan, atualmente com 26 anos, noivos da senhorita Isabel Doonican e Estella Ruxton, de duas casas menores da Arsin.

Susanna Keenary Whelan, a quinta filha, atualmente com 25 anos. Susanna nasceu com um problema de respiração e passou a infância confinada na Mansão Keenary. Quando completou 15 anos, foi apresentada para a Sociedade e, encantada com o mundo da Aristocracia, se envolveu com um gerente do Moulin. Virou dançarina burlesca por muitos anos, até que se casou com o Senhor Ernest Ginski e "limpou" o nome Keenary. Mas continua trabalhando no Moulin.

O sexto filho, Comandante Calvin Arson Keenary Whelan. O único que possui o sobrenome de mamãe, tem atualmente 24 anos, sendo apenas um ano mais velho que eu. Trabalha para a polícia do ar, em Arsin, dono de Zepelins da linha Keenary, em um dos segmentos que a nossa casa apóia.

Sou a caçula, sétima filha de uma sétima filha. Segundo a mitologia antiga, dos meus livros secretos, eu seria uma bruxa. Mas não consigo usar nada que seja mágico... com exceção de Arcaninas, claro.
Sou quase-noiva, embora meu pretendente esteja fugindo, assim como eu.
E agora... sou também foragida.


Perdida em meus pensamentos, sei exatamente o destino que quero dar ao meu xodó, a pistola que Eli me presenteou. Prometi limpar o sangue que inocente que ela derramou e estava conseguindo.