Capítulo 1 - Vapor & Arcanina

Se eu soubesse que aquelas escadas poderiam arder em brasas não desceria. Que bom que não sabia! O medo teria me barrado e não teríamos conseguido descer. De uma forma ou de outra, eu era Audrey Eve e meu destino estava sendo traçado em prol da aventura, do conhecimento de uma vida mais digna. Brasas não eram nada, no final das contas


Tento me segurar ou, pelo menos, aliviar a queda, ainda surpresa e com o coração palpitando dando a sensação de estar na garganta. "Céus, para onde terá ido Pixie?", penso, antes de me dar conta que em alguns segundos poderia encontrar o chão do poço.

Teste de Acrobacia:

– Idiota – cuspiu Desmond assim que ouviu as pancadas do corpo do samurai no metal da escadaria. – Ele mal espera começar o dia para fazer uma estupidez dessas, gosta de se machucar.
Virou de costas para o objetivo e notou a preocupação de Audrey quando esta jogou o corpo sobre a borda do poço buscando ver a situação do assassino.
Deu um sorriso leve de canto, oposto a visão dela.
– Vou deixar que a mocinha ali vá com ele – respondeu para Thomas enquanto observavam ela e a tal bola mágica de metal descerem cuidadosamente em socorro ao assassino. – Mas vou ficar aqui esperando uma amostra dessa raridade. E também não posso ajudar com uma vela para os dois – atirou a piada e começou a gargalhar, afinal, era um alquimista. – Só que você tem a obrigação de ir, Olhos-puxados. – Lançou um dedo esticado na direção de Dakato. – Ficarei de vigia, qualquer coisa toca o rádio que eu vou. Mão de Ferro, pode ir sozinho, nos reuniremos em pouco tempo, não me leve a mal.
Aquela fala mostrou seu posicionamento.
Encarava o galã eloquente de vez em quando, aquela personalidade parecia muito barata. Primeiro deixa a moça ir na frente, depois fala em heroísmo. Devia ficar de olho nele.

Pulo ao lado com o susto que levo da criatura avançando em mim, para logo após ir ao chão de forma ameaçadora. Escuto os barulhos vindo de fora e percebo que ela se distrai, ocasião perfeita. Mais concentrada, fora do susto, concentro-me e uso a magia de "charme animal", na tentativa de acalma-lo e ele sentir que eu não era uma ameaça e sim, talvez, sentir-se que sou confiável.



( não tem que rolar teste Se tivesse visto antes, postava antes.)

- Esses dois são definitivamente complicados.

*conjuro sobre mim armadura arcana e queda suave*

me jogo no poço.

OFF: Existe Teste vontade, Gabi. O monstro precisa passar na sua CD, que no caso é 15. Eu considerei um belo bônus de +4 na sua magia, pela criatura estar distraída, e pela sua engenhosidade. O teste que a aranha fez deu 18. Sua magia funcionou por 1

ON: Ao lançar sua magia, Gwen nota que sua mão direita assume um brilho azulado, até que o próprio brilho mágico se desfragmenta e flutua em direção à aranha, como poeira. A criatura pisca seu conjunto de 20 olhos, balbucia, sai da posição ofensiva e tira parada olhando para você, sob as oito patas. Quando ela se aproxima, seus passos produzindo o "tec, tec, tec" habitual, a druida nota que um resquício do mesmo pó azulado estava rodeando sua mão direita. Pouco a pouco, o pó se acumula em seu dedo médio...formando um anel completamente azul. Para os magos, aquela era a cor da calmaria. O feitiço havia funcionado.
A enorme Aranha Abissal encara Gwen, baixando sua cabeça até a altura de seus olhos, como se sentisse seu cheiro, e o reconhecesse como um amigo. Ela guincha baixinho, amigavelmente, completamente dócil a você.

O ataque de N é executado com perfeição, como um bardo executaria sua obra-prima. Ele havia nascido para aquilo. Matar era sua natureza, não importa quanto anos passassem ou o que acontecesse.
Os corpos caem à sua frente, e N percebe que é hora de despistar seus agressores mais uma vez. [Role Reflexos ou Blefar, o que for mais alto. +4 de bônus na rolagem]

Audrey não consegue explicar como, mas suas mãos agarram firmemente o ferro em brasa, e sua força de vontade para a queda. Seus braço doem, suas mãos ardem, mas ela estava viva, sem um arranhão sequer. De cima, ela ouve um grito, e um baque. Em seguida, uma lanterna se acende e...Dakato?

Dakato tem o maior susto da sua vida. primeiro, quando adentra o poço, o mago nota algumas coisas. Primeiro: a queda é de quase 15 metros. Uhm, mortal...mas sua magia de queda suave daria conta facilmente, certo? Opa, espera...você está em queda livre! A escuridão envolve seu corpo de tal forma que você se vê dominado pelo breu. A sensação é horrível, envolvendo uma mistura de medo e impotência. Dakato teve todas as suas magias canceladas.
Subitamente, quanto havia caído cerca de dez metros em queda livre, Dakato bate a barriga em algo que parece uma esfera metálica, fria...que se ilumina de súbito, sustentando seu corpo no ar. Era Pixie!
Lá embaixo, o mago vê Audrey, olhando com espanto.
- Mestre Dakato...zzzzzzzzz! Está bem? - pergunta Pixie, que aparentemente também estava em queda livre, até recuperar sua capacidade mágica de voo e se sustentar no ar novamente. Quando atingem o chão, as pernas de Dakato tremem como varas verdes.

Sanna aponta para que Desmond e Thomas subirem por uma escada que há na parede da casa, do lado de fora. Quando sobem no telhado, vocês doem notam que toda a cidade está modificada. Do nível que estavam, não era possível notar as ruas com suas entradas bloqueadas por entulhos enormes, os homens apostos em outros telhados, com armas presas em suportes e círculos mágicos ocultos por toda parte, como aponta Sanna.
- Essa é nossa melhor chance de resistir, sem dúvida...- diz Sanna, mas logo seu sorriso desaparece. - Mas é certo que isso não irá parar 5 mil soldados treinados. Precisaremos lutar. E estaremos preparados para isso.

Aproximo minha mão e toco com calma o "corpo" da aranha, com certa aflição de senti-la, mas observando o tal anel. Apesar dos barulhos ao lado de fora, não sentia a menor curiosidade. Pensava que talvez seria uma agitação dos morcegos e não queria estar ali no meio, arrepiava só de lembrar dos olhos deles. Ando pelo comodo, iluminando seus cantos e tentando observar tudo o que podia.


(Stein, qual o tamanho +/- do local ? )

A irmã chamava do topo do casebre mais próximo ao poço. E a urgência dos fatos obrigou-o a abandonar o centro do povo que rodeava a entrada "segura" e observar de longe o tal rapaz.
Seguiu com Thomas.
Visualizou os homens nos pontos estratégicos sobre os telhados das casas e construções que agora serviriam de labirinto para os pelotões.
– Sabemos que não, mana. O pessoal só precisa segurar as pontas enquanto a gente puder acumular e cercar as tropas deles – retrucou para Sanna. – Vamos derrotá-los aos poucos. Assim que nosso time principal explodir de um lado, o veículo aéreo vai nos transportar entre os pontos críticos – demonstrava a razão de seu interesse na aeronave dos colegas de Arsin. – Desse modo nós seremos mais rápidos e eficientes que eles. Como quando um exército força o outro a cruzar um rio, ganharemos por pressão e ação. Ficaram compelidos a recuar e com dificuldades para reagir... – parou por um instante. Retomou com mistério: – Ainda estou definindo uma formação boa para nós. Algo que organize e permita lançar todos os nossos ataques sem abrir brechas.

A queda me fez lembrar da casa de madeira que havia visitado há dois anos atrás.
Era para ser uma entrega normal, minha primeira arma que sairia para a entrega. Cornelius quis me dar a honra de descer por Eliyn e andar pelas pequenas ruas até encontrar o casebre. Ao bater na porta fazendo o Cornelius Sinalis, não houve resposta. Logo, pensei eu, que não havia ninguém lá dentro.
Após mais algumas tentativas, decidi entrar e deixar o pacote. Era para ser rápido mas frustrei meus planos ao visualizar o tanto de arcaninas que haviam no chão e na mesa de madeira velha do local. Parecia mais uma toca na minha visão de Audrey mais velha e experiente.
Quando notei que a parede do fundo da casa nada mais era que o tronco da frondosa árvore que usei como referência para alcançar a casa, tive que tocá-la. Nunca havia tocado uma árvore daquele porte e aquilo me encheu de curiosidade.
Novamente, se eu soubesse, não teria encostado nela. Mas, como eu não sabia, acabei descobrindo que ali era a porta para o Velho Mundo, o continente inferior.
Fiquei na queda livre até conseguir agarrar a raiz proeminente da árvore, grossa e esticada como se servisse propositalmente de apoio.
Um mundo de árvores, cores e cachoeiras se abriu abaixo de mim. Um ser diminuto e de asas brilhosas se mexia para lá e para cá, talvez bravo com alguma coisa. Fiquei ali, pendurada entre a vida e a morte sem conseguir segurar o riso: o ser era uma fada.
Era Dracma que meus olhos contemplavam...


Havia conseguido segurar por pura sorte e por minha obstinação. Eu era uma gata, ainda tinha 5 vidas mas não estava afim de gastá-las à toa. Com as mãos ardendo, consigo observar Pixie descendo e o corpo de Dakato que havia flutuado leve e sem som para a boca do demônio... digo, o fundo do poço. Naquele momento, não havia Dracma alguma lá embaixo e nem uma escada de pedras para voltar para o casebre, só havia a escuridão implacável. Ensaiei as palavras em frente ao espelho para esses momentos:

- Oh, companheiro, estás vivo? Pixie? Alguém..? - a voz, trêmula, tenta chegar nos ouvidos de alguém

- Qual será a estratégia, digo, quando as tropas surgirem, o que será feito para quem está na linha de frente e no apoio??
-Se precisarem de ajuda, tanto na estratégia, quanto em qualquer outra coisas, estou me prontificando a ajudar.

* Diz, concentrado, enquanto observa e tenta memorizar cada posição de bloqueio e sentinela que sua vista pode enxergar *

- A ideia é justamente cercar as tropas inimigas - explica Sanna. - Através dessas termopilas, poderemos limitar o deslocamento e retirada dos inimigos. À frente e atrás das termopilas, teremos um conjurador para fritar o inimigo pelos dois lado, bem como os ataques aéreo pelos prédios e....espera, vocês consertaram o pássaro voador?! - os olhoa de Sanna brilham e um sorriso confiante brota de seus lábios. - Uma máquina para ataques aéreos! Isso seria fantástico!

Gwen nota um exoesqueleto duro, como era de se esperar, cheio de pelos pontuagudos. Tanto um, quanto outro, estão em diferente tons de azul. Ao olhar ao redor, Gwen consegue calcular que o lugar tem cerca de 300 metros quadrados, pouco mais de um metro quadrado para cada pessoa que ficaria escondida. Tinha que bastar, era aquilo ou sacrificar 200 vidas por nada.
A aranha produz um guincho baixo, sentindo sua preocupação. Vindo lá de fora, o som de queda e batalha alerta a druida, bem como as vozes de seus companheiros, que parecem conversar alto demais.

Assim que grita, Audrey percebe a besteira que fez. Dezenas de olhos vermelhos se voltam em sua direção, e as criaturas que antes estavam focando alguma coisa em um ponto luminoso há uns 30 metros de onde vocês estão, avançam contra vocês. Garras, asas, presas e olhares assassinos...azuis?
[Dakato e Audrey, há uma dúzia de morcegos indo na direção de vocês, podem agir primeiro]

Reflexos: N: 1D20+3+4 => [ 4 ] +3+4 = 11

A perna me prejudica demais, não consigo ser furtivo.

Vejo a queda dos dois colegas, Dakato e Audrey, e pelo visto eles não foram capazes de me ouvir quando disse que não era seguro descer.

Corro até Audrey quando percebo que ela começa a gritar, sem notar que aquele lugar estava cheio daquelas criaturas.
Surjo das sombras e fico de pé, acima da caída Audrey, com a Risco em punho, pingando do sangue estranho daquelas criaturas.

"Sem...barulho" sussurro para ela, pronto para atacar caso os morcegos avancem.

- Audrey. à partir de agora, faça silêncio!!!

*conjuro web. prendendo os morcegos com a força de minha teia. e uso a força do amuleto que me foi dado por Sanna para que a teia possua um pequenino furo pelas laterais, que seja perceptível ao radar dos morcegos para que eles enxerguem como único caminho e se afunilem para chegarem até nós, o buraco será suficiente para que apenas um deles passe com as asas fechadas*

- não dispare audrey. essas criaturas se guiam pelo som, seria como acender uma lamparina dizendo "seu alvo está aqui"

(Refazendo a ação, pois não dá pra correr até a Audrey, eu andei bagaramba )

Os morcegos me ignoram e seguem outro som. "Preciso avançar, não dá pra voltar..." penso.

Sigo a frente, com a nodachi em punho enquanto seguro a flecha iluminada com a mão esquerda. Me recordo do mapa, e presto atenção nos detalhes para me localizar, devo ter andando uns trinta metros.

Confio que o resto do grupo vá me alcançar logo. "Vou liberar o caminho pra vocês..."

– Os especialistas deram um jeito em tudo com uma velocidade impressionante... – calou quando pensou ter escutado mais sons da garganta do poço. – Ficou faltando o combustível, descobriram que não é uma substância comum. Mas por acaso, temos uma fonte dentro destes túneis escolhidos como abrigo. Coincidência... quase sorte.
Observou a abertura gigante da reserva seca. Conferiu o rádio, arcaninas de energia, antena e controles.
Olhou uma vez mais para o fundo negro.
"Sejam rápidos", exigiu sem que pudessem ouvir. Então desejou.

Ao ver aquele bando de morcegos desgovernados, penso em sacar a pistola mas Dakato diz com aquela voz efusiva, avisando sobre o sonar dos morcegos.
Tudo o que eu poderia fazer era ajudá-los de alguma outra maneira. Digo baixinho:

- Certo, não farei disparo algum aqui embaixo... porém, precisamos de luz e de reunir o grupo. Não vi N nem a Gwen... onde estarão..?

Tento observar o local, pensando que, na pior das hipóteses ainda podia acertar quem quer que fosse com outras partes da arma.

A armadilha de Dakato acaba saindo muito melhor que a encomenda. Vários morcegos se debatem na rede, e os que ultrapassam pelas aberturas não conseguem identificar os alvos (suas atenções haviam sido voltadas para identificar as aberturas e, quando foram identificar os intrusos, eles ficaram em silêncio).
Em silêncio, preparados e cautelosos, o grupo observa os morcegos perderem o interesse, pendurando-se no teto novamente, observando tudo com seus olhos vermelhos, cegos. Há cerca de 20 metros de distância, vocês notam uma luz e uma forma iluminada por o que parece ser uma flecha encantada. Era N.
Só agora vocês notam como aquele lugar é úmido, frio e sombrio. Uma característica marcante permanece em suas mentes...os morcegos eram azuis?
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Gwen percebe que o barulho de batalha lá fora parece ter cessado. Enquanto observa a sala ao seu redor, imaginando se ela seria suficientemente grande para acolher aquele pessoal, com suas estantes velhas e barris encarquilhados, a aranha solta um guincho baixo, como se para chamar sua atenção. A criatura caminha ligeira até uma parede à esquerda, onde há uma estante de livros carcomidos, e dá uma cabeçada no móvel, como se indicasse que havia algo atrás dele.

Converso telepaticamente com Audrey "estou em dúvida... Se deixamos esses animais vivos ou ser os destruímos... Por favor escolha a primeira ou a segunda opção com um sinal de mão."

Off: eles estão reunidos em que área stein? Menos de 3 metros?

off: Negativo, estão por toda parte no teto, numa extensão que você não consegue mensurar ali no escuro.
Lembre-se de descontar suas magias diárias ;3

Decido parar de me mover.

"Esse silêncio. Devem ter dado conta dos morcegos ou os despistaram" penso.

Aceno com a flecha iluminada na direção que eu vim, buscando chamar-lhes a atenção para vir onde eu estava.

Quando N ergue a flecha, percebe uma coisa assustadora. O teto daquele enorme túnel estava apinhado de figuras azuladas, movendo suas asas e olhando cegamente para o vazio com seus olhos cegos. Quando a luz reflete nos olhos dos morcegos, N ouve os guinchos e abaixo a flecha impulsivamente. Ele sabia que, mesmo não enxergando, os olhos fracos daquelas criaturas odiavam a luz, e isso poderia irritá-los.

"Droga...essas coisas, tem aos montes. Não vai dar pra levar toda a população pra cá furtivamente. E se..." um lampejo percorre minha mente, e uma ideia surge.

"E se levássemos esses morcegos pra fora, no momento do cerco, e usa-los ao nosso favor? Liberaríamos o túnel e a vantagem seria ainda maior no combate" penso, já decidido a executar esse plano. Mas não o faria sozinho.

Ando lentamente até a entrada, atrás do resto do meu grupo.

Tento seu lampejo, N consegue furtivamente caminhar até onde está o grupo, quando se vê impedido de avançar graças à rede mágica de Dakato. Então, ele percebe que, para sua surpresa (e de Dakato também), a rede se desfaz no ar, como poeira.
Dakato nota que há algo estranho no ar daquele lugar...é como se a magia ali perdesse a força muito rápido, o que explica a perda de suas magias de proteção.

Me aproximo de Dakato e Audrey, mancando mas confiante.

"A queda não foi suave" sussurro. "Morcegos ouvem. Podemos manda-los pra cima, pra lutar ao nosso favor" economizo nas palavras, mesmo sussurrando.

Vejo o pai de Megan bem e fico por alguns instantes aliviada antes de me assustar com a rede se desfazendo.
Parece que a força de meus amigos não havia sido párea para a atmosfera misteriosa do local. Troco olhares com Dakato, notando novamente as semelhanças entre os dois. Quando escuto a voz de Dakato em minha mente, minha primeira reação é a de levar a mão na cabeça, desacostumada com aquele fenômeno. Paro para refletir, olhando para ele sem levantar os braços, deixando a saliva passar pela garganta enquanto olho os morcegos e a rede que não existia mais.
Analiso e levanto a mão acenando apenas um dedo, mostrando que escolhi a primeira opção.
"Talvez pudéssemos prendê-los em algum lugar ou mandá-los para fora do poço... mas... como?", penso, mordendo os lábios e visualizando acima das nossas cabeças.

Aconteceram muitas coisas naquele poço.
A primeira coisa foi o susto, o medo. Eu estava me preocupando demais com aqueles que havia já nomeado como meus companheiros.
Os morcegos tinham olhos incansáveis e apesar de cegos, muito sensíveis a qualquer efeito luminoso. Eu havia pensado em usar aquela maravilha que aprendi a fazer com Cornelius, o sinalizador disparado. Me remetia à antigas lendas de sinais luminosos e os fogos de artifício das festas do continente médio.
Outras duas coisas aconteceram:
Dakato podia entrar na minha mente e projetar sua voz. Era a primeira vez que isso acontecia e a sensação era estranha. Fiquei com medo dele poder ler o que eu estava pensando mas parece que eu podia projetar o que dizer para ele.
Ainda não entendo como isso acontece... talvez ele utilize uma frequência no espaço que um rádio não consiga captar. De qualquer modo, era promissor e... mágico.
Segundo, N estava ali com a perna machucada. Eu achei que ele tinha se machucado muito mais mas ele conseguia andar. O alívio era cômico: costumamos ficar felizes quando vemos que alguém "só" se machucou e não aconteceu nada pior.
O que me incomodava era o brilho azul. Um azul vivo e que parecia gotas de pedras em todos os cantos.



- N... que bom vê-lo! - digo, sem nenhuma cortesia dessa vez - Vamos... - abaixo ainda mais o tom da voz - temos que encontrar Gwen... e sua perna ficará bem?

É neste momento que vocês ouvem um baque alto vindo de dentro de um outro aposento...aparentemente atrás de vocês. Vocês notam que vários morcegos olham em direção à porta escancarada, ameaçando voo. É no momento que vocês ouvem o guicho dos morcegos que o sangue de vocês gela. Se Gwen estivesse dentro daquela sala e os morcegos entrassem...seria o fim da druida de vocês. E ficar preso ali com aquelas criaturas...seria o fim de vocês quatro.