O Chamado de Gaia

"Eu já vi esse filme" digo quando chegamos no aeroporto da Inglaterra.

"Ralf Lowell. Novato" digo ao homem que nos recebe. "Mesma equipe é?" digo apontando para o totem dele e tiro o meu de trás da camisa, o exibindo como colar.

Ralf:

O homem lhe sorri e fecha os olhos por alguns segundos como se estivesse acostumado com esse tipo de piada:

- Então, novato, vamos dar um passeio!

Vocês saem e encontram uma caminhonete azul. O homem pede para que vocês entrem e ele coloca as bagagens no porta-malas.
A caminhonete sai lenta pelas ruas da Inglaterra. Conforme vocês passam por lugares interessantes, o homem, que você descobriu se chamar Douglas, vai falando os nomes.

Se você não estivesse com Garous, poderia imaginar que ele é um guia turístico da Inglaterra.

Vocês saem na estrada em direção a uma reserva ambiental.

Você pode dormir no caminho ou continuar acordado e comer algum dos mantimentos que estão guardados na caminhonete.

Como passei boa parte da manhã sem comer nada eu escolho comer algo dos mantimentos.

"Essas...assembleias são comuns? Digo, elas acontecem frequentemente?"

Ralf:

Doug fala:

- Ah, não costumam acontecer com tanta frequência. Normalmente as Assembléias são para apenas a tribo. Essa é especial e reunirá toda sorte de Garous. Todas as tribos estarão presentes, com novatos e representantes.

"Então é importante pra valer...eu, o 'caçula', tenho algo a ver com essa importância toda? Por favor não me entendam mal, eu não sou narcisista a esse ponto. Mas isso tudo tá acontecendo rápido demais" me curvo, ficando mais sério.

"Existe algo que eu deva saber, ou tomar cuidado, que vocês ainda não me contaram?"

Salto do barco pouco antes de ele atracar, molhando os pelos na àgua rasa. Sinto o cheiro do lugar novo no qual jamais estive, sentindo a areia rajada sob as patas.

- Então, esse é o lugar? Parece-me completamente deserto... - comento com Godhar.

Fico inquieto com a reclamação, visto que ela perturba minha paz e distração de estar brincando de fazer dobraduras aleatórias com os guardanapos.
"Se ao menos fossem folhas mais firmes..."
Vendo as reclamações continuarem, dou um tapa nos papéis, amassando todas as tentativas de fazer pequenas articulações. Me levanto e vou até o senhor, segurando um copo de água. Tomo o charuto da mão do homem e amasso dentro do copo, então devolvo para o homem.
"Pode fumar agora." Retorno para meu banco, o inclino e fecho os olhos.

O membro 'lgsscout' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd10' : 7

Ralf:

- Tem haver com todo Garou. Como as coisas andaram piorando nos últimos anos... estamos agradecendo muito os novos Garous que estão passando por suas primeiras transformações. Algumas tribos radicais andam até forçando a transformação para terem mais em seu meio. Nossa maior inimiga é a Wyrm. Você já deve ter ouvido um pouco dela... e aquilo que aconteceu no hotel é culpa dela também. Provavelmente foram Malditos da Wyrm.

Ele pausa por alguns segundos para você reter as informações, e após um pigarro, ele continua:

- Não deixe o medo te enfraquecer, garoto. Você terá tempo para chorar pelas perdas... mas agora você é um de nós. Muitos de nós perdemos casa, família e tudo o que você puder imaginar. Todos os dias perdemos primos para a Wyrm. Mantenha-se firme e flexível, assim como um bambu, e sobreviverá.

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Scar:

Godhar sente-se aliviado de estar finalmente fora do balanço das ondas:

- Ah, não é exatamente aqui, Scar. Vamos andar um pouco dentro da mata. Existe uma trilha dentro desse emaranhado de árvores que dá perto do Portão de Cristal. Lá é um local que não é muito visitado por humanos. Na maioria das vezes eles se perdem dentro da mata e acabam mortos por inanição ou por algum animal carnívoro que esteja rondando o local.

Tommy monta uma pequena barraca na praia e os lobos se molham nas águas salgadas do oceano que acaricia a areia da praia:

- Ficarei aqui por alguns dias. Se precisarem de mim para algo, só me contactar. Sabe como me encontrar, Godhar. Os meninos estarão prontos para qualquer coisa.

Godhar agradece Tommy e ele joga um peixe para cada um e se despede com um "Boa reunião".

Alen:

O homem olha como se você tivesse matado algum ente querido dele e dispara:

- ISSO É UM ULTRAJE! VOCÊ ACHA QUE PODE CHEGAR E FAZER ISSO COMIGO? ACHA MESMO?

Antes que ele possa voar para cima de você em plenos nervos, o capitão liga o interfone e diz:

- Não serão tolerados tratos abusivos dentro do Avião e podemos recorrer à indenizações. A AirTravel deseja à todos uma boa viagem.

A aeromoça tenta acalmá-lo, até que chega uma outra e pede para o homem se retirar daquela ala e sentar-se na de trás. O homem sai resmungando e te xinga de todos os palavrões possíveis antes de sua voz sumir ao cruzar a porta da ala de trás.

A viagem segue sem mais nenhuma surpresa, demorando mais duas horas para chegar na Inglaterra. Stew dorme a viagem toda.

Ao aterrissar, vocês descem para o saguão de desembarque:

- Alen, em que hotel ficaremos?

"Por que todo mundo me fala pra não ter medo? Nem estou tremendo...muito. Mas ok, entendi o recado tio"

Me encosto no assento e coloco o chapéu no rosto, cochilando até chegarmos.

A mudança de cenário, foi algo realmente agradável, ainda que o anterior estivesse nas lembranças. Solto um riso baixo lembrando da cena dos peregrinos me ajudando a banhar, como me senti incrivelmente importante e admito que me acostumaria fácil com tais regalias. Os panos negros caíram muito bem como uma capa depois do nó no pescoço de uma fita improvisada, assim tinha todo o corpo coberto, deixando apenas um corte lateral, dando um ar de mistério e me deixando com a sensação de ser mais perigosa. Nem preciso mencionar como está o meu orgulho no momento. A explicação dos peregrinos não foi muito bem absorvida, a unica coisa que bastava saber era que era algo de Wyrm, apos isso só preciso saber como destruí-la e que de preferencia seja por minhas garras.

Sorria a toa com tais pensamentos, até aproximar do barco e observar aquele sinal do barqueiro. Estava tudo já planejado, mas talvez não soubessem o quanto não gostava de barcos, afinal como alguém poderia gostar de algo que fica no meio do mar que pode virar a qualquer momento (Acredito, eu)?

- Barcos....- Murmurio quando Viktor me ajudava a subir na embarcação, para que ele escutasse o meu temor. Sento em um canto qualquer mexendo nos cabelos ainda úmidos com as pontas dos dedos para me acalmar, enquanto observo o "capitão" passar a informação, mas principalmente sua espada, imaginando que tipo de guerreiro e como seria em uma luta.


(Teste: 1 D10 => [8] = 8)

Relaxo ouvindo os insultos Dirigidos a mim como se realmente fossem agradaveis. No que Stew fala, olho para a cara dele simulando o maior desânimo possível.
"Até você agora?" Me afundo no assento novamente. "Tanto faz."

Nailah:

A embarcação balança muito, conforme as ondas vão trespassando o barco como uma cadeira para velhinhos...

O Garou apenas mexe nas velas, direcionando o barco para que o vento possa levá-los com o auxílio de um pequeno motor que faz um barulho incessante.

Vocês todos sentam-se e Daboh e o Garou Corpulento, com a alcunha de Lâmina-Do-Vento, os servem com alguns alimentos. O dono do barco não fala muito. Ele é um pouco mais direto, apesar de ser um Peregrino igual os dois que te acompanharam durante toda a viagem.
A comida não é a melhor que você já provou, mas é boa e te sustentará bem durante a viagem e mais.

Rakkash conta para Lâmina-Do-Vento o ataque que vocês sofreram e ele enaltece seu nome e o de Viktor, que se provaram bravos e fortes na hora da batalha contra o Fomori.
Em meio as histórias, o tempo vai passando.

Faltam apenas 15 minutos para encontrar a costa de uma praia estranha e não muito visitada por humanos.

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Alen:

Stew arruma o coturno no pé e se volta para você:

- Sério, eu sempre tenho que arranjar tudo para você? Aff..!

Ele solta uma longa gargalhada e pergunta para um guia turístico onde fica o hotel cinco estrelas mais próximo do aeroporto. O homem entrega para vocês um pequeno mapa dos arredores de Londres com algumas indicações de pontos turísticos, salões de eventos, hotéis, restaurantes, entre outros.

Stew decora o caminho para um dos hotéis e vocês saem nas ruas de Londres com as malas em mãos. O tempo está bonito, o céu tem algumas nuvens, e algumas estrelas começam a despontar no céu. A temperatura é amena e dá para colocar um casaco.

São 18:07.

Ralf:

Você cochila por um bom tempo, sem sonhos e interrupções.

[...]

Você é acordado por Mily, que te chacoalha vagarosamente:

- Estamos perto, daqui 10 minutos chegaremos.

Pelo que você vê em seu smartphone, passaram-se 1 hora desde que vocês entraram na caminhonete e seguiram cada vez mais dentro da mata, por uma trilha complicada, porém espaçosa, já que a caminhonete podia passar tranquilamente. Alguns galhos batem no vidro e o cheiro de mato é diferente para você, tão acostumado com a cidade e seu "cheiro de fast-food e cerveja".

A caminhonete para em uma clareira bem grande. Lá estão estacionados mais dois carros e umas quatro motos. Ainda tem três cavalos amarrados à uma árvore.

- Deixem suas coisas aí e vamos encontrar nossos primos.

Doug sai primeiro, acompanhado de Dave. Mily se vira para você e diz:

- Eu tiraria uma foto com você agora, para você ver sua cara de sono, haha! Mas temos coisas mais importantes para resolver no momento. Não esqueça de... ah, bem, estou sendo repetitiva. Apenas preste bastante atenção em tudo que for falado.

"Quinze dólares a foto. É o meu *boceja* contrato" digo acordando.

"Let's go baby. Dê-me o tom e começamos essa música logo" digo saindo do carro. Levo a minha gaita no bolso.

Apesar de todo mau-estar causado pelo balanço do barco,a viagem não foi de todo mal. A comida não era das melhores, porem me satisfez. Mas ainda tinha grande curiosidade sobre o capitão, porem decido permanecer no silencio.

Me despeço de nossos amigos, acompanhando Godhar.
- Me desculpe a ignorância, irmão, mas jamais estive em uma Assembléia, e tudo me faz acreditar que não é uma reunião comum. O que realmente é uma Assembléia Garou? É uma reunião, ou algum tipo de festa?

Farejo o ar, notando que, assim como nas vilas por onde já passei, há cheio de humanos. Fraco, mas existe...o mesmo odor que vinha dos vilarejos...o fedor das máquinas humanas e suas construções... bem ao longe, mas presente de forma perceptível no ar. (Traços de poluição na Inglaterra

Ralf:

Vocês andam por mais dez minutos até você chegar em um local muito diferente de tudo o que você já viu.
Muitas tendas grandes estão estendidas por uma clareira enorme. Uma fogueira modesta está no chão, ainda apagada. Ainda você percebe que há um grande totem para cada grande tenda, sinalizando a estada de cada Tribo e seus espíritos protetores.

Você consegue ver 12 totens, da direita para a esquerda:

Uma forma que parece um Corvo Velho;
Um Rato;
Uma Serpente com traços indígenas e com guelras;
Um pégaso;
Um Cervo;
Uma Coruja;
Uma Barata;
Um Falcão;
Um Unicórnio;
Um Grifo;
Um Lobo Corpulento
Um Ser coberto do que parece lascas de gelo e com um coração nos dentes;

Um pouco afastado de todos, ainda pode ser visto mais um totem:
Uma Quimera. A tenda é de uma coloração branca, diferente das restantes que são marrons ou avermelhadas, e o próprio Totem deles foi pintado com uma tinta branca.

Ali era o Caern do Portão de Cristal e haviam diversos Garous por todos os lados, arrumando tendas, ajeitando tambores e outros acessórios

~~~~

Scar:

Enquanto vocês vão caminhando, Godhar esclarece sua questão em um tom baixo como se estivesse rendendo seu respeito para aquela área da floresta:

- As Assembléias normalmente ocorrem entre os Garous de uma tribo apenas. Cada tribo faz uma Assembléia diferente, e às vezes elas terminam em Festins.
Dessa vez, é uma Assembléia extraordinária... estarão todas as tribos reunidas. O fato é que uma Anciã de nossa tribo, chamada Abhaá tem visões e sonhos. Gaia ama Abhaá e revela muitas coisas para ela... e é por causa de seus sonhos e das evidências que ocorreram nos últimos dez anos que estamos no reunindo hoje.

Seu Instrutor fica quieto e vocês andam por aproximadamente 15 minutos. Vocês passam por uma grande clareira onde estão estacionados motos, uma caminhonete grande e azul, cavalos e carros. Godhar fareja por alguns segundos e continua descendo a mata.

Você chega em uma enorme clareira e enormes tendas castanhas e avermelhadas e 12 totens se destacam como estandartes das tribos. Ainda há mais um totem completamente branco em frente à uma tenda branca.

Você facilmente reconhece o totem da sua casa: O Unicórnio.
(Os outros estão descritos na parte do Ralf e você os vê facilmente)

Muitos Garous se movimentam carregando tambores cerimoniais e você vê algumas máscaras com expressões, assim como as que a sua tribo utiliza em algumas festividades. O cheiro é quase completamente silvestre.

Role Gnose.

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Nailah:

Após 15 minutos balançando ao bel-prazer do oceano, vocês atracam na praia.

Há um outro barco já atracado na praia e dois lupinos uivam "Boas-vindas" para vocês e farejam por alguns segundos. Um homem sai de dentro de uma pequena cabana improvisada e faz um sinal para todos vocês.
Lâmina-Do-Vento faz um sinal para o homem e vira-se novamente para vocês:

- Daqui em diante, vamos à pé. Eu sei o caminho até o Portão de Cristal.

Viktor te auxilia a descer do barco. O homem na praia acena novamente e volta para sua cabana.
Daboh e Rakkash descem logo depois e, por último, Lâmina-Do-Vento. Ele amarra o barco em uma outra estaca de madeira e diz para o homem:

- Cuide bem da Mary. Ela é uma fera do mar intocada.

Uma voz do fundo da cabana responde:

- Confie. Que Gaia os acompanhe.

Vocês entram dentro de uma mata que circunda a pequena praia de areia acinzentada com manchas vermelhas. A mata é um pouco densa, mas possui uma trilha bem aberta.

As estrelas já despontam no céu e Rakkash acende uma pequena tocha curva para ajudar à guiá-los no caminho.

A caminhada demorará 20 minutos.

"Lugar animado" sussurro meio irônico para Mily. "Nossa, as tribos todas são tão diferentes uma das outras?" digo olhando para Scar que passa por nós.

Fico atento observando a tudo.

Teste: Scar: repeat 5 1D10 => 2 ; 6 ; 8 ; 9 ; 4

Observo o lugar, absorto pelas formas novas que enxergo...os maquinários humanos eram, definitivamente, estranhos...não conhecia o nome daquelas máquinas, mas o cheiro que exalavam era terrivelmente ruim ao meu olfato.
Noto que um hominídeo me encara, com cara de "novato"...olhando tudo tão curioso quanto eu. Me aproximo, cautelosamente.

- Dia - arranho um cumprimento na linguagem humana, minha voz soando talvez um pouco mais agressiva do que eu gostaria (Lupinos são péssimo para se comunicar na linguagem humana) - Ser novo também? - o farejo de longe.

Ralf e Scar:

Você vê um lobo corpulento, de pelagem castanha se dirigir à você com um dialeto simples, como se ele ainda estivesse aprendendo as palavras certas para tentar se comunicar com humanos como você.

Ralf, Role Raciocínio + Ocultismo

Mily sorri para Scar e o cumprimenta:

- Dia, primo!

Ralf: 3D10 => [ 10 +1 +1 ] = 12

"Pelo visto eu estou tão verde que todo mundo já vê que sou novato" sorrio, meio desconfortável por não saber se posso estender a mão para cumprimenta-lo ou qual é o protocolo pra essa situação.

"Então err...você é novo nisso também? Achei que seria o único perdido aqui"

Cumprimento Mily com um aceno, deixando meus olhos correrem pelos cabelos azuis, tão diferente mesmo entre os humanos. Ela tinha um cheiro divertido. O outro, cheirava a ansiedade e curiosidade...e isso também era bom.

- Scar ser novo tan...."tanbém" - respondo, tentando aprender as palavras - Você ter cheiro engraçado. Feder fumaça de máquina. Scar não saber de onde você ser. - comento, me mostrando amistoso, circulando pelo garoto e por Mily, como se os estudasse. Era bom não ser o único na Assembléia pela primeira vez.

Ralf e Scar:

Scar sente que ali o tecido da realidade é tão fino que quase dá para perceber os olhos dos espíritos fitando-os de cima das árvores. Por alguns segundos, você pensa ter visto um grande lobo com olhos amarelos cheio de flechas pelo corpo surgir perto da fogueira, mas ele logo some.

Você observa Ralf um pouco perdido, como não soubesse o que fazer agora que havia chegado ali. Mily parece muito familiarizada e extremamente contente de estar ali, como se sentisse sempre em casa. Os cabelos azuis dela são muito chamativos, de fato. Ela ainda usa roupas negras e uma bota com acessórios. Apesar de todo o estilo, ela usa nas orelhas uma pena, parecida com aquelas que vocês usam para adornar flechas.

Ralf começa a entender que existem Garous que possuem a forma de lobos. Apesar do inesperado, você não fica assustado. Parece que sua noção de realidade está bem suspensa nas últimas horas, talvez pelo baque que sofreu ainda naquele hotel...