O Chamado de Gaia

- vá com calma amigo. Não ser erga tão rápido. Tenho certeza que logo Darún irá descer e cuidar de vocês dois!

Londres e o apartamento - O apartamento 135 e a Maldição da Morte:

Diana faz um sinal positivo para todos:

- Parece que nos identificamos, Scar. Prazer, Ciaran! - ela estica a mão e aperta com certa força - Pode me chamar só de Diana mesmo. - ela se vira novamente para Vincent - Estou há dois anos destruindo esse tipo de profanação... e esse Raktin aqui sabe muito do Lugar das Sombras do Sol entre outros lugares da Umbra. Vamos lá, Chermont!

Ela se dirige para perto, o Raktin já em tamanho de um humano comum, porém, levemente baixo, tendo aparentemente 1,55, pedindo licença para Vincent, Nailah e Ralf.

Com o corpo levemente curvado ele analisa o totem e os vários círculos:

- Luz esmeralda, parece que vocês descobriram como amenizar o Escuro Possesso. Os monstros daqui faziam que tipo de armadilha? - balança o rabo - E, oh...

O semblante dele muda para uma cara mais preocupada. Ele caminha em direção à Diana e diz meio baixo:

- Não é como os outros totens, Diana... a ligação é muito forte. Talvez esteja em outro cômodo... e os corpos são oferendas. Estão fortalecendo alguma coisa aqui dentro, espólios de guerra. Mas de uma coisa eu tenho certeza! É deles esse totem.

- Malditos Espirais! Vocês todos, menos o favorito de Abhaá, temos que achar a segunda ligação das trevas desse apartamento. Esse lugar é pior do que eu pensava... isso virou um templo de invocação!

-#-

Ele olha para você, assustado e muito cansado, tentando se levantar. Quando ele finalmente fica de pé, ele observa Alen e a mulher encostados no banco e com um susto, ele cai no chão novamente, desfalecendo.

Hawk sente por alguns segundos, duas presenças distintas dentro do prédio marrom, não sabendo dizer bem do que se tratava.

- É um prazer conhecê-la - estendo a pata. - Imaginei que era algo desse tipo, mas era apenas um palpite. Não tenho nenhuma experiência com esse tipo de lugar, mas ficaria feliz em poder ajudar vocês no que for. Como desativamos esse ponto de evocação? Algo me diz que não é tão simples como queimar o totem...

– Segunda ligação? – retorquiu. – Os sinais indicavam somente este, como achamos o outro?
Os sentidos estavam equivalentes em relação aos humanos, ou ainda inferiores. E sua habilidade de sentir os fluxos Yin e Yang não ajudaria, já que o lugar era pura malignidade.
Enquanto aguardava uma indicação, avaliou seu inventário uma segunda vez na manhã. "Verdade, esqueci que ainda é dia, lá fora", recordou-se mirando as paredes onde antes haveriam janelas abertas. Havia despertado do transe com as chamas a molestá-lo, a mochila estaria avariada de algum modo. Decidiu realocar o que sobrou dos bolsos chamuscados.

"Opa opa opa, quer dizer que tem mais quartos como esse aqui? Quase incendiamos o lugar inteiro pra sequer enxergar o que tava rolando..." digo, balançando o estandarte de fogo.

"Vamos precisar de mais cortinas..."

Londres e o apartamento 135 - Raktins, garous e Espirais

- Vocês só exploraram esse cômodo? Ora..!

Diana começa a andar pelo corredor, seguida de Chermont, o rato. Darún faz um sinal para todos vocês seguirem os dois.

O corredor é curto e está muito escuro ali. Podem passar duas pessoas lado a lado. Chermont arranca um pedaço de madeira da mochila de Diana e o inflama no estandarte de Ralf, seguindo ao lado de Diana.
Todos o trespassam... sem maiores problemas.
Ao cruzarem o apartamento, lá está o que parecia ser uma cozinha seguida de uma porta para o que parecia ser um quarto.
No cômodo em que estavam, a cozinha, a mesa estava partida ao meio. Muitas fotos reveladas estão espalhadas pelo chão e na pia de mármore há potes com cérebros e corações boiando em um líquido viscoso e amarelado.
Ainda há muitas pequeninas penas penduradas no armário e um filtro de sonhos pendurado ao contrário em frente à porta do quarto.

Pendurado perto da geladeira há um corpo pendurado em um gancho, uma visão nojenta. O corpo completamente escalpado e sem os olhos. Olhos vazios assim como o totem.
Todas as fotos são de uma única criança... um menino e seu passar do tempo. Algumas fotos são dele mais velho... outras, dele mais novo.

A escuridão ali parecia muito mais fraca e os detalhes pareciam muito mais distintos e até há um certo aroma ali... pouco, mas há.
Para os da cidade, aquilo parece um laboratório ou necrotério e para os que viveram entre tribos e florestas... parece a cabana de um pajé ocultista.

Sinto um nojo tremendo, e a bílis sobe por minha garganta. Aquilo era terrível, uma heresia à vida. Matar para comer era uma coisa...matar pelo prazer científico, era um pecado imperdoável.
Me aproximo das fotos, sentindo o cheiro diferente do lugar, que irrita meu focinho. Presto atenção àquele rosto humano, atentamente, tentando fazer um comparativo com o irmão desaparecido (considerei que Darún inteligentemente tenha nos mostrado alguma foto, ou que tenhamos visto uma antes, já que o estamos procurando).
- É ele? - questiono.

*Ao adentrar naquele local, sinto ânsia de vômito e rapidamente levo as costas de minha mão esquerda em direção a minha boca para evitar essa ação repulsiva de meu corpo*

*Observo mais um pouco, e forço minha mente para associar aquila visão ao conteúdo dos livros sobre ocultismo que estudei, quando estava sendo ensinada por meu pai, na arte do ocultismo*

"-Darún, e Diana... Nesse local há alguma armadilha ou algo que devemos ficar em alerta?"

"E é por isso que eu nunca andei com a galerinha do heavy metal" digo ao olhar toda aquela cena horrenda.

"As fotos fazem parte do ritual?"

Vincent aguarda o grupo passar. Estaca em frente à mesa, saca novo equipamento de dentro da carga. Uma câmera fotográfica digital.
– Tudo bem, Darún. Esse material pertence somente a matilha. Fui orientado a agir como membro integral desta equipe – garantiu ao líder.
Ergue-se sobre o cenário, sem adentrar o local ou pisar nas fotografias.
Flashes sobre flashes na cena. A mesa, as prateleiras e a pia, o corpo preso a geladeira, vários pontos no chão. Aquele ambiente tornava a captura uma figura de horror, o contorno recebia pouca iluminação, entretanto, as cores sob o feixe eram intensas.
Concluiu vestindo a alça da peça no pescoço. Seguiu a retaguarda.

Off: Qualquer teste necessário, Ale, pede na resposta. Ou outra complicação.

Londres e o apartamento 135 - Raktins, garous e Espirais

Vocês sabiam que as fotos se tratavam do homem que havia se suicidado. A imagem dele foi bastante divulgada dentro das tribos devido ao desaparecimento misterioso de seu corpo.

Ele possui os cabelos bagunçados e claros, ora branco, ora loiro. Seu rosto revela olhos escuros e uma boca muito fina. O queixo é levemente quadrado e possui um nariz de tamanho médio.
Em diversas fotos ele parece sorridente, mas quanto mais atuais as fotos, menos sorrisos são percebidos.

Vincent consegue perceber que as fotos estão dispostas como uma linha do tempo. De repente, ela comete um salto, demonstrando um homem muito mais velho e cansado. A última foto, para seu espanto, causa um brilho esquisito quando o flash da câmera a ilumina e tudo o que você consegue ver é um homem horrível sem os dentes, apenas com as presas na boca.
Isso te dá um arrepio que percorre a espinha.

Kelsey começa a pensar sobre seus conhecimentos sobre Ocultismo e reconhece as penas que adornam o local. Toda tenda armada dentro de Caerns recebe o adorno de penas de uma cor apenas, representando a unidade com o mundo e a Mãe Gaia. Os Uktenas preferem as penas de cor vermelha, os Filhos de Gaia utilizam tanto vermelhas quanto brancas e os Senhores das Sombras usam Penas Acinzentadas... os únicos que já utilizaram penas negras são os Espirais Negros, a tribo que traiu todas as outras e serve a Wyrm.

Vincent e Kelsey notam ao mesmo tempo o contorno vermelho nas fotos... e logo entendem que aquilo era a "segunda ligação" do ritual que acontecera ali. As fotos não estavam simplesmente espalhadas e sim dispostas propositalmente!

Scar sente cheiro nas fotos. Um aroma estranho que parecia... gelado. Outra coisa que chama a atenção do Lupino é o Filtro de Sonhos pendurado ao contrário perto da porta do quarto, na extremidade direita do cômodo.
O corpo balançava lentamente, um balanço quase imperceptível para os que não possuem olhos treinados. Isso significava que algo o havia mexido há relativamente pouco tempo, o que lhe deixa mais alerta dentro do cômodo.

Ralf escuta um som estranho, como se falasse dentro de sua mente e não era a sua consciência:


Quero... sair..! Me... li... berte...

"É...sei que a situação toda é muito bizarra pra todos nós que somos novatos mas...cês tão ouvindo isso?" olho ao redor, vendo se o som possui algum local de origem.

"É como se tentassem sussurrar algo no meu ouvido"

"Uma armadilha...?" penso, quando meus pelos se arrepiam pela percepção do odor frio nas fotos. Observo o corpo balançar lentamente, e alerto meus amigos sobre esse fato.
- Seja quem o que você for, estamos aqui para saber sobre o homem dessas fotos - arrisco. - Tenho duas opções para vocês. A primeira, é vantajosa para nós dois. Você vai se revelar e vai responder nossas perguntas. Vamos deixar você ir embora e não causaremos nenhum mal. A segunda é terrivelmente tentadora para todo o meu grupo, e você vai odiar. Vamos atear fogo em tudo isso, destruindo todo o esforço que vocês empregaram. Se você estiver ligado a este lugar de alguma forma, eu te aconselho ainda mais a nos ajudar. O que me diz?
Tento ser razoável, nem tudo era resolvível apenas pelas presas e garras, afinal, estávamos ali para conseguir dados e não para dizimar qualquer inimigo, que seriam testemunhas valiosas, ao meu ver.

Não sei se esse é o teste, mas eu rolei Empatia + Intimidação. Se for outro, só dizer que eu rolo

Scar: Teste de Empatia + Intimidação
Scar: repeat 6 1D10 => 3 ; 5 ; 9 ; 2 ; 4 ; 2 (pelo menos um 9, caramba )

Londres e o apartamento 135 - Raktins, garous e Espirais:

A voz de Ralf e Scar ressoam no cômodo e o silêncio tomar o lugar por longos três minutos. Mas três minutos eram suficientes para mudar todo o curso da história.

As fotos começam a brilhar e o corpo que está pendurado no gancho treme enquanto as pernas dissolvem em uma massa de pó, músculos e carne que são consumidas por um brilho estranho. Nesse instante, o filtro de sonhos pendurado ao contrário vira como se soprasse um enorme vento de dentro do cômodo à direita, o quarto.
Dele, sai um homem com asas horríveis e verdes, os olhos com um brilho insano. Algo nele lembrava uma gárgula para os da cidade e para os que tiveram contato com cidades com arquitetura medieval e para os de tribos lembra um tipo de dragão humanóide. Ele olha para vocês e, em uma fração de segundos, ele parece tomar impulso e sem tocar o chão, enfia a ponta da asa em Diana.

Ela não grita e não faz nada enquanto a asa trespassa o ventre dela. A voz do monstro era profunda:

- É um insulto vir até nossa casa e não ofertar nenhuma vida... deixe-me fazer as honras..!

O sangue escorre do ventre de Diana e os olhos dela se enchem de lágrimas e a boca fica instantaneamente branca:

- M-m-meu f-filho... n-não...


Chermont dá um gritinho agudo, característico dos ratos, enquanto tenta espalhar as fotos. Quando ele toca as fotos, a mão dele se queima e ele perde instantaneamente um dedo, o que o faz gritar de dor.
O sangue que escorria do ventre de Diana estava sendo sugado pelas fotos. O ser volta a falar:

- Vocês chegaram... tarde demais! Se o que querem é o olho maculado, aqui está! - ele lança um pote com um líquido viscoso e vários olhos boiando - Agora SAIAM DAQUI, CRIATURAS NOJENTAS!


-#-

Lá fora do prédio, na rua vazia, Hawk consegue escutar um barulho estranho e, de repente, de todas as casas naquela ruam saltam criaturas sem forma definida, como se fossem formadas por gelatina escura e elas correm loucas para dentro do prédio marrom, onde a matilha estava.

Em questão de segundos, todas as casas começam a desmoronar, uma por uma.

-#-

Passam por vocês diversas criaturas estranhas e gelatinosas, sem possuírem forma. Elas entram rapidamente na cozinha, derrubando vocês. O homem com as asas sorri para vocês e mostra dentes horríveis, virando de costas. Nesse momento, Diana aperta a espada nas mãos e finca ela nas costas do monstro, fazendo-o urrar e cair para dentro do quarto.

Então, nesse momento, o prédio treme, as fotos se dissolvem, o corpo pendurado cai sobre o chão e se transforma em poeira e uma massa de vísceras, os potes cheios de órgãos tremem e um ou outro caem no solo.

Vincent consegue pegar o pote com os olhos maculados antes que ele caísse e se rompesse.
Vocês sentem pavor pelas formas e pelo brilho horripilante e insano que saía de dentro do quarto, com a porta aberta. Todos sentem enjôo e todos perdem Pontos de Vitalidade, ficando Machucados (-1d10 e não há dificuldade na movimentação). Todos tomam penalidade de -2D10 em Força de Vontade, Fúria e Gnose.

Do outro cômodo, Darún grita:

- PRECISAMOS SAIR DAQUI AGORA!

Nesse momento, vocês constatam o pior: o prédio estava desabando com vocês dentro.

Vocês tem 1 post para agir e fugir.

Com o caos instalado ao meu redor, a primeira coisa que passa em minha mente é "Vamos morrer". Porém, a Mãe havia me dado o discernimento e a visão. Eu deveria salvar os outros, mesmo que isso custasse minha própria vida.
- Ralf, branda o estandarte e corra em nossa frente, vamos descer direto para fora daqui sem olhar para trás! - salto para o lado de Diana, tocando sua barriga subitamente com o focinho, na intenção de amenizar suas feridas com um pedido de cura a Gaia.

Scar: Toque da Mãe (Inteligência+Medicina)
Scar: repeat 6 1D10 => 8 ; 5 ; 1 ; 1 ; 2 ; 4 (Ficou 2 e 4, a dificuldade é a Fúria da Diana, que diminuiu em 2, logo, ficou muito mais fácil curar ela)

- Vamos embora daqui! Agora! - berro, e se Diana não conseguir andar, eu mesmo oferecerei o dorso para ela.
A ideia é corrermos em disparada para fora do prédio, aproveitando o fogo verde para impedir que sejamos atacados pelas criaturas e eventuais tentáculos. Se nos mantivermos unidos e corrermos, temos chance.

– Gaia... – soltou o raposa ao posicionar-se de pé, passando os olhos assustados nas paredes e no teto que tremem, o chão vacila sob seus pés. – Kelsey, cuide disso! – passou o pote para a moça. – Isso, Scar – concordou, mirando a pistola em quem se aproximasse. – Ralf e Nailah, vamos na frente, assegurar a saída!
E partiu com o grupo em disparada.

"Espirais malditos, que raios celestes os matem!!!" *Praguejo enquanto guardo rapidamente minha faca, em uma pequenina bainha acoplada em meu cinto, e em seguida recebo o objeto lançado pelo meu companheiro raposa*

*Com a tocha em uma mão esquerda, e o determinado objeto na direita acompanho todos para sair deste local imundo*

- TODOS, DESÇAM LOGO!!!! PRECISAMOS SAIR DAQUI!!!

*assumo a forma crinos*

Inicio meu processo de transformação, seja lá o que estivesse acontecendo, não era bom, e nós não teríamos tempo... ouvi gritos, e por algum motivo senti que um inocente foi ferido... eu nada fiz... Oh mãe, por que este mundo havia se tornado tão cruel...

após assumir a poderosa forma de batalha recolho os corpos dos dois que estavam sob minha tutela colocando-os sobre os ombros e grito:

- ALLEN... CORRER... CARRO!!!

"Corre negada!" esbravejo, correndo para a saída e iluminando tudo com meu estandarte de fogo.

Londres e o apartamento 135 - Raktins, garous e Espirais:

Scar encosta o focinho no ventre de Diana e quando começava a reparar o ferimento gravíssimo, o prédio começa a balançar ainda mais e vocês sentem que precisariam correr ou morreriam ali.

Todos correm, Diana escorada em Scar ainda sangrando, Chermont correndo rapidamente e abrindo portas e recolhendo alguns gravetos, descendo as levas de escadas de maneira rápida.
Nailah corre ao lado de Darún.

Pedaços enormes começam a ceder, rachaduras se formam no solo e o barulho de tudo sucumbir aflige o coração de cada um e todos pensam que não daria tempo de fugir pela velocidade em que os blocos caiam em suas costas.
Ao chegar na Recepção, a gosma negra do lobo está cobrindo toda a sala e o chão se faz levemente grudento, dificultando a passagem de vocês.
Vocês continuam correndo, o prédio todo desmoronando e cada segundo parece trazer mais desespero...

-#-

Hawk alerta Alen que levanta com certa lerdeza, tentando levantar a mulher. O cara desmaiado fica nas costas de Hawk e você simplesmente não sabe para onde correr. Alguns pedaços de madeira, vigas e tijolos saltam para a direção da rua e vocês conseguem desviar.
Eles estavam demorando lá dentro e a ansiedade te matava por dentro...


Após alguns segundos, começam a sair os garous acompanhados de um homem que mais parecia um rato.
No momento que Darún e Nailah cruzam a porta, o prédio cede, fazendo o ar lufar e os dois são lançados para o chão.
A poeira toma toda a rua...

...e vocês não conseguem enxergar nada apenas ouvindo sons estranhos e guinchos.




Finalmente a poeira cessa e vocês conseguem enxergar só ruínas do que havia sido uma rua cheia de prédios e casas.
O totem dourado de Darún perde o brilho e vocês finalmente vêem o lugar com uma certa neblina... parece que o totem estava dissipando da visão de vocês a densa neblina que cobria o lugar.

Diana se esgueira no chão, colocando a mão no ventre tentando estancar o sangramento. Ela balbucia:

- N-não... n-n-n-nã...

Chermont fala com a voz fina dele:

- Calma, Diana, resista!

Ele tenta colocar um pano sobre o ventre dela que logo fica ensopado de sangue.


Todos vocês estavam vivos, porém, machucados.
Ainda estão sendo considerados os bônus de -1d10 em todas as rolagens e -2d10 em Fúria, Gnose e Força de Vontade.

-Isso foi terrível... perdemos muito mais do que ganhamos... - digo, na língua dos garous, me aproximando novamente de Diana, para analisar seus ferimentos. - Sinto muito por sua cria, Diana, que Gaia seja misericordiosa e a receba com braços carinhosos. - dito isso dou uma lambida no ventre ferido, sentindo o gosto forte de ferro. A bênção, o dom da cura, era algo como um instrumento da Mãe. Não vinha diretamente de mim e sequer podia ser usado para meu bem próprio. Eu era um canal para Gaia, e meu corpo era capaz de curar o mal do mundo.

Toque da Mãe: 7,10,10,4,7,3 (considerando que a classe de dificuldade é a fúria de Diana, e essa está menor, eu curei 7 pontos de ferimentos dos mais agravados aos mais rasos. Contando com o outro turno, 9).
Eu poderia reviver alguém com esse resultado

Fico feliz ao ver os ferimentos de Diana se fechando, mas eu sabia que o dano real não havia sido físico. Imaginava como seria perder uma cria, mas não tinha nenhuma referência. Eu havia perdido uma amiga, há muito tempo, e aquilo havia sido horrível...a dor no peito, o coração castigado cruelmente a cada lembrança boa...se aquela criança fosse minha cria, eu teria ido até o inferno para reavê-la. Agora eu entendia o que Diana sentia.

- Seja forte, irmã - digo, após curá-la. - Que Gaia lhe dê uma ninhada farta quando tudo isso passar, e sua cria esteja em Suas graças agora. Seja forte - repito, firmemente, não como um conselho ou uma sugestão, mas uma ordem. Diana não precisava de corações moles naquele momento, ela precisava de força e de motivação forte.

"Toda missão vai ser assim, Darun?" pergunto, um tanto irritado, e jogo o estandarte de fogo no chão.

Londres e o apartamento 135 - Raktins, garous e Espirais:

Diana fecha o semblante, segurando o choro enquanto Scar realiza uma cura magnífica. Seu desejo havia alcançado Gaia.
Chermont enrola o toquinho de dedo que lhe sobrou na mão e suspira:

- Chegamos tarde demais... por quê demoramos tantos anos para localizar isso? Droga... - ele se abaixa, sentando ao lado de Diana - você não me contou sobre isso, Di. Imagino que tinha seus motivos...

Ela nada diz, ainda com a mesma expressão de segurar o choro sem olhar nem para Scar, nem para Chermont.

Darún se levanta do chão e Nailah braveja alguma coisa, ficando sentada apoiando os cotovelos nos joelhos levemente flexionados.
Todos sentem como se tivessem fracassado muito mais do que deveriam. Tudo no mundo era trágico... até a vitória era dolorida. Vocês tinham os olhos maculados mas a que custo?

Darún se vira para Ralf, que estava espantado com o que consistia em ser um garou:

- In... Infelizmente é isso, Ralf. Temos poucos de nós para o tanto de inimigos que tem nos caçado. Os humanos sabem pouco da luta que temos para manter a vidinha deles funcionando... os poucos que entendem acabam sendo nossos parceiros, amigos, amantes... sei que você ainda é jovem e não estava preparado para isso mas esse é o mundo. Isso é só a ponta do iceberg... sempre é.

O estandarte queima até o fogo apagar, fazendo barulho de crepitar.

Ele se levanta, procura o totem dourado nos escombros e o retira, guardando-o novamente em um dos sacos que ele guardara dentro da jaqueta. Ainda retira a chave da van, girando-a nos dedos:

- Vamos embora logo, precisamos ir para o Caern.

Ele abre as portas da Van para todos entrarem. Alen entra primeiro dizendo "finalmente, finalmente" enquanto se senta ajudando a mulher com as pernas quebradas a entrar dentro da van. Vocês colocam Diana encostada, cobrindo a pequena marca que havia ficado em seu ventre com um pano limpo que havia no fundo da van.
Todos se aconchegam nos assentos e a van dá a partida.

Quando vocês chegam na próxima rua, parece uma Inglaterra completamente diferente e, para o espanto de todos, a rua só possuía casas destruídas e uma placa:

"Rua interditada - Governo Inglês, 2004"

Faziam 10 anos que haviam interditado a rua.

"Todo iceberg derrete um dia..." digo, mais para mim mesmo enquanto subo na van.

Pego o acendedor de fogão que havia guardado no bolso e o movo entre os dedos, absorto em meus pensamentos.

"Então a luta precisa mudar..." penso.

*Adentro ao veiculo, porém um pouco antes jogo no chão a pequena tocha que estava comigo*

*Me aconchego na Van, e durante o caminho digo para que todos na ouçam*

"Duas coisas, a primeira: E esse pote aqui, como nos será útil? e a segunda é: Senhor Darún, desculpe minha insistência, mas como o Senhor mesmo pode perceber essa vitória soou mais como uma derrota certo? Então o que realmente vamos fazer agora, pois sinto que informações estão sendo omitidas de nós.... e como diz um livro que eu já li: O povo perece por falta de conhecimento!!"