Capítulo 3: Aquilo que somos

O portão norte é finalmente fechado, e os orcs que sobreviveram partiram em retirada, deixando para trás casas salpicadas de fogo e ruas lavadas em sangue e desgraça.
O grupo desce no dorso de Emerald até a cidade, e tudo o que vêm é confusão. O levante de orcs parece retroceder com o contra-ataque de Lomatubar, mas as perdas são visíveis: há combatentes humanos feridos ou mortos por toda parte. Uma criança chora a perda do pai enquanto sua mãe tenta consolá-la. Um homem pragueja contra os deuses por ter sua mercadoria queimada durante o ataque. Um padre reza pelas almas daqueles que foram perdidos no combate. Um gatuno saqueia um corpo morto, tirando sua sorte do azar de alguém. Porém, dois sentimentos são idênticos no olhar de cada um: cansaço e revolta.
Nenhum sinal ou citação do nome Zaref pode ser vista ou ouvida no meio da multidão.
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Quando Bruno se aproxima da cama, um frio corre por sua espinha. O moribundo está nu da cintura para cima, e um corte profundo é visível do abdómen até o ombro esquerdo. Ao redor da ferida, uma casca pestilenta de coral rubro é visível, dando à pele um aspecto pétreo e deformado. O rosto do homem era tranquilo, o que só poderia ser conseguido por algum tipo de forte sedativo. O cabelo cinzento estava desgrenhado, e seus óculos estavam postos sobre a mesa de cabeceira. Mas Bruno lembrava-se da cicatriz em seu rosto. Aisenn F. Triek.

"Achei!" exclamou Renly, tirando da mochila a flor roxa.

- Hey é o medico !! *Digo surpreso*

- Como voce foi ficar assim cara *=\ *

- Menino eu posso fazer alguma coisa por você ? Ou por ele ?

Olho para aquela cena com pesar. Sinto a dor ali, pulsando na minha mente, cada homem morrendo, cada memória de tristeza pelos entes queridos. E o pior, o sentimento de solidão e impotencia: eu sou um cavaleiro, deveria agir com justiça para com todos e por todos...

Mesmo com vontade de descer e ajudar os feridos, procuro por algum general/tenente.

Milika, por sua vez, olha atentamente os feridos enquanto passam por eles, buscando algum ponto em que talvez pudesse ser útil. Sua expressão era de angústia, conversando espiritualmente com Lena.
Avistando o padre, ela sente vontade de ir falar com ele. Mas primeiro espera entender o que o grupo pretende.

"Ele ficará bem!" responde Mak "Eu prometi que ia curar ele!" o garoto saca a flor roxa e a aproxima da boca de Aisenn, quando a mão do frei lhe segura o pulso.
"Acaso quer mata-lo?" diz o frei, tomando a flor com a outra mão.
"Mas...você me disse que essa planta podia curar o doutor!"
"Sim...mas não em forma pura. Ela é apenas um dos ingredientes, meu aprendiz inconsequente..." o frei usa um interruptor para acender uma lâmpada rustica no teto, iluminando o local. Bruno nota energia elétrica caseira, algo que raramente era visto em Arton. "Você, pegue aqueles frescos para mim" o frei diz a Bruno, apontando uma prateleira atrás do garoto.
Aisenn parece reagir à luz elétrica, contorcendo-se violentamente nas amarras que o prendem na cama.

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Vrael não consegue identificar um líder apenas pela aparência, pois as vestimentas são muito similares. Porém, um homem de cabelos ruivos chama sua atenção, principalmente pelo fato de ser caucasiano, diferente dos demais. O homem trás um sabre na cintura...e um rifle nas costas.

Milika sabe que, por algum motivo, Tarântula está atrás de seu pai (na verdade, está atrás do Livro da Paz Verdadeira, que, segundo as fontes de Tarântula, foi roubado pelo mago Zaranof)... talvez o passado escondesse muitos segredos que ela não gostaria de enfrentar... mas Lena parecia enfim ter ouvido suas preces: eles haviam chegado em Lomatubar... mas... ninguém lhe havia alertado sobre uma guerra!

Emerald aterrissa ao lado do homem caucasiano

"Olá senhor. Meu nome é Vrael, sou um cavaleiro juramentado de minha terra, e queremos fazer algumas perguntas" digo cordialmente.

*Por impulso bruno casta cura em aisen *

Gorila: 1D6 => 3

*Bruno pega o "fresco" (HUAHUAHUHUA) e entrega para o frei*

OFF: gorila kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

OFF: Nem notei que tinha postado "frescos"
Imagina o frei negão bombado dizendo "Ei rapaz, pegue aqueles frescos para mim" SHUAHSUAHSUHAS

Off: AHUAHAAHUAUHAHUAUH

Bruno nota que no momento em que usa a cura, a carapaça coral ao redor do ferimento retrocede por um segundo, como se contraísse, para se expandir um pouco mais, logo em seguida. Aisenn solta um grito de agonia.
"Nem tente, garoto" o frei diz, pegando os frascos, colocando cada pétala da flor dentro de um deles e misturando a uma substância diferente em cada frasco, levando a uma espécie de aquecedor alquímico por maçaricos. "Os deuses só podem curar o que teve origem em Arton. Mas não quando o teve fora deste mundo... o que vocês buscam em Lomatubar? Receio que não será um passei por nosso belo e conhecido mercado de especiarias e seda, pois ele já não existe desde a praga..."
Mak regula o fogo, enquanto observa o ponto de ebulição de cada mistura, fazendo anotações frenéticas num caderno carcomido.
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O homem caucasiano dá uma cusparada para o lado. "Ei, parceiro" diz ele, tirando do bolso uma folhamarga e voltando a mascar, estendendo a mão a Vrael "Judash. É cavaleiro sem cavalo, parceiro? Na minha terra, teríamos um nome bem apropriado para isso" ele deixa escapar um riso cansado "Se perdeu no deserto, parceiro?" Vrael nota um tom 'rural' no jeito de falar do homem, e sua aparência acusa pouco mais de quarenta anos, com a barba ruiva por fazer.

Milika nota que uma criança chora ao lado de sua mãe, ferida de morte no ataque. Metade do rosto do garoto tem um aspecto pétreo e avermelhado, e ele parece chorar apenas pelo olho no lado bom do rosto. Manchas vermelhas correm por seus pequenos braços, e a sacerdotisa pode perceber que isso se repete em muitas pessoas que passam por ali, carregando seus mortos. Fosse o que fosse a tal praga, já parecia estar bastante avançada no contágio com o povo dali.

"Cavaleiro de dragão, já ouviu falar amigo?" digo descendo de Emerald "Não estamos perdidos amigo, mas gostariamos de saber sobre esta cidade...e o que é isso tudo" aponto para os destroços da batalha.

*Digo sorrindo*

- Minha cura não vem de deuses, nem dessa dimensão...

*Vou ajudando pegando coisas e entregando para ele sempre que ele pedir*

- Oque essa flor faz ?

O frei franze o cenho "De qualquer forma, ela parece não adiantar..." ele pede a Bruno o que parece ser um termômetro de precisão, e toca a ponta do medidor na superfície do líquido em um dos frascos "Adelle" ele responde, indicando o nome da flor, e Bruno o observa despejar cada conteúdo de cada frasco em um recipiente maior, misturando com uma substância fria e cobreada. Num instante, um vapor sobe, e o que resta no recipiente é menos que 100ml de um líquido dourado, o que sobrou de toda aquela mistura "Essa flor, meu amigo...é o mais próximo que estamos da cura" ele diz, enchendo uma ampula com o conteúdo do frasco e aplicando a injeção no umbigo de Aisenn (o umbigo é uma parte altamente vascularizada...). Quase instantaneamente, Bruno vê a contaminação coral retroceder, lentamente, fazendo a casca rachar, murchar e tornar algo parecido com pó vermelho.
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"Nunca ouvi falar" o homem responde a Vrael, desprovido de malícia em sua voz, e é evidente o modo como ele arrasta o 'R' "O que tá acontecendo aqui é o de sempre, senhoria. Orcs" ele dá uma cusparada vermelha de folhamarga para um lado "Orcs e a maldita praga! Ocês devem ser tudo malucos se vieram aqui pelo turismo..." ele diz, franzindo o cenho, ainda meio confuso.
Ao redor, a cidade cuida de seus mortos e feridos, e a conversa é particularmente ignorada pela maioria dos ouvidos curiosos. Ainda assim, Vrael sente que estão sendo observados, e quão ridícula parece ser sua situação, tendo chegado do nada e indagando sobre qualquer coisa (digamos que o sentimento vem de sua telepatia).

*Surpreso*

- Curioso isso... Essa flor é mistica , divina ou extraterrestre ?


OFf: Rola um teste de H para conhecimento planos stein ? X) Bruno: 1D6 => 5 mesmo que sim desconheço

"Adelle é uma flor raríssima, capaz apenas de florescer no deserto Artoniano... " explica o frei, levantando uma das sobrancelhas quando Bruno diz a palavra 'extraterrestre' (nem todo mundo em Arton conhece ou aceita a existência de outros mundo/planos) "A propósito, meu nome é Frei" (sim, ele é um frei e seu nome é Frei )

- Meu nome é bruno *Digo sorrindo*

- "Extraterrestres" ou "Extraplanares" são criaturas que vem de outros mundos ou dimensoes ,como o plano dos deuses, dos demonios etc etc Essa chave tem a habilidade *saco a keyblade* - De abrir ou fechar esses portais, mas é nescessaria muita magia !

Noto o quão ridiculo parecemos, mas ao invés de influenciar mentalmente a ele e a todos ao redor para uma mentira, apelo para o mais improvável: uma verdade.

Dou uma risada, entrando no 'clima' de Judash
"Por acaso os homens dessa cidade tem memória curta? Essa cidade pediu reforços, e nossa comitiva é a primeira parcela desses reforços. Se por acaso duvida disso, por que então um dragão viria até aqui? Um dragão verde aliás!" digo apontando para Emerald.

"Não duvide de nosso esforço, bravo guerreiro" e nesse momento Emerald dá um grande rugido (pra assustar as pessoas ao redor mesmo) "Mas antes de começarmos a trabalhar, queremos reportar ao líder da cidade. Pode nos dizer aonde ele fica?"

OFF: o fato de sermos os 'reforços' é verdade, pq caso não se lembrem, o grupo inicial começou a viagem justamente para dar apoio a Lomatubar.

"Uhn, uma habilidade interessante" diz Frei, tirando um equipamento médico e medindo a pressão de Bruno, quase no mesmo instante em que o garoto Mak arranca um fio do seu cabelo e anota algo no caderno. Estão te tratando como um espécime raro, nesse exato momento, como dois cientistas subitamente malucos "E o que alguém com tamanha habilidade procuraria em Lomatubar, pequeno Bruno?"
Aisenn solta um gemido fraco da cama, e Bruno pode notar que a praga parece ter sumido por completo, deixando pouco mais que uma pele seca onde antes houvera corrupção.
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"Mas ocês são os soldados que o Reinado ia nos mandar?" nesse exato momento, a atenção de todosem volta parece ser capturada "Parece que o Reinado acha que vocês estão mortos, parceiro" Judash tira um jornal (aparentemente do nada ) e estende para Vrael. "Ocê vê?"
No jornal, Vrael lê a notícia sobre a morte da comitiva de Malpetrim, devido a um súbito ataque por tempestade de areia, pouco antes de chegarem no destino. Vocês realmente estão mortos para o mundo.

Milika, Maya e Eliza vêm Samantha parar subitamente o que estava fazendo, levantando-se e disparando na direção de Judash.
"Pai?!" a garota lança os braços ao redor do homem, que por alguns segundos parece não entender a situação, mas quando vê o rosto de Samantha, enche seus olhos de lágrimas, retribuindo o abraço com ainda mais vigor.
"Quem diria que Lena ouviria minhas preces? Hahahaha! Ocês são muito bem vindos, companheiros, venham até minha casa, minha mulher vai saber encher o bucho de vocês com muito gosto!"

OFF: sogrão!!!!!!

"Noticias ruins não se espalham tanto quanto a verdade, mas se puder ver...." sou interrompido pela reação de Samantha.

Sinto uma felicidade que aquece o sentimento mais melancólico por conta do que vimos ali, e abro um sorriso bem largo
"Isso é bom...obrigado Judash" Digo andando ao lado do guerreiro

*Observo os dois me estudando acho engraçado aqui e continuo falando*

- Fui mandado em missão especial para ajudar a vocês a se livrarem da praga, mas tem varios outros keyblades engajados em uma missão que lida com algo perigoso... um keyblademaster de alto nível pode salvar um mundo inteiro sosinho , mas nesse mundo, nesse momento, estão quase todos os keyblademasters de alto nivel.... Uma missão tão perigosa ,que eu não tenho nem permição de saber sobre oque se trata....

*Olho Aisen algum tempo*

- Ele esta curado ?

Judash encaminha o grupo de Vrael até sua casa, passando pelos edifícios em estado lamentável, como se a cidade estivesse em guerra constante há muito tempo. Em Malpetrim, vocês souberam que a Praga Coral estava massacrando Lomatubar... mas não havia nenhuma notícia sobre orcs. Ou realmente não se sabia dos ataques de orcs em Lomatubar, ou o fato havia sido ocultado...
[se quiserem interpretar, fiquem à vontade. No próximo post eu considero vocês na casa do capial o/]
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"Interessante..." O Frei espeta o braço de Bruno com um equipamento, colhendo uma gota de sangue "Ele é seu amigo? Digamos que o soro de Adelle ainda é experimental. É a primeira vez que testo em humanos, já que nenhum animal sobreviveu até agora" ele diz. nas entrelinhas, Bruno percebe o risco do experimento: ninguém havia sobrevivido até então. "Se o corpo dele resistir, ele deve apresentar sinais de melhora nas próximas 6 horas. ao menos a carapaça coral retrocedeu seu avanço. É um bom sinal..."

"Eles são fortes pra burro!" Mak exclama "Eles me salvaram de um Verme gigante no deserto, senhor!" Frei dá um cascudo do garoto.
"Um Verme do Deserto...e qual era a aparência dele?" o Frei pergunta a Bruno

"As coisas...estão assim há muito tempo Judash?" pergunto

- Não va me clonar ! auhahhauh

* Penso um pouco , aponto a keyblade para o chão e usando a poeira crio uma versão miniatura do verme gigante com uns 15cm*



- Mais o menos assim... Se não tiver mais nada que eu possa fazer ,acho que vou ajudar na batalha

"Desde antes da praga uai" Judash responde a Vrael. Samantha parece muito animada, como vocês nunca viram antes "Há anos, Lomatubar sofre ataques de orcs constantemente... até o dia que um homem havia mudado tudo" o rosto de Judash parece ficar obscuro por um segundo, até que ele abre um largo sorriso, como se percebesse "Hahaha mas isso não é história para se contar agora, não é mesmo? Chegamos!" ele diz, abrindo a porte de uma casa simples, como as outras, onde uma mulher rechonchuda de cabelos muito escuro derrama lágrimas ao ver um Samantha pular em seus braços depois de muito tempo.

"Ocês vieram de longe, devem estar com fome. Acho melhor deixar seu dragão no celeiro, cavaleiro, se ele for igual cavalo, posso levar um pouco de cevada para ele depois hahaha"

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"Sim, mas você notou algo diferente no verme? Digo, qual o estado de seu corpo? Ele estava 'normal'?" Frei pergunta, enquanto Bruno vê Mak anotar no caderno 'Clonar um Keyblademaster' "Quanto à batalha, não ouço mais o barulho de armas...creio que o ataque terminou..." pela forma quase inexpressiva como Frei fala da batalha, Bruno automaticamente nota que isso deve ser corriqueiro, até demais...