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A canção do Rouxinol

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Mensagem por Aleleeh Qua Nov 11, 2020 4:10 pm

O Serpente meneia a cabeça conforme escuta Kirisame, Suijin e, posteriormente, as palavras diretas de Alejandro. Ele se recosta em uma parte mais alta da laje, onde inicia a suntuosa moldura do telhado pontudo do leilão - a parte difícil de aterrissar caso Patra não tivesse localizado a laje central. O cenho dele se comprime um pouco, como se fosse difícil falar sobre isso:

- Agora que temos tempo, me apresentarei. Sou Kohishi, mais conhecido como Serpente. Esta é a minha alcunha de guerra. Espero ter boas relações com vocês todos. E sobre sua oferta, seria realmente útil receber ajuda de vocês, caso seja possível.

Ele retira a máscara, mostrando seu rosto com cicatrizes e olhos quase verdes, barba pendendo para o grisalho. Muito sério, ele recoleta suas memórias:

- Há anos não escuto esse nome, a não ser pelas vozes em minha memória. Sozen-sama foi um sábio, de muitos anos atrás, num tempo distante. Lutava não só com sua força, mas com filosofia, até algo espiritual. Ele desenvolveu certas disciplinas na época das guerras feudais de Tamu-ra, ainda jovem. Isso aconteceu antes da obscura época da Tempestade Rubra aqui nessa terra. E foi nessas circunstâncias que o conheci. Um Sozen mais velho e que havia sido esquecido por seus companheiros.

Kohishi olha para a cidade, observando o movimento e a chuva finalmente minguar:

- Eu era novo no exército do Império e estávamos em um destacamento avançado, centro de Tamu-ra. Sozen estava auxiliando o general Ikizaru e com seu pequeno sentai, nos trazia informações dos vilarejos próximos. Estávamos guardando um Templo que já fora destruído. Acredito que era por isso que Sozen estava conosco, mas não fomos muito próximos. - ele pondera suas próximas palavras, claramente imerso em memórias difíceis - E depois disso... tudo é uma bagunça na minha mente. Estávamos ajudando a refugiar o povoado local... alguns estrangeiros juntos... eu corri com uma criança no colo, entreguei para uma senhora e pedi para que ficassem escondidos. Sozen-san estava comigo, disse alguma coisa sobre precisarmos rumar para oeste se queríamos nos preparar. Depois... sangue. Um som alto cortando o vento, e pânico geral. Vi Sozen lutar, acabamos na mesma região. Estávamos sofrendo um ataque, de ninjas. Tenho quase certeza que era um conflito civil que estávamos resolvendo. Mas... de repente, tudo ficou... não tinha mais lado. Todos estavam correndo por suas vidas. Essa foi a última vez que vi Sozen, criança.

Ele fica em silêncio, aguardando mais alguma pergunta.

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Após descansarem, vocês preparam suas armas, vestimentas, se secam e trocam informações úteis pela cidade. Kohishi conhece bastante de Chuushinbu e explica algumas rotas favoráveis para o grupo. Dali da laje vocês conseguem ver a enorme procisão no centro do mercado, que terminava no grande Templo de Lin-Wu. Fogos de artifício explodem nos céus vez ou outra, misturado à música e ao movimento da noite.

Novamente com ajuda de Patra, vocês descem do telhado por um lado mais oculto e estão novamente na rua. Vocês andam de maneira furtiva, embora disfarçados com a população, preferindo estar entre o enorme número de pessoas, andando rápido sem fazer muito contato visual com ninguém.
Nesse passo vocês cruzam o mercado que oferece uma infinidade de produtos dos mais variados e muita comida do festival. As vezes, crianças trombam com vocês ou seus ombros dão encontrão com ombros alheios e pedidos de desculpas rápidos são dados.

Com as instruções de Kohishi, vocês se misturam com a população, comendo algum doce, ouvindo a música até chegarem perto da borda do Mercado. O Serpente compra alguns suprimentos no caminho e, após uma hora, vocês estão fora da muvuca ainda que próximos ainda para ouvirem toda a festa com clareza. Ali vocês vêem o enorme templo de Lin-Wu e a grande procisão. Kohishi segreda a vocês que logo vocês estariam na velha estrada dos Corvos, um caminho pouco usado hoje em dia mas que tivera sido usado amplamente na época que ali não era a capital e sim uma das pequenas vilas do Império. Ali seria onde, possivelmente, encontrariam o carregamento do Imperador em algum lugar das imediações.
Vocês chegam a tempo de ouvir o discurso que está ocorrendo.
Uma espécie de narrador do festival efusivo descreve uma longa lenda permeada dos acontecimentos da Tormenta até aqueles dias de bonança e reconstrução, ocupado em entreter o público. A música e dança o acompanham:

- Agora, ouviremos o Sacerdócio de Lin-Wu, conforme nossos costumes!

O povo cochicha enquanto o velho sacerdote sobe junto de um muito jovem e altivo, provavelmente seu aprendiz:

- Povo de Tamu-ra! Lin-Wu os agracia com as mais perpétuas bençãos, força e perseverança! Com a honra caminharemos nesta era de Luz junto de nosso Dragão, guiados por seu conselho. Todos os 100 deuses dançam hoje, no Festival dos Céus! Que a colheita seja farta desde hoje em diante! Que o povo de Tamu-ra coma, beba e se sacie!

O povo vibra com essas palavras. Em seguida, o jovem vai até o palanque:

- E agora, vejamos a dança do Dragão! Que...

Uma enorme explosão. No palanque. Gritos por todo o lado, pânico geral. Os fogos de artifício disparam, claramente fora de hora em outro ponto da cidade. Enormes pipas começam a voar descontroladas pela área da explosão. No meio da cacofonia de sons, vocês reparam que vários pontos da cidade começam a surgir com incêndios e a mesma gritaria confusa. O Templo de Lin-Wu, ao fundo, apresenta uma figura de pé no telhado, acompanhado de outras pessoas. Todas equipadas. A figura em destaque levanta um enorme estandarte: Uma kosumosu (flor cosmo negra) em branco e preto com o miolo na cor de sangue como símbolo, balançando contra o vento.

Em questão de segundos, a cidade está imersa no mais completo caos. Barulho de metal, clangor de armas, gritos de mulheres, crianças, idosos. Homens correndo para proteger suas famílias, ou o mais próximo. O crepitar do fogo misturado com o som de música e instrumentos despedaçados, fogos de artifício e pipas alegres nos céus misturados com o cheiro marcante de pólvora e sakê. Uma espécie de guerra civil, no meio de um festival.

Vocês lutam para se desvencilhar da bagunça e se reorganizarem. No meio do caos, vocês se separam por longos instantes, mas felizmente se reencontram mais à frente, já perto da estrada. Com a calmaria completamente abandonada, vocês rumam logo, procurando rapidamente a carga. Uma carroça há 500 metros, sozinha. Um pequeno símbolo de lótus verde: deve ser do Imperador. Um homem agarra o braço de Suijin, o rosto demonstrando urgência:

- Vamos, vamos!

Kohishi se aproxima:

- Em nome do Imperador, diga seu nome ou saia da frente! - ele começa a sacar a espada.

- Kohishi, é melhor seguir para a carroça, agora!

O homem se dissolve diante de vocês como fumaça, como uma aparição. Alejandro acha que não era um espírito, mas não há muito tempo para pensar nisso.

Vocês entram na carroça e se dividem rapidamente, sendo que o Serpente vai para as rédeas do veículo e alguns de vocês entram. Ainda há um lugar na área do cocheiro. Ali dentro, a pequena criança, enrolado em cobertores e um semblante febril: Tekametsu. Vocês olham surpresos, e tentam comunicar sobre a confusão na cidade, mas a cara dele revela que ele estava à par.

- Teremos de confiar nos exércitos, estamos sem escolhas. Começaram a mover as peças cedo demais... Precisamos partir e realizar nossa parte logo.

O pequeno Imperador vai da preocupação para um semblante resoluto. Um olhar maduro, de quem viveu muito, impresso no rosto inocente de uma criança assustada e doente:

- Não temos escolha... - tosse - então, por favor, confio minha vida e de meu povo nas mãos de vocês.

Ele se curva para vocês, parte do corpo ainda enrolado em cobertas de seda.

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Os cavalos começam a acelerar com a rédea batendo em seus lombos, e, pouco a pouco, vocês deixam Chuushinbu no mais completo caos.
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Mensagem por Stein Qua Nov 11, 2020 8:36 pm

Organizo os suprimentos comprados no mercado durante nossa passagem, ajeitando minha mochila de viagem aos meus pés, já dentro da carroça.
Havia comprado:
Pedra de tinta (8Yo)
Papel x10 (1Yo)
Pincel (2Yp)
Kit de Medicamentos (50Yo)
4 x Bálsamo Restaurador (100Yo)
A adquiri uma Garrafa de Sake Kirin (que vale 5Yo) e provisões de qualidade para (1 semana)

Observo com atenção o ambiente lá fora. Era estranho como tudo se desenrolara tão rapidamente sem que pudéssemos sequer reagir... havíamos deixado algo passar despercebido.
- Se me permite perguntar, vossa Santidade - digo, fazendo um meneio com a cabeça ao pequeno Imperador (na verdade, é bem provável que eu esteja em meneio constante dentro dessa carroça, já que minha cabeça dificilmente alcança o teto sem tocá-lo haha) -, quem é o inimigo. Vimos seu estandarte, mas eu não os conheço...
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Mensagem por Bgelo Sex Nov 13, 2020 5:06 pm

Respondo a Koishi usando a umidade ambiente.

- Não tenho nenhuma objeção quanto a você se juntar ao grupo de minha parte, e espero também boas relações apesar de instável o grupo se molda com facilidade a qualquer adversidade somos como água aparentemente.

Escuto o relato de Koishi sobre o inicio da tempestade, e como aquilo se assemelha para todos que não sucumbiram a loucura, é como algo onírico...algo cinza esfumaçado e doloroso.

Registro tudo o que for possível e guardo na pasta do Serpente/Koishi.

Pego o kit básico de aventureiro (aquele que a gente havia ganho no inicio), repondo as coisas que estavam faltando, também compro um pouco de tinta e diluo ela com água para facilitar a comunicação, guardo o cantil de mais ou menos um litro na minha coxa esquerda.

Observo o festival contemplando e registrando, a espantosa capacidade dos mortais de ser recuperarem e encontrarem felicidade mesmo após terem suas almas e seu futuro dilacerados, são capazes de construir um novo futuro literalmente das cinzas dos ossos de seus antepassados.

Isso até a explosão ocorrer me puxando para a realidade, no mesmo instante que vejo as chamas começo a invocar água para apagar os incêndios mas sou impedido pela mão que me puxa e desaparece.

Com Kirisame ocupando boa parte da carroça e protegendo o imperador subo em Patra e acompanho (se for necessário deixo ela mais rápida). Fico circundando a carroça para proteger os flancos e as costas.

Estou sentado em posição de índio virado para trás enquanto Patra me carrega para frente .
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Mensagem por Igor Albuquerque Sex Nov 13, 2020 6:56 pm

Durante o relato de Kohishi, Sozen entra em total colapso tentando assumir meu corpo por completo mas não conseguindo devido a sua própria instabilidade, seu espirito fica tão inquieto que qualquer forma que ele tentava assumir ficava próxima de se tornar um extraño
Eu nunca vi algo assim antes, isso muito me preocupava.
Parecia que ele tentava dizer algo mas alguma coisa o impedia era meio místico, não sei dizer
eu conectei minha alma a dele e logo ele se aquietou e dormiu.
Não imaginei que ele fosse ficar assim, mas no fundo eu estava tranquilo pois ele estava conectado a mim e logo ele iria melhorar.
Assim que tudo isso passou olhei para o serpente sem esboçar reação alguma, mas também não intervi quando ele sugeriu de entrar na equipe.
afinal de contas o problema era entre ele e Sozen  o que eu pude fazer, eu fiz..... por enquanto.


Sempre gostei muito de festividades assim pois elas são carregadas de boas energias e muitos espíritos primordiais aparecem por elas.
Estava bem ansioso e atento para ver algum..... mas algo dentro de mim não estava tão confortável assim
com esse evento.
estava "vazio" não sentia muita presenças.......
a única presença forte que senti foi de uma gueixa que andava de maneira leve entre os vivos como se ela ainda se sentisse viva
um leque cobrindo parte de seu rosto e seu cabelo deixava a mostra apenas um de seus olhos
a mulher se aproximava lentamente de mim enquanto o peso sobre meus ombros aumentava cada vez mais
e o som do festival se tornava algo atordoante algo como chicotes e sei lá mais o que
barulhos no festival :
então ela abaixou o leque e tirou seu cabelo da frente que eu percebi que algo iria acontecer  
Seu rosto era deformado, será que era uma lefeu?
ela olhou para mim e eu gritou, foi alto e estridente como o rugido de um animal
e nesse mesmo instante a grande explosão aconteceu
e tudo que já não estava sendo fácil pra mim se tronara ainda mais caótico
em meio a toda a correria me perdi da equipe por alguns instantes
até que vi alguém colocando a mão em Suijin
Não consegui sentir se era um vivo ou não, só sei que a gueixa se aproximava de mim e ele sumiu logo em seguida.

Assim que entramos na cabine do pequeno imperador eu só consegui olhar para ele.... a energia que ele transmitia me deixava apreensivo.

-Pequeno homenzinho, você me parece doente! Eu posso ajudar, consigo te curar.... posso?



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Mensagem por Aleleeh Ter Nov 24, 2020 3:20 pm

Suijin viaja com Patra, cuidando da carroça pelo lado de fora. Kohishi toma a frente, na parte do cocheiro, estralando as rédeas nos dorsos dos cavalos. A carroça é simples, mas possui espaço para três sentarem ou, até mesmo dormirem. Revezando direito, o grupo poderia descansar na carroça. Se apertados, quatro caberiam, visto que o Imperador tem o corpo de uma criança de 9 anos, no máximo.

Ninguém os persegue. Felizmente, vocês conseguiram sair furtivamente - o suficiente para ninguém decidir verificar a carroça pelos próximos quilômetros.
Ao invés de suspiros de alívio, vocês são tomados por preocupações com Shinkyo, a capital. Um ataque surpresa, minimamente anunciado. No meio das festividades. Os atacantes aguardaram a hora mais lotada, o momento que o Matsuri encontrava seu clímax.

Alejandro se ajeita na boléia junto de Kirisame e o pequeno Imperador. Recostava, mais aliviado que qualquer um naquela carroça, percebendo alguns fenos que poderiam servir de apoio para uma viagem mais confortável.
A visão ainda o atordoava. Não era um simples espírito. Era mais como uma... memória. Quase como um sonho distante, porém, palpável. Lhe dava ânsia, náusea e medo. Um suador que demoraria a passar.
Aquilo, devia ser o retrato do medo daquelas pessoas na hora da explosão. Não, devia ser mais: era o espírito coletivo da destruição da antiga Tamu-ra. Seja lá o que estivesse acontecendo na cidade, um calafrio percorre o corpo do shinkan.
Tekametsu olha com um sorriso curto, com melancolia:

- Agradeço pela sua prontidão, shinkan. Fico lisonjeado de contar com bons corações na Shin'rang, porém, meu problema não é uma doença que possa ser curada assim. Sei que foi envolvido a mando de Nam Woo, o líder da Shin'rang, mas foi em primeira instância ao meu pedido e de meu seleto séquito que você se juntou a este grupo que conheci brevemente mais cedo neste mesmo dia. Estamos enfrentado um problema de estado e agradeço se mantiver esta mesma vontade para com o meu povo.

Palavras fortes e precisas para uma simples criança. Pelas vestimentas, pelo olhar, e pelo início de sua missão, você já devia ter sacado: aquele ERA o Imperador de Tamu-ra, a reencarnação de Tekametsu, no corpo de uma criança. As lendas mais recentes diziam isso, pelo menos. Que ele voltara como criança e, junto de seu séquito, governava o estado, abrindo sua sala para aventureiros e, as vezes, tendo audiências com eles em pessoa. Mesmo assim, era raro vê-lo. O povo, num geral, não o vira nos últimos anos desde que começara a reconstrução. E isso se manteria assim, dado o sigilo com que saíram em missão.
Você se lembra de ter sido recomendado por Nam Woo, para investigar o paradeiro do Serpente. Deveria encontrar outros, um trio. Terminou com uma dupla da Shin'rang e estava compondo o grupo agora junto do próprio Serpente que lhes prestaria um serviço.
Tudo girava em torno daquela criança estranhamente frágil, estranhamente imponente.

- Kirisame, certo? - diz o pequeno, virando para o grandalhão que se ajeitava na boléia. - Não se acanhe em perguntar nada, sim? Contudo, não tenho resposta precisa sobre isso. Ouvimos alguma coisa sobre isso, mas fizeram questão de me manter fora de alguns assuntos em nossas últimas reuniões.

Ele olha para as frestas na cortina antes do pequeno portão de madeira na saída da carroça, parecendo olhar muito mais além:

- Mas estão dotados de organização, símbolo e armamentos. Se eu disser que conheço ou me lembro deste estandarte, estaria mentindo. Porém... tenho uma sensação esquisita em meu peito. Estou esquecendo, pouco a pouco. Este meu pequeno corpo não poderá suportar esta alma por muito tempo...

Ele olha novamente, com olhos de criança.




A carroça singra pelas estradas por, aproximadamente, duas horas sem descanso, alternando entre uma trotada rápida e uma corrida compassada. Kohishi começa a diminuir o passo dos cavalos, afim de dar-lhes um descanso da longa corrida empreendida. Suijin se ajeita ao lado do Serpente no banco do cocheiro, descansando Patra também. Vocês pegam uma pequena garoa em algum ponto da viagem e, agora, estão apenas debaixo da luz
do luar e estrelas no céu negro, com raras nuvens aqui e ali.
Suijin e Kohishi vêem a floresta que os circundava e algumas casas darem lugar a enormes campos de plantação. Folhas de chá, arroz, árvores frutíferas, batata-doce. Muitos tipos de grãos, verduras, legumes, folhagens de diferentes tons. As primeiras, parecem limpas e uma aprte dos feixes continuam a crescer imponentes.
Outras, principalmente as de arroz, estão ceifadas e queimadas. Vários estandartes com o símbolo da Kosumosu estão fincados nessa plantação específica, uma com um dos maiores recortes que vocês viram. Corpos de agricultores estão espalhados ali.

- Vejo que diminuiu o passo. Onde estamos, Kohishi?

- Estamos cruzando as plantações imperiais, vossa Majestade Imperial.

- Quero vê-las.


Tekametsu puxa com os dedos o ferrolho, abrindo a janela em duas folhas. Ele observa, dando também visão para o grupo que está dentro da boléia verificar as plantações, os estandartes e os corpos.
Uma lágrima desce pelo rosto da criança, que fala apenas o suficiente alto para que o entendam:

- Que sejam guiados pelo sopro da justiça do dragão, e que a honra os tenha acompanhado aos portões celestiais.

Vocês encaram a realidade daquilo, nua e crua. Alguém estava atacando o Império, deliberadamente. Fria e calculista.
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Mensagem por Bgelo Ter Nov 24, 2020 9:01 pm

Ao perceber que ninguém estava nos perseguindo, peço para Patra se manter seguindo a carroça enquanto medito, descansar sobre Patra era extremamente relaxante afinal ela é uma nuvem. A confiança de Suijin em Patra era tanta que ele ignorou os pensamentos que vieram de que se ele fosse atacado o grupo só perceberia quando chegassem no destino.

Ao terminar minha meditação, vejo que Patra esta cansada, peço para ela me deixar ao lado do cocheiro e digo para ela descansar.

No momento da garoa crio uma pequena proteção para a chuva sobre a cabeça do serpente tipo um mini-guarda-chuva invisível, eu não tenho problemas em me molhar.

Observo os corpos que jazem pelos campos ao largo da estrada, penso mais uma vez na brevidade da vida dos mortais, e mesmo os que podem viver para sempre acabam mortos, até deuses maiores já morreram, penso naquele fragil corpo do imperador, outrora uma entidade impressionante de poder e imponência, agora preso a um corpo que não suporta seu próprio peso "Nascer pronto é uma dadiva da minha especie" - penso.

Escrevo.

- Kohishi, quão extensos tem sido os ataques ? Me parece pela festa anterior, que as pessoas não estão cientes disso, alguém esta tentando implodir o império antes que ele se erga ? Não só atentando contra a vida do pequeno imperador mas também contra a população em si... Isso é loucura. Logo não havera quem reconstruir, eles esperam se alimentar de cinzas ? É contra a logica. - Termino de escrever confuso.
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Mensagem por Stein Qua Nov 25, 2020 7:33 am

Aperto os punhos ao observar o massacre de dentro da carroça; de um salto, abro a porta oposta e saio veículo afora.
Sem dizer palavra, caminho até o campo, tomado por tristeza por aquelas vidas desperdiçadas. Essas pessoas não eram nobres engomados da Shin'rang, não eram escravos da honra... eram trabalhadores, pais e mães de família que deixaram filhos esperando em casa; filhos que eventualmente morreram de fome ou foram encontrados pelo inimigo e também encontraram seu fim ao encontro da espada. Nada ai estava certo.
Suijin tinha razão em calcular que era estupidez destruir a mão da lavoura, mas aquilo era uma mensagem, uma estratégia de guerrilha: "ninguém será poupado, ninguém é inocente aos meus olhos".
Me aproximo dos corpos, buscando por um traço de vida humana, algum sobrevivente nas casas ou no próprio campo que possa me dar alguma nota de informação. Não havia justiça no silêncio.
E eu só precisava de uma voz.
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Mensagem por Igor Albuquerque Qua Nov 25, 2020 10:03 pm

O imperador me elogiando?
Sempre que alguém cria algum afeto por mim, os espíritos o atordoam até que a pessoa se afaste.
Enquanto a viajem segue, aproveito e descanso meu corpo.
Depois de tanta agitação eu estava precisando me recompor.
Após um descanso até que relaxante, minha alma vibra fervorosamente, e todos se dirigem a janela da carroça  
O inferno
Aquela visão do massacre...
Os ruídos atordoantes voltam


ruidos:


Eu estava em completo desespero
Almas inocentes carregadas com o peso imensurável do ódio e da guerra vagavam como zumbis diante de todo esse cenário
E pra minha surpresa (ou não) a mesma gueixa que estava no festival dançava entre as almas perdidas.
Era como se ela estivesse em casa, ela dançava de forma ordenada e extremamente suave.
Era um espetáculo macabro seguido se um sentimento de desespero, misturado com raiva e melancolia que era quase tátil de tão poderoso
O que essa gueixa tem a ver com tudo isso será que ela uma manifestação desse "espírito coletivo da destruição da antiga Tamu-ra"?
- Vou, tent....
Emano um sinal espiritual de meu corpo como tentativa de se comunicar, ou pelo menos chamar atenção desses espíritos, mas antes mesmo de conseguir falar, Sozen acorda e percebe meu desespero com toda essa situação se aproveitando de minha fragilidade e tomando posse do meu corpo, deixando minha alma em um sono estranho.

POV Sozen

Alejandro é um bom garoto, não merece passar por isso. Além do mais, sinto que essa é a hora de zela por ele, assim como ele zelou por mim
-Olá companheiros, estou no corpo de Alejandro agora, me chamo Sozen, não queria que ele visse tamanha crueldade. Então deixei a consciência dele descansando. Eu mesmo vou acompanhar vocês por enquanto....

Desço imediatamente e acompanho kirisame
-Alejandro esta suspeitando de algo que o imperador falou. Antes de desmaiar, ele estava visualizando um espirito de uma gueixa, que o persegue desde o ataque no festival.
Ele acredita que seja o espírito coletivo da destruição da antiga Tamu-ra ou pelo menos uma manifestação dele. Sinceramente espero que ele esteja errado...



Por mais que esteja concentrado em ajudar o pequeno Ghersi, ainda me sinto tentado a conversar com Kohishi, sobre minha pequena girassol.....
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Mensagem por Aleleeh Qui Nov 26, 2020 4:37 pm

- Isso é tão novo para você quanto para mim. Na verdade... - Kohishi pondera alguns segundos, olhando os corpos com um olhar ligeiramente cansado e perdido - cheguei em Shinkyo uns dois dias antes de vocês me encontrarem. Fui resolver o tráfico dos itens conspurcados, como disse antes. Passei na Moyashi. A viúva é uma velha amiga minha e ela comentou algo, que dei de ombros. Achei exagerado, porque ela estava fragilizada. Ela me disse que tinha visto um grupo, que a periferia onde fica a Moyashi estava com muitos estrangeiros, gente de outras vilas. Muitas mesmo. E que na hospedaria do velho Komo chegaram armados, as armas escondidas. Me perguntou se tinha uma milícia nova na cidade. Eu disse que não sabia. Mas, a verdade, é que eu sempre fico sabendo das coisas, de uma forma ou de outra. Estava tão compenetrado em minha missão que não... que não investiguei o que estava acontecendo. Dei de ombros. Não fiz nada. E agora... - ele se cala, com raiva.

Kirisame caminha em direção da campina devastada, passando os olhos. Os corpos estavam feridos, alguns, com membros decepados, outros com lacerações de queimado, na cor de carvão.
Não havia cheiro de sangue ainda quente, nem de fogo, nem de fumaça. Aquilo tinha acontecido há algum tempo.

O pequeno Imperador percebe a mudança antes de Sozen se anunciar:

- Ajude-me, outro. Quero descer também.

Tekametsu passa por Suijin, e caminha lentamente até a beira da estrada:

- Algum sobrevivente? - tosse.

O Serpente se aproxima:

- Acredito que não, Alteza.

Kohishi se junta ao kaijin em analisar o local.

Sozen conta os sentimentos de Alejandro antes de ficar em segundo plano. Kohishi olha consternado, mas é mais um homem prático e estava com raiva. Ele passa por alguns estandartes quebrados, outros inteiros e fincados no solo escuro, parando perto de um dos corpos para analisar a origem dos ferimentos. Tekametsu, que está mais próximo, conjectura:

- Aqueles ligados aos espíritos desse mundo, vez ou outra e conforme a experiência deles entre os mundos se intensifica, podem ver além de espíritos que vagam ou visitam nosso mundo. Podem enxergar a personificação do coletivo, ver nascer a força espiritual advinda da própria vida cotidiana, dos desastres. Isso seria uma das explicações. Porém, desde que o Terror Rubro tomou conta de Tamu-ra, as coisas nunca são apenas o que são. Sinto muito por esta criança, o seu receptáculo. Há muito que já esqueci - ele tosse mais uma vez - mas existem coisas que sei, no âmago de minha alma.
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Mensagem por Stein Sex Nov 27, 2020 2:44 pm

Aperto a terra escura entre os dedos e respiro a fumaça mal cheirosa daquele lugar como se exercesse um tributo silencioso aos inocentes mortos.

"Hipócrita! Demônio! Sujo! Estrangeiro! Lobo Disfarçado! Dissimulado! Oni Mascarado de Sangue!"

- Eu sei o quanto vocês me odeiam - digo a Yuhei, abrindo os olhos, calmamente. - Mas se não fosse por mim, cada uma das suas almas teria partido para uma camada infernal. Nenhum de vocês morreu em paz, assim como essas pessoas, e as leis celestiais não seguem a moral humana. Vocês sabem o destino que teriam. Vagantes do Mundo Físico ou Lamentadores dos Domínios Inferiores. Vocês podem me odiar e me julgar, assim como os vivos o fazem. Eu lhes dou chance de viverem através da minha arte. Através de mim, vocês têm nome e voz cortante. Berrem e chorem o quanto quiserem! Mas a espada de vocês sou EU, e não o contrário, e se dependesse de mim... toda essa terra escura habitaria meu interior e eu seria a força da justiça que buscaria significado em suas mortes prematuras.

Empunho a espada com delicadeza, como uma oferta, e penetro Yuhei no solo até que a empunhadura negra toque o chão calcinado, como se para beber o "sangue da terra". Se algo existia ali e buscava por justiça através de mim, Yuhei seria sua moradia, e eu seria sua força de redenção.
Eu não era um Shinkan, eu não via o mundo espiritual, mas eu o ouvia e o atraía de forma muito mais violenta que um mortal comum desejaria para si mesmo. Talvez, junto de Alejandro, eu pudesse entender mais.
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Mensagem por Igor Albuquerque Sex Nov 27, 2020 10:06 pm

POV SOZEN
Olho para o grande homem carregado de boas intenções.... mas não bons meios.
-Olha meu, caro colega espero entenda o que estou prestes a te mostrar quero que veja com os olhos de um shinkan o outro lado.
coloco a mão de Alejandro em sua cabeça e desperto suavemente sua consciência, o suficiente para ter acesso ao seus dons

skills:


A canção do Rouxinol - Página 12 Kanchi10



Hm? o que é isso? Alejandro esta despertando?
A aura desse homem foi capaz de acorda-lo por completo de um sono no qual ele quis estar........ curioso
Essa energia é tão poderosa que esta me pressionando


POV ALEJANDRO
Meu sono acaba com um forte estrondo de aura me puxando de volta para minha consciência, foi mais forte que eu. Até Sozen foi impactado com essa energia.
Já entendi o que esta acontecendo é o....
-KIRISAME!
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Mensagem por Bgelo Dom Nov 29, 2020 4:51 am

Antes de Kouishi falar com o imperador respondo escrevendo.

- Teremos tempo para vingar isso no futuro, não devíamos parar aqui, pelos meus cálculos eles podem nos alcançar a qualquer momento ou ainda podem estar aqui ocultos... seria muito desvantajoso, o luto deve vir depois de resolvermos a situação do imperador, pois nesse passo logo sera um imperador sem império ou império sem imperador caso o tempo dele acabe antes de resolvermos.

Analiso a fala de kirisame e vejo que a percepção dele dos planos espirituais divergem a crença reencarnatoria de lin-wu, isso deve ser influencia dos seus contatos com o mundo fora de tamura. A aura que Kirisame emana é realmente intimidadora e pesada.

No mais fico reservado, atento para os arredores, guardando para analise posterior todo aquele momento.

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Mensagem por Aleleeh Ter Dez 01, 2020 6:30 pm

A visão, primeiro, embaça. Depois, começou a se esbranquiçar, acinzentar e ganhar novas cores. Por cima das cores do mundo normal, uma espécie de seda muito mais fina em comparação com qualquer seda imperial que você já tenha visto. Perto de alguns corpos, estão seus respectivos espíritos. Em outros corpos, só há o corpo solitário.
Kirisame os observa, olhando para ele e sua espada.
Ao redor da espada, uma aura avermelhada, enegrecida pelo tempo. Forte, poderosa, magnética e repulsiva, tudo ao mesmo tempo. Os espíritos da espada mal conseguem se manifestar como indivíduos, mas como uma grande energia que tomava forma e bruxuleava ao redor das espadas.
A espada fincada ficou silenciosa, fazendo o solo ao redor ficar da mesma cor da aura que agora o kaijin via.
Alejandro observa o mesmo, na mesma intensidade, mas com maior familiaridade. Sentia o próprio espírito de Kirisame, sua cor que era suave - como de uma criança - dentro de uma casca grossa de raiva - de alguém que viu e sentiu demais.
Suijin não vê o espetáculo de cores, espíritos e formas, mas sente a grande energia que era dispersada e ajuntada em proporções muito equilibradas. Sentia os elementais flutuarem, decidirem, analisarem, e captarem a pulsação da vida, da morte e das energias daquele mundo vasto. Pensa no que os dois estariam vendo naquele momento, a diferença de suas percepções e como poderiam se complementar. O mashin também se lembra de suas últimas leituras que lhe deram várias percepções sobre a religião de Tamu-ra. Embora o séquito de Lin-Wu envolva a reencarnação como uma grande base, os celestiais abençoavam e comportavam as almas de forma diferenciada. Lin-Wu, em algumas histórias, pessoalmente soprou espíritos para locais celestiais ou abissais, como forma de justiça e correspondência da honra. Existiam nuances ainda mais profundas no mundo espiritual, que nenhum de vocês, mesmo Alejandro, conheciam. Porém, na prática, Suijin podia calcular que a maioria dos espíritos reencarnavam e, que outros, nunca foram nada além do que são: espíritos. Nasceram e continuariam assim. E mesmo entre os espíritos, existia uma infinidade deles, de formas diferentes e com castas distintas. O shinkan podia explicar um pouco melhor, mas ainda assim, ele era um tipo de shinkan muito mais intuitivo e carregado de emoções complexas.
Alguns, atormentados, começam a caminhar e se misturar com as cores da espada. Uns reclamam dos últimos acontecimentos. Outros, se aproximam da espada como mariposas buscando uma vela, necessitando da Yuhei. A maioria vem direto do solo como um fio de cabelo sendo arrancado do couro cabeludo.
Alejandro e Sozen vê o espírito de uma criança, um garoto mais ou menos do tamanho de Tekametsu. Ele segura a mão do shinkan, e você até sente o calorzinho dos dedinhos. Ele coça os olhos, levantando a cabeça e vê os dois o observando:

- Estou com muito sono. Acho que vou dormir e acordar mais tarde.

O garotinho, ao invés de se juntar aos espíritos na procissão da espada, se mescla com o ar e, pouco a pouco desaparece como se jamais tivesse estado ali.
Kohishi está agachado, analisando os corpos. Ele parece sentir o que está acontecendo, mas prefere não ver. O homem mexes nas vestimentas, observa feições, e anda até o estandarte, quebrando alguns com os próprios punhos.
Tekametsu para próximo de um pequeno pingente de Lin-Wu no chão, na cor de Jade. Ele o pega, esfregando o dedão delineando o desenho do pingente. Ele dá mais alguns passos, indo mais fundo na campina.
O pequeno Imperador parece fazer uma prece, mexendo os lábios rápido e pensativo.
Kirisame e Alejandro conseguem ver a aura de Tekametsu. Ela é diferente de tudo. Completamente volátil, ela é puro poder, autoridade. As vezes é pequenina e logo se expande. Vocês sentem algo próximo de frio da barriga enquanto ele realiza sua prece - que para Suijin se assemelhava a uma recitação poética.






Vocês passam longos minutos naquilo, até que as auras se acomodassem na espada ou dispersassem em lugares distantes daquele mundo.

O Serpente volta, olhando para Suijin:

- Você tem razão, garoto-máquina. Estamos expostos - ele olha para o Imperador, preocupado - mas, nos foi útil parar aqui. Além de prestar nossas condolências, consegui duas coisas: esta ponta de flecha. Todos os corpos estão cuidadosamente limpos, mas esqueceram este fragmento. Isso nos responde se são organizados e a resposta é sim. Tomaram cuidado, viraram os corpos com o rosto no chão, cortes limpos, apesar da influência. Tem pouco sangue. E já faz tempo, estimo um dia e meio de diferença.

- Pode ter sido a última parada deles antes de Shinkyo.

- Exatamente, Majestade.

Ele entrega nas mãos do mashin a flecha.

- O estandarte deles não foi improvisado. Isso posso dar certeza. Foram confeccionados com cuidado.

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Mensagem por Stein Ter Dez 01, 2020 7:30 pm

Kirisame rolls 1d0+15 = 19  #Vontade
Kirisame rolls 1d20+9 = 25  #Fortitude

- Wow... pronto, pronto, passou - empunho Yuhei, enquanto os tremores da arma se aquietam, como uma criança que respira mais devagar e retoma sua tranquilidade habitual. - Então, é assim que seus olhos funcionam... - Digo a Alejandro, sorrindo com sinceridade. - Interessante, obrigado por me dar a oportunidade de ver o mundo como você vê.
A imensidão de Tekametsu toca fundo em mim, não apenas porque meus olhos vêm, de fato, Sua grandeza, mas porque a mera presença daquela criança (Deus! Imperador! Louvado Seja!) remetia a coisas dúbias em mim, coisas que me lembravam do passado, coisas me lembram dos erros e do que eu era por nascimento (Lefou! Kaijin! Filho da Tormenta! Demônio!), sem nunca ter desejado. Ainda assim, eu abraço minha essência, à presença de Tekametsu, e abraço Sua luz como guia.
Enxugo as lágrimas nos olho, embainho Yuhei.

- Fizemos o que era preciso aqui. O que poderíamos fazer estando todo esse povo morto, quero dizer... desculpe, não tenho um termo mais leve pra isso. Temos uma demanda em outro lugar, não quero perder tempo... o que aconteceu aqui, pode acontecer por toda Tamu-ra se não nos apressarmos.
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Mensagem por Bgelo Qua Dez 02, 2020 5:08 pm

Enquanto observo da carroça o que ocorre entre Alejandro e Kirisame, conjecturo sobre a cosmologia de tamura revendo alguns conceitos com base em livros mais recentemente lidos chego a conclusão de que Kirisame não esta errado e penso.

"Mesmo tendo muitos livros e cultura acumulados se eu não for capaz de relacionalos de nada adianta, no fim esse é o serviço da consciência"

Escuto as palavras de Koishi e analiso a situação o local e tudo mais como se estivesse passando um scaner

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Analiso bem a flecha para ver se identifico onde foi feita e também busco por magias e vestígios.

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Mensagem por Igor Albuquerque Qui Dez 03, 2020 9:58 pm

Tantas emoções, tudo muito confuso e complexo.....
teste:
Meu corpo é meu novamente
-Kirisame, espero de verdade que você tenha entendido o que eu sinto em relação aos espiritos.....


Olho pra Yuhei profundamente e penso em todas as almas que eu poderia ajudar a guiar para o devido lugar delas.

-Pelo visto o grandão esguio ja viu que por aqui nao temos mais o que fazer aqui, acho que deveriamos seguir viagem.....




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Mensagem por Aleleeh Ter Dez 08, 2020 5:07 pm

Suijin pega nas mãos metálicas o pedaço de flecha.
A primeira coisa que observa é seu formato pouco convencional: lembrava uma peça retorcida por um furacão, ao invés de apenas um triângulo puxado em seu centro. Tinha uma espécie de asa como um arabesco que, certamente lhe conferia a propulsão desejada. Ela é esculpida com maestria, feita não da ligação de duas ou mais peças, mas projetada numa peça inteiriça desde o início - ou seja, não se partiria em um acidente com peças desmontadas. Ela se quebraria apenas com um bom golpe. Durável, rígido.
A seta é negra e lisa, com um desenho leve esculpido nela afim de criar sulcos - isso melhoraria a perfuração e fincaria muito mais a flecha nos músculos, carne e romperia tendões com mais facilidade. Era feita para machucar por mais tempo do que as flechas comumente utilizadas.
Uma vez dentro, ao ser puxada causaria mais lacerações. Um tipo de arma não só para matar, mas para fazer sofrer no processo.

Mesmo com todos os seus conhecimentos de Metalurgia, parecia não ter sido feita por nenhum ferreiro que você tivesse ouvido falar. Porém, pela escolha do ferro-argila, poderia significar que fora feito à Noroeste do território de Tamu-ra. Os povos daquelas regiões costumavam utilizar esse tipo de ferro que era muito moldável enquanto molhado - como argila. Depois de seco em altas temperaturas se tornava praticamente indestrutível - como o mais puro e duro ferro.
Não costumava ser utilizado em grandes quantidades, e sim em pequenas partes de espadas ou construções para assegurar que durariam mais.

Seta:


Alejandro e Kirisame se encaram por alguns segundos, não mais como se fossem completamente estranhos um ao outro. Agora, um de vocês havia experimentado as sensações que o outro tinha. Graças a isso, o shinkan começava a compreender melhor como era a alma do kaijin.
Sozen parecia à deriva agora, guardado em sua mente. Você consegue sentí-lo e a compatibilidade entre suas almas ressonavam como uma música. Unidos por uma espécie de melancolia, e um grande senso questionador, talvez uma busca por justiça. Ainda assim, havia as partes que distoavam como notas que não se encaixam numa música longa e demorada.
Era a primeira vez que um espírito se comportava assim por tanto tempo com você.
Então, sua mão acende em uma marca parecida com uma tatuagem abaixo de sua pele. Como se tivessem tatuado em sua alma e não em seu corpo.

Tatoo do Alejandro:

Um girassol quase apagado.





O grupo retorna para a carroça, certificando que Tekametsu estava seguro. O pequeno Imperador se ajeita com as cobertas e logo vocês estão de volta à estrada. Ele comenta, após alguns minutos:

- O exército não é tão grande quanto na Era passada, antes do Terror Rubro tomar este país. Ainda assim, tem homens e mulheres de confiança. Gente treinada que faz bem seu serviço à pátria. - ele observa pela pequena janela que dá pra área do cocheiro, vendo as costas de Kohishi e Suijin - É triste que tenha sido durante uma comemoração. Um Festival que pensamos com carinho para a população se acender em alegria. Era o primeiro ano em que a terra deu plantações boas do início ao fim. Sempre tínhamos problemas com pragas e com a terra que, com a chuva e escavação demonstrava sinais vermelhos e terríveis. Raízes que desciam fundo e eram completamente trituradas e transformadas em pedras pelo terror aberrante. Uma coisa horrenda e que assustava os agricultores. Foi uma época difícil, nesses últimos anos, mas o povo lutou para reconstruir a cidade e criar Shinkyo. O marco da nossa reconstrução, o mercado de Chuushinbuu, o Porto Tsuki, o grande templo de Lin-Wu, o prédio da Shin'rang. Grandes construções e casa para o povo. Comércio. Oportunidades. As vilas ao lado cresceram junto de nós e conseguimos abastecer aos poucos cada vez mais vilas ao longe, seguindo por Litoral.

Ele pausa, perdido em pensamentos.

- Tomei cautela com meu corpo infantil. Fiz reuniões apenas com aventureiros escolhidos e com homens certificados do exército, ou das casas nobres. Não saía mais para a cidade com a frequência desejada. Quando saía, precisava do comboio, das vestes e máscaras oficiais. Se o povo ficar dividido, a cidade não é edificada. Muitos podiam interpretar errado o Imperador ser uma criança. Escolhi homens e mulheres de confiança para cuidarem dos meus assuntos. Serem meus olhos, ouvidos e bocas onde era preciso. Foi depois de uma noite, de um sonho desconexo e terrível. Levaram o corpo do Tekametsu para o palácio. Estava em torpor no jardim. Imagine. Nada podia despertá-lo.
Eu estava me sentindo estranho há dias. Perdendo memórias e sentindo dificuldade em usar minhas dádivas. Tive dores de cabeça intensas, dormi por muitas horas. Ninguém sabia o que fazer, como despertar, o que explicar. Virou um segredo de estado e fiquei enfermo não muito tempo depois.
Eu mesmo sinto que ele sou eu. Que somos o mesmo. Porém, pouco a pouco, começo a não me sentir eu mesmo. Disassociado de quem sou, do passado antes do passado. Estou me tornando outra coisa, e aquele corpo continua definhado lá.
"É por isso que deixo meu povo para trás, apenas por um instante". É isso que estou dizendo, e no que acredito. Não acho que esse ataque esteja desconectado de tudo isso. Apenas não entendemos a ligação das coisas. Algo profundo está se levantando e preciso agir enquanto há tempo. Quero que confiem em mim, embora seja uma criança enferma que precisa de cuidados. Preciso que me dêem mais um voto de confiança diante de tudo isso. Ergueremos o Império não para o ego dos nobres, mas para toda a população de Jade. Toda Tamu-ra precisa disso. Precisamos nos manter unidos e caminhar para o futuro.
Desejo ver o meu povo, como ele é, nos locais em que vivem. Enquanto tentamos solucionar o problema do corpo, quero conhecer de novo Tamu-ra, me reconectar com esta terra. Entender o que Lin-Wu viu e o que ele tenta me mostrar aqui.

Todos vocês ouvem as palavras de Tekametsu. Ele era um ótimo orador, mas não apenas porque era eloquente. Era porque tinha sinceridade genuína no que falava. Algo a mais.




A carroça avança por mais algumas horas na estrada e o sol começa a nascer no leste e despontar com seu fulgor e vida. Agora, a paisagem que era parte breu, parte iluminada pela lua alta, ganhava cores diversas iluminando o mundo ao redor.
O Imperador dorme, com um rosto pouco tranquilo.
Todos vocês revezam e conseguem descansar, totalizando em torno de 6 horas de sono para cada grupo que se aconchegava na boléia.

Kohishi diminui o passo dos cavalos em determinado ponto e requisita um mapa. Tekametsu que agora está acordado, fornece para o grupo um ótimo exemplar, oficial.

Vocês fazem marcações, se localizando. Após alguma conversa, vocês vêem uma área que poderia abrigar um vilarejo. O Serpente comenta que pode ser a velha Sazasaki, que vocês marcam como uma possível parada utilizando um pequeno marcador de argila arroxeado.
O cálculo para chegar na próxima parada eram de mais 7 horas de viagem, por conta do terreno difícil das antigas estradas. Ali vocês poderiam reabastecer, descansar e decidir a próxima parada.

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Mensagem por Stein Ter Dez 08, 2020 6:48 pm

"Ergueremos o Império não para o ego dos nobres, mas para toda a população de Jade"
As mesmas palavras que meu pai usara na noite que me deixou em casa, febril, aos cuidados de uma serviçal. O batalhão enviado para combater forças aberrantes que ameaçavam invadir nossa vila jamais voltou, bem como o meu velho. O que recebi em casa, três noites depois daquele dia, fora uma massa vermelha de horror e membros desconjuntados, afiados como navalhas, com olhos vermelhos que adornavam o tronco, mas não o próprio rosto, sem face, o qual me causara um momento de insanidade que me assombra os pesadelos até os dias atuais.
Virei as costas para minha vila, invadida pela ameaça lefeu, sob comando de algum bruxo rubro que invocara seus mestres macabros por puro fanatismo e desejo corrupto de grandeza. Ninguém sabia o quê ou quem o bruxo queria em minha vila, mas todos que sobreviveram se recordavam dos campos queimados com fogo que não era fogo, de sangue derramado que enegrecia a terra e pulsava vivo, de casas que assumiam formas animadas com olhos e bocarras tétricas como uma paródia em escárnio às dádivas de Lena. Bendito fosse Lin-Wu porque minha mãe falecera no meu parto e meu pai morrera em combate, e nenhum dos dois presenciou nossa vila naquela noite, sendo assaltada por forças irrefreáveis, como eu o fazia, em segurança e ao longe, com tantos outros que fugiram e deixaram o horror para trás junto de todos os seus pertences, às pressas.


- Eu sei o que esse povo vivenciou aqui, pois eu mesmo quase sofri o mesmo destino - sorrio para a fala do Imperador, a fala que lembrava a última noite que eu vira meu pai. - Ergueremos o Império não para o ego dos nobres, mas para toda a população de Jade. - aceno em afirmação. - Aponte uma direção, meu Senhor, e minha lâmina varrerá os campos por essa vereda como uma extensão da Sua vontade. Ainda que seu corpo atual seja frágil, considere-me como um de Teus membros. - Meu pai acreditava em Tekametsu e me contara coisas impregnadas em minhas lembranças para sempre. Se alguém era capaz de retomar a glória de Tamu-ra, que via o povo não como peões, mas como parte fundamental de seu Império, este alguém era essa criança. Esse Deus-imperador, aprisionado à sua existência atual.
Assim como eu, um kaijin, aprisionado a uma existência que não escolheu... mas que usaria tudo à disposição para fazer sua parte.

Retiro a armadura e descanso durante nossa viagem morosa até o destino que no aguardava, acordando apenas para realizar a minha parte da vigília. Já desperto, enquanto avaliamos o mapa, sinto um calafrio ao observar como rankami era apenas a entrada de uma enorme mancha vermelha que cobria aquela região. "A Sombra da Tormenta", era como os Onimushas chamavam aquelas manchas rubras nos mapas, denotando as áreas dominadas pelos invasores aberrantes.
- Nunca estive em Sazasaki - comento, pensativo. - Mas receio que nosso equipamento atual pode não ser o ideal para nossa contenda, e eu ficaria mais tranquilo em dar tratamento especial à minha armadura, e talvez até à Yuhei. Dizem que vilarejos e cidades que orbitam uma área de tormenta aprendem a combater os invasores e desenvolvem técnicas de forja bastante peculiares. Se esse for o caso de Sazasaki, tenho particular curiosidade por nosso ponto de parada. Creio que Alejandro e Suijin possam se beneficiar de maneira semelhante.
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Mensagem por Igor Albuquerque Qui Dez 10, 2020 1:19 am

Nunca fui muito de viajar, engraçado né? as vezes eu me sentia mais preso que os espíritos que me rondavam
hmmm... será que eu preciso de um pouco mais de humanidade? talvez expressar melhor meus sentimentos?
É tudo tão internalizado....
Eu estou literalmente diante do imperador que emana uma aura muito intrigante, preciso pensar melhor nisso.
Aparentemente nossa viajem será longa, e não sei se sera cercada de alegrias
Acho que vou aproveitar o momento pra saber melhor com quem eu ando

-Bom, niñito (digo ao imperador) sendo você uma pessoa do nível que é e tudo mais. Por que vc habita esse corpo tão.........niñito?
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Mensagem por Bgelo Qui Dez 10, 2020 3:45 am

Patra esta voando em sua forma humanoide de tamanho minusculo (ela consegue moldar o corpo soltando ou ingerindo ar) observando tudo e achando tudo curioso. Sempre se mantendo afastada de Kirisame, a aura de sua arma lhe dava medo.

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Suijin: Analiso a seta e calculo que provavelmente foi feito pelo povo que vive em noroeste de Tamura no pré guerra, aonde esta localizada a região de Shirokita hoje em dia. Escrevo sobre essas coisas para Koishi. Em seguida a guardo para pesquisas posteriores ou uso em batalha.

Observo o girassol apagado que surge no braço de Alejandro e me lembro dos campos de Akeno (Sul de Rakami [se for se basear no mapa do japão vs tamura]),  os girassóis sempre representaram a vida e a alegria, a perseguição dos um sonhos como eles perseguem o sol todos os dias, talvez esse girassol venha para mostrar a esperança que mesmo que esteja se apagando ainda existe. Paro por alguns segundos me lembrando do "Samurai com cheiro de Girassóis" que causou problemas para a Yakuza por anos em tempos passados...Kariya Kagetoki era seu nome.

A canção do Rouxinol - Página 12 4417494-kagetoki

Escuto o discurso do antigo-jovem-imperador guardo aquilo, aquelas palavras eram importantes, tudo o que aprendi e vivi até aqui me mostra que aquele menino é a própria tamura, um espirito poderoso num corpo fragilizado, temos que expurgar o mal que vive nesse lugar.

Durante a viagem sempre que possível trabalho no gerador arcano, sem ele não consigo acessar meus poderes completos.

Ao escutar que a viagem demoraria pelo terreno difícil Patra e Suijin se oferecem para carregar a carruagem, se chegarmos mais rápido lá teremos mais tempo para descansar apropriadamente e poderemos aprender mais.

Concordo com Kirisame sobre o ponto de parada seria realmente bom para colher dados mais objetivos de enfrentamento da tormenta e talvez terminar de trabalhar com o meu gerador.

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Mensagem por Aleleeh Qui Dez 10, 2020 11:27 am

- Após a batalha final que encerrou a era passada e iniciou esta era em que estamos, o Tekametsu anterior reuniu uma imensa massa de poder capaz de transportar um bairro inteiro, junto de sua população para o continente de Arton. Isso é o que dizem. Não consigo me lembrar de todos os detalhes dessa história, infelizmente.

Tekametsu pausa, pensando em suas próximas palavras:

- E foi aí que despertei, no sul de Tamu-ra, próximo de onde hoje é o Porto Tsuki. Estava deitado na praia, com este corpo ainda mais jovem, por volta de cinco anos na idade comum. Fiquei desnorteado por algumas horas e completamente sozinho. Foi quando as memórias de eras se passaram na minha mente. Comecei a entender o tamanho de quem fui, o que fui. Reencarnei.
Iniciaria minha nova jornada por este mundo, enquanto lembraria da minha existência passada e daria continuidade à ela. Fiquei um tempo sozinho, até que retornasse meu povo pelas águas. Todos me reconheceram, dos que desembarcavam e comemoravam o milagre.
Porém, eu estava aturdido e perturbado em meu íntimo. Principalmente ao encontrar Sooyah, a Favorecida do Império. Jigoku, meu antigo amigo, foi essencial junto da Favorecida, para que eu me adequasse ao meu novo eu. Me sentia perturbado, sim. Contudo, sentia-me seguro com eles ao meu lado e graças a esta ajuda conseguimos reestruturar Tamu-ra e iniciar a construção de Shin'Yumeng, ou Shinkyo, a capital de nosso arquipélago.
Os últimos anos foram promissores. Minhas memórias voltavam e me sentia cada vez mais completo. Via meu povo recuperar a alegria e isso me enchia com esperanças. Tomei providências, abri portas para os gaijins, incentivei mudanças para que o povo de Tamu-ra também se renovasse. Que tudo reencarnasse para melhor.
Foi assim até o corpo chegar.

Alejandro conecta as histórias. Sempre ouvia falar que o Imperador era uma boa pessoa e tinha mais de 500 anos. Por isso sua surpresa fora grande ao ver que era uma pequena criança. Pelo tamanho de seu espírito e força, você podia bem ver que ele era antigo demais e muito poderoso. Mas isso estava contido. O pequeno corpo tentava tapar um enorme sol com uma peneira.

Suijin observa a tatuagem, lembrando instintivamente de Kagetoke-san. Embora os dois contrastassem, Alejandro era uma figura muito distinta e carregava outro dentro de si. O mashin podia perceber as nuances de Ghersie, quando o outro estava no comando - o tal Sozen - sua postura era completamente diferente. Era parecida até com a de Kagetoke, ou o que se imaginaria de um Samurai solitário fazendo justiça por Tamu-ra.

Kirisame ouve as palavras do Imperador enquanto pensa em sua própria história. Jura lealdade mais uma vez à Tekametsu que o agradece solenemente:

- Contarei com sua espada valorosa, onimusha.

Ele transmitia sinceridade e seriedade no que falava. Havia peso real em tudo o que dizia. Kirisame sentia que ele o levava à sério, mesmo tendo características do Terror Rubro impressas em seu corpo e alma. Era raro alguém te transmitir aqueles sinais genuínos, contar com você sem ter medo de quem você era, sem fazer perguntas indiscretas ou evitar que seus filhos se aproximassem de você.






O grupo ouve a explicação de Suijin acerca da seta, que fica guardada com ele durante toda a viagem. Kohishi complementa:

- Isso faz sentido. É um tipo de metal pouco utilizado por aqui e isso pode ser uma dica da origem deste comboio criminoso e organizado. Como cuido da área mais ao Leste, é difícil entrar em contato com o povoado do oeste. Eles deixaram um sinal em céu aberto.

- Acredita ter sido proposital destruir apenas aquela campina? - diz Tekametsu.

- Exatamente, vossa Alteza.

- Se é como dizem, é perfeitamente possível. Um sinal que diz: perigo.

- Como alguém têm coragem de se levantar contra o Império? Contra o senhor?

- Se querem fazer mal ao meu povo, estou contra eles. Mas se tudo o que desejam é me destruir, quero entendê-los. Não costumava entrar em batalhas desnecessárias em minha vida passada. Continuo com a mesma mentalidade.

Cada um fica ocupado com uma tarefa, seja descansar, dirigir a carroça ou cuidar de seus equipamentos. Dá tempo até de ler, conversar e comer provisões.
Existem legumes, verduras e água na carroça. Em pouca quantidade, embora tenha cobertores para todos, algum sakê e as provisões que vocês conseguiram na cidade antes de partirem.
Há também uma urna grande em preto com um risco dourado. Essa urna está próxima de Tekametsu.

Após deliberarem a pausa em Sazasaki, Suijin e Patra se oferecem para levantar a carroça pelo caminho e ganhar tempo.
Com um grande esforço empregado vocês ganham em torno de 2 horas de vantagem, reduzindo a viagem em 5 horas.

Kohishi conta o que sabe sobre o antigo vilarejo, se é que ele ainda existia por ali, pois não costumava mais usar aquelas estradas, sempre usando a faixa litorânea pra se mover rápido entre a capital e Rankami. A situação com o Imperador os forçava ir por dentro para serem mais discretos.
Segundo ele, Sazasaki costumava ser um vilarejo de grandes construtores. Recebeu esse nome por causa das enormes e antigas árvores de mesmo nome, cuja madeira é especialmente utilizada para construções robustas e com características únicas. Apenas o povo ao redor sabia manipular suas propriedades, em especial o povo do vilarejo de Sazasaki que masterizou o seu uso e entendimento ao longo dos anos em embarcações imperiais e templos de caráter especiais.
Tekametsu concorda com a cabeça, citando alguns nomes de embarcações e templos importantes que haviam sido construídos por esses hábeis construtores: Templo de Jiji, Cidade Fortificada (ou o Templo da Cidade), Nagerushi I, II e III (grandes embarcações que singravam os mares mais ao Leste, que nenhum artoniano conhecia), Tsukire a embarcação pessoal de Bebe Koru, a antiga sacerdotisa dos celestiais.

Aqueles com conhecimento em História, Guerra ou Geografia já ouviram falar de algum desses grandes nomes que são citados e reconhecem que são grandes marcos da antiga Tamu-ra.




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Vocês chegam nas imediações de Sazasaki e parece muito menos imponente do que as histórias. O portão da pequena cidade está completamente escancarado, sem guardas. O mato está grande como se ninguém cuidasse da entrada. Um pequeno lago completamente enlameado pode ser visto à direita e um pequeno santuário próximo dele, completamente abandonado e com tinta esfarelada.
Nada do que vocês esperariam após as histórias ouvidas na boléia de seu transporte.

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Mensagem por Stein Qui Dez 10, 2020 2:33 pm

- Esse lugar... parece morto - comento com Alejandro e Suijin. - Hebi-dono, cuide de Sua Majestade enquanto nós três faremos um reconhecimento do lugar, se demorarmos mais de 1 hora para voltarmos aqui, considerem ir embora e nos deixar para trás.
Mantenho a bainha de Yuhei posicionada no punho esquerdo, enquanto me direciono para o primeiro arco e adentro a cidadela. Minha intenção é encontrar alguém vivo nesse lugar e tentar entender o melhor possível o aspecto de abandono (se houve uma debandada, um confronto, uma invasão, qualquer coisa do tipo, ou mero desleixo dos moradores por algum evento específico).


Kirisame rolls 1d20+4 = 9 #Obter Informação
[Eu sozinho não vou descobrir nada, aparentemente hahahaha]
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Mensagem por Igor Albuquerque Qui Dez 10, 2020 4:15 pm

Sozen

-Agora eu entendo o porque de você ficar meio avoado as vezes, são muitas informações para processar. Viver nesse mundo de reflexão é interessante mas isso pode te prejudicar, veja que você nem se quer se questionou ainda sobre essa marca em sua mão.
Sei que é difícil para você essa agitação toda, é tudo novo e confuso até eu mesmo acabo te prejudicando as vezes, mas você precisa saber definir suas prioridades.
Os seus colegas vão precisar fazer uma analise do ambiente, você sabe bem que é a pessoa perfeita para o cargo.
Mostre o para seus amigos que você pode ser de grande ajuda Ghersi.

Alejandro

Sozen está certo, preciso focar melhor minha atenção antes que ele tenha que fazer isso por mim.

Eu andei pensando sobre o que o niñito disse, a historia dele é imponente.
Queria saber melhor sobre minha hereditariedade, engraçado é que eu tenho como conversar com parentes de muita gente e dar a eles a oportunidade de terem essa experiência, queria que meus pais não tivessem se tornado o que eles se tornaram ao passar para o espectro dos mortos.
Eu sei que meu avo Ariel foi um grande guerreiro, mas sei tão pouco sobre o que ele  era depois disso
Creio que suijin saiba de algo, mas tenho receio de que esse tipo de questão incomode a ele. Acredito que ele também possa saber sobre essa marca na minha mão.


Olho para meus companheiros, e exclamo
- Preciso que vocês me cubram para que eu possa ajudar a entender melhor que tipo lugar estamos entrando. vou precisar me concentrar profundamente e por isso vou ter que ficar parado um pouco.

skill:
hmmmm vamos lá
sento no chão em posição de meditação
e foco em dispersar mina energia como um sonar, o mais distante que eu puder
visualmente é como se alguns corvos de energia, quase visíveis saíssem do meu corpo e voassem, passando por dentro de objetos como se fosse parte deles

-las almas mensajeras sobrevuelan la zona y dicen todo lo que me viene

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Mensagem por Bgelo Qui Dez 10, 2020 4:45 pm

Fico tenso aumento o direcionamento de energia para os meus sensores, pelos meus cálculos estamos em uma armadilha, em minha mão esquerda o circulo do ataque magico aparece no visor da palma.

Assim que Kirisame faz menção eu seguro em seu ombro e em sua frente aparece escrito:

- Espere, deixe Alejandro ativar a magia primeiro, assim não perdemos tempo indo em espaços vazios e não somos emboscados.

Penso um pouco.

- Isso pode ser útil aqui, caso sejamos emboscados.

Conjuro um pequeno feixe de agua e outro de fogo que se unem gerando vapor, que em seguida voa para os pés de Kirisame. Escrevo:

- Isso vai dificultar que você seja detectado, mas principalmente vai te dar uma mobilidade maior, caso precise andar sobre a água também é útil.

Passos leves:

Patra se esvai indo para o mundo espiritual, mas fica de olho em tudo (acabou a cena teria que conjurar de novo, mais pra frente pego ela como companion)

Gasto de PM's : Basico de destreza 1Pm +2pms para adicionar o efeito de +10 em acrobacia.

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Mensagem por Stein Qui Dez 10, 2020 7:00 pm

Sinto o toque frio de Suijin, e aceno positivamente à sua sugestão. Recebo sua benção arcana de bom-grado, ao passo que meu corpanzil parece se tornar leve como uma pluma, mantendo a constituição de aço. A sensação era extasiante, e minha mente divagava sobre como eu poderia aproveitar tal leveza em combate. Encaro o Mashin, mostrando os dentes num sorriso largo de satisfação.
Posiciono-me atrás de Alejandro, com a mão esquerda sobre o cabo de Yuhei.
- Eu protejo suas costas, hermano - digo, imitando o pouco que aprendi da fala exótica do shinkan. Mantenho meus sentidos alertas para qualquer aproximação estranha ou eventualidade.

Faro para monstros: identifica presença de monstros automaticamente a 9m, sem saber exatamente a localização.
Rastrear pelo Faro: Kirisame rolls 1d20+11 = 28 #Rastrear pelo Faro (isso vale como um teste de sobrevivência para identificar qualquer informação através de rastros e verificação do lugar pelo cheiro, qualquer indícios que o sentido possa me revelar)
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