O Chamado de Gaia

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a escuridão:

Scar visualiza algo logo no final da luz vermelha que vinha da lanterna: parecia uma espécie de totem com dois buracos nos olhos por onde a luz terminava. Ali perto, você consegue ver um tentáculo saindo de uma das esferas do olho como se ele ultrapassasse a abertura.
Vincent consegue ver apenas uma parte mas as informações batem. Tinha que ser aquilo, com certeza. Porém, algo atrapalhava a visão.
Nailah vê uma forma sendo iluminada pela luz vermelha. Parecia ser a estátua que Darún tinha falado. Mas seus olhos de caçadora fitaram justamente o tentáculo. Era nele que seus punhos desejavam se cravar.

-#-

Alen se levanta, estica um dos braços e diz:

- Olha, você pode deixar esses dois aqui. Não vou fugir, de qualquer forma. Pode ir fazer o que quiser mas não me chame para lutar junto com vocês. Prefiro me manter aqui.

Ele se senta novamente, para a decepção de Hawk, arrumando a coluna da mulher para que ela se mantivesse mais reta como gente e não como a desvairada que aparentava. Em seguida, os braços dele se cruzam em frente ao corpo.

Hawk consegue confiar no que ele diz, apesar do certo desdém (ou medo) que ele demonstrava.

- É isso... vamos derrotá-los com nossos punhos... - Digo ao focar o tentáculo, avançando com um pouco de cautela.

Acompanho Nailah, tentando localizar a peça que deve ser separada do totem, como Darún fez da última vez.

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a escuridão:

Os dois se aproximam, deixando tanto a luz vermelha quanto a verde para trás.
O totem, agora de perto, parecia um índio sem os olhos, de tamanho médio e feito de metal. O tentáculo que o trespassava era com pequeninos espinhos.
Ele levanta um pouco o totem e vocês conseguem observar apenas corpos atrás disso. O que frustrava vocês era não conseguir saber da origem deles.

- Precisamos de fogo - comento em voz alta, para que o resto do grupo também possa ouvir.

*transformação em forma racial*

"detesto essa situação... eu subo ou fico???"

"To providenciando, Scar" digo erguendo o estandarte de fogo. "Ei, a cadeira, peguem a cadeira de madeira!" digo apontando para a cadeira que vi antes.

"Quebrem os pés dela, vamos fazer tochas!" digo, avançando lentamente com o grupo.

Me aproximo da cadeira, e logo noto o corpo novamente. Farejo, na tentativa de identificar algo vivo ali.

– Vamos analisar primeiro – opinou Vincent. – Se pudermos reconhecer um destes, a partir de agora, não estaremos desprevenidos noutra ocasião.

Verificar era lei para Vincent, a expectação de um agente das sombras é chamada de "Curiosidade das Raposas". Desde sempre, não só a magia em suas formas de papel em tinta ou dobradura surpreendiam sua raça, qualquer nova invenção ou conhecimento sobre a criação de Gaia causava fascínio aos seus olhos místicos. Como os filhos caçulas que eram, permaneciam em busca de mais aprendizado.
A tecnologia díspar proveniente do conhecimento nipônico comprovava a origem de seus interesses. Tal país serviu de berço para a cultura dos Nove-caudas, lugar onde sua raça sentia acolhimento em relação aos humanos: suas lendas e histórias respeitavam tais seres, de certo modo. Hokkaido, a segunda maior do arquipélago japonês, fora inclusive um local nomeado para os seus Senhores como "A Ilha dos Reis Raposa".

Aproximou-se com passos cautelosos, mirando alternadamente o achado, o piso e os cadáveres. Apontando a pistola junto do feixe rubro.
– Darún, há alguma forma específica para fechar este assunto? – questionou sobre rituais. – Podemos acabar com isso? Algum risco?

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a escuridão:

Scar percebe que ele não tem cheiro, mas aparenta ter morrido há muito tempo. A cadeira é muito frágil e fácil de ser partida para criar as tochas que o garou sugeriu.
Enquanto isso, Ralf se direciona para frente, alcançando o que parecia ser o meio do apartamento. Ali, ele via o tentáculo levantando a estátua e todos podiam vê-lo também, acompanhado de mais dois desses, cheios de pequeninos espinhos muito afiados.
Nailah e Vincent conseguem ver melhor o ambiente em volta agora com a luz verde e o feixe vermelho e conseguem focar nos tentáculos e no totem sem olhos.

Vincent se aproxima do totem e Darún parece retornar ao ouvir seu questionamento, recuando do corredor escuro que havia entrado por alguns minutos e logo retornara:

- O corredor está limpo, matilha. Sobre isso, raposa, ainda estou tentando analisar a situação... se o totem não está segurando outro, deve ter algo perto dele. Um tributo, talvez, esteja alimentando sua influência.

- Precisamos.dar um fim digno a este homem, que Gaia tenha piedade de sua alma. - toco o corpo com o focinho em sinal de respeito. Passo meu corpo pelo dorso do morto, usanda boca para colocá-lo sobre minhas costas e tirá-lo com cuidado dali, para usarmos as pernas da cadeira. Todos eram filhos de Gaia...e aquela criatura não merecia ter seu corpo profonado eternamente por aquele lugar. Afasto o corpo do totem, depositando-o num canto para, se possível, o levarmos embora depois. Conhecia o costume humano do enterro e da crematória, e sabia a importância que aquelas frágeis criatura davam à prática.

Observo tudo melhor assim como a ação dos demais.

- A ideia do fogo é ótima... vamos incendiar esse prédio e matar todas essas crias malditas!!! - Cuspo as palavras, procurando algo em volta que poderia proteger minhas mãos, para lutar contra aquilo com meus próprios punhos.

"Ok, hora do teste" pego a cadeira e a quebro com o pé direito. Após fazer isso, pego uma das pernas da cadeira e a incendeio com o estandarte que seguro.

Se a perna da cadeira inflamar, a lanço diretamente no tentáculo que levanta a estátua.

"Se o totem não está segurando outro, deve ter algo perto dele", Vincent fica apegado a este ponto na fala de Darún. Enquanto seus parceiros pretendiam lançar chamas contra o ídolo, ele começa a contornar pela direita a base dos tentáculos que subiam como profano monumento. Mirava as raízes e o piso em redor, pesquisava qualquer peça, desenhos ou matéria-prima estranhos. Cutucava vez ou outra com o coturno.
– Como ele disse, pode haver outra coisa alimentando isso – comentou aos colegas. – Queimar é uma boa ideia. Mas iríamos incendiar a única pista? Se coletarmos esses itens, teremos por onde continuar.

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a escuridão:

Ralf consegue colocar fogo na perna da cadeira, enquanto Nailah bravejava em busca de acabar com aquela confusão logo.
Vincent vasculha o local com cautela e percebe que atrás do totem há um risco vermelho que segue até adiante. Parece que a base do totem está desenhada em vermelho e o risco sai dele para algum lugar onde a luz ainda não alcançara.

Scar sente o corpo pesado, como se pesasse toneladas. Ao levantar um pouco uma parte do corpo do homem no chão, ele vê mais diversos corpos ali atrás. Alguns pendurados, outros no chão. Eram muitos mortos para um só lupino carregar e alguma coisa estava os deixando mais pesados... você sabia que a morte os deixaria mais pesados mas não daquela forma.

-#-

A mulher que está sentada e com o olhar vago, escuta Hawk bravejar e, cambaleando para o lado novamente, ela diz:

- O lobo de ossos já foi embora... e junto dele, a vida de 30. O sacrifício... a rua morreu...

Alen diz, dando de ombros:

- Faça o que quiser, lobo. Ficarei aqui, de qualquer forma...

- Sacrifício... - comento, em voz alta, na língua garou - Alguém sacrificou essas pessoas! - meus dentes rangem em uma fúria súbita, enquanto meus pelos se arrepiam. - Quem foi o desgraçado que fez isso...? O que alguém ganharia em troca dessa atrocidade?! - questiono Darún.

Não havia compreendido o que o colega disse, algo na língua nativa dos lobos.
– Alguma coisa por aqui – avisou para quem se interessasse. – Vou verificar.
Passou pela lateral do totem, dando uma olhadela de relance para gravar a traseira daquele artefato. Nenhuma informação seria descartada.
Seguir o fio escarlate com luminosidade avermelhada necessitava de calma, percebeu que podia identificar sua trilha na inexatidão de tons passando e voltando o facho heterogêneo produzido eletricamente. Guardou atenção para o entorno, clarear um canto ou outro o precavia.
"Que tipo de buraco é esse!? Não posso usar só a visão noturna, e temos que depender de tochas e lanternas", sentia-se mal agourado. Compreendia que as sombras serviam mais aos servos da Wyrm do que a uma outra espécie tão furtiva como a dele, ou a outras tribos específicas de licantropos e demais metamorfos. Porém, rejeitava aquele sentimento de abandono e insegurança, parecia que “elas” estavam contra ele.
– Ei, alguém vem comigo? Sei o que houve na última vez. Aprendo de primeira.

Off: #atirempedrasnonegofolgadoaqui #vamosisaacmexingue

Ale-san, a Kelseyzinha, manja pakas de ocultism, ciencia e um pouco de rituais...com isso existe algum teste que ela possa fazer para facilitar a resolução desta treta?

Obrigado a todos

On

*Caminho rapidamente para perto de Ralf e pego uma tocha improvisada com ele, em seguida me caminho rapidamente  para próximo do homem raposa e digo*

"-Alto lá, meu caro,lhe agradeço e muito por me livrar dessa umbra ilusória, mas por... Vá com calma, irei lhe ajudar!"

*Vou acompanhando ele, auxiliando na iluminação com a tocha improvisada, e com a adaga com a lâmina voltada para baixo na minha mão esquerda*

"-Raposa, desculpe se te ofendo por falar assim, mas vamos ao que interessa: O que você descobriu, ou está tentando descobrir? Não é mais fácil destruirmos esses artefatos malignos?" *Digo a ele me referindo aos totens do tinhoso*

- você está exatamente de que lado desta história toda?

"Ei, Scar, consegue achar mais objetos de madeira pra fazer tochas? Ai podemos nos espalhar melhor pra investigar" digo a ele, me aproximando de Kelsey e Vincent, lentamente.

Kelsey, uma moça misteriosa até então, bem diferente de Nailah. Contudo, tão igual em coragem. Sondava isso do seu jeito desafiador que muitos tomavam por deboche. Agora mostrava-se lúcida e apresentava-se como integrante.
– Ok, não foi nada – confessou humildemente. – Pode chamar Raposa, sim. E não, perguntei ao chefe que possuí mais conhecimentos sobre, porém, já sei que nem tudo é tão fácil – Deixou de lado a luz rubra permitindo que as chamas esverdeadas destacassem a guia. – É arriscado ''cortar o fio'' de um sistema sem saber o que estamos fazendo. Devemos desativar corretamente. Darún pode confirmar.

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a Maldição da Morte:

Alen coloca a mão nos bolsos, virando o rosto, ainda sentado com as costas apoiada na van:

- Estou do lado que me leva para casa... simples assim. Não vou sujar minhas mãos lá dentro. Não pedi para vir aqui... já que as circunstâncias são essas e estou sem minha carteira, continuarei aqui até terminarem. Suba logo antes que eu mude de ideia... - a última parte parecia mais para si mesmo do que para Hawk


A atmosfera continuava pesada lá fora mas era mais leve que dentro do prédio marrom. A mulher encostada na van continuava a dizer sobre números, mortos e lobos. Parecia que ela havia entrado em choque há um bom tempo.

-#-

Kelsey e Vincent analisam o local, agora mais iluminado pela luz verde e pelo feixe vermelho que não atrapalhava tanto quanto Vincent pensava. O risco vermelho ia em direção a o que vocês não tinham visto ainda: o fundo do primeiro cômodo do apartamento.

Lá tinham mais alguns corpos, todos eles de homens e mulheres. O risco fazia algumas curvas dando origem a vários círculos. Perto da janela cheia de tacos de madeira para tampá-la, estava uma estaca de madeira enorme que quase alcançava o teto. Trespassado por ela estava um corpo curvado para trás e sem a pele, como se tivesse sido mumificado ou passado por algum processo muito distinto. No que parecia ser uma pele feita de papel, iam vários desenhos tribais de espinhos.
Kelsey pode rolar teste de Percepção + Ocultismo!
Vincent pode rolar Raciocínio + Ocultismo

Scar braveja e Darún se aproxima, tocando também o corpo do homem:

- Scar, a atrocidade da Wyrm é maior do que podemos contar. Eu sinto que essa sala se tornou palco de algum ritual ou coisa do tipo. Alguém está brincando conosco, filhos da mãe Gaia. A estrela vermelha que explodiu nos céus foi o primeiro sinal de que o mundo está em um estado decadente... por isso que estamos aqui. Estamos aqui para limpar todos os lugares. E vá se acostumando, - essa fala veio com pesar - essas cenas se tornarão piores.

Ralf e Nailah conseguem observar tudo o que se desenrolava ali, vendo a estaca e o que parecia ser um corpo. O lugar era nojento e causava reações diferentes nos dois:

Ralf sentiu ânsia pela cena, mas conseguiu se conter, segurando agora o estandarte e a pequena tocha improvisada. Estar tão perto da luz verde lhe dava certa segurança.
Nailah continuava procurando onde acertar seus punhos furiosos, deixando os dentes fazerem um barulho estranho ao se chocarem enquanto a boca parecia se segurar para não uivar de raiva.

- O que eles ganhariam com este holocausto, Darún?! Isso não está certo! - meus dentes rangem. - Precisamos encontrar a fonte disso! - pareço realmente furioso.

– Cuidado, é melhor não tocar em nada até sabermos o que fazer – sinalizou para que não pisasse nos círculos ou tocasse nos desenhos.
Avaliou toda a cena, e decidiu pensar sobre aqueles componentes ritualísticos.

Sistema:

Racioncínio 4 + Ocultismo 3:

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a Maldição da Morte:

Vincent consegue analisar, sentindo que tinha a informação como se estivesse na ponta da língua mas a memória não conseguisse acessar com firmeza. Ainda observando, você consegue notar que as linhas formam exatamente oito círculos e que todos eles possuem uma linha reta saindo de seu centro e indo de encontro com a estaca.
Claramente aquilo era o "motor" de toda aquela singularidade assombrosa do apartamento.
Você já havia lido que as linhas são feitas com uma espécie de mistura de alguns compostos encontrados na natureza e sangue de suas vítimas, o que explica a cor rubra e forte. Ainda não conseguia compreender a escuridão tão densa e a troca de cores das chamas e luzes em geral mas tinha certeza que os tentáculos sumiriam ao "cortar a ligação" entre o totem e a oferenda. O problema era como executar isso.

Darún se aproxima, analisando também. Ele passa os olhos fechando os punhos:

- Isso parece com um antigo ritual que não é utilizado em nenhuma tribo há uns 100 anos... exige sacrifícios e coisas hediondas... mas não me lembro exatamente como desfazer isso. Um Senhores das Sombras não seria ruim agora... - ele resmunga um pouco e mesmo assim não parece rude no que faz - bom, precisamos desarmar isso logo. O corpo parece dar o alimento para os círculos e riscos; eles desembocam no totem. Não posso tocar esse totem por ter colocado um lá fora.

Scar se aproxima, sentindo raiva daquele cenário horrendo em que estava. Agora, mais de perto, o totem tinha um cheiro particular mas era quase inexistente. Os tentáculos ao sentirem sua aproximação, se movem lentamente mas não atacam. Talvez a luz verde do estandarte de Ralf estivesse limitando os movimentos dele.