Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Continuo com as mãos levantadas, sem fazer menção de sacar arma alguma:

- C-calma, s-sim? Eu.. oh, explicar assim será difícil, tentarei s-ser rápida - estava claramente nervosa com a situação, tentando falar depressa e com precisão, para que ele se sentisse convencido pelo que eu dizia - Acabei encontrando Megan durante uma grande confusão que ocorreu na cidade... ela pediu para que te salvássemos... e-eu não pude recusar o pedido de uma criança. E isso só foi possível... porque a Malha de Ferro nos ajudou com os disfarces... e por isso estamos nessa situação agora.

Numa situação comum, nunca escutaria a garota. Mas nada nas últimas 48 horas era comum.

Olho para Desmond e Thomas e aceno positivamente.

Baixo Risco e coloco na bainha das costas.

"Acho bom estar contando a verdade, garota. A Malha está bem desesperada, mandando crianças para uma missão de resgate.

Olho para frente, observando a tal batalha.

"São seus amigos? Vamos, garota, temos que dar o fora daqui antes de que usem aquelas balas do Cornellius de novo" digo me referindo ao que os guardas conversavam.

Respiro aliviado por ele ter embainhado a espada, ainda com as mãos tremendo:

- Balas do Cornelius? Oh... não se preocupe, eu posso fazer umas para vocês! - com certeza havia entendido errado, o que Cornelius tinha haver com aquilo? - Mas precisamos sair daqui logo... e sim, estão nos ajudando. Eles são muito bons no que fazem - sorrio orgulhosa - mas bem... e, senhor, já alcancei a maioridade há alguns anos, sou uma mu-lher.

Faço um aceno para Dakato, Ezreal e Gwen:

- Vamos, sim? Só fizemos metade, precisamos levá-los e rápido!

Acenando de costas para eles, volto a colocar a mão no cinto, perto da pistola, tanto para me acalmar quanto para estar preparada. Estava me fazendo de durona, mas na verdade estava é morrendo de medo de dar tudo errado ou deles quererem me matar.

"Claro...acho que Megan pode ser mais alta que você" sussurro.

"Desmond, Thomas, Erl. Vamos, alertas e com armas em punho. Isso aqui não acabou, mas pelo visto temos reforços"

Acompanho Audrey.

"Ótimo", pensou. Parecia um resgate de verdade, com plano, disfarce e tudo, mas estava indo tudo muito bem.
- Malha? Quem está no comando disso?
Questionou pois poderia ser um daqueles que teve contato durante o dia..."Nossa, muitos deles passaram por mim hoje, e para ajudar." refletiu.
Diferente da pregação de "criminosos da pior espécie", aquele suposto grupo terrorista se mostrava mais heroico do que ele mesmo pensava.
- Vamos - Concorda. - Se querem ajudar, façam logo.

Saio da sala, mas puxo Ez para trás, comigo.

- Deixe-os passar ... Vamos ficar na retaguarda ....

Desmond, acho que seria uma boa me dar uma ajuda aqui né??
*Diz enquanto pressiona o ferimento para estancar *

-E quem são vocês? Porquê nos ajudaram? *Diz,surpreso com a ajuda*

*fito os olhos de N, era notório que se tratava do pai de megan, seus olhos são tão diferentes dos meus e tão parecidos ao mesmo tempo...*

- Senhores, a poucos metros daqui há um veículo de fuga, conseguem ver? Corram o mais rápido que puderem, cuidaremos da retaguarda com artilharia pesada!

*falo enquanto inicio a materialização dos relampagos em minha mão, fazendo a magia bem "devagarmente"*

-shamae, etcor, daminae...

Escuto o homem que até agora não tinha dito nada:

- B-bem, parece que o nome da senhorita é Sanni... oh, sinto ter errado o nome... e minha pequenez nada tem a ver com minha idade, senhor, - falo, virando para o samurai com um olhar denotando certa indignação - devo agachar um pouco para conseguir abraçar Megan, se quer saber!

"Aham, sei" finjo concordar com Audrey no meio da corrida.

Olho nos olhos de Dakato por alguns milissegundos, mas sinto algo familiar...talvez seja porque não tenha visto muito dos orientais em Arsin.
Ignoro esse sentimento e sigo na corrida, liderando meus antigos colegas de prisão até a van...e Erl?

"Cadê o Erl? O gordo maldito vai dedurar nossa posição aqui! Corram, vamos vamos!" grito para o grupo.

Vejo que finalmente os outros vieram até a van. "Achei que já tinham desistido... estava a ponto de deixar todos aí, já que estava tão bom lá dentro."

Na velocidade dos acontecimentos, não discerniu o nome que a moça tentou mencionar. Agradeceria para quem fosse.
– Estamos em fuga, e essas materializações de fórmulas pesadas acabam comigo - Diz mexendo nas bolsas laterais. Saca um frasco de poção azul que entrega ao capitão. - Tome isto, aguente até chegarmos lá.
Aguarda o passo dele para prosseguirem. Caminha com os efeitos místicos de celeridade (a menos que 5 rodadas tenham passado), pronto para disparar a próxima fórmula.
– Esqueça dele – Referindo-se a Erl. – Ele folgava como soldado, não pretende permanecer em combate como um guerreiro. Deve estar longe. Sejamos tão inteligente quanto aquele cara.
Que piada.

Sistema:

cure light wounds (curar ferimentos leves):

Off: Quem rola a poção, barman ou cliente pinguço?

- Estou indo, não se esqueça de mim.

*Thomas se levanta devagarmente e mesmo com dor, recolhe a faca lançada no guarda, toma a poção e segue o grupo, tentando controlar a dor que toma conta de sua mente*

O grupo finalmente estava reunido, e todos vêm o caos que se desenrola ao redor em câmera lenta, devagarmente. Explosões, flashes de disparos e o cheiro inconfundivel de pólvora queimada, somados ao odor bem-vindo da chuva que lavava o chão de terra batida do acampamento. As tendas da FASE queimavam, os soldados corriam em desordem, claramente sem um líder decente, e Desmond ri disso internamente.
Era incrível pensar em como a sucessão de eventos absurdos ocorridos nos últimos dias havia mudado suas vidas para sempre, e juntado aquelas pessoas tão distintas sob uma mesma situação.

Vocês alcançam o ar frio do lado de fora, e sentem a chuva bater forte contra seus corpos, cegando-os por alguns instantes, enquanto os trovões e relâmpagos rasgam o céu escuro sem estrelas, coberto de nuvens cinzas como a sina de cada um de vocês.

Então, a sirene quase os deixa surdos. O alarme da prisão estava soando alto, enquanto uma voz conhecida assumia o megafone na sala de armas.
- EU OS ENCONTREI! OS PRISIONEIROS ESTÃO FUGINDO! ELES ESTÃO AQUI! AQUI!!
Com certeza o cérebro gordo de Erl deveria estar calculando que seria poupado ou receberia alguma glória por supostamente delatar vocês.

Os militares voltam a atenção na direção de vocês, ávidos por atirar no culpado por aquela confusão, que não haviam achado até então. Um disparo explosivo passa raspando pela orelha de Gwen, abrindo um buraco enorme na parede de pedra da prisão atrás de si. A cena é desesperadora. Há centenas de soldados correndo na direção do grupo, há cerca de 30 metros ou menos de distância, todos armados pesadamente, com fogo nos olhos. Os tiros acertam tendas próximas, rasgam o céu e atingem as paredes da prisão, mas a chuva pesada parece dificultar a mira de seus perseguidores.
Outro disparo estilhaça um dos faróis da van, e outro passa há centímetros do pneu dianteiro.
- Pé na tábua, negada! - berra Todd, ligando o automóvel e fazendo um giro rápido para vocês entrarem, protegendo-os dos disparos que atingem o lado blindado da lataria. - Vamos! Vamos!

"Vai vai vai!" grito empurrando Thomas, que aparentava alguma dificuldade em correr por conta do ferimento, e literalmente o jogo dentro da van e adentro em seguida.

Puxo o arco e flecha por precaução, sentado no banco.

- CORRAM O MAIS RÁPIDO QUE CONSEGUIREM!!!

*se conseguir encontrar o tal Earl de vista e ele estiver ao alcance da magia, disparo meu relampago nele. caso contrário, no atirador inimigo mais próximo*

*entro na van*

- Tira a gente daqui TODD!!!! Cadê a kitsune, e a sanna?

A chuva molhava toda o meu uniforme, enquanto eu disparava na frente, sinalizando o caminho para todos. "Chuva é horrível para minha pólvora, porcaria..!", penso, enquanto faço um sinal para que todos entrem na van que derrapava na lama enquanto a porta se escancarava para que entrássemos. Pretendia entrar por último, para conferir que todos entraram, principalmente o pai da garotinha.
Ao que todos entrarem, corro e pulo para dentro da cabine, tentando me segurar em algo ou alguém, colocando a mão próximo da pistola.

Desmond pula para o banco ao lado dos dois colegas. Viu roupas sobre os bancos, sabia a resposta para a própria dúvida.
– Vamos despistar esse exército sem cabeça! Entrem!
Talvez nem todos entendessem, no meio militar essa era uma referência a grupos de muitos homens que não possuíam liderança. Muitos protestos, que obviamente envolviam massas, eram tratados como exércitos descoordenados.
Aguardava, quem quer que estivesse para voltar. Desconhecia os integrantes daquela turma, não sabia quando estariam todos juntos. Ficou paralisado no banco, quando delirou...só podia ser isso... em meio aos tiros, gritos e respingos, pensando ter escutado...Sanna?

Um milesimo de segundo. Em um milesimo de segundo senti minha vida em uma balança, qual por poucas gramas não pendeu para o lado da morte. O coração havia parado, assim como a respiração e tudo em volta. Era como se tudo estivesse devagar enquanto a bala passava a centímetros de minha orelha. Então a explosão logo atras e o choque. Levo as mãos tremulas á cabeça por instinto para protege-la dos estilhaços, quando tudo parece voltar de uma vez, os barulhos, a correria, os tiros e outras explosões. No momento não pensava em nada, apenas em correr para a van. Nilee corria na frente por ser mais rápida e salta para dentro do carro, movimento que fazia em seguida.

Agarro Gwen assim que também entro na van. Vi o desespero em seus olhos, vi o susto que levara, vi que por pouco podia perde-la. Encaro a todos os outros, irritado. Sem duvida se não houvesse tanto bate-papo agora a pouco, teriamos saído sem esse risco. Esse susto não me descerá pela garganta tão cedo.

O grupo entra na van às pressas, sob uma chuva de disparos e água gelada que se agitava com o vento frio. Alguns dos vidros da van não consegue segurar o impacto das balas arcanas, e vocês o vêm dois deles explodirem em estilhaços.
- Porcaria, vocês estão machucando minha namorada, idiotas! - berra Todd, fazendo a van girar com tamanha violência que vocês trombam para o lado e a porta do carro se fecha sozinha, quando Todd acelera fundo, fazendo o carro vibrar. - Vamos encontrar as meninas em breve, se segurem!
A van dispara na chuva, voando entre os soldados que disparam furiosamente. À frente de vocês, uma grupo de soldados se posiciona em linha, apontando armas de grande porte para a van.
- Fogo! - ordena o oficial no comando, e uma saraivada de disparos atinge o ao redor da van, explodindo terra e pólvora por todo lado, quase virando o veículo, que Todd consegue manobrar com destreza.
- Atirem de volta, precisamos ultrapassar esse ponto!

Todd faz a van girar, deixando os vidros quebrados com visão para o grupo de soldados, que agora recarrega as armas e impede a passagem do grupo. O próprio Todd saca uma bereta e dispara com uma mão livre contra os soldados, aos gritos. Disparos vêm de todos os lados contra a van, atingindo a lataria blindada que talvez não durasse por muito tempo.

O mundo tremeria ao redor de vocês.

Sinto as mãos de Ez me rodearem em um abraço e retribuo ainda assustada. Afago o rosto em seu peitoral sentindo seu calor, quando bruscamente sou arremessada de um lado á outro, batendo contra a van, conforme era necessário fazer as manobras. Tento me segurar em um dos cantos, dando espaço para Ezreal se posicionar e atirar. Não poderia fazer muita coisa de dentro da van em movimento.Minhas habilidades não teriam efeito.

-Droooooga... ok, essa é minha última do dia. Faça valer dakato, FAÇA VALER!!!

- audrey, por favor me segura, não posso perder a concentração...

-murhtannu'n Furhtighiamah...

*a mesma pedra incandecente surge na ponta de meu dedo*

-a última bola de fogo do dia...

*efetuo mais um disparo calculado contra o grupo que tampa nosso caminho de fuga.*

Descarto a ideia de usar pólvora, visto que meu reservatório dela havia molhado. Enquanto fico levemente irritada com o deslize ocasionado pela pressa, saco uma bala que os enredaria, uma maravilha da engenharia de armamentos que eu havia aprendido a criar. A ideia surgiu quando contei para Cornelius sobre um ser que prendia seus oponentes em vinhas e raízes. Logo pensamos que seria ótimo ter esse poder... e tivemos a epifania! Trabalhamos por algumas semanas até chegarmos no resultado almejado e nos testes tudo dera certo.

Entangling Shot Cartridge:

Coloco a bala, manejo a arma e disparo, tentando enredá-los.
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Viro o arco de lado e miro no comandante, ou aparente líder, desse grupo que bloqueia nossa passagem.

Respiro fundo e libero a flecha, que voa em direção a cabeça do inimigo

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