Capítulo 1: O ataque à baía Zaunita.

A Cerimônia de Premiação.

Naele estava pasma. Teve muita sorte. O mago não era só especializado em criação. O embuste, a manipulação e o oportunismo também foram seus aliados. Imagine só, reprogramar uma runa da qual nem fazia idéia da existência em uma madrugada e se passar por herói de uma situação da qual era vítima.

Agora, com a premiação, a chance de estudar seu novo alvo se tornara palpável como uma parede ante o rosto. O evento seria à noite, em local ainda desconhecido, mas era claramente a oportunidade perfeita.

- Pois bem, meu jovem. Não faça alvoroço na festa, quero ter meu momento e não posso ser associado ao que vai se passar.

-De preferência pegarei o tal rapaz na ida ou vinda do espetáculo, então não precisa se preocupar com isso. - Respondo a ele, já começando planejar os próximos passos. -Agora, se me der licença, terei alguns preparativos a fazer. - Digo, já retornando para a casa que havia me emprestado. Pego ali um conjunto de roupas masculinas, coloco o anel no dedo, e olhando para ele, altero minha aparência para um jovem rapaz, diferente do que havia usado previamente.

Algo assim:

Visto as roupas, escondo as armas, e deixo a casa indo em direção as proximidades da baia.

[Off: eu estou na forma feminina :v ]

Naele se preparava para sua missão de reconhecimento. Seguia em direção à baía passando pelos becos de pedra amarelada e suja de fuligem. Zaun certamente não era um lugar belo. A impressão que o lugar passa para qualquer viajante é que estão sempre com algum prazo de serviço vencido e com um cobrador à porta... Todos alterados, com pouca saúde e sanidade mental.

Muito do que via eram pessoas destruindo a natureza, utilizando uma forma suja de magia, muito distinta da que era habituada a ver em sua terra natal. Aqui o solo era estéril, rio de relva é algo que não via a meses, desde que deixou ionia. As casa eram feitas de pedra morta, não havia uma árvore livre sequer!

O retorno à baía mostrava uma população em polvorosa. Muita gente observando o feito do Mago Criador. Adrius era um homem de meia idade, ardiloso e claramente oportunista. O tipo de homem a se temer, mas com certeza um aliado poderoso... seria possível fisgar sua amizade?

O monumento nos céus ainda pairava. Uma mensagem roubada e torcida. Ninguém rouba a Zaun. A população tinha o ego inflado. Mesmo em clara incapacidade numérica, tiveram poucas baixas. Os canhões de Adrius, mesmo com pouquíssimos operadores, explodiram a embarcação inimiga e ele ainda deixou uma mensagem malcriada às outras cidades estado.

- CHUPEM ESSA, PILTOVENSES!!!! - gritava uma criança claramente emocionada com a sensação de vitória, ao passo que era corrigido por um velho de um olho só e braço mecânico. - Não foram os pilts, Burin. Não dessa vez. Foi um ataque pirata!

...

A comitiva estava montada e seguia em direção ao Salão. Era um prédio alto e aberto, assemelhando-se ao uma pista de pouso para dragonetes. A Alta Sociedade estava quase toda presente. O maior ajuntamento de gente estranha que Naele já pode presenciar.

As pessoas começavam a entrar no prédio, gente bem vestida. Corpos podres, com cheiro de trabalho, apesar dos banhos tomados, os componentes alquímicos deixavam um cheiro de fruta podre na pele. Como os humanos não sentiam aquilo?

Ao tentar entrar no prédio, sua figura masculina e suja tem a entrada barrada:

- Aqui não é seu lugar, aleijado. Volte ao trabalho, já que a guerra te cuspiu!

Sem me deixar abalar, olho o homem de cima a baixo, e em seguida observo as pessoas passando. Não tinha tempo para lidar com um brutamontes mal educado, pois estava mais focado em achar e eliminar meu alvo.

-Nem queria passar mesmo... - Saio dando de ombros enquanto começo buscar um local vazio e meios de atingir pontos mais altos de onde pudesse observar melhor o local alvo.

Naele some na multidão. O prédio era suficientemente isolado para ser difícil de alcançar pelos telhados das outras casas. O fato do evento ser no terraço da cobertura complicaria sua investida aérea. Haviam alguns prédios relativamente próximos pela parte de trás mas mesmo assim a distância era superior a 10 metros do que podia contar. Aparentemente era um prédio de negócios.

Sua dedução encontrou uma boa janela da qual conseguiria pular, mas como alcançar o impulso necessário de dentro do prédio e também, como entrar lá?

O corpo ainda pesava e não conseguia sentir confiança suficiente para arriscar o salto. Em outras circunstâncias valeria a pena correr o risco por ser pouco, mas não aqui, não em meio a essa gente estranha. Cair inconsciente na rua certamente seria um fim. "E se eu concentrar meu Ki?". Apesar do risco, talvez isso já fosse o suficiente para dar o restante do impulso que eu precisaria. Para aproveitar a melhor oportunidade, o tempo já estava em falta.

Deixo o prédio que subi, avançando sorrateiramente pelos becos até chegar ao tal prédio de negócios, imediatamente alterando minha aparência, com auxílio do anel, para que ficasse moderadamente mais modesto que dos que se dirigiam ao tal evento.

Passo então pelas portas com um largo sorriso já visando as escadas que levariam aos andares superiores.

- Vocês já viram aquele homem? - Naele ouvia uma voz por traz de si.

- Não... Mas me conta, como está seu filho?...

Sorte. As pessoas não estavam nem um pouco interessadas e parar um estranho subindo escadas na direção contrária aos outros. Estava perto do fim do expediente do dia.

Ela sobe, calcula que a tal janela estaria no 4º andar. De lá, saltaria para o 3o do prédio da frente. Localizara a sala. No momento de abrir a porta ouve um som conhecido: Lãmina penetrando a carne. Com certeza alguém acabou de ser apunhalado dentro dessa sala....

"Nada que outra boa lâmina bem afiada não resolva". Penso, enquanto ativo minha invisibilidade e furtivamente abro a porta. Com meus olhos aguçados já busco meu alvo dentro da sala escura.

- Você nunca conseguirá... O segredo morre comigo! - o homem estava de bruços, apoiado sobre uma mesa de madeira cujos papéis e utensílios agora estavam no solo. Um pequeno punhal em forma de duas serpentes entrelaçadas estava afundado em suas costas. Seus dedos tremiam. Aquele ferimento não era por suficiente para neutralizar um homem daquele tamanho.

Uma figura encapuzada estava sentada no sofá logo ao lado. Pernas cruzadas, braços abertos lendo algo que parecia um papel técnico de projeto... A janela estava logo à frente mas a mesa estava no caminho.

Me aproximo lentamente, já puxando as espadas que encravaria em na figura encapuzada. E pelas suas costas desfiro a série de golpes.

Código:

 
lgsscout: Furtividade
lgsscout rolls d20 = 13 => +20 +17 = 50

lgsscout: Percepção
lgsscout rolls d20 = 20 => +14 = 34
 
lgsscout: Ataques
lgsscout rolls repeat 4 d20 = 17; 19; 16; 17 => +10/+10/+5/+5 = 27, 29, 21, 22
 
lgsscout: Danos
lgsscout rolls repeat 4 6d6+1 = 22; 23; 23; 18


Naele retalha a figura encapuzada. Seu clássico corte em V é desenhado e uma cabeça rola ao chão com um esguicho de sangue no local... Um cadáver no sofá... Uma poça de sangue, uma cabeça, uma mesa com um homem gordo deitado sobre ela. Um misterioso punhal envenenado... O que ela fará?

Examino por alguns instantes os documentos enquanto avalio se o homem ainda está vivo. Pego os documentos e os guardo comigo. Em seguida observo a cabeça decepada, se era alguém conhecido, sem me importar muito. Pego o punhal e o guardo comigo também enquanto sigo para observar a janela pela qual planejava o salto.

Planos. Papéis com estruturas de maquinário e símbolos arcanos. Juntando tudo em uma pasta de material desconhecido para naele. A cabeça era totalmente desconhecida. O rosto podia pertencer a qualquer um na rua... Mas este era um homem jovem. 25 anos no máximo!

O segundo homem jazia deitado sobre a mesa. Seu corpanzil tremia em paralisia e torpor. Não conseguia olhar para trás e apenas balbuciava:

- q-quem... Quem est-tá aí?

Ele certamente ouviu a porta abrir e os sons suspeitos. Será que um herói o tinha vindo salvar?

O punhal era feito de bronze oco. Uma arma frágil. Com uma olhada mais cuidadosa

teste de craft weapon ou avaliação cd 17:

Examino o homem um pouco mais, para avaliar se valeria a pena salva-lo. Julgo que minha missão atual detinha muito mais valor que um homem o qual já foi pego por alguém tão despreparado que sequer notou minha chegada. Além disso, de qualquer forma, se não fosse o encapuzado seu assassino, seria eu, em vias normais. Pego o punhal e também o guardo comigo, enquanto empurro tudo que houver no meu caminho para efetuar o salto.

Chegara a hora de testar minha habilidade. Tomo impulso, concentrando meu Ki na sola dos pés para aumentar a velocidade, e com isso saltar para o prédio vizinho através da janela.

Naele pega impulso e concentra ki nos pés. arremessa-se pela janela projetando seu corpo esguio pelas correntes de ar. Uma certa sensação de desespero toma seu corpo, mesmo sabendo que o salto fora perfeito, cair em pleno ar sempre assusta, mesmo que levemente.

Aterrisa perfeitamente na janela. à sua frente uma escada espiral fechada. Naele ouve passos e conversas empolgadas de socialites subindo pelas escadas de pedra. A iluminação HexTech no andar de baixo mostra as sombras subindo. Um casal aparentemente.

Ao perceber a movimentação próxima, imediatamente busco que esconder e observar quem se aproxima.

Código:


Furtividade: d20(20) +17 => 37
Percepção: d20(4) +14 => 18


Naele ouve as pessoas se aproximando. era uma escada estreita. No máximo passavam duas pessoas por vez. Rocha lisa. Alguns quadros. Nada em que pudesse se esconder.

Ela fez o que lhe pareceu mais sensato no momento: Lancou-se para o lado de fora do prédio, ficando pendurada na janela por 3 dedos de sua mão.

O nervosismo tomava conta de seu ser. Jamais fora obrigada a fazer algo tão imprudente. Observava a parte de baixo da rua... será que os transeuntes a notariam? Já era quase noite e o crepúsculo costuma enevoar as mentes humanas mas... e se dessa vez fosse diferente?

quando dá por si, Naele não escuta mais nenhuma voz vindo da escada.

usar ou não usar sua invisibilidade nesse período em que permanece pendurada é que parece ser seu atual dilema.

Apesar da constante duvida, penso que não posso gastar recursos sem mensurar cuidadosamente antes. Prefiro correr o breve risco de ser visto, antes de saltar novamente para dentro do prédio. Caso houvesse algum alvoroço, bastaria alterar minha aparência novamente para despistar, forçando a busca de alguém que nunca existiu.

Naele retorna ao corredor. Sobe calmamente, pé ante pé.

O terraço exterior da cobertura era um abiente estranho. Padrões desenhados no solo, como se fosse um grande círculo mágico feito por grossas linhas de piso colorido extravagante.

Adrius estava sendo homenageado nesse exato momento enquanto todos observavam seu feito. Logo ao fundo estava a praia e o Corpo do capitão suspenso com sua runa editada. Apenas Naele e alguns poucos sabiam dessa ágil modificação.

O público era composto de muita gente com roupas finas, caros perfumes que não escondiam o cheiro dos compostos alquímicos com os quais trabalhavam. Surpreendente a quantidade de mulheres com influência em Zaun.

Crianças passavam servindo bebida e Comida. Algumas pessoas, ao se servirem, percebem como o visual de naele destoa dos presentes. Não demoraria muito até que fosse notada...

Observo mais atentamente as mulheres, me afasto lentamente deixando o local em direção ao interior do prédio. Ao estar só, mais uma vez altero minha aparência com auxílio do anel, assumindo a aparência de uma mulher em plena idade, na faixa dos trinta anos, com trajes levemente menos chamativos que os das demais mulheres, e então retomo o ambiente, buscando me mesclar aos demais.

Agora era hora de buscar meu alvo, e atrair minha presa.

Naele se transforma. As pessoas não estão interessadas em uma pessoa sem brilho. Como reconhecer o rapaz? Se fosse escolher entre as pessoas de pouca idade, sobravam uns 5 ou 6 homens entre a faixa etária. Era um número grande demais para arriscar.... Contentou-se em observar.

As pessoas já haviam assistido à primeira rodada de homenagens e seguia-se um coquetel regado à música e bom vinho. As pessoas interagiam conversando e observando os colegas. Naele estava sozinha. Isso chamava atenção.

Após algum tempo, Adrius cumprimenta um grupo de pessoas em um dos cantos da sacada. Dois homens velhos acompanhados por um jovem mais ao canto da parede e duas mulheres. Algumas crianças acompanhavam o grupo carregando caixas ornadas com pedras especiais que eventualmente eram abertas para servir um charuto, perfume ou algum outro mimo desejado por alguns dos integrantes do grupo.

Adrius cumprimenta a todos os presentes e beija o rosto do jovem rapaz. Um cumprimento extravagante, talvez comum nessa cidade de gente estranha.

*Union*
Após alguns minutos que os soldados foram
embora, algo me passa pela mente e falo para a senhora:
-Obrigado pela ajuda, mas me responda o seguinte, você mora aqui sozinha?- falo olhando ao redor- e afinal, qual é o seu nome?

"Certamente o velhote não é bobo". Penso comigo enquanto já começo observar o jovem que recebera o cumprimento exagerado. Enquanto o sigo com os olhos, tento sutilmente me aproximar de Adrius.

Adrius não se demora na festa. Apesar de não saber quem você era no meio da multidão, ele evita permanecer por muito tempo após dar o sinal. O jovem muda sua expressão facial após receber o beijo falso do concorrente.

Naele fica com o dilema de manter-se perto do alvo ou seguir o contratante.

A noite começa a chegar pela baía. Pequenos feixes de lux podem ser vistos no céu com curtíssima duração. Aparentam ser pequenos disparos de luz inofensiva cortando o céu em direção a alvos muito distantes.

Percebendo o quão alerta o alvo havia ficado, recuo novamente, para me manter oculto em meio a multidão, e dali observo atenciosamente meu alvo, aguardando pelos seus próximos movimentos.