O Chamado de Gaia

repeat 2 1D10 => 2 ; 6

Tento retomar a calma, enquanto apenas coloco a mão no rosto e começo a gargalhar.

FestMachineCon 3ª Edição - Londres, Inglaterra:

O homem puxa de dentro de uma bolsa estranha um fuzil, e ainda com a voz mais rouca, ele diz:

- Hora da diversão! - ele ri loucamente, com seu tom de voz baixo e eloquente - MONSTROS COMO VOCÊS EXISTEM! MOSTRE PRA MIM!

Todos os presentes começam a correr. Alguns caem no chão e são pisoteados no desespero.
O homem do chapéu coco dá um sorriso nervoso e tenta sair por algum lugar... mas o cara alto com o fuzil vira para ele:

- Onde pensa que vai, velhinho?

Você escuta o barulho ardido de algo perfurando carne e o estalo do gatilho.

O homem com que você discutira no avião... cai morto em cima de uma cadeira. A cabeça aberta pela bala do fuzil jorra sangue.

Sua visão fica turva.

Role fúria.

~~~~

Caern do Portão de Cristal - A Madrugada:

O garou olha espantado para Ralf:

- Ah, pensei que todos estivessem dormindo...er... quer um sanduíche?

Ele te estende um sanduíche embrulhado enquanto você confere as malas e verifica que está tudo como você havia deixado.

"Não, valeu cara. Já jantei. Primeira reunião também ou já é velho de guerra?" digo, começando a dedilhar baixinho na guitarra, um som abafado que me reconforta.

repeat 2 1D10 => 1 ; 3

O momento requer calma. Dados. Análise. Fatos. Recursos. Riscos. Pego minha maleta e começo colocar meu experimento no punho, abaixado no palco.

"Sabe... Não gosto de ser interrompido."

Começo minhas orações diárias em voz baixa, sentindo as fortes presenças espirituais do lugar, pedindo à Mãe que me desse sabedoria para seguir na missão, resistente como a rocha. Peço também para que a mente de Ralf seja desanuviada, e que ele escolha sua tribo com o coração, não com a razão. Por fim, quando minhas preces se tornam murmúrios, acompanhando o som do vento que entra pelas frestas da tenda, peço proteção para os dois que ainda não nos conhecem...que Gaia os guie até nossa matilha...que eles encontrem suas naturezas de acordo com a Vontade da Mãe...e que suas fúrias se acumulem as nossas, para que tenhamos forças para derrubar o Dragão.

Off: *-* finalmente, LG! \o\o\o\o\o\

FestMachineCon 3ª Edição - Londres, Inglaterra:

Você não consegue se concentrar em mais nada. Tudo o que você vê são memórias... de quando era criança.
A sua linha do tempo escorre à sua frente. Todas as pequenas humilhações, momentos de solidão, pensamentos perturbados... quando descobriu ser um gênio e um homem diferente dos demais, quando teve que buscar seu caminho sozinho e agora... ter sido humilhado na frente de uma platéia inteira.

Aquilo parecia demais para você e enchia seu peito de fúria... e a sensação de seu corpo muda.

Os músculos enrijecem. As veias saltam. A boca saliva e os caninos aumentam. Pouco a pouco, seu lado humano é tragado pelo animal adormecido dentro de você. Os órgãos se movimentam dentro do corpo. Os pelos crescem e cobrem diversas partes de seu corpo. As roupas se rasgam e você... uiva.

O homem dos cabelos longos exclama:

- HAHAHAHA! EU SABIA! EU SABIA!

A maioria das pessoas já se retiraram do salão e a polícia que havia acabado de chegar cai no chão desmaiada ou chorando compulsivamente. Mas tudo isso não importa para você... todos aqueles sons odiáveis não te afetam mais.

A fúria havia despertado. Você era um lobisomem agora.

~~~~

Caern do Portão de Cristal - A Madrugada:

O garou responde Ralf com a boca meio cheia:

- Ah, sou um pouco mais velho por aqui... você vai se juntar aos Andarilhos, sr...?

Ele mordisca o sanduíche e digita algo no celular.

Scar, role Gnose!

"Haha, eu estava em dúvida antes, mas já me decidi. Ouvi falar que eles fazem testes depois que você escolhe a tribo, o seu foi complicado?" continuo dedilhando a guitarra, agora um pouco mais rápido, como se as cordas acompanhassem as batidas do meu coração.

Resultado: 7-8-5-6-7-9

Avanço a passos pesados para o homem que me ameaçara.

"Odeio quem me interrompe. odeio seu tipo. odeio sua existência."

Agarro-o pela jugular e o ergo. "Morra!". Afundo sua face no chão, com toda força que posso reunir.

FestMachineCon 3ª Edição - Londres, Inglaterra:

O homem não tem tempo de reação e a única coisa que ele consegue fazer é transmitir o espanto em seu semblante. Você o agarra pelo pescoço e o afunda quebrando parte do piso e desfigurando o rosto do homem. Alguns dentes se soltam da boca dele e sangue escorre por sua boca.
Ele bate um dos braços com força no chão devido ao golpe e parece que algum osso se soltou ali...

Ele tenta se levantar, mas a cabeça gira. Ele balbucia algo:

- Eu... achei... espécime... lobo... caçar...

Ele se levanta com metade do rosto destruído e completamente fora de si, começa a atirar por todos os lados, mas nenhum tiro te acerta. O braço esquerdo dele parece estar trincado e o cheiro de sangue te deixa louco...

A raiva incontrolável dentro de você continua explodindo e seus músculos pulsam. Suas veias enormes e dilatadas fazem o sangue correr quente e um fervor toma conta de você. O homem dos cabelos longos e negros está tão desnorteado pela pancada que não consegue ter uma reação inteligente.

Você pode rolar 5D10 e recebe bônus de +2 para qualquer resultado abaixo ou igual a 4.

~~~~~

Caern do Portão de Cristal - A Madrugada:

- Um pouco... foi um teste mais de inteligência e astúcia... essas coisas. Fui bem mais nessa parte que na parte dos tiros, hahaha. E você toca bem, Ralf. Se for um teste de música, cê já passou, hahahahaha!

O garou parece estar curtindo seu som.

--

Scar sonha com um lugar muito diferente... na cidade. Muitas pessoas aplaudem até que um homem de cabelos longos e lisos se levanta e começa a fazer baderna. Um homem em cima do palco começa a se transformar em Crinos... no sonho, você não consegue identificar o rosto do homem e nem o porquê daquilo estar acontecendo.
O lobisomem avança sobre o homem e o afunda no solo.
Ainda você escuta passos pesados por todos os lados e escuta o barulho de flechas...
Dois espaços se confundem: metade do local é um tipo de galpão urbano... e a outra metade é uma floresta.
A pequena menina do vilarejo destruído está parada enquanto chove na floresta européia onde você vivia. Ela se ajoelha e pede para que Gaia a proteja, para que os totens a protejam... e para que o lobo continue sua caminhada pela terra.
Ela parece tão assustada que seu peito dói. Os olhos cheios de lágrimas se misturam com as gotas da chuva. As árvores balançam e gritam assustadas. Uma garra negra desenha em sangue pelo capim esverdeado.

Um tiro da platéia voa na direção da menina...

e o sonho acaba.

Continuo tocando.

"Haha, valeu cara. Espero que o meu seja tranquilo, estou bem nervoso" digo.

"Mas e ae cara, o que achou da reunião? Parece bem ser bem sério essa tal de Wyrm. Acha que vamos acabar tendo que entrar numa guerra, ou algo do tipo, contra ela logo?"

Acordo ofegante, minha mente trabalhando rápido pelo estresse do sonho. A imagem da menina continua viva em minha memória, e algo faz meu coração apertar.
- Que Gaia a proteja... eu vou te encontrar, pequena...juro que irei te encontrar...

Salto sobre aquele ser desprezível, afundando seus ombros com o impacto das minhas garras e o agarro pelas coxas. Ergo e o lanço de volta ao chão repetidas vezes.

5D10 => [ 10 +8 +1 +5 +3 ] = 27

Com o bônus: 10, 8, 3, 5, 5

FestMachineCon 3ª Edição - Londres, Inglaterra:

O homem parece um pequeno animal pra você. Sua mandíbula abocanha o homem e quebra os dois ombros com o impacto, enquanto rasga a pele da perna e afunda as presas afiadas nas coxas do homem, o jogando novamente contra o chão.

Stew está assustado, olhando atrás das cortinas o desenrolar da briga. "Um lobisomem... Alen...", ele pensa enquanto olha atônito tudo.

Você começa a uivar e o sangue da sua vítima está espalhado por todos os locais. Um dos órgãos dele está para fora, pendurado do que restou de seu corpo. Os ossos trincados e quebrados e os músculos cheiram forte e a visão é perturbadora.

Nesse instante, uma mulher carregando um martelo grande entra no local sorrateira e apenas observa silenciosa a situação. Apesar do cheiro dela ser adorável, você não se sente ameaçado por ela... apenas a observa e volta a destroçar o homem.

Após alguns minutos você começa a perder a consciência... tudo começa a ficar branco e vai, gradativamente, escurecendo até sua visão ficar completamente turva novamente.
Sua mente fica enevoada.
Muitas lembranças diferentes enchem sua memória... e por alguns segundos, você se sente em paz.

Caern do Portão de Cristal - A Madrugada:

- Sim, Ralf... a guerra acontece sempre, mas tem ficado incontrolável! Estamos perdendo muitos de nós e rápido demais. Está assustador! Mas acho que esse Conclave colocou algumas coisas no eixo... nós de mais baixo escalão que os outros não vimos o conclave fechado que aconteceu antes do grande Conclave... mas eu escutei algo interessante. Aqueles que estavam se desviando parecem ter levado um puxão de orelha.

--


Scar faz uma pequena prece e volta a se deitar, ainda aturdido com o sonho.
Você escuta a voz de Gaia lhe dizer "Boa noite" de um modo adorável... e você dorme o sono mais tranquilo de todos os tempos.

"Puxão de orelha é?" dou uma pequena risada "Ah, que falta de educação a minha, nem perguntei o seu nome"

Continuo dedilhando.

Caern do Portão de Cristal - A Madrugada:

- Me chamo Leonard... e foi bom conversar com você, Ralf. Espero que vá bem no teste amanhã - ele se levanta, desligando o celular e se dirigindo para uma das camas de uma das beliches - e boa noite! É melhor descansar se quiser fazer alguma coisa...

O garou se deita e pega no sono tão rápido que chega a ser impressionante. Ele parecia estar realmente cansado.

--

Scar tem uma noite sem sonhos, muito tranquila. Suas patas ficam leves e a cauda não se agita.



Em algum lugar de Londres:

Alen acorda.

Uma folha cai em seu rosto... um cheiro muito diferente ocorre em seu olfato.
Pouco a pouco, você volta a sentir seu corpo. Primeiro as pernas, depois o tronco e, por último, os braços que se movem torpes. A sensação é muito mais forte que uma ressaca... é mais parecida com a sensação de ter ficado paraplégico e, por algum milagre, voltar a andar.
Seus olhos observam embaçado o local estranho e verde. Com certeza não era a FestMachineCon.
O gosto do sangue na sua língua é muito evidente...

Uma voz feminina interrompe:

- Então você está vivo..! por alguns segundos achei que havia me atrasado demais.

- Boa noite Leonard - digo e guardo a minha guitarra, refletindo em que tudo o que havia visto no dia.

"Espero acertar nessa escolha"

Vou dormir

...

Saio cedo da cama e já procuro algo para o café da manhã.

Caern do Portão de Cristal - Segundo dia:

Ralf encontra alguns sanduíches embalados, cup noodles,e hot-dogs ainda quentes.

Leonard e Mily estão sentados comendo hot-dogs enquanto conversam.

OFF: acho que meu char viciou em sanduíches

Pego uns sanduíches e me sento junto de Leonard e Mily.

"Bom dia, folks"

Desperto ainda bem sonolento, bocejando audivelmente. Caminho a passos lentos para fora da tenda, deixando o cheiro agradável do Caer e o a brisa da manhã despertar meus setidos por completo. Pensativo em relação ao sonho, faço uma prece de proteção a Gaia, quando o vento bagunça meus pelos como se a Mãe os afagasse.

- Não tenho mais medo, Mãe. Não espero mais a vingança. Me dê a chance de proteger os tua criação, e eu estarei satisfeito - digo ao vento. Eu estava pronto para partir.

"Mas... o que houve?" Coloco a mão na cabeça. "Quem é você? ... Deveria estar dando uma palestra agora, não?"

Caern do Portão de Cristal - Segundo dia:

Leonard e Mily acenam para Ralf:

- Bom dia, primo! - diz Mily, sorridente como de costume.

Leonard observa Mily por alguns segundos e depois olha pra você:

- Ah, então vocês se conhecem. Entendo... bem, vou resolver algumas coisas. Até mais tarde.

Com um olhar soturno, ele sai do recinto acenando novamente para você, dessa vez sem entusiasmo e parecendo ainda muito cansado.

Mily observa rapidamente e se volta novamente para o hot-dog, com o olhar levemente perdido. Apesar de sempre estar sorridente, aquela nova cara dela era enigmática.

--

Scar sente uma brisa quente tomar conta de seu corpo e o ar se enche de vozes espirituais diversas.
A presença de Gaia ali era muito forte e isso havia sido provado no dia anterior, com a manifestação do Lobo de Fogo. O bafo quente do lobo sopra de algum lugar e sua pelagem é tomada pelo calor da Mãe. Seu coração é tomado pela paz e algo dentro de você lhe diz que tudo ficará bem se continuar seguindo seu caminho.
(+2 bônus de Gnose por 2 horas)

---

A visão de Alen desembaça e você finalmente consegue ver de onde vem a voz feminina: uma moça com um macacão preto com fivelas douradas, cabelo castanho bem preso.

Ao lado Stew olha para o nada, com uma expressão atônita no rosto.

A mulher diz:

- Seu amigo me disse que é Alen Malthir. Já li alguns artigos seus na internet, gosto das suas invenções. Eu sou Lisa... e... sinto lhe informar que não será possível fazer aquela palestra. Você... é... bem... é algo um pouco complicado de explicar.

--

Nailah acorda. Os cabelos levemente bagunçados e mais ruivos que o normal. Dentro da tenda dos Crias, há apenas o silêncio.
Um garou corpulento está sentado perto da entrada da tenda, com uma seta enfiada no ombro. Ele parece sério e não dá atenção para o sangue que escorre de si mesmo.
Passa em seu pensamento tudo o que ouviu na noite anterior e na incrível aparição de Gaia e você se sente parte de algo muito maior do que pensava anteriormente. Logo, você se lembra do anúncio de uma matilha e que o chefe dela estava ali no Caern do Portão de Cristal.

--

Kelsey acorda de um sono tranquilo dentro da tenda dos Uktenas. Já estava há tanto tempo habituada aquele ambiente que não sentia-se deslocada. Muito pelo contrário: sentia-se em casa.
Dois garous conversam algo dentro da tenda, quase sussurrando. Um deles repara que você acordou e acena:

- A Mãe Gaia a abençoa de acordar, Ciaran. Bom dia.

Aquela saudação já lhe era bem conhecida.

--

Vincent finalmente chega no Caern do Portão de Cristal.
O sol é ameno e adentra o Caern com cuidado e respeito, prestando reverência à Mãe Esmeralda.
Uma grande fogueira, agora apagada, se mostra no meio da grande clareira que é o Caern.
Ao fundo, um Portão de Cristal se ergue, enchendo o local de um brilho hora azulado, hora esverdeado. Alguns Garous, os metamorfos maiores da criação, passeiam pelo local.
Ainda dá para sentir o cheiro de comida e da fogueira ainda são perceptíveis ali.

Noto o olhar enigmático de Mily.

"O que foi? Algo aconteceu?" pergunto entre uma mordida e outra.

Em minha forma hominídea *acordo fitando o "teto" da tenda, com uma leve sensação de estar no meu lar e que logo minha mãe me chamaria para ajudá-la com as tarefas do lar.

Sinto que continuo com a mesmas roupas que estava na manhã que meu pai sumira, ou seja com a blusa branca que havia ganhado de minha mãe, sim aquela blusa com um pequeno decote e de comprimento que ia até um pouco abaixo de meu umbigo, porém não chegava a minha cintura.
A jaqueta preta de material semelhante ao couro, que estava sobre a blusa branca, uma calça jeans preta skinning e o allstar de cano alto, esse que ia até minha panturrilha.


Me espreguiço lentamente enquanto levanto, e ao escutar a saudação de um dos irmãos garou, viro-me na direção dele, com um sorriso amistoso e digo: *

-Obrigado, que A Mãe Gaia nos guie neste dia, nos concedendo sabedoria e graça em todos nosso alfazeres.

*Retiro de meu bolso um pequeno elástico com o qual prendo meu cabelo, deixando um rabo de cavalo e uma pequena franja que cobre bem de leve meu olho esquerdo*

-Meus irmãos, desculpe por perguntar, mas onde estou e como vim parar aqui? *inspiro e expiro lentamente* Não me lembro como cheguei aqui, parece que esse descanso afetou mais que o cansaço que estava sobre meu corpo.