Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

- A tia Gwen entrou ali - responde Megan, sorridente. - Estamos esperando ela voltar...faz umas...
- Duas horas, aproximadamente - completa um homem que se aproxima por trás do grupo, trajando uma capa de viagem vermelha, os cabelos prateados. Seus olhos transmitiam confiança, seu sorriso, sedução. - Esse é o tempo que já decorreu desde que ela entrou lá. A propósito, sou Liriel. Liriel D. Flourite. Estou ajudado sua amiga a reunir este pessoal para protegê-los no abrigo que fica no fundo desse poço, pelo que entendi... - ele esboça uma expressão de preocupação. - Só acho estranho que ela esteja demorando tanto...

"Acho que mandar um estrangeiro num caminho que nem os habitantes parecem conhecer...não foi muito sábio" digo, respondendo o tal Liriel.

"Preparem suas armas pessoal. Se Gwen estiver em apuros, vamos agir rapidamente" verifico a entrada do poço.

"Meg, continue com sua missão" digo, sorrindo para ela, logo antes de descer no poço pela escada.

Assim que entro, observo o local um pouco desapontada. Não sei se todos caberiam ali, ou se morreriam la mesmo com alguma doença não descoberta. Ao ouvir o barulho ergo o arco para ter uma maior visualização do que poderia ser. No momento, torcia para que fosse apenas um daqueles morcegos estranhos.



Teste:12+ 1D20 => 12+ [ 19 ] = 31

No momento em que N toca o ferro da escada, o percebe tão frio que lhe dói os dedos. Era como segurar-se em uma escada feita de gelo puro. Assim que desce os primeiros degraus, a escuridão engole o samurai, e N tem duas supresas. Primeiro, o som altíssimo que vem lá de baixo, abafado por outro cômodo "Zzzzaaaargh!!". Segundo, sua escada se torna muito lisa, como gelo derretendo, o que dificulta a pegada, fazendo suas mãos e pés escorregarem, enquanto ele tenta se segurar o melhor que pode. Ele não fazia ideia do tamanho da queda, mas a luz que iluminava o solo lá embaixo lhe indiva cerca de 15 metros. Para muitos, uma queda fatal.
Role um teste de Equilíbrio + 1d20

Quando Gwen olha para cima, o suor frio é inevitável. A bocarra norme aberta sobre sua cabeça se fecha no ar com violência, por um fio não lhe decapitando, não fosse sua percepção e reflexos bem treinados. A criatura lhe desafia, num audível "Zzzzaaaargh!!", que libera no ar um hálito fétido de podridão. Gwen nota primeiro as oito patas enormes, depois o bulbo monstruoso que compõe a trazeira de seu corpo, de onde saem dois ferrões que mais parecem presas tamanho seu volume. Da enorme mandíbula venenosa, você vê surgirem dentes afiados e dois ferrões gigantescos, negros como a morte, de onde escorre uma secreção esverdeada.
Porém, um fato ainda mais peculiar toma Gwen de assalto. Assim como aqueles morcegos, a aranha possuía pelos e exosqueleto completamente azuis, alternando com um tom de roxo agourento. Não fosse pela coloração, Gwen poderia identificar aquela como uma Tarântula do Abismo, uma espécie muita rara encontrada apenas no coração de florestas malignas. O que mais a preocupavam eram três fatos. Primeiro, aquele era um animal extremamente violento e venenoso. Segundo, ele se alimentava de humanos, sua presa predileta. Terceiro, ele havia descido até o chão através de uma teia grossa e pegajosa, erguido as patas dianteiras em bote e estava prestes a lhe atacar.
[b]Pode agir livremente, você tem a iniciativa[b/]

- Por favor, povo da Cidade das Pobres Almas! Se ajeitem, precisamos nos organizar para que possamos protegê-los. Acredito que já conheçam a natureza dessa... - estava escolhendo as palavras certas, era uma dama, sabia falar para multidões, fazer brindes e todas essas coisas - manobra de proteção. Continuem mantendo a pequena das madeixas loiras em segurança, meus companheiros acreditam que o poço nos auxiliará muito!

Teste de Diplomacia:

Por algum motivo, havia ficado nervosa. Tinha gaguejado? Ou estava em dúvida sobre suas próprias habilidades? Aliás... eu estava agindo igual todos ali em cima, cheios de "vai dar tudo certo se me ouvirem, claro". Estava vacilante quando viu N jogar o corpo para dentro do poço.
Estava, afinal, se importando demais com aquele homem e torcia para ser apenas por Megan. "Oh, Eli, o que está acontecendo agora?"
Corro para perto do poço, arqueando o corpo para observar, dando ordens para Pixie:

- Pixie, faça uma revista no perímetro. Vá com CAUTELA, por favor!

Olho a cena. Tento enxergar qualquer coisa.

"Preciso de luz aqui!" digo para o grupo atrás de mim.

"Caramba, esse lugar não é seguro o suficiente pra todo mundo ali encima" penso antes de me desequilibrar.

N: 1D20+2 => [ 11 ] +2 = 13

No exato momento em que o pedido por luz sai da boca de N, ele percebe, por instinto, que não funcionaria. O samurai não sabe dizer se aquela percepção era fruto de seu treinamento, ou se era um instinto humano, mas ele sentia que aquela escuridão não era natural, e certamente tinha como objetivo isolar quem entrasse no poço.
Sem aviso, N perde o equilíbrio, tanto se segurar o máximo que pode na escada fria e escorregadia, enquanto seu corpo se choca incontáveis vezes nas paredes de pedra áspera, o que o ajuda, de certa forma, a amenizar a queda. O encontro com o solo é doloroso, e N por muito pouco não parte a perna direita em duas. [-15pvs]
Quando se recupera, ele nota uma flecha iluminada cravada no chão, percebe os morcegos azuis que agora o observam por todos os lados, sem se moverem...e a porta escancarada atrás de si, de onde um fedor absoluto emerge.

Audrey não ouve nada vindo do poço. Nem som, nem odor. Ela sequer vê N.
As pessoas aceitam suas palavras, mantendo-se prontas para o que quer que aquele pessoal estivesse disposto a fazer. Fosse o que fosse que Gwen havia dito a eles, Audrey percebe que, em seus olhos, eles todos pareciam ter muita confiança no grupo...especialmente ao olharem para Megan e Liriel.

- ... N..? - digo, vacilante, olhando para baixo ainda.

"Ele está bem?"
"Quer, por gentileza, se calar, Audrey Eve?"

Meus pensamentos ficam ali, pensando no que teria acontecido dentro do poço. Tínhamos que encontrar o combustível... disso eu sabia:

- Pixie, você conseguiria me acompanhar na descida do poço? - digo, fazendo um sinal para ela - Preciso descer para resolver algumas coisas... sr Dakato, devemos descer por aqui mesmo, certo?

"N, dá próxima vez, manda o robozinho esférico ir na frente" sussurro para mim mesmo.

"Cuidado...com...a escada" digo para Audrey, mancando ao me levantar.

"Droga, isso aqui não tá certo. É...Audrey! Mande Pixie na frente, ele pode iluminar o lugar?" olho para minha perna, verificando a extensão de meus ferimentos.

"Acho que vou precisar da ajuda do Desmonde de novo" penso.

Saco a Nodachi da bainha nas costas e a coloco na minha frente. "Gwen!" chamo pela druida.

Pixie rodeia Audrey, assoviando no que a garota pensa ser um "sim". Audrey continua não ouvindo nada lá de dentro. Apenas escuridão.

N percebe que seus braços e costas estão bem doloridos, mas nada se compara ao inchasso em sua perna. Aquilio, porém, haveria de passar. Quando ele grita para Gwen, os morcegos se movem loucamente, e um deles passa rasante sobre sua cabeça, revelando ter uns 2 metros ou mais de tamanho. Falar alto ali não era uma boa ideia, N logo percebe.

Gwen, em meio ao combate, nota que uma voz familiar chama seu nome de fora da sala. O som, para sua sorte, distrai a tarântula do abismo, dando-lhe uma chance milagrosamente perfeita para agir.

Me sentia acuado. Odeio a escuridão, e esse momento só me faz lembrar da corrida do esgoto de Arsin que tive há poucos dias, mas que parecia ter sido numa vida diferente.

"O som!" penso. Tenho uma ideia.

Procuro por pedras no chão, qualquer objeto que possa fazer barulho ao aterrissar.
Pego uma das pedras e jogo na direção que vi o morcego voar.

A ideia é faze-los pensar que estou andando pra lá, quando ainda estou no mesmo ponto. Se são criaturas que agem na escuridão, elas se guiam pelo som.

A ideia de N se mostra completamente válida, quando sua pedra emite um som que ecoa, antes de ser agarrada e esmagada por uma das criaturas azuladas. A força daquelas garras era incomum.

Me agacho. "Ok, sei que eles podem ficar ali, naquela direção, mas tem algo na outra direção?" penso e olho para trás, do outro lado da escada.

Pego mais pedras e guardo algumas no bolso da camisa.

Jogo uma delas nessa direção contrária, visando mandar os morcegos num túnel que nem eu e nem Gwen estivéssemos. Tento me lembrar do mapa do lugar.

Continuo agachado.

N sabe que na direção que jogou a pedra, existe um imenso corredor, um caminho subterrâneo que leva para o subsolo muito à fundo, há uns 1300 metros em inclinação suave, cortando toda a cidade, dando no que deveria ser o coração do poço: um lençol freático. Os morcegos seguem a pedra e voltam a se pendurar no teto.

Faço mais uma tentativa antes de realmente me mover para o objetivo.

Jogo mais uma pedra na mesma direção que joguei a última e dou dois passos para o sentido contrário. Caso os morcegos sigam as pedras e não a mim, prosseguirei lentamente no corredor, lançando pedras para desviar a atenção de mim enquanto me movo.

N arremessa uma pedra na parede atrás de si, atraindo um grupo enorme de morcegos, que passa muitíssimo próximos de sua cabeça, as garras rasgando o ar. N, então, percebe que um passo errado lhe custaria a vida. Era como jogar Shogi no escuro.
O corredor se estende largo e profundo à sua frente e, quando se vê envolto pela escuridão, N percebe que não possui nada para iluminar seu caminho, até que olha para trás e percebe que a luz que lhe era provida vinha de um ponto no chão, lá atrás: uma flecha encantada.
Role um teste de Sneak+1d20

Subo na beira do poço imitando um gato na leveza da estripulia. Dou mais uma olhada tateando a beirada em busca de alguma corda ou escada que desse para ser utilizada.

Audrey consegue enxergar uma escada de metal enferrujada em uma das laterais. Apesar da aparência ancestral, ela de alguma forma parece bastante presa à parede, e resistente. Pixie a acompanha, automaticamente acendendo o que Audrey identifica ser uma lanteira de arcanina, que parte de seu sensor de reconhecimeto visual.
-Tome cuidado, jovem dama - diz Liriel. - Se não emergirem em vinte minutos, eu mesmo descerei.

Me movo para pegar a flecha iluminada, mas meus movimentos ficam desajeitados. Ergo Risco, esperando o pior.

N: 1D20+2 => [ 5 ] +2 = 7

(Sneak é Destreza né? kkkk)

- Oh, obrigada, lady Pixie! - encaixo meu corpo segurando com firmeza o aço da escada - Obrigada pela preocupação. Estaremos de volta logo!

Inicio a descida com mil ideias passando pela mente. Agora também pensava na mulher tão bonita com o nome de Gwen. Ela parecia um ser protetor das florestas. Podia até imaginá-la envolta em ramos e rodeada de ninfas e dríades!
Aqueles pensamentos me faziam sentir mais tranquilidade. Fosse o que fosse, eu tinha motivos para voltar e por isso que conseguiria.

(Sim, seria um teste com a perícia Furtividade, você rolou certo)
N agarra a flecha, tirando-a do chão, quando percebe o deslize, e vê o que parece ser um enxame negro de garras e presas que dispara em vôo, guinchando, em sua direção.
Role um teste de Reflexos e faça sua ação, independente do resultado

Conforme desce pela escada, Audrey tem a arrepiante sensação de ser engolida por uma escuridão quase palpável. Lá embaixo, há mais de dez metros, ela vê uma luz que parte da esquerda, e uma porta escancarada à direita. Então, para seu horror...as barras de ferro da escada se tornam quentes como brasa.
Audrey tem apenas um pensamento em sua mente, e isso lhe aperta o coração. Ela ia morrer. As barras eram insuportavelmente quentes...e a luz de pixie desaparecera.
Role um teste de Equilíbrio + 1d20

- Desmond, que tal nós irmos ver como está os preparativos? Falta pouco tempo para a operação e essa é a hora de corrigimos qualquer falha que possa existir.

* Pensamentos e lembranças de outras missões, fazem sua cabeça ferver num turbilhão de ideias *

-Vamos?
*Exclama dando uma levantada na sobrancelha esquerda*

Teste de Reflexos: N_snake: 1D20+3 => [ 2 ] +3 = 5

O ferimento na perna me prejudicou mais do que imaginava. Aquelas coisas me atacariam, estava certo disso, mas não deixaria que me pegassem sem derramar seu sangue.

Faço um corte de baixo para cima com Risco a partir do momento que vejo o monstro se aproximar (favor avisar caso tenha mais de um adjacente um ao outro pra rolar os ataques adicionais).

N_snake: 1D20+5+3 => [ 6 ] +5+3 = 14
N_snake: 1D10+3 => [ 6 ] +3 = 9

O corte de N atinge uma das criaturas, abrindo um talho em sua asa direita. Com o corte em cheio, ele dança com sua katana, cortando outro morcego (critico confirmado, os outros 3 se esquivaram). Porém, as outras criaturas disparam impiedosamente, em um ataque violento com as garras.
17,9,17,14 (dois atingiram a CA)
4,9 (13 de dano total. N está com -28pvs)
O samurai sente as garras penetrarem fundo em seus ombros, enquanto tenta se esquivar o melhor pode. Neste momento, N vê Megan, seu sorriso e ouve sua voz lhe chamando pelo nome. Ele não iria morrer ali. Ele não iria morrer no escuro como um inseto caçado por morcegos. Seu sangue ferve, e suas feridas, milagrosamente, param de doer (você desconhece a razão, mas acredita ser fruto de sua força de vontade e seu voto de honra como pai).
Havia 3 morcegos no ar agora, à sua frente, sobrevoando e prestes a atacarem novamente. N sabia que deveria ser cauteloso para não chamar a atenção de mais daqueles morcegos. A beleza do corte estava na fluidez...e isso era tudo que ele precisava.
N sente seu corpo leve, e o aperto no cabo de risco tem uma força incomum (todas suas próximas rolagens de ataque e dano ganham +4).

"Eu...não...vou...morrer aqui" penso, determinado.

Cerro os dentes e faço um giro com Risco.

N_the_antibatman: 1D20+3+5+4 => [ 16 ] +3+5+4 = 28
N_the_antibatman: 1D20+3+5+4 => [ 8 ] +3+5+4 = 20
N_the_antibatman: 1D20+3+5+4 => [ 8 ] +3+5+4 = 20
N_the_antibatman: 1D10+3+4 => [ 6 ] +3+4 = 13
N_the_antibatman: 1D10+3+4 => [ 9 ] +3+4 = 16
N_the_antibatman: 1D10+3+4 => [ 9 ] +3+4 = 16

Ataco os três morcegos com a fluidez de assassino que sempre me pertenceu.