Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Me levanto revoltado e vou andando em direção a erl

E grito

- alguém ressuscita esse maldito alguém eu traga de volta do mundo dos mortos para que eu possa matá-lo de novo!!!

Começo a chutar o corpo

Silêncio.
Não seria ele a desrespeitar.
Fechou os olhos, segurando uma careta para ter seriedade na negação do meneio de cabeça baixa.
"Inútil, ainda tenho as balas alojadas em mim", queria dizer, mas não resolveria.

*Thomas deixa a emoção tonar conta de si, e sem vergonha nenhuma, deixa as lágrimas rolarem em sua face*

- Aquele maldito gordo, era pra eu ter acabado com ele quando tive oportunidade. *Fala pra si"

- Samurai, acho que quer esse momento a sós com ela. *E faz mensao para ele pegar a garota*

Desmond sente os punhos se fecharem e abrirem involuntariamente. Ele sabia o efeito daquelas balas antimagia...elas certamente haviam infectado o sangue de Megan antes da garota morrer. O corpo, agora gelado, não permitia uma transfusão, e ainda assim...haviam órgãos demais danificados e infectados. Fora isso, a hora de falência era gritante... era provável que Megan já houvesse tido morte cerebral.
Ao olhar o semblante de Desmond, N já sabe a resposta. Um peso terrível cai sobre as costas de N, e uma tristeza ímpar lhe abala o espírito. Ferimento nenhum era capaz de conferir tanta dor quanto aquela.
No final, Megan sorria um sorriso eterno, como se lembrasse de algo...e N lembra o último abraço forte que oferecera a sua filha na noite anterior.
N, agora, era um ronin, deixado com Megan em seus braços após as palavras de Thomas. O que Norah diria?

"Norah cuspiria em minha cara e me mataria se pudesse. Eu lhe trouxe a destruição, e trouxe destruição para Megan também..." penso enquanto pego o corpo de Megan e me levanto com ela.

"Este é o preço da liberdade de cada um de vocês" digo aos habitantes da cidade. "Essa garota era o motivo pelo qual essa cidade foi atacada, pelo qual tanta gente veio do continente superior para cá"

Me viro para a população, visando lhes tirar de seu estado de comemoração. Nunca mais comemoraria nada.

"ESTE É O MALDITO PREÇO QUE PAGAMOS POR AMAR. POR QUERER PROTEGER SEUS ENTES QUERIDOS! ISTO É O QUE PAGAMOS...No final, tudo volta ao pó"

Começo a andar com Megan nos braços, até a entrada do poço.

"Vão todos para o inferno!" digo e salto, entrando no poço.

- Não N, não faça isso.

*Thomas corre em sua direção e tenta puxa-lo pelo quimono*

O homem se pronunciou dramaticamente para o povo. Carregava a pequena nos braços, menor do que de costume. Todos seguiram, claro, esperando confortá-lo, ou que ele pedisse alguma ajuda.
Porém, o samurai só via o buraco, não pensou na luz. Só pulou...
Quis pular.
Desmond raciocinou como Thomas. Ainda no corpo de atleta de elite, largou e puxou a gola dobrada do corte no kimono. Outro braço envolveu a cria do homem pela frente, como se protegesse aos dois.
- N! - reprendeu-o.

"Qual o sentido, Thomas? Como posso sequer viver, sabendo que as únicas pessoas que amei morreram? EU SOU UM ASSASSINO, e nem mesmo aqueles que nunca levantei espada, morrem por minha causa..."

Deixo que Thomas me impeça, mas caso ele solte, pularei no poço.


Canto uma velha cantiga que aprendi com a velha dona da taverna que nos abrigou nos primeiros dias de vida de Megan.

Não gostava de cantar, mas Megan adorava a música.

- NÃO N, seu futuro não se resume a dor e tristeza, sei o que se passa em sua mente, e não deixarei você pular nesse poço, mesmo que eu tenha que pular atrás de você.

- Nós temos um grupo, querendo ou não, SOMOS SUA FAMILIA AGORA.

*Diz thomas, olhando profundamente nos olhos negros de N, e demonstrando que não iria desistir*

Thomas continua ao lado dele, o assassino que canta para a filha.
Desmond volta para próximo do gigante abatido, perto do qual, Dakato, ainda está ofegante com as pancadas dadas contra o maldito Erl. Busca Risco. Retorna para a frente do marco da praça. Apoia a ponta da lâmina no solo, a mantém de pé. Sabia que segurava errado, só não sabia o certo.
– Sei lá o que faz vocês quererem tirar a própria vida – falava com sinceridade ao amigo. – Mas... vocês não tem algum código? Protocolo? Qual é o seu, samurai?
Sua palavra concordava em gênero e grau com Thomas. N saberia quando respondesse.

"Família? Tolice, eu sou só um número, não tenho família, não tenho ninguém..." digo, mas não tento me jogar no poço.

"Proteja sua família. Escolha sua família..." digo as palavras do código que eu mesmo inventei para proteger Megan...já não valia de mais nada.

Fico parado, não havia mais o que fazer. Minha morte viria...talvez eu não merecesse nem mesmo o honrado seppuku.

Assobio a cantiga.

________

Inspirado por este momento de malvadeza do stein, compus a música acima. Upei ela no violão:

https://soundcloud.com/isaac-sky/papai-vai-voltarwav

- Vamos, sair desse local, devemos descansar agora, principalmente você samurai. * Fala Thomas, ignorando suas últimas palavras *

E com a mão em seu ombro, o guia de volta ao local do resto do grupo.

– Pois, como me contou, escolheu proteger Megan quando seguia uma promessa feita a mãe dela, Norah – mediu as palavras, usava nomes sagrados e únicos para aquele homem. – A mulher que você amava, morreu e te deixou uma demanda, te presenteou com a continuação da família de vocês. Viveu até hoje seguindo isso, agora, vai dizer para esta menina que ela te deixou sem nada? Que você não tem algo para cumprir para ela? – Fincou a lâmina no chão. – Que sua missão com ela é falha, e que a sabedoria da mãe dela foi tolice quando lhe entregou a criança? Homem, vai assassinar sua família inteira se jogando num poço?
Pausou para que absorvesse as palavras.
"O que estou fazendo?"
Thomas o chamou para saírem dali.
– Acredito que tenha algo para fazer em nome delas, busque... – 330 poderia esperar ouvir vingança. – Felicidade. Aquela que ambas deixaram aos seus cuidados.
Virou de lado e saia com o coro. Liberando o abismo. Deixando a espada.
– E se quiser ir para o inferno, vá! – Voltou a falar do jeito que achava justo. – Não é lá que vai achá-las, otário.

Foi tudo muito rápido. O disparo, a cara rechonchuda do homem sangrando que caíra da enorme máquina. A massagem cardíaca que Thomas havia tentado executar. Os olhos vazios da menina e um último sorriso estampado em sua face.

A fúria de N...

Seus olhos de demônio, novamente, em chamas. Novamente destruído.

Eu também estava destruída. Eu prometi para a garota... disse que ia proteger o pai dela, que ia trazer ela para o pai dela, que tudo ficaria bem. Eu disse que não a deixaria morrer. O que raios eu estava tentando? Não sou um ser com magia, sou uma mulher comum. Agora, Desmond tentava convencer N a ficar...

Então, lembrei de um trecho de uma história de uma tribo. Um homem velho que declamava, frente a uma guerra onde nenhum dos lados havia obtido real vitória:




Corri para a direção de N, Desmond e Thomas, passando e tropeçando diversas vezes, deixando as lágrimas rolarem por meu rosto. Fico de frente para N:

- VOCÊ VAI DESISTIIIIR?! DEPOIS DE TUDO, VAI DESISTIR?! VOCÊ NÃO PODE! O QUE MEGAN ACHARIA DISSO? ELA IA QUERER VER ESSA NOSSA CARA PATÉTICA? ELA IA QUERER VER O PAPAI DELA CHORANDO E SE ENTREGANDO? HEIN?! ME DIGA SE ELA IA QUERER, N!! EU NUNCA TIVE UM PAI PRESENTE E ELA, COM 5 ANOS, TEVE UM PAI QUE LUTOU PELA VIDA DELA, UMA MÃE QUE MORREU POR ELA E AMIGOS FIÉIS QUE LUTARAM POR ELA! AGORA VOCÊ VEM E - estava gritando, chorando, sem nenhuma etiqueta - ME DIZ QUE VAI SE MATAR?!

Paro e coloco a mão na testa pálida de Megan. Fito seu sorriso e começo a rogar. "Uma mulher das ciências... mas tão crente...", penso, enquanto as palavras saem:

Amaran... tu que é a vida... o verde da folha... o brilho azul das águas límpidas de um rio ou de uma lágrima. Faça sua vida escorrer como o leite materno... e alimente a boca faminta dos que foram entregues ao outro mundo de forma prematura. Amaran... tu que possui os olhos mais verdes entre as deusas... tu que é o branco da luz do sol que origina todas as outras cores... faça os olhos dessa criança abrirem... e... - agora chorava muito mais e soluçava - se nada disso for possível... não nos tire a vontade de viver... se a tua vontade é recolher essa pureza em forma de criança... nos mantenha firmes para evitar que isso nunca mais ocorra.

Abraçou N e Megan como nunca havia abraçado outras pessoas, encostando o rosto molhado pelas lágrimas nas bochechas do samurai.

Os lamentos se tornam surdos. As palavras se tornam vento. Os corações pesam como se tivessem uma tonelada, o que faz as lágrimas rolarem pelos rostos tristes.
N sente o corpo frio de Megan nos braços trêmulos. Não havia vida, não havia esperança, não havia pelo quê lutar. O samurai sente um vazio enorme, que ele sabe que não pode ser preenchido com nada.
"Papai, olha, eu cresci!"
"Viu só? Eu sei usar uma kunai também!"
"Falta muito para chegarmos? E agora? E agora? Hihin"
"Desculpa, papai, eu não vou fazer de novo..."
"Papai, você prometeu..."

N aperta em seus braços o corpo de Megan, e é impossível fazer as lágrimas pararem de rolar. Lenta, muito lentamente, uma a uma, gotas de dor, de perda. De aprendizado. Um samurai Cinza também era capaz de sentir, no fim das contas.
As preces de Audrey finalmente chegam em seus ouvidos, e ele percebe todos em silêncio. Até o ar parece ter parado o vento. O mundo apenas ouvia uma prece.
A morte tinha um gosto amargo.







"Venha até mim"
A voz vem como um pulso dentro do peito de cada um de vocês.
" Venha...até mim"
A voz soava como o vento, existe, e ao mesmo tempo é imaterial, como se fosse etérea. Ela vinha de dentro e ao mesmo tempo de fora. Do ar e da terra, simultaneamente.
Então, vocês compreendem.

A voz vem do poço.

"Sete..." digo, sendo abraçado por Audrey. "...foram sete anos" repito, recobrando a consciência.

Dou um passo para trás. Não era no poço que encontraria o meu nome. O nome que Norah me deu.

"Filhinha, vivi até os 18 anos destruindo vidas e arrancando pessoas do mundo dos vivos. Fiz disso a minha profissão. Nunca tive escolha, nunca decidi viver assim...mas sei que somente vivi de verdade quando te encontrei"

Tento limpar as lágrimas com a manga da camisa.

"Norah, me perdoe. Queria ter chegado primeiro aí e juntos poderíamos ver Megan se tornando a grande mulher que sonhou. Mas hoje lhe entrego Megan em seus braços, e peço que vocês duas me olhem com carinho. Pois minha jornada ainda não acabou"

Me ajoelho diante do poço e coloco Megan deitada bem em sua frente.

"Megan, filha de Norah. Você foi a minha primeira escolha que fiz sozinho. Te amar foi o que me tornou N, o que me tornou menos cinza...mas sei que no final de tudo vo-voce..." sinto a voz embargar, terminar a frase se tornou mais difícil.

"...FOI VOCÊ QUE ME ESCOLHEU!" esbravejo e desabo de chorar diante dela.

Escuto o chamado do poço.

"Eu não irei...essa é a jornada dela" respondo a ele.

Como num momento de comoção, thomas põe a mão no ombro do Samurai e junto a Audrey, enquanto lágrimas de tristeza, rolam como nunca antes de sua face, e molham o chão gelado. E ele não escuta mais nada, não vê mais nada, apenas procura consolo para o amigo em um pequeno gesto fraterno e amigável.

- Estamos juntos Samurai.

Ao ouvir os lamentos de N... escuto a voz. Procuro de onde ela vem mas não consigo encontrar, até que N coloca a menina próxima do poço e tudo o que eu consigo entender é que a voz vem do poço.

Então, meu coração começa a acelerar ainda mais. As lágrimas ainda caem mas eu sinto uma pontada de esperanças enchendo meu peito:

- Não... não... devemos entrar no poço de novo! Vamos, levante a menina novamente, N! Não vamos desistir, lembra? Lembra? - tentava sorrir mas estava ainda assustada com o baque - Lembra?!

"Amaran... me espere...", penso, enquanto pulo para a beirada do poço, encarando aquele lugar novamente:

- Por favor, tentem confiar em mim... minha intuição diz que podemos... mudar... o futuro...


Quando estava ali, dizendo palavras inflamadas novamente e deixando as lágrimas escorrerem, me lembrei que havia outra parte na fala do Velho Oakee:

Quando eu me lembro de todos estes anos de tribulação, eu lembro principalmente de nossas canções. Nós morremos, e nosso sangue escoou fora nos campos de batalha, mas as nossas
canções sobreviveram, junto com aqueles de nós que retornaram. E como eles também morrerão um dia, nossas canções viverão, e serão cantadas por nossos filhos, e por filhos de nossos filhos. É assim que nós seremos lembrados. É assim que nós éramos.

Um ciclo de vida.

Aceno positivamente para Thomas. O quão surreal era pensar que faria amigos entre membros da Fase e do governo de Arsin?

Levanto os olhos para Audrey.

"O que? Há...uma chance?" sinto as forças voltarem. Pego Megan no colo e seguro o cabo da nodachi fincada no chão.

"Audrey Eve. Estou disposto a ir até o fundo do inferno caso seja necessário" tiro Risco do chão e a embainho nas costas.

"Diga, o que quer dizer?"

N chora junto de seus amigos e naquele momento ele sente algo que nunca sentira na vida. A amizade era uma palavra que ele pouco conhecera... mas nunca havia conhecido o significado daquele conceito que lhe atingia o peito com um baque naquele momento.
Irmãos.

Quando N deposita Megan aos pés dos poço, o mundo inteiro se enche com um brilho azulado, tão forte e vivo, que parece respirar.
"Vocês salvaram o meu povo." Diz a voz, que está em todos os lugares, e em lugar nenhum. "Vocês plantaram esperança nos corações estéreis. Lutaram por uma causa que todos considerariam perdida. Fizeram da ganância humana algo ínfimo, perante um sentimento muito mais poderoso que apenas a alma é capaz de conceber. Eu conheço está menina, ainda que ela não conheça Nossa existência. Vocês deram a vida pelos meus. Eu ficarei honrada em dar a minha vida pela dela."

Então... silêncio. A presença, subitamente, desaparece. Não há som, não há vento, não há lágrimas ou lamentos.
Só o silêncio.





- Cof cof cof! - o som corta o silêncio. - P-papai? Olá - Megan sorri, levantando o corpo e sentando, as costas apoiadas na pedra da borda do poço. - Porque estão com essas caras? A gente perdeu...? - Ela franze o cenho, com a cabeça de lado. Não há ferimento algum por baixo de suas roupas manchadas de sangue. A vida voltara aos olhos de Megan.

Quando o mundo volta a respirar....ele explode num urro de felicidade por todos os cantos.

Expiro. Estava segurando o ar sem nem mesmo perceber.

"M-Megan!?" a abraço com força, como se a tentasse proteger de um novo ataque.

"Filha...c-como...Megan" não consigo completar uma única frase, apenas abraço minha filha.

E nunca mais largaria.

A voz etérea enche o lugar e tudo que eu consigo pensar é em momentos bons da minha vida.

Quando o som cessa, me sinto perdida novamente... até que a tosse da criança me desperta daquele pesadelo. Meus olhos voltam a se encher de lágrimas... ela estava bem!
Tenho o impulso de ir abraçá-la mas deixo N curtir a filha antes de qualquer um de nós. Afinal, ele era o pai dela! O papai que ela havia escolhido para si mesma!

Ajoelho, agradecendo para Aquela que concedeu a vida para que Megan pudesse continuar sorrindo.


E eu... tinha novos - e verdadeiros - companheiros a partir desse dia.

Milagre.
Esta era a palavra conclusiva no primeiro relatório que Desmond escrevera fora da FASE, fora de um laboratório, sem mencionar substâncias e suas quantidades, fórmula indefinida. Outro cientista poderia o repreender por misturar questões sobrenaturais aos seus estudos científicos, contudo, "o quê é sobrenatural, se todos os seres são próprios de Gaia?", apontou. Para um descobridor como ele, nada ficaria de lado.

Naquele momento, longe do papel e tinta, representou diferente: deixou as lágrimas rolarem após as golfadas de ar da menina renascida e até pouco antes do clamor de vitória acalmar. Não voltou a face para a cena, despencaria se o fizesse, apenas sorriu com alegria para quem o enxergasse. Dakato cessou de quebrar os ossos do cadáver inchado, olhando através do alquimista.
"Ainda bem que desta vez foi diferente", refletiu secando o rosto. É claro que queria ter continuado junto de todos os seus irmãos vivos, só que, quem quer que esteja no comando, sabe os desafios que manda.
Ter perdido alguém, anos atrás, fazia seu coração agradecer por ter todos ali.
Rodou nos calcanhares e correu. Jogou os braços envolta dos ombros de Audrey e do pescoço de Thomas, apertando e juntando. Contente. Aguardando o samurai virar e dizer que estava pronto. "Preparado? O que vem agora?", também desconhecia.
"Que venha!", resposta padrão do pirralho frente aos desafios.

- Papai, você está me apertando - reclama Megan, sorrindo. Ela então abraça seu pai com os com seus braços que não conseguem lhe envolver as costas, segurando em suas roupas com as mãozinhas sujas de poeira. - Você voltou, como prometeu. Que bom...Eu te amo, papai - ela diz, afundando o rosto em seu peito.

O mundo havia ganhado um novo ar, a felicidade era impagável.
Não...era pagável sim.
Por todos os lados, vocês vêm a destruição. Há casas caindo aos pedaços, cápsulas de munição espalhadas pelas ruas, pessoas mortas, vivos que choram, outros que comemoram. A Cidade das Pobres Almas possuía mais de 250 habitantes, antes da batalha. Agora, perceptivelmente, não deveria haver mais de 70.
- Ainda assim, foi melhor do que perder todos - diz Sanna, se aproximando de vocês, como se lesse suas mentes. - Podemos reerguer esta cidade.
Desmond nota que ela não vem sozinha. Há um garotinho que a acompanha, com uma tipoia e uma faixa na cabeça. O garoto sorri, encabulado.
- Vamos precisar de dinheiro, isso é bastante claro, e não sei de onde vamos tirar...mas vamos nos virar, hahahaha! - conclui Sanna.

O sol se põe no horizonte, enquanto vocês conversam. O dia seguinte, a partir daquele, nunca mais seria o mesmo. A vida inteira não seria.
Vocês não sentem mais aquele pulso de energia arcana que vem do subsolo. A Lágrima Lazuli não pulsava mais.

- A missão foi um fracasso quase total. Perdemos mais da metade da cidade. Tanto em pessoas quanto em edificações, e não sinto mais a poderosa presença arcana da lágrima lazuli....

-quanto a dinheiro, temos uma mina de ferro celeste no poço, mais que suficiente para erguer a cidade financeiramente... Mas devemos localizar o velho stonerage. Esta traição da fase não pode sair impune!