Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Off: Esse bardo é cafajeste >.>..... To de olho nele   (-Q)



A visão de tudo aquilo começava a me afetar. Um problema, afinal se começava a me afetar, significa que estava me envolvendo demais e me preocupando, o que ia contra meus principios. Desvio a atenção para o poço, analisando-o com cuidado enquanto ouvia as palavras do bardo.

- Bem, isso é muito interessante, mas é exatamente o que procuro.... - Volto a atenção para ele. - Sei bem enfrentar meus próprios monstrinhos.. mas quero que realize outro desejo meu.... Quero colocar o maior numero de pessoas ali dentro... - Aponto para o poço. - ... Tendo a prioridade com idosos, crianças, doentes e mulheres... Antes que se espante, tenho que lhe contar uma coisa... - Fico realmente mais séria, parando com aquele joguinho de flerte. - A cidade será atacada em pouco tempo ..... ( Então conto por cima tudo o que tinha conhecimento sobre o ataque, sem mencionar Megan ou o grupo, mas frisando o que os inimigos realmente procuravam que era a magia das pessoas)

- Sei que pode ser fantasia ou uma pegadinha, mas o que pensa não importa pois será confirmado em menos de uma hora...

Sinto aquela fisgada no peito e dou aquele sorriso amarelo. No momento não tive coragem de dize-lo meus reais motivos, mas tais não importavam mais, era hora de agir. Decido confiar no estranho, ainda desconfiando. Seguro a pequena mão de Megan e acompanho o bardo para a praça, levando-a ao meu lado.

- Não precisa se preocupar em me citar em suas canções, afinal isso não é nada, muitos outros estão agindo de uma forma melhor.

- Todd, precisamos encontrar ena jazida de ferro celeste, já consigo com as informações que tenho aqui e talvez a ajuda de desmond para realizar a extração da essência azul. Agora provavelmente precisarei dos outros volumes desse livro para realmente conseguir fabricar o combustível...

Meus olhos passeiam pela máquina, satisfeita. Abraço N com força, ficando na ponta dos pés e encostando o rosto em seu peito e, de repente, me recordo dos modos:

- Oh, desculpe-me, uma dama... - estava dizendo asneiras novamente - deve... oh, deixa pra lá, apenas me desculpe por tudo isso mas... conseguimos!


Estava quase desistindo de ficar ali pela vergonha do que havia feito quando vejo algo se mexer no metal. Havia me esquecido completamente... só podia ser ela:

- Pixie! Oh, Pixie, que bom vê-la novamente! Cornelius terá que me dar uma condecoração por isso, tenha certeza! Que trabalho magnífico! Precisa de ajuda, lady esférica? - faço uma leve reverência para ela em tom de carinho

Fico vermelho diante do abraço de Audrey. As vezes me sentia frio como o fio da lâmina de Risco, mas nesse momento eu estava mais quente que uma brasa.

"Ahn...é, ok. Conseguimos" digo, sem graça.

"Só falta buscarmos esse minério pra fazê-lo voar...quanto tempo ainda temos? Eu vou com você Dakato, precisamos da maioria do pessoal aqui pra garantir a segurança no cerco que virá...precisamos ser mais rápidos"

- De modo algum - responde Liriel, o sorriso sustentado no rosto. - Seu zelo tocou meu coração, bela dama. Farei com que este povo também seja tocado.
Quando enfim chegam na praça, Liriel sobe no palanque armado no centro do lugar, sempre usado para anúncios e apresentações públicas. Pelo estado do palanque, Gwen sabe que ele não deve ser usado há anos.
Liriel limpa a garganta, e Gwen nota que o indicador da mão esquerda brilha em um tom dourado.
- Conceda-me o dom, Mãe de muitas vozes, para que eu abra os ouvidos daqueles que não bebem de tua sabedoria - roga o bardo, e Gwen o vê desenhando uma fórmula no ar, que faz surgir um alaúde de madeira dourada em sua mão. Um acorde, um som que penetra a alma, todos na rua vira os olhos. Era sublime.

As nuvem no céu tão negras flutuam
Não chore criança, mas reze às alturas
Soldados que marcham contra as estruturas...
que bens e tesouro, não valham as lutas

Andai, andai, ó povo que escuta
Na sombra segura é onde o sábio atua
Não deixe que ódio lhe roube a ternura
Não vale o tesouro o que a vida fulgura

Uma breve pausa, e Liriel sorri, enquanto as lágrimas correm por seus olhos.

Que o vento carregue o coração seguro...
Que sinta em minhas asas o sopro mais puro...
Aos olhos tiranos, teu rosto eu oculto...
Não tema criança...serei teu escudo

Quando o canto tem fim, Gwen sente um aperto no peito. Aquela canção era muito, muito antiga, e bastante conhecida entre as ordens druídicas. O Canto da Humildade. Aquela canção era ao mesmo tempo uma demonstração de impotência e uma prece a Vissas, a deusa do Vento, mãe dos bardos e das criaturas que voam. Gwen também sabia o efeito que aquela canção era capaz de produzir nos corações humanos, quando tocada da maneira correta. E aquela era, sem dúvida, a forma mais profunda que ela havia ouvido.
A Canção da Humildade era capaz de, ao mesmo tempo, limpar o ódio e acalmar a alma, e convencer uma pessoa de que valia mais se ausentar da batalha que morrer e jogar a vida fora. Uma verdade que as pessoas não costumavam enxergar quando estavam ameaçadas e de sangue quente.
Gwen nota que as lágrimas também correm pelo rosto de Megan.

- Hoje, meus amigos - começa Liriel, e todos escutam atentamente -, os soldados da FASE invadirão esta cidade, embora eu desconheça o motivo - pelas palavras do bardo, Gwen sabia que pessoas normais questionariam, ou ficariam completamente confusas ou furiosas. Mas não era o caso. O povo o ouvia com a atenção de ovelhas...como ratos enfeitiçados por um flautista, e ela própria sentia confiança e segurança vinda de suas palavras. - Aquela mulher me alertou sobre o perigo - ele aponta Gwen, e todos se viram para ela. - Ela conhece um esconderijo que pode salvar a todos nós. Eu confiaria minha própria vida nas mãos desta dama... e peço que façam o mesmo, para que se salvem a todos. Chamem seus filhos, seus amigos, seus idosos e mulheres. E me sigam.
Em um segundo, o povo se move, iniciando a ordem simples que o bardo lhes incutira como verdade absoluta em suas mentes.
------------------------------------------

- Zzzzz - chia Pixie, sobrevoando o grupo. - Queda iminente. Risco colisão em 98.9%. Risco de morte em 100%. Ativar módulo de proteção Bubble Guard - Então, a Esfera para. Ela parecia estar revivendo suas "memórias". Seu visor vira para Epoch. - Condições de Epoc: Estável. Combustível: 2%. Resfriamento: 100%. Condições de sistemas. Hidráulico: 89%. Pneumático: 98%. Explosão: 92%. Condição geral para voo: 94.75% - ela conclui de forma robótica, flutuando até Audrey. - Condições de Pixie: 98% - ela responde sua pergunta. - Mestra Audrey, estou aos seus comandos, você está bem?

Todd assovia ao ver a esfera flutuante.
- Esse ai é o co-piloto? - ele pergunta a Dakato. - Já ouvi falar dessas coisas antes mas...nunca imaginei que algum tecnomago já houvesse criado um construto tão inteligente. Ah, sobre o ferro celeste...isso vai ser um problema...rezam as lendas que existe Essência Azul no subsolo dessa cidade, mas...está bastante ao fundo daquilo. A boa notícia é que o ar quase não chega lá, o que preserva o material. A má notícia é justamente que o ar não chega lá, e seres humanos precisam de ar. Sanna me contou que entregou a chave do poço para sua amiguinha índia, certo? Bem...é aquele poço que leva até a jazida.

Neste momento, N vê dois rapazes surgirem às portas do galpão, aparentando ter menos de 16 anos.
- Nossas forças estão prontas - diz um deles.
- Sanna nos pediu que os avisassem - diz o outro. - estamos aqui para lhes mostrar como está a cidade agora que o plano foi executado - ele conclui, como se pedisse que alguém os seguisse.
- Não precisam ser todos, se estiverem ainda ocupados, mas Sanna achou que seria interessante estarem à par.

Ouvia tudo com atenção e não tinha palavras para descrever como me sentia no momento. Vejo as lagrimas da garota, mas também não sabia como conforta-la ali. As pessoas simplesmente o ouviam e uma tarefa que julguei ser complicadíssima, se tornou muito simples com a ajuda deste homem, ajuda que teria que agradecer de alguma forma.

Quando as pessoas começam a se aproximar, caminho até Liriel e sorrio em agradecimento. Desta vez não de uma forma fingida, mas com total naturalidade.

- Muito obrigada, sua ajuda realmente foi de grande utilidade.... - Logo me viro para as pessoas. - Me sigam até o poço.... Aqueles que puderem e tiverem condições, por favor, empunhem suas armas, e me encontrem aqui em alguns minutos.

Começo a caminhar mais rápido, quase correndo, afinal, teria que entrar antes e ver se estava tudo certo por lá e o tempo estava se esgotando.

– Opa, ajudo sim – Respondeu para o tecnomago que retornava de seus livros com uma solução. – Um material novo, seria um prazer apenas tocá-lo.
Como ouviu alguma coisa sobre tarefa secundária (off: side...quest ), deixou os itens prontos sobre a mesa: potes de vidro com um conteúdo liquido e alaranjado. Amarras de couro foram afiveladas contornando as formas cilíndricas, preparado para quando voltassem.
Quando estavam reunidos na roda e Todd mencionara alguma coisa sobre a localização, profundidade e falta de oxigênio. Ele logo intrometeu-se com a resposta:
– Cristais de Ar, já usamos isso em algumas operações ultrassecretas da FASE – Puxou o encadernado que havia guardado, e já folheava buscando suas notas sobre o elemento. – Uma vez precisamos invadir uma ilha onde um outro grupo rebelde montava base e preparava um ataque contra Arsin. Eles possuíam de tudo, até mesmo os dirigíveis para subir. Lucravam mediante o saque contra algumas casas nobres "lá de cima", mas a maior parte era de outros roubos aqui pelo continente. Seus informantes consideravam mais ao dinheiro, e o Conselho tinha mais. Foram entregues e nós fomos solicitados para sabotar... – Parou enquanto lia sobre o item alquímico, virou o livro e mostrou para os demais, dizendo: – Usamos barcos a remo até uma determinada proximidade e invadimos o local pelo canal de dejetos. Seriamos pegos se submergíssemos, portanto, esta invenção da alquimia nos garantiu invadir e plantar explosivos no transporte e nos galpões de equipamentos. – Falava dos feitos com moderado orgulho.
Tal campanha foi uma das façanhas realizadas em seu período como comandante, grandiosa para seu nome e para o respeito do grupo. Contudo, a realização pessoal fora conseguir fabricar aqueles materiais quando o conheceu dentre as descobertas de outros especialistas anteriores.

Sistema:

Ácido:

Cristais de Ar:

- Não há agradecimento maior que seu sorriso, minha dama - O bardo acena co a cabeça, em uma pequena mesura e um sorriso, quando seu alaúde desaparece no ar.
Nailah retorna para o poço, enquanto Liriel fica aguardando o povo que se reúne lentamente, conversando entre si. Ela nota que os aldeões trazem consigo foices, arados e enxadas..aquelas eram suas únicas armas?!
Finalmente, a druida chega ao poço, acompanhada de Megan.
- Tia - Megan aponta a escada que fica em uma das laterais do poço. - e se os soldados encontrarem essa mesma entrada? E se eles desconfiarem que esse poço existe e que o pessoal está escondido aqui?
A pergunta era de fato algo a se levar a sério. A decisão só cabia a Gwen. Ela nunca tivera tanto em jogo nas próprias mãos antes.


-Se for fazer o que eu estou pensando que vai fazer, Olhos Puxados - Todd entrega uma lamparina a Dakato, um equipamento um tanto ordinário que era composto por um reservatório onde o óleo era armazenado e um pavio embebecido que era acendido. Conforme o óleo da ponta do pavio era consumido, o óleo no reservatório subia para alimentar a chama. Serviria muito bem num lugar escuro. - Só peço que tomem cuidado e se atentem ao tempo para nos reunirmos no ponto de encontro em.. - ele observa o sol e estima o tempo usando os dedos. - Quarenta e cinco minutos. - Dakato conhecera aquela técnica antiga na Academia Arcana. Era incrível como muito do conhecimento de Arsin havia se originado de artes antigas e arcaicas de Elyin, sem nenhum reconhecimento a estes. Era assim que o mundo funcionava.

OFF: mas tá muito sabichão esse mestre

Vou até onde coloquei minha camisa da Fase e Risco, a visto e coloco a nodachi nas costas.

"Vou com você, Dakato. Vamos voltar em trinta minutos. Alguém mais vai nos acompanhar? Será uma viagem rápida" digo, decidido a tornar aquele veículo funcional novamente.

Outro objetivo em que não envolvia assassinar ninguém. Podia me acostumar com isso...

– Claro que vou, e perderia uma amostra preciosa dessas? – Replicou o alquimista. – Sem mim vocês nem tem como descer – Provocações simples entre homens, os pirralhos faziam e os soldados também. Tateou todos os compartimentos e volumes, confirmando estar equipado. – Estou pronto.

- Irei fecha-la quando todos entrarem.... ou darei um jeito de disfarça-la... - Respondo pensativa.Observo um grupo de mulheres ja ali, e seguro a ão da garota, a levando até elas. - Preciso que cuidem da garota até eu voltar... Megan, volto em poucos minutos, vou apenas checar se esta tudo certo la dentro.

Sem esperar a resposta, vou em direção ao poço e começo a descer as escadas.

Gwen nota que as mulheres ficam espantadas com sua ação, mas ouve Megan as tranquilizar com a maior encenação na voz dizendo "um momento, minhas senhoras, está mulher é altamente treinada e sabeno que está fazendo" o que poderia provocar seu riso.
As escadas, Gwen nota, estão bastante velhas e enferrujadas em alguns pontos, o que a faz questionar se aquilo seria seuro. Estranhamente, porém, o metal sequer range sobre seu peso, mostrando-se suspreendentemente firme.
O escuro envolve Gwen pouco a pouco, e logo ela se vê imersa em um breu muito frio e úmido, totalmente distoante da superfície. Ela consegue calcular que a descida tem cerca de 20 metros, antes de atingir o chão, solo de terra levemente úmida. O ar lá em baixo é frio, úmido e irritante às narinas pelo cheiro que Gwen identifica como "azedo". Ela não vê nada quando desce no fundo. Só breu.

"MESTRA? HAHAHAHAHA! Esse tréco é genial, Cornellius", penso, achando incrível tudo aquilo. Aquela sensação estava em meu sangue, fazia parte de mim.
Coloco a mão nela como se lhe fizesse carinho:

- Oh, ótimo, Pixie! Não se preocupe comigo, encontrei pessoas muito competentes com suas habilidades arrojadas. Adivinhe? Sim, sim! Arranjei um grupo - digo, efusiva - dos muito bons, acredita?! Mas, oh, bem, parece que você também faz parte do meu grupo e... agora... - estico os braços e os posiciono na cintura levantando o queixo levemente - PIXIE! Me acompanhe! Temos uma cidade para salvar!

Dou algumas sacudidelas no jaleco, me sentindo uma mulher mais importante agora. E não era pelo Lady antes do nome ou pelo sobrenome que carregava... era pelo que havia lutado para aprender. Era pelo esforço e pelos resultados.
Me viro para o grupo que conversa ali, entrando de gaiato na conversa (mas, claro, de forma educada):

- Com licença, senhores. Desculpe interrompê-los... mas, precisamos do combustível e se minha ajuda se fizer necessária, posso acompanhá-los. Do que precisaremos, homens de boa fé?

*me visto colocando todos os meus pertences às costas, na mochila*

- Vamos precisar ser MUITO rápidos - Falo levando o livro comigo.

- Meia hora não é nem metade do tempo que eu queria, isso é irritante. Vamos andando! -

*sigo à frente do grupo, chamando N e Desmond com um olhar, me esforçando para parecer amigável, mas a expressão esnobe era muito difícil de esconder*

"Vamos, eu tenho o mapa" digo, já olhando para as direções apontadas nele.

Lidero o grupo até a entrada (fosso?) do caminho subterrâneo.

"A garotinha era esperta". _ Penso enquanto desço aquelas escadas.

Ao tocar no chão e simplesmente não ver nada, sinto o pavor tomar-me a mente. A sensação de não saber o que estaria passando ao seu redor, sabendo que poderia haver qualquer coisa, realmente qualquer coisa ali, era simplesmente tenebrosa.

Rapidamente retiro o arco das costas e lanço um feitiço de "Luz" sobre o mesmo, que iluminaria cerca de 20 metros gradativamente, por cerca de quase 1 hora ( 10min/nivel), tempo suficiente para dar uma checada.

Ignorados, os dois jovens partem para se juntarem a Sanna.
Todd explica a N exatamente como chegar ao poço, marcando em seu mapa com uma caneta vermelha. Ele lhe diz que a única pessoa que detém a chave é a druida, e Sanna possui uma segunda cópia.
Então, Dakato, Audrey, N e Desmond partem em direção ao poço, deixando que Todd tome conta das coisas. Pixie segue flutuando ao lado de Audrey, girando seu visor como se analisasse cada canta da cidade que podia capturar, como se estivesse fotografando o terreno para pesquisas posteriores. Enquanto avançam, vocês notam que todos os moradores da cidade haviam decidido se reunir na praça central, o de um homem sobre um palanque lhrs instruía a terem calma e aguardar. Há cerca de duzentas pessoas no local, muitas delas empunhando foices, enxadas, machados de madeireiro e adados. Vocês não faziam ideia do que estava acontecendo ali e muito menos conheciam o motivo para todas aqueles pessoas estarem rodeadando o poço.
De onde vocês estão, é muito difícil ver muita coisa além de pessoas e ferramentas por toda parte.

A flecha de Gwen crava no solo úmido, produzindo uma iluminação como se fosse um pedaço de luz do dia alí dentro. A druida, então, nota um svo...depois outro...e outro...até que múltiplos olhos vermelhos a encaram, em um bater de asas imenso irrompe o ar, quando Gwen se depara com o que parece um ninho de morcegos, voando de um lado para o outro, como se tentassem escapar da luz de sua flecha. O susto é grande devido ao ambiente onde se encontra, mas os olhos observadores logo parecem perder o interesse, voltando a se fechar, para o bem de Gwen. Cada um daqueles morcegos devia medir meio metro só de corpo, e ums dois com as asas abertas. Aquela espécie, a druida sabia, era muito comum em grutas muito antigas, mas...algo lhe era muito estranho...ela não sabia explicar se era o efeito do poço ou da luz de sua flecha, mas...os morcegos pareciam ter um tom levemente azulado...
Sua flecha ilumina atrás de si, ao lado do fim da escada, uma porta de madeira com uma fechadura muito velha.

(na verdade, eu tinha iluminado o arco pra ficar como se fosse uma tocha, mas ficou legal as flechas também, então encare como se eu tivesse iluminado todas as flechas )

Sem perder tempo, analiso a fechadura antiga e lembro da chave que Sanna me deu. Com esta chave tento abrir a porta.

Poderia relaxar, deixar a guarda baixar, mas meu treinamento era minha essência também.
Estranho a pequena esfera tirar fotos e reconhecer o local.

"Essa coisa é uma invenção de Cornellius também? Por que ela fica tirando fotos da cidade?" digo para Audrey.

"Estão se armando para o cerco, espero. Mas não temos tempo para ouvir nada, temos de ir ao poço" digo, acelerando o grupo.

- Temos que entrar nesse lugar sem esse povo todo! Vão estragar o material que tem lá embaixo!!!

eu até entendo que provavelmente era tudo coisa da índia. ela comentou algo sobre evacuar a cidade. eu nem sei na realidade por que motivo estamos consertando Epoch agora... acho que mais correto seria armar o cerco.

Gwen insere a chave na fechadura enferruja, força a porta o máximo que seus braços conseguem, até que ela abre com um baque pesado. O cheiro ali dentro é de mofo e o ar é muito úmido. Ao iluminar à frente, Gwen se depara com um enorme cômodo vazio, com estantes empoeiradas, frascos e tonéis velhos e sujos. A druida nota a presença de ratos e baratas ocasionais e teias de aranha por toda parte.
Neste momento...Gwen ouve um som de "tec...tec..tec..." vindo de cima. E seu sangue gela.
Role Percepção+1d20

N ouve alguém comentar "ela desceu faz um tempo, né? Será que está tudo bem?" e outro "Alguém deveria ir ver o que está acontecendo..." e um terceiro "Está maluco? Todo mundo sabe que aquele lugar está abandonado há anos. Ela está num poço! Como vamos usar um poço como abrigo?!" e um burburinho que se espalha por toda parte.
Então, N avista sua filha, sentada na beirada do poço, conversando alegremente com algumas senhoras que a cercam.
Ao observar o lugar à sua volta, Dakato percebe que há pessoas sobre as casas de forma ocasional, observando a cidade e além. Aqueles, ele imaginava, eram os vigias de que Sanna havia comentado.
Sobre uma das casas, o oriental nota que aqueles dois garotos da oficina se encontram com uma mulher agachada em um telhado, que observa tudo sob a lente do que parece ser um binóculo. Eles conversam algo rápido e Sanna se vira para vocês, acenando com a mão e dando sinal de ok com o dedão em riste. Aparentemente, o plano havia dado certo.

"O plano parece estar ok ainda" digo ao grupo.

Ando até Megan, tento não parecer surpreso.

"Mocinha, não deveria estar no abrigo? Ou melhor, o que todas essas pessoas estão fazendo aqui ainda?" pergunto, não necessariamente para Megan, mas para todos ao meu redor.

"Cadê a Gwen?" pergunto para Megan.

No caminho, vou observando junto de Pixie, fascinada pelas várias funcionalidades que Cornelius havia atribuído a ela:
Vejo a surpresa estampada no rosto de N. Talvez fosse de sua natureza estar ali, com aqueles olhos monstruosos e fervendo sempre. Os olhos de um animal que fica de olho em suas presas... e, ao mesmo tempo, ele me parecia com uma dor no peito, na ponta dos olhos uma tristeza disfarçada de fúria. Eu me interessava por história, era natural perceber:

- Sim, é uma maravilhosa invenção do Cornelius! Provavelmente ela esteja reunindo para reconhecimento. Gostamos de registrar coisas... oh, a Pixie está guardando isso para podermos ter um mapeamento do local. É uma medida de segurança...

Vejo aquelas pessoas todas reunidas e, finalmente, o poço. Me aproximo lentamente.
Uma mulher com o nariz grosseiro está ali, segurando a mão de um menino de cabelos bagunçados e isso me lembra meus pais. Não pelas minhas próprias experiências mas pelos desejos infantis que eu tinha: segurar a mão de outra pessoa.
Parecia tão simples para eles... para mim sempre tão distante!