[Capítulo 1] Adentrando a sala dos nobres

Após longas horas de viagem, finalmente avistavam alguns pontos de vigília, soldados empunhando tochas, com suas armas na bainha. Observavam atentamente a passagem de seus cavalos e carroça, alguns da beira da estrada, outros das torres de vigilância. -Finalmente. Agora estamos seguros. - Dizia o mercador, aos poucos começando ceder ao cansaço, agora que sua apreensão diminuiu. Logo avistavam as primeiras plantações, com seus primeiros casebres. Também não tarda a entrarem pelo vilarejo, cruzando as ruas que eram iluminadas apenas por poucas tochas.


Logo chegam as muralhas, para entrar na cidade de fato. O mercador que já começava pegar no sono, acorda de sobressalto para assim conversar com os guardas. Salta da carruagem, sentindo as dores dos ferimentos. Explica calmamente a situação para os guardas, enquanto outros dois começam examinar a carruagem e observar a vocês. É visível o descontentamento na face deles. Logo sua entrada é liberada, e finalmente adentravam a cidade.


Tomam rumo pela via principal até chegar ao distrito mais nobre, onde alguns jardins rodeavam o que era a casa do nobre da região. Era um pequeno castelo modesto para um nobre, mas que certamente trazia um luxo que destoava do restante das casas da região.



-Normalmente viríamos aqui apenas pela manhã. Mas... Após esse ataque, devemos reportar ao meu senhor imediatamente.

Finalmente param a carruagem aos fundos do castelo, e ali os guardas do nobre correm em questionar o ocorrido.

-Que diabos aconteceu? - Um homem de meia idade, numa pesada armadura se aproxima para questionar.

-Um ataque após cruzar o vilarejo ao pé das montanhas. - Dizia o mercador, visivelmente lutando contra a exaustão.

-Peça que preparem acomodações dentre os criados para que passem a noite. - Diz o grande homem ao outro guarda, mais jovem, que parte acelerado para dentro da casa.

-Certamente lutaram bravamente para chegar até aqui. - Diz o homem, se dirigindo ao restante do grupo.

- De fato, foi um caminho pesado e uma luta com uma emboscada covarde. Temos aqui dois dos Rufiões que nos atacaram.

*jogo os dois jovens aos pés do soldado*

- não sei que tipo de artimanha tramaram, mas quase mataram o mercador e alguns dos escravos, além de danificar as jaulas e matar os cavalos. A impressão que eu tive é que são do vilarejo pois todos os presentes nos olhavam e falavam de canto de boca. Conheci o mercador no meio do caminho e meu grupo se juntou ao dele pela vontade de falar com o Lorde. Acabou sendo útil pra ambos. Agradeço que cuidem do homem. Não sei o que lhe faria mais algumas horas com essa ferida sem a medicação apropriada.


ArcanjoSna rolls 1d100 = 65

O homem agarra os dois mercenários pelos ombros, e você os vê claramente se encolhendo e tremendo de medo.

-Sinto que teremos muito a conversar, senhores. - Ele diz enquanto ergue os dois pelas cordas que os amarravam. -Se me derem licença, vou dar um jeito nessas duas peças. Logo virão para acomodar vocês.

*interrompendo o soldado até com certo receio*

- Com licença, senhor. Onde devemos aguardar?

-Ah, sim... - O homem que já começava caminhar, para e observa o duelista. -Podem aguardar aqui mesmo por perto, que logo as criadas indicaram seus aposentos. - Ele conclui enquanto entra pela porta carregando os dois como se fossem apenas uma bagagem qualquer.


Passam poucos minutos até que chega uma empregada sorrindo gentilmente e pedindo que os sigam. -As acomodações para passarem a noite estão prontas. Também já temos outras empregadas a postos para cuidar dos feridos. - Ela diz sorrindo gentilmente enquanto toma a frente guiando o caminho para mais adentro das terras do nobre, chegando em poucos instantes as acomodações dos servos.

Sigo para meu quarto. Imagino a quantidade de camas disponíveis, provavelmente será uma acomodação coletiva... será que daria pra confiar nos dois maníacos salteadores? Talvez o Anão não representaria problemas enquanto o bárbaro não acordasse.

Preciso conversar com a moça.

- Jovem. Precisamos conversar. Agora que estamos em local seguro, acho que podemos colocar algumas coisas nos eixos. Peço perdão, no meio desse dia conturbado acabei me esquecendo do seu nome...

- Ora, ora parece que a noite ficou mais bela.

*Digo quando a moça se aproxima.

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-Ahhh, sim... perdão, não me apresentei... prazer, Marielle. - Ela diz, cumprimentando gentilmente, mas logo se retraindo ao perceber a investida do anão banhado a sangue. Ela contém a muito custo a expressão de aversão, dando um passo pra trás e forçando um sorriso.

*empurro o anão pra longe dela

- muito prazer!! Perdão pelo cavalheiro ali (olho pro anão de rabo de olho).

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- Estou seriamente necessitado de um banho Marielle.. gostaria de me lavar antes de tratar as feridas, se assim for possível.

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Com a aproximação do monge ela novamente baixa a guarda. -Não foi nada. Já estão vindo as demais criadas para ajudar vocês. - Ela diz curvando levemente a cabeça.

Ao adentrar o local, sob indicação dela, é possível já observar algumas longas mesas das quais algumas criadas levantam, boa parte sonolenta, para vir atender o grupo. Ao fundo desse salão, de uma grande porta outras criadas vão saindo. Contavam-se ao todo doze criadas, sendo Marielle uma das mais jovens. Logo os escravos são levados ainda nas correntes até a porta, acompanhados de duas criadas. As demais se atentam em tratar as feridas do grupo e do mercador. Após um bom tempo é concluído o tratamento de todos.

-Desejam algo mais antes de irem aos seus aposentos? - Pergunta Marielle, enquanto auxiliava recolher os materiais e medicamentos usados.

- por mim, não. Muito obrigado!!

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Me achego à mesa visivelmente cansado. Desafivelo a bainha do sabre da cintura, assim como a mochila e coloco aos meus pés. Bebo água. As circunstâncias da viagem foram terríveis. FIco pensando em como a moça estaria para me ignorar por tanto tempo.

Nesse momento, aguardo sermos atendidos. Ficar quieto e tentar ser um bom hóspede pode causar uma boa primeira impressão.

A moça se encontrava completamente deslocada e distante do ambiente ao seu redor. No máximo se retraia e demonstrava dor ao tratarem dos cortes e arranhões dela, e nada mais.

Após ser concluído o recolhimento dos materiais usados nos tratamentos e curativos, Marielle retorna e convida vocês para as acomodações preparadas. Ao passarem a porta, passam pelas acomodações dos criados e seguem reto até passarem por outra porta, onde acabava sendo as acomodações dos viajantes que prestavam serviços ao nobre. Não era nada luxuoso, mas dava ao menos um conforto muito melhor que acampar ao ar livre, além de ser bem mais seguro. Cada quarto possuía quatro camas, e a jovem, por ser a única mulher, acabou ficando com as criadas.

Após fazer meu asseio, retornos ao quarto com os colegas:

- Argulio... A situação não parece nada simples pra garota ou mesmo para a vila em que estávamos. Precisamos ser bastante convincentes nas verdades que apresentaremos ao nobre. (sussurrando) não temos como saber se o Drow não tem espiões por aqui...

Com os últimos cuidados, e após escolherem suas camas, o grupo finalmente tem descanso após a longa e tumultuada viagem, recheada de surpresas e reviravoltas.

...

O dia raia, e aos poucos vão acordando, já sentindo o cheiro de pães recém assados. Após checar as próprias posses e garantir que tudo está como haviam deixado, estão de pé e prontos para mais um dia.

Avalio as condições físicas de meus colegas. Ajudo no tratamento médico dos que parecem mais urgentes. mantenho meus olhos na jovem. Preciso ter alguma informação dela. A impressão que essa criatura me passa é de que vai sair correndo na primeira chance pra se jogar de algum penhasco ou algo assim...

tento me aproximar dela de forma amigável ao longo do dia até que algum dever exija minha atenção.

O tratamento dos feridos se deu sem mais complicações. Agora seria apenas questão de tempo para recuperação deles.

Enquanto isso, a jovem tomava seu desjejum junto as criadas, mas ainda não demonstrava reagir ao ambiente ao redor. Sua mente parecia distante. Depois que as criadas deixam o ambiente para cuidar de seus afazeres, ela permanece ali, sentada, com o olhar distante.

O que iremos fazer Valdemar?? Tenho percebido e observado a menina e ela aparenta estar distante.

*Acordo, um pouco perdido, olho em volta, retiro minha mascara e digo*
-Onde eu estou? - e ume irritado- onde está o meu Machado?

Após alguns momentos de pânico, você encontra seu chamado, pousado ao lado da cama que estava, em pé, encostado na parede.

- eu sinceramente não sei. se essa aí não tomar rumo eu vou larga-la aqui. Bondade tem limites e a minha está quase chegando nele. (sussurro)

termino minha comida. Me ergo e vou ao quarto dos colegas.

- Vocês tem algum destino? de preferência longe e sem volta? estou começando a imaginar se esse reino teria algo para alguém sem chão como eu...

Seus companheiros até então se entreolham e dão de ombros. Sem duvidas o imprevisto que já foi toda essa viagem acabou com os possíveis planos que tivessem, além dos que ainda precisavam de tratamento para terminar de recuperar os ferimentos.

Você sente um toque no seu ombro.
-Senhor, meu senhor lhe chama.

- oh, perdão. Não havia notado sua presença enquanto conversava. Prometo reparar tal malfeito.

*faço uma mesura para a criada*

"com certeza as pessoas não a tratam assim..."

*a sigo. *

A mulher fica perdida com tamanha cordialidade, sem saber como reagir, e após uma série de gesticulações tentando contornar seu constrangimento, apenas desiste, abaixa a cabeça, e fala num tom quase inaudível.

-Me siga por favor.

Logo vocês deixam o alojamento dos serviçais e entram pela porta lateral da casa. Podendo ver agora o interior dela, nota que apesar do luxo, não é nada chamativo. Ao cruzar o salão, a mulher abre a porta de uma sala, contendo várias estantes de livros, uma mesa, e atrás dela, numa grande cadeira, um homem sentado.



-Como está, jovem? - O homem de voz potente lhe cumprimenta, pousando o cachimbo na mesa.