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A luta por Gaia - África

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Mensagem por Stein Ter Jan 27, 2015 8:03 am

Rapidamente, aproximo-me de um dos feridos analisando sua situação.
- Por favor, nos perdoe, não fazíamos ideia desse tipo de embuste - digo, os olhos marejados por saber que nem todos ali eram mals. Aquilo era injusto. Toco o homem com o focinho, orando para que Gaia conceda-me o dom para salvar aquela vida [Cura: 6,6,1,1,6,4; daria pra curar um ponto de vida apenas, à critério da mestra].
Meus músculos retesam, meus olhos assumem um tom amarelo vivo, enquanto meus pelos castanhos se eriçam em indignação.

- Quem fez isso? - pergunto, minha voz assumindo um tom potente, gutural. Gaia havia me dado o dom da cura e da diplomacia... mas também da intimidação. Seu poder e seu julgo fluíam através de mim - QUEM FEZ ISSO?! - olho diretamente para Ammuniti e para todos os presentes, meus ouvidos captando cada batida de seus corações, meu olfato sentindo o cheiro de medo e hesitação, tentando notar o odor da traição.

Intimidação: 1,9,3,5,1,9, [aiai...]
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Mensagem por Aleleeh Qui Jan 29, 2015 12:46 am

África e a Matilha - O pecado do Deserto:

O restante do rosto destruído do General Jhamir causa uma impressão horrível: As maçãs de sua face estavam retorcidas enquanto os olhos pareciam querer escapar das órbitas. Não havia vida dentro daquele corpo mais e em nenhum outro. Todos estavam mortos, com os corpos caídos ou apenas recostados em suas cadeiras.
Seus semblantes não demonstram tranquilidade. Ao invés da serenidade da morte dos justos, eles imprimiam sofrimento e angústia. Seja lá qual fora o veneno ou efeito mágico/ritualístico ministrado, era doloroso.

Hathor, a mulher, se curva:

- Não ousaria ir contra o Faraó, Amumniti. Deixe-nos partir, calçar nossos pés com as areias do deserto e nos encobrir com os fortes ventos das tempestades... não demonstre a ira de Rá perante seus filhos, ó amado Sacerdote, filho das Estrelas.

Nesse instante, o som da guitarra de Ralf ressoa por toda a pirâmide, fazendo todos apertarem os olhos e perderem parcialmente - por dois segundos - a audição. Ao colocar as mãos no ombro do Faraó, os servos o olham com extremo temor:

- Não encoste no Faraó! Precisamos protegê-lo!

Djedefré o olha:

- Traidores?! Do que está falando?
- Senhor Faraó, precisamos retirá-lo desse salão o quanto antes e...

Kelsey segura a adaga enquanto Hawk explode em acusações e em ira... uma ira guardada que parecia corroer seus sentidos. Os nervos parecem latejar dentro de seus corpos, se manifestando em uma respiração acelerada.

Chloe procura controlar sua fúria, mas é algo muito difícil de conseguir com toda aquela barulheira e destruição. Seu olfato já podia sentir o cheiro de sangue que gotejava do corpo inerte do General Jhamir. Em uma mistura de fúria e tentativa de pacificação, seu corpo começa a mudar e doía. Os ossos dilatavam por dentro da pele, os pelos se multiplicavam e se ajustavam ao corpo, junto com veias, músculos e nervos.
Era uma das poucas vezes que experimentava a fúria tomá-la e era como saltar em um abismo esperando que ele o abraçasse.

Era impossível fazer algum plano naquele estado, as garras saltando das patas...

A visão estava focando ela... a mulher que se curvava. Seu cheiro era delicioso... sua carne parecia um banquete digno do que era... uma Garou... e suas poesias precisavam de uma história real... onde a loba enfrentava e devorava a humana.

Role um teste de Fúria, com CD 7. Boa sorte.

Scar dispara na direção do homem... era impossível curá-lo. Seu espírito parecia ter se afastado muito do corpo já. Diante da sua fúria, parecia hesitar. Amumniti recolhe a mão que segurara o homem e o olha:

- Hadhor, agradeço sua fidelidade ao Faraó. Parece ser uma das poucas que ainda acredita nele... e vocês, garous, parem de enraivecer, temos trabalho a fazer. Ainda tem eles para serem interrogados... eliminamos os problemas em potencial. Sinto por não ter avisado os restantes, mas estaríamos colocando em risco a integridade do Faraó. ESSE, era o plano. Se querem respostas, colaborem comigo... ou serão acusados de traição e terminarão como esses pobres pecadores do deserto... que serão purificados em um ritual após os interrogatórios.

Pettri, Scar e Hawk havia recebido suas respostas. Ainda havia o temor, a raiva, o ódio e o cheiro de sangue pela sala. Kelsey continuava com suas suspeitas, enquanto Vincent observava o estranho desenrolar daquela história. A Lâmina dourada e gélida ainda continuava escondida atrás dos panos que carregava consigo, mas a adaga da Uktena queimava.

O bracelete de Pettri parecia agora, parte de seu corpo. Uma perfeita extensão de sua pata... uma sensação estranha de poder era o que aquele artefato o fazia sentir.


Agora enfrentavam um impasse: quem ali era digno de confiança? Os verdadeiros traidores eram os que jaziam mortos ou Amumniti estava atuando desde o início?
A memória da Matilha quanto à visão que tiveram na Sala Precisa, da recepção dos Espíritos na Câmara Mortuária e das informações sobre Seth e tantos outros inimigos... mas tudo parecia tão incerto...
Era hora de tomar uma decisão e torcer para não se arrepender por ela.





_________________________________________________________

2014 - Dias atuais

Os lobos uivam diante do banquete. Era tarde e o chovia muito. Aquele lugar era próximo do Lago Ness, era o que diziam. Nailah tinha energia para lutar com o monstro que fosse, mas, agora, só sentia fome.

Denis, o Roedor de Ossos, retira uma lata de feijões da fogueira:

- Vai aceitar, guerreira? Faz uns cinco anos que não como feijões enlatados. Normalmente temos comido esquilos e alguns pássaros. São saborosos, mas é difícil arrancar o bico.
- Não, obrigada. Me contento com a carne... é dela que eu gosto.
- 'Cê que sabe. Depois pode faltar ferro na sua dieta, hahahaha - ele olha a Garou comer silenciosamente, apesar de arrancar enormes nacos de carne - Sério, gatinha... aconteceu alguma coisa?

Ela ignora o gracejo:

- Tenho uma má impressão... de que estamos sempre sendo vigiados. E, por algum motivo... aquele grupo em que eu estava... não me sinto bem sobre eles.
- Eles eram ruins?
- Não... mas algo muito ruim parece persegui-los.
- Todos sofremos, não se renda para esses sentimentos. Eu moro na rua há tantos anos, gosto dessas florestas costeiras... aprendi a ser parte da rua e parte disso aqui também. É difícil não ter "coisas ruins" nesse mundo. Meu pai matou a minha mãe e depois eu que o matei... Ele não era Roedor, não. Ele era um Senhor da Sombra... eu bem sei disso, embora ninguém me conte. Mas seus amigos vão se dar bem, pode crê! Aquela Anciã, Abhaá, pode parecer inofensiva mas sabe fazer um bom ritual de proteção. Eles 'tão bem, ruivinha!

Nailah não tinha certeza sobre isso. Nem se deveria ter abandonado a Matilha depois de tudo que Viktor tinha lhe falado.
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Mensagem por isaac-sky Qui Jan 29, 2015 12:53 pm

Tiro a mão do ombro do Faraó. Um plano começa se formar em minha mente.

- Temos um impasse aqui, senhores. E se todos não se sentarem mais sangue será derramado sem entendermos quem são os traidores - tento soar calmo, mas não me afasto do faraó. A ideia não é ameaça-lo, e sim, trazer sensação de segurança a ele.

- Existem atividades muito suspeitas nessa pirâmide e o senhor pode responder nossas dúvidas, faraó - ajeito o chapéu - Perdoe-me a pergunta, mas a cerimônia de embalsamento e rituais de funeral para a sua mulher foram feitos aqui? A quanto tempo?

"Espero que eles segurem as pontas enquanto o faraó não responde!"
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Mensagem por arcanjosna Qui Jan 29, 2015 2:02 pm

 Hawk: 8D10 => [ 2 +1 +1 +10 +5 +1 +6 +10 ] = 36 #4 (vigor) + 4(instintos / especialização)

Já havia afiado as garras, respiro fundo. Pra mim chega! Começo a hiperventilar, e meus instintos mais uma vez remetem a eras primordiais com a intenção de destruir...

Inicio a transformação para a forma hispo.
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Mensagem por Hayka Alchemist Seg Fev 02, 2015 8:04 pm

chloe: furia
chloe rolls repeat 4 d10 = 7; 10; 4; 9 ℹ

Aquilo já tinha me tomado conta outras vezes, mas essa é uma situação da qual não posso deixar sair do controle. A dor da transformação fazia meu sangue ferver e solto mais uma vez um uivo bem alto, olho para mulher tentando intimidar e mostrar que tudo irá se resolver.

-PAREM JÁ COM ISSO... FARAÓ VENHA IREI TE PROTEGER!
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Mensagem por ritter Ter Fev 03, 2015 1:34 pm

Sinto um formigamento em meu braço, no lugar onde está o bracelete. Ele parece mais apertado, como se tivesse se moldado ao meu corpo.

Por um breve momento, me distraio de todo o caos que está em volta e tento entrar novamente em harmonia com o objeto.

Pettri: 6D10 => [ 5 +7 +9 +5 +1 +10 ] = 37 //Gnose 4(-1 do nariz sangrando) + 2 Instinto primitivo
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Mensagem por Yoru Ter Fev 03, 2015 3:20 pm

      — Só pode ser brincadeira... — Raposa permanecia incrédulo quanto à toda aquela situação. Lobos... é óbvio que vão surtar com isso, avaliou o comportamento deles.
      Por que pediu nossa ajuda se podia dar cabo deles sozinho? Olhando para a ruína que era a cabeça despedaçada, teve certeza de que o apetite escapara à mesa com maior facilidade que sangue e olhos escaparam daquele crânio. A comida, com a qual ainda não havia servido seu prato, espalhava-se junto a louça e servia de travesseiro para um ou outro desfalecido. Esperava que não fosse um veneno letal, ou jamais conseguiriam uma confissão. O líder armado fora subjugado num único movimento, bastou menos ainda para que perdesse a vida.
      Seus companheiros lupinos ostentavam desaprovação e até os dentes. Devem permanecer calmos, gostaria de transmitir mentalmente. No entanto, provavelmente só ele conseguia pensar com cautela, sem se abalar com a súbita e trágica aparição do sangue e do engano. Ele também ameaçou quem se opusesse, e lobos geralmente reagem mal à essa hostilidade. Seria a raposa a última fera com alguma porção de sanidade desta matilha? Darún talvez esteja pensando em alguma coisa, relembrou-se do pacífico líder. Alguém precisava suavizar a fúria nos seus companheiros, ou Amumniti faria mais vítimas esta noite.
      A força do sacerdote podia ser uma coisa tremenda, mas era da sua astúcia que o vulpino mantinha um saudável temor.
      — Hawk! — gritou o kitsune pela atenção do Presa de Prata, pondo-se de pé cuidadosamente, para manter a lâmina equilibrada em seu apoio. — Acalme-se — pediu. — Pelo que sabemos eram traidores, por isso que Amumniti pediu nossa ajuda. Para confrontá-los sobres seus atos. — Analisando a expressão do Sacerdote-Chefe, o espião deslizou e apoiou o braço sobre o encosto da cadeira, só para ter o cabo da arma ao alcance da mão. — Estou certo de que há alguma razão por trás do envenenamento. E espero que estejam somente desmaiados. Um interrogatório é indispensável nesse caso.
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Mensagem por Stein Qua Fev 04, 2015 5:01 pm

- Ralf tem razão, acalmem-se, todos vocês! - rosno para meus companheiros, tentando simultaneamente conter minha fúria. O odor adocicado do sangue derramado naquela sala me remetia a uma sede que eu não mais recordava. Ao mesmo tempo, essa sensação me causa revolta... nem todos eles eram maus... não havia como saber... aquilo era injusto.

Olho diretamente para Amumniti, tentando identificar a verdade em seus olhos orientais... mas era impossível. Ou eu continha minha fúria e buscava o equilíbrio para ouvir o que aquele sacerdote tinha a dizer... ou arriscaria a vida de meus aliados sem nenhuma garantia de respostas.
Escolho a primeira opção. Respiro longamente, de olhos cerrados e volto a me pronunciar.

- Nos diga o que precisa dizer, Sacerdote, e que sangue algum seja derramado novamente neste palácio. Este deveria ser um local sagrado... convidados deveriam estar guardados sob o antigo código da Proteção do Anfitrião, tão difundido entre vocês humanos... mas vejo que não - meu ar de desaprovação é evidente, e demonstro não ser complacente àqueles atos assassínios. - Meus ouvidos estão abertos para receber a verdade, Sacerdote... mas peço que nenhuma nova palavra mentirosa saia de seus lábios, ou... que o Faraó perdoe minha ousadia.. serão suas últimas.
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Mensagem por Aleleeh Qua Fev 04, 2015 5:29 pm

2014 - Dias atuais

O jornal era novo, Britain Journal ia escrito em letras negras e estilizadas, na capa.
A matéria embaixo de Senador Hushton e sua Heroína era a do fiasco na FestConMachine, a 3ª edição que prometia novidades para o mundo.

- Delacroix?
- Você, de novo..?
- Precisa encontrar o homem que dissemos. Já lhe pagamos metade adiantado, sabe disso. Deve ter comprado esse jornal com parte do dinheiro, tenho certeza.
- Eu irei hoje, mas não porque me pagaram, mas porque me contaram sobre...
- Delacroix, não se anime tanto. Os mesmos homens que lhe auxiliaram estão traficando heroína por Londres e eles não tem escrúpulos em matar seja quem for... mesmo que esse homem seja Hushton.

O Senador... então ele tem algo a ver com eles? Ou seria um descendente de Caim?


Liana deu as costas para o homem que, assim como chegou repentinamente, sumiu dentro da multidão que atravessava a rua em Londres.
No smartphone, em uma nota criptografada, iam os nomes: Alen Malthir, Nailah Hiden, Stew Hampshire e Lisa K.

Alguns grãos de areia dançavam soltos pela calçada.

Areia... areia quente...

_________________________________________________________

Madrugada de Sábado para Domingo - 2013

Hollowi acordou, o suor pingando copiosamente pelo corpo. Kelsey continuava dormindo, talvez sonhando com suas recentes aventuras ou se lembrando de como fora parar, ainda bebê, naquele local de densa floresta.
A memória ainda o atormentava, mas ainda mais que aquilo, o atormentava a voz que havia escutado naquele exato instante. A voz feminina ressoava e a entrada da barraca estava entreaberta, aguardando que ele a atravessasse.
Pegando rapidamente uma espécie de pá, saiu, fechando atrás de si os panos da tenda que guardavam a sua filha.
Ele e sua mulher não podiam ter filhos e isso lhes causava muita tristeza. Até que, um dia, encontraram um bebê e a ela deram o nome de Kelsey Ciaran.

Caminhou, seguindo a voz que parecia vir de cada folha de árvore ou ser da terra. Não conseguia perceber se caminhava por muito tempo, mas, em determinada hora, seus pés cessaram o caminhar. Sentou-se de frente para uma árvore.
Olhos humanos não poderiam ver de onde saía a voz feminina que inundava o local, mas Hollowi podia ver com perfeição cada traço que compunha as formas exóticas que o evocaram naquela noite.
Um vento manso soprava e uma fina areia amarelada dançava por entre as árvores, trazendo um cheiro peculiar de secura e perdição:

[...]
- E como entregarei esse punhal?
- Deixará em seu lugar o presente e deve partir. Antes, os homens viviam pelo inevitável; hoje, podem trilhar seu próprio destino. Mas até o destino pode se encontrar com o inevitável... flertar com a dinâmica incessante das coisas ruins... e transformá-las em boas. As boas apodrecerão... os maus serão consumidos nas chamas dos confins da Umbra... e, por fim, quando a estrela vermelha surgir no céu... ela estará guardada pela sua vontade de mudar o destino e prosseguir com as coisas boas por Gaia. Essa era a vontade de seu pai, que herdou a vontade de seu avô... você aceita seu justo fardo perante mim?
- ... sim...

Kelsey encontraria seu punhal na manhã seguinte, junto com uma carta. Seu destino começava a ser traçado.
_______________________________________________________________________________________________


África e a Matilha - O pecado do Deserto:

Os servos continuavam empurrando o Faraó cada vez mais para fora do Salão de Jantar, quando Ralf finalmente pergunta sobre suas suspeitas construídas na Sala Precisa.
Djedefré começa a responder:

- O que minha falecida esposa tem a ver com isso?! Hoje seria o último ritual, mas não tenho mais certeza diss... Amumniti, prossiga com o que precisar, por favor.

- Não fale desse assunto, convidado! Temos ordens superiores para retirá-lo, senhor Faraó.

Chloe se aproxima, conseguindo desviar seu olhar da carne macia de Hadhor, indo em direção ao Faraó enquanto soltava um uivo estrondoso.
Todos a olham com temor, e um dos Servos, em um ato de proteção, manipula sua lança, acertando o braço de Chloe e fazendo o sangue respingar em uma cadeira.

O Faraó tem os olhos arregalados e a boca branca. O servo grita:

- SE AFASTE, MONSTRO! NÃO HESITAREMOS EM MATÁ-LA SE ASSIM FOR PRECISO!

Eles não a deixariam encostar no Faraó enquanto respirassem e isso era claro em suas vozes, apesar das mãos trêmulas. A vontade deles era maior que a sua capacidade de intimidar naquele instante.

Hawk começa a mudar sua forma, sentindo os ossos mudarem brevemente de lugar e sua fúria se expandir por cada célula.
Amumniti sente a ameaça iminente de seu recente aliado, e o observa com o mesmo olhar de antes: um olhar misterioso.

A voz de Vincent chega como uma reprimenda para o Presas de Prata. Agora que observava, sobraram apenas quatro deles ainda de pé; estes tinham olhares confusos de terror, ódio e uma complacência enganosa. Conforme o planejado anteriormente, era dever da Matilha interrogar aqueles outros, como forma de barganha para encontrar o grupo de Sacerdócio de Amumniti que poderiam ter a resposta que tanto ansiavam: como sair daquele passado obscuro e voltar para suas vidas normais. De quebra, poderiam conhecer uma tribo de Peregrinos Silenciosos, mas isso era tudo apenas uma opção.

Scar confronta novamente Amumniti, tentando se utilizar de sua razão mais do que sua fúria. O Sacerdote não demora em responder a todos:

- O líquido que utilizamos para fazê-los ficar inconscientes é imbuído com as forças de um ritual, separando o corpo e a alma como se estivessem morto. Chamamos de Líquido do Julgamento, e ele destrói gradativamente o corpo de quem o ingeriu. Deve ser usado sabiamente ou as consequências podem ser terríveis. O restante deles não tomaram do líquido e são a parte mais pensante dos meus convidados: eliminei a força bruta e, agora, vocês podem se aproveitar da estratégia. O Faraó me apoiou após vocês relutarem em contar para Djedefré sobre nosso acordo. Então, por quê temem represálias de seus aliados? Hadhor, acalme seus companheiros e sente-se como uma mulher deveria se sentar, por favor. Não toleraremos mais levantes dentro dessa pirâmide.

Hadhor o obedece, sentando-se em uma cadeira, enquanto Abuh continua de pé:

- Você está errado, Amumniti! Não sei como conseguiu enganar a todos e receber ajuda de fora, mas nós sabemos da profecia! Nós sabemos que eles foram mandados para propósitos maiores e não para servir os cruéis subordinados do demônio desse Deserto!

- CALE A BOCA, SUJO! SUAS PALAVRAS SÃO TÃO IMUNDAS QUANTO UMA PROSTITUTA! DEVERÁ SER PURIFICADO POR BLASFEMAR EM CIMA DE TODAS AS NOSSAS CRENÇAS!



Pettri tenta esquecer o mundo à sua volta, concentrando-se novamente no bracelete... e aquela voz distinta que parecia ter lhe falado no momento em que colocou o bracelete pela primeira vez volta a responder:

- Assim como o sol, nós queimaremos..!

Você ganha +1 em testes de Vigor e mais alguns bônus não revelados.

A sensação era de ser um pedaço do sol. O poder ancestral do bracelete parecia se manifestar de uma forma calma, porém, perigosa. Era como um fogo de um fósforo, tão inofensivo e, ao mesmo tempo, devastador.

Darún pondera tudo:

- Se jurar não machucar nenhum dos nossos nem esses que aqui estão, até que se apresentem provas concretas de que merecem alguma punição, eu poderei continuar com o plano.

Djedefré, o Faraó, abandonava a sala, deixando Amumniti como o responsável pela situação.
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Mensagem por isaac-sky Qua Fev 04, 2015 5:44 pm

Me afasto do faraó lentamente, erguendo o braço direito como sinal de paz.

- Vá em segurança, senhor. Obrigado por responder - noto a confusão nas palavras do faraó. "Ele não tem certeza de quando é o último ritual de sua mulher?"

"Interrogar, que tal interrogar a todos?"

Olho irritado para os dois que começaram a se transformar, parece que haviam esquecido todo o plano e tudo o que fazíamos ali. Começo a compreender porque as tribos nunca se dão muito bem.

- Scar, cuide do braço de Chloe - peço ao amigo, sei que ele possui a habilidade para curar ferimentos.

- Acho melhor todos nos sentarmos, agora. Eu to cansado de ficar lidando com meias verdades aqui. Abrimos o jogo, falamos a verdade. Que profecia é essa? - pergunto a Abuh.

Começo a me sentar, esperando que o restante da minha matilha faça o mesmo.
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Mensagem por Aleleeh Qua Fev 04, 2015 5:49 pm

Abuh o responde:

- De que os Filhos da Lua viriam, mandados por Gaia, de outro lugar das areias da Ampulheta... viriam salvar esse lugar de um mal que nasceria da profundeza do Deserto e tomaria cada lugar.

Amumniti o olha:

- E acham que não sei o que fazem? Que foram ter com Seth? Que revelaram a nossa posição pela SEGUNDA VEZ?! Eu deveria ter afundado todos vocês, mas isso é contra os preceitos do Sacerdócio e por isso estou concedendo esse interrogatório.

- Você matou Jhamir, seu irmão, Amumniti! Não tem honra para me dizer que nós não deveríamos falar com Seth... e não nos aliamos, muito pelo contrário, oferecemos represália e por isso não podemos pisar no Grande Egito mais!
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Mensagem por isaac-sky Qua Fev 04, 2015 5:53 pm

"Seth. O Pettri havia comentado...e brigado por conta desse nome"

- Espera ai - digo, interrompendo o bate-boca. - Seth? - olho para Pettri, estendendo a mão para que ele espere um segundo.

- Senhores, nós viemos de outro tempo e isso nos permite saber de coisas que ainda virão para vocês. Seth não é alguém com o qual deveriam se aproximar...ele é a destruição de algo que importa muito a uma tribo. Pettri, conte os detalhes.

Estávamos mexendo na linha temporal. Até agora tentamos ser sutis, e não funcionou.

"Vai fundo, Pettri"
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Mensagem por arcanjosna Qua Fev 04, 2015 6:16 pm

(antes das falas de Ralf)

Estava pronto. Iria matar, rasgaria esse maldito no chão como sempre faço... É o que faço de melhor, é pra isso que sirvo. O destino que escolhi pra mim... Vou matar... Amar é difícil... matar é mais prático, não tem dificuldades ou desilusões... É preto no branco...

Ouço a recomendação de Vincent... Não me importo... Continuo raspando as garras no chão, deixando marcas.. Minhas garras pedem sangue... Carne...

Então ouço a voz de Scar... Como sempre o juiz castanho se mete entre mim e uma presa... Isso me irritaria normalmente... Mas a cara de bobo que ele faz no final... Não consigo me irritar com ele... Acabo cedendo... Volto à forma racial... Olhando pro chão... Rosno para Ralf enquanto isso quando ouço seu comentário... Quem esse entretenedor pensa que é?... Mas acabo concordando... A novata precisa de ajuda...
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Mensagem por Stein Qua Fev 04, 2015 6:29 pm

Me aproximo de Chloe, pensando em curá-la, mas logo percebo que o ferimento já começa a se fechar. Lembro-me que Darún havia me ensinado que em sua forma plena um lobisomem era capaz de regenerar qualquer dano muito rapidamente. Bastante interessante.
Aguardo Pettri contar sua história, a referência a Seth me dá calafrios... quem, afinal, era aquele homem que causava tanta inimizade entre os irmãos do deserto?
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Mensagem por ritter Qua Fev 04, 2015 7:09 pm

Pettri: 7D10 => [ 4 +6 +5 +9 +10 +5 +8 ] = 47 #Manipulação 3 + Intimidação 4
Pettri: 1D10 => [ 1 ] = 1 #Re-roll

Seth...
- Honra? Nenhum dos dois tem direito de falar de honra! Um mata seu próprio irmão, enquanto outro faz acordos com um dos piores seres que já existiu! - Espero alguns segundos, fazendo minha voz ecoar pelo salão. Olho para Abuh. - Seth... Essa criatura vil que você tem apoiado trouxe destruição e morte para milhares de meus antepassados! Rogou uma maldição sobre minha tribo! Ficamos fadados a vagar pelo vazio após a morte, pois não conseguimos falar com nossos antepassados! Seth... Você nem ao menos deve saber dos planos dele! Ele é um anti diluviano, um dos mais antigos e poderosos vampiros que já existiu! E é o responsável por manchar toda a SUA terra de sangue! - Vociferei como nunca antes. Paro por um instante, respirando fortemente. - Você irá nos falar exatamente o que tem tratado com aquele lixo. Se julgarmos que está tentando nos enganar, não hesitarei em abrir-lhe ao meio. E você Amumniti, vai sentar e escutar. Sem mais NENHUMA surpresa. Fui claro?

Estávamos jogando um jogo perigoso. Mas já havia cansado dele. Se havia uma chance de salvar o destino de minha tribo... Teria de ser tomado pela força.
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Mensagem por Hayka Alchemist Qua Fev 04, 2015 7:25 pm

Alelel rola os dados para mim? Estou confusa ><

Solto um uivo de dor, fixo meus olhos nos servos.

-Não sou como vocês que machucam outras criações de Gaia.

Após as palavras de Scar, saio em direção ao faraó, como crisno, e quando o vejo começo a me transformar em humana, tentando trazer calma a ele.

-Eu, irei te ajudar, sou a loba branca de hoje cedo.

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Mensagem por Yoru Qua Fev 04, 2015 7:27 pm

      Hawk estava prestes a passar por cima dele. Somente quando o bondoso filho de gaia rosnou é que o presa de prata pareceu compreender.

      Somente lobos falam com lobos, é claro.

     A todos o Sacerdote-Chefe esclareceu sobre o veneno, complementando que os que lhe importavam eram os verdadeiramente espertos; aqueles que não tomaram da bebida. E exige que se assentem outra vez.

      Julgamento.

      Então realmente é Amumniti que manda por aqui, compreendeu enfim, enquanto o Faraó era retirado cheio de confusão no olhar. Respondera sem demora à questão de Ralf, e isso provava ao kitsune o quanto Djedefré permanecia inocente. Uma fera branca sangrava na outra extremidade da mesa, e a pequena lupina delicada havia desaparecido. É ela, rapidamente percebeu, outra inocente nesta história. A imagem da úmida mancha escarlate em seu pelo alvo tornava a cena gravemente chocante. Naquela mesa viam-se muitos rostos, e alguns vivos pareciam menos expressivos do que os falecidos, e isso de um modo estranho parecia garantir que fossem intocáveis. Kelsey a tudo ouvia e nada dizia. Mordekaisen parecia encorajar seu aluno, no que quer que Pettri estivesse fazendo; tão quieto.

      Então Darún posiciona sua condição de continuidade da missão ao contratante. Nesse ponto, Amumniti era a autoridade maior, só o líder de matilha o poderia confrontar. Acusador e Abuh, o acusado, alimentavam uma discussão em pausas. Repleta de revelações.

      Profecia!?, pensou ter escutado, e a réplica de Ralf surgia para confirmar a sua dúvida. Abuh revela a tal profecia. Profecias são como visões! Sua mente estava ficando clara. Aquilo que alguém havia vigiado antecipadamente no mundo dos sonhos fora revelado a ele logo no grande salão da pirâmide. O Tecelão sonhou com o despertar de uma profecia. Não, tentou alertar a si mesmo ao virar os olhos outra vez para a ferida de Chloe. O seu povo também, ouviu, mas não era a sua voz. Um gato preto veio lhe dizer. Então a memória deixou de ser névoa como os sonhos e se tornou gelo como a experiência. Não somente sonhara, mas de certo modo estivera lá, vulnerável aos olhos do felino. Que pode dizer em mais alto som.

      O seu povo também sofrerá...

      Sentou-se novamente. A matilha poderia não ouvir o regougar da raposa; porém, lobos poderiam aprender o que é sentar e calar à mesa.

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Mensagem por isaias_tsuiwa Ter Fev 24, 2015 5:35 pm

'Sangue, ódio... vampiros? Santa Gaia, não me recordo disso, droga, droga, droga.... estudei anos e anos, enfiei minha cara nos livros e em diversos rituais e seitas e estou aqui só para ficar olhando? De forma alguma....'

*Quando ousei levantar minha voz para falar, vi Ralf e o Peregrino tomando a frente, esperei... e em seguida, com um olhar frio aponto a ponta da minha adaga para Amumniti e digo*

"Seria ideal você esclarecer como homem honrado que você é, o que está acontecendo... Estou sendo delicada certo? Porque o circo que você fez Vossa Onipotência, o Grande Faraó passar foi algo tão impensado que nem o mais vil dos servos submeteria seu Senhor a tal coisa"

*Minha voz fica em um tom mais rispido*

"Compreende? Ou vou ter que escrever um pergaminho e fazer um ritual para você entender? Vamos, já que você foi a mente por trás disso, esclareça-nos e nos oriente... porque com a sede de sangue que você despertou, deveria agradecer à Rá por ainda estar vivo"
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Mensagem por Aleleeh Ter Mar 03, 2015 1:28 pm

África e a Matilha - O pecado do Deserto:

Amumniti faz um sinal para que os servos que restaram peguem os quatro convidados restantes:

- Vamos para outra sala, não devemos fazer mais bagunça na sala de jantar preferida do nosso Faraó. Conversaremos melhor lá dentro, afinal, é o lugar adequado para isso.

Darún caminha na frente, olhando para o grupo com cautela. Seu semblante transmitia o esforço mental que fazia até ali para guiar o grupo e não permitir baixas; o joelho doía, relembrando-o de quando todos os seus antigos companheiros morreram pelas garras da Wyrm, a maior inimiga do mundo.

Já faz tempo desde que meu joelho range quando tento caminhar. Tenho olhado para os meus livros mais do que gostaria. O rosto de espanto e morte dos meus irmãos não deixam dúvida: estão todos mortos. Fizemos incursões por dentro da Umbra, em busca de seus espíritos... é como se eles estivessem extinguidos permanentemente de todos os lugares. Nossos inimigos fizeram um bom trabalho em destruir até a alma desses Garous.

Abhaá teve uma visão. O Apocalipse se aproxima e suas visões ficaram cada vez mais constantes. Não consegui uma cura para meu joelho, mas ela sabe o que irá curar a minha mente: lutar por Gaia mais uma vez. Eu estou aguardando os novatos; ela me deixou claro que chegariam em um dia de estrelas e partiriam comigo debaixo de densa neblina fria.

Meus companheiros, sei que a Umbra já não os guarda mas sei que em cada ser que respira, em cada árvore que derruba suas folhas e em cada caminhante da terra vocês continuarão existindo. Somos todos vivos, enquanto alguém possuir memórias de nós... e a terra em que seus corpos se deixaram cair se lembra de vocês, assim como as facetas de Luna não podem negar suas breves existências.

Eu continuarei aqui, fazendo jus à tudo que acreditávamos. A matilha resistirá perante qualquer inimigo pois nosso estandarte é Gaia. E seu chamado continua forte sobre mim.


As lembranças de Darún dançam dentro de sua mente enquanto caminhavam por um corredor até chegarem em uma nova sala. Algumas cadeiras de pedra estavam ali posicionadas, no centro, um recipiente alto com água pura e límpida até a boca.
Amumniti os apresenta ao local:

- Essa é a sala do Sumo Sacerdócio da Pirâmide do Sol e da Lua.

Os servos colocam os quatro convidados sentados, cada um em uma cadeira.
A sala à meia-luz era sinistra e espiritual. Por todos os cantos iam enormes esculturas dos deuses egípcios, todos posicionados com os olhos para baixo: era como se estivessem olhando para cada um de vocês.
O Sacerdote não demora a começar a falar:

- Vejo que alguns de vocês não confiam em mim, sequer compreendem como as coisas são feitas nesse tempo, assim como eu não compreenderia as atitudes de vocês se tivesse me acontecido o mesmo que ocorreu com vocês. Vos digo uma coisa, irmãos: Jhamir era meu irmão de criação, porém, nunca conseguimos nos compreender. Ele sempre foi impulsivo e destrutivo para os nossos planos, mas Djedefré teve complacência com ele, o mandando para o Fim do Deserto do Sul, para o Grande Egito, para que lutasse na Armada.

Ele pausa, olhando os quatro que iam ali sentados, dando dois passos à frente antes de prosseguir:

- O que nós vamos esclarecer agora é o que parece mais lhe interessar, garou dos olhos amarelos: - ele se vira para Abuh, que olhava para baixo - O que Seth ordenou que vocês fizessem e a que preço?

Abuh olha com ódio para Amumniti:

- Ele nos expulsou do Grande Egito, Amumniti! Você sabe disso!

- Esses garous aqui ao meu lado não gostam de Seth... seria uma pena se você não falasse a verdade.

Hadhor, a mulher de beleza exótica, diz:

- Seth primeiramente ordenou que nós lutássemos ao seu lado. Ponderamos muito sobre o assunto, antes que acontecesse a praga. O Sacerdote local, Joharr, acreditava veemente que a culpa era do novo faraó, Seth, a personificação de deus no Egito. Djedefré ainda era recém-casado com Khepri e havia herdado a estrutura inicial dessa pirâmide de seu pai, Quéops. Quando Kawab e Setka, seus irmãos, morreram pela praga, Djedefré decidiu sair de sua pirâmide em Abu Rawash e vir para o Deserto, como a sua Oráculo previu anos antes. Quéops morrera logo em seguida, ao que tudo indica, uma morte natural. - ela olha para todos - Djedefré era para ser o grande faraó do Egito, mas Seth havia conseguido a descendência de outro faraó, que reinava quase que simultaneamente à Quéops: Khufu, seu irmão gêmeo.

Senefe, um homem corpulento que até agora só havia esbravejado, decide falar:

- Seth nos alegou que era filho de Khufu, portanto, primo de Djedefré. Com a problemática de dois faraós e Quéops sendo o favorito pelo povo, Khufu matou todos os outros filhos que pareciam fracos e ordenou que Seth o sucedesse e se tornasse o grande Faraó. Porém, Djedefré casou-se com Kehpri antes de Seth desposar sua pretendente e ganhou a pirâmide de Abu Rawash.

Abuh fala:

- Poderíamos ter traído Djedefré, mas escolhemos optar por uma conciliação de servidão: serviríamos tanto Seth quando Djedefré e tudo ficaria bem, com os dois governando partes distintas do Egito. Mas Seth não aceitou nosso acordo e nos expulsou de suas terras... então fomos atacados duas luas mais tarde, e perdemos muitos homens. A praga, que havia parado, voltou a reinar pelo Egito e Hetepherés I, a esposa do suposto pai de Seth enlouqueceu. Tivemos de tentar contê-la, pois ordenou que os guerreiros de seu falecido marido matassem todas as crianças e jovens. Ela morreu pouco tempo depois, louca, e Seth destruiu a pirâmide onde haviam os corpos mumificados de Khufus e Hetepherés I e todos os seus pertences, pergaminhos e sacerdócio foram queimados dentro da estrutura de pedra.

A sala parecia mais horripilante agora e a sensação era de estar novamente naquele apartamento em Londres: medo, ansiedade e um certo distúrbio nas suas percepções.
O nariz da matilha sangrava novamente e isso era um grande problema. Senefe continua:

- Foi quando chegaram vários homens diferentes no Egito, para servir Seth, e os Peregrinos Silenciosos se instalaram próximos da nossa base da Armada. Os misteriosos garr oukhs alegavam que estavam ali à chamado da própria Gaia e de seus anciões pois os homens que chegavam ao Egito possuíam hábitos estranhos e rituais obscuros; à eles, chamavam de filhos de Caim e possuíam grande ódio pela simples existência deles no Egito, antigo território dos Garr Oukhs. Nesse meio tempo, Osíris e Hórus batalharam incansavelmente pelas terras que agora pertenciam a Seth, Djedefré e a outro filho de Quéops, Baká. Os Peregrinos lutaram e venceram, mas ainda pensam em fazer um último e grande ataque à Seth e tirá-lo do Egito para sempre.

Abuh fita com mais ódio ainda o Sacerdote Amumniti:

- E nesse tempo, Amumniti, você estava no Grande Egito. Sabe da praga que destruiu nossas famílias, sabe da nossa luta. É uma bobagem continuar com isso só porque adorava Osíris!

Amumniti sorri de volta para Abuh:

- Osíris tinha algo a oferecer, diferente de Seth que nunca pensou no povo e só nele mesmo. Vocês não contaram a parte que se aliaram a Hórus contra a vontade dos Peregrinos... nem que Khepri mandava recursos para vocês sem ao menos saber que você a amava... amar a mulher do Faraó é uma das piores traições. Você queria colocar seu herdeiro no ventre dela, é repugnante! Seth com certeza o apoiara... já que ele nunca conseguiu ter um filho sequer com aquela vagabunda com quem casou... Khepri seria dele, se você também não a amasse, não é, Abuh?

Abuh fica vermelho de raiva:

- Eu a amava como amo Djedefré, como meus líderes pelo Egito! Você a matou apenas para ver o faraó aos seus pés... tudo isso para continuar na sua seita... uma pena se...

Hadhor os interrompe:

- Abuh, já chega! Não temos provas sobre a Seita e Amumniti já disse que ela deixou de existir com a praga do Egito!

A conversa era cheia de revelações para a matilha e com a interrupção de Hadhor, vocês possuíam espaço para contestar, discutir ou interrogar os convidados. Um deles se mantinha calado ainda, com um olhar vago enquanto Amumniti continuava com um sorriso nervoso para os que prosseguiam discutindo.
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Mensagem por ritter Ter Mar 03, 2015 1:46 pm

- Espere! Você disse que os peregrinos atacariam uma última vez, para garantir a vitória. Quando esse ataque ocorrerá?

Talvez eu ainda consiga avisar meus antepassados. Preciso acreditar nisso.
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Mensagem por Aleleeh Ter Mar 03, 2015 2:36 pm

África e a Matilha - O pecado do Deserto:

Mordekaisen se aproxima de Pettri, como se estivesse cuidando de sua integridade naquele momento.
Senefe escuta a questão do Peregrino:

- Não temos grandes detalhes, mas eles pensam em fazer tão logo as profecias se confirmarem. Estavam aguardando algum tipo de movimentação fora desse mundo.

Aquela última afirmação... poderia ser que os Peregrinos estivessem se movimentando na Umbra e se preparando para o último ataque?! Se isso fosse verdade, era uma parte ainda não visitada da história dos Peregrinos: eles estavam contando com suas trilhas umbrais e, possivelmente, criaturas da Umbra. Afinal, qual outro motivo de tanta espera fora desse mundo?
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Mensagem por ritter Ter Mar 03, 2015 3:02 pm

Chamo Mordekaisen para perto, e digo em voz baixa:
- Mestre, essa é nossa chance... Se pedirmos auxílio para o ratkin, talvez possamos encontrar nossa tribo pela umbra e os convencer que isso é um erro, alerta-los das consequências!

Paro para respirar algumas vezes, e retorno a falar:
- Sei que sou imaturo, e apenas um garou impulsivo... Mas estou pedindo sua ajuda nisso, Mordekaisen... Pai...
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Mensagem por isaac-sky Ter Mar 03, 2015 3:14 pm

No corredor, aproveito o momento para me aproximar rapidamente de Pettri.

- Peregrino, acho que eu estava errado. A nossa simples presença já mudou todo o futuro...não há ponto de volta. Se há uma forma de restaurar o que vocês perderam, salvar os peregrinos, conte comigo - digo e me afasto.

Eu não compreendi metade dos nomes citados naquela conversa. Pareciam deuses perdidos em aulas de história que eu as vezes não prestava atenção.
Continuo ouvindo a tudo.

- O que acha, Scar? Esse sangramento...droga, isso aqui me lembra aquele apartamento - rapidamente sinto a presença de minha adaga, escondida sob minha roupa.
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Mensagem por Aleleeh Ter Mar 03, 2015 3:23 pm

África e a Matilha - O pecado do Deserto:

Mordekaisen desvia o olhar, pensativo. Parecia ter sido pego de surpresa novamente pelo que Pettri cismava acreditar:

- Podemos tentar... já nos envolvemos demais nisso.

O Peregrino começa a caminhar, parando na diagonal de Amumniti:

- Precisamos partir o quanto antes, Sacerdote. Nós estamos auxiliando nesse interrogatório que nos foi muito útil, mas é chegada a hora de partirmos. O Senhor poderia nos apresentar à sua equipe para que possamos encontrar o meu povo?

Amumniti refaz seu misterioso olhar:

- Ainda não sentenciamos esses quatro homens e nem cheguei a purificá-los. Os servos estão limpando os corpos dos homens que deixamos na cozinha... pobres pecadores. Vamos dar início a parte final e, assim que terminarmos aqui, poderão partir ao encontro dos seus.

Ralf sente a adaga encostada praticamente em sua pele. Amumniti parecia pronto para dar continuidade ao que havia começado e aquela sala era exatamente o ponto em que ele gostaria de chegar. Era perceptível em seus olhos.

Amumniti se aproxima do pedestal com a enorme bacia cheia de água:

- Hadhor, Abuh, Senefe e Bomani. Vocês serviram ao Egitos mas pecaram, diante das sinceras desculpas que trouxeram até esse lugar, diante dos olhos dos deuses do Egito, ousaram também profanar a casa de Djedefré e sua honra. Hadhor, pela colaboração sincera, embora tenha se deixado levar pelos terríveis homens do Egito, será a primeira a ser purificada. Venha até aqui.

Hadhor se levanta, com os olhos assustados:

- Mas... você disse que iria me deixar partir, Amumniti...

Amumniti:

- Isso e uma represália diante da vontade dos deuses?

- N-não... - ela começa a chorar.

A sala escura, subitamente, se enche de um ar pesado. Os olhos dos deuses se acendem, cada um de uma cor. A água límpida e pura começa a borbulhar enquanto Hadhor se aproxima. Dois servos a seguram, um em cada braço. O Sacerdote dirige uma ordem:

- Você - ele aponta para um servo - diga para eles entrarem.

Após dois minutos, entram atrás do servo sete homens encapuzados, cada um se posicionando em um local próximo das enormes estátuas das divindades egípcias.

O arrepio toma conta de Vincent e de todos que estavam na Sala Precisa: Eram idênticos aos homens daquelas memórias que visitaram.

Amumniti começa a dizer várias palavras que vocês não podiam compreender, como se ele dominasse um idioma proibido e muito mais antigo que as próprias areias do deserto.

Um ritual se inicia.

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Mensagem por isaac-sky Ter Mar 03, 2015 3:30 pm

- Calma aí? Vocês vão matar a mulher? - pergunto, abismado. Esse é o Egito, uma outra era...mas certas coisas eu não aceito.

- O que é esse ritual? - fico tenso.
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