[2º Heaven Empire RPG] - Capítulo 1

*na van, noite anterior*

- Vamos buscar a Gwen e voltar pra Academia no Texas. De lá vamos começar a refazer todo o corpo docente e avisar os alunos...vai dar trabalho, mas vai funcionar. Enquanto isso, a poeira vão baixar na sua academia e a policia não vai encher tanto.

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*no bunker*

Não estava bêbado ainda, e o filme é uma piada. O faroeste com certeza não era assim.

Me levanto e me aproximo de Liane. Sou direto:

- Fica longe daquele cara. Xing só vai trazer a sua morte.

Digo e volto a me sentar e ver o filme.

Dou boa noite para Morgana e para as garotas, que havia dado pouca atenção desde então.
Não fazia por mal, só não sabia o que dizer. Tratar Morgana já era muito complicado.

Sentia falta dos remédios e dessas coisas todas. Da zona de conforto que Harver lhe proporcionara durante tanto tempo. Mas, agora, não tinha nada, apenas aquelas pessoas e jurava que aquilo era o bastante para mim.
Tinha que acreditar nisso para continuar.

Não se pode viver normalmente depois que se passa por coisas desse tipo. Lutamos contra lobisomens, magos e demônios. Só podia imaginar as aventuras de Xing e Jonah antes daquilo e, mesmo assim, sentia-se junto deles há um bom tempo.
As cicatrizes na alma eram para sempre... não havia plástica ou tratamento que pudesse escondê-las e, toda vez que olhasse para o espelho veria mais do que meu reflexo. Veria uma Liana marcada por coisas místicas, ferimentos na alma. Uma garota sem o amor dos pais, memórias horríveis de sua mãe com seringas e pó de cocaína. Seu primeiro beijo era de um vampiro... pertenceria para sempre ao beijo do vampiro, disso eu já sabia. O outro, era um cowboy, perdido no tempo. Procurando a mulher que lhe roubara o primeiro e o último beijo.
Morgana não estava ali porque queria... minha motivação era ela. Encontrar ela... mas não era só isso.
Uma mulher sem rumo pode escolher duas coisas: continuar sem rumo ou buscar o seu próprio. Eu escolhi o segundo caminho porque nunca tive nada que me prendesse; a carreira na música significava algo, mas não fazia sentido andar sempre sozinha. Harver tinha outros clientes, mesmo sendo seu responsável e amigo, não poderia compreender e cuidar de mim para sempre.

Se era amor que eu buscava, eu não sabia se estava me embrenhando no caminho correto.
Se era justiça, eu tinha começado pelo lado mais escuro disso tudo.
No final, eu ainda não sabia o que buscava. Não era uma heroína nem personagem de uma história... era só uma mulher infeliz.

Decido dormir, precisava muito do descanso. Deixo as reflexões de lado para que as noites sem sonhos me invadissem.

O grupo acaba dormindo, seja po necessidade, cansaço ou sóalcool... as lembranças continuam pulsando em suas mentes quando acordam. Mais de duas da tarde é a hora em que gustavo recebeo teefinema com o aviso da chegada do grupo que estavano irã...

OFF: Sido, a galera que tava no Irã já está no bunker agora?

não.

Gustavo atende o chamado, enviando sua van para buscar o cansado e irritado grupo. Após chegarem no local, Samantha avista sua amiga sendo tratada pelas enfermeiras pela porta entreaberta... e corre desesperadamente para abraça-la, surpreendendo a todos e impedindo as apresentações formais...

agora estão isaac xP

[Leon]: - Dá próxima vez que me levaram numa viagem, pelo menos avisem quando forem pra casa sozinhos - Reclama o vigilante.

- Pro inferno Leon - o cumprimento com um aperto de mão, mas sofrendo um pouco com a ressaca.

Procuro por Obama e por John, me arrumo para ficar pronto para o encontro no aeroporto, indicado pelo ex-presidente.

Leon sorri ao ver que Samantha havia reencontrado a amiga, mesmo que tenha passado por tanta coisa.

Durmo profundamente, esperando pelo anoitecer, tentando afastar da mente oa pensamentos ruins e as cenas perturbadoras. Em meio à escuridão de meus pesadelos, observava uma garota de cabelos esverdeados me estender a mão, arrancando-me de um poço no qual eu mesmo já não sabia a quanto tempo estava preso.
Agarro aquelas mãos, tão cheias de vida e esperança, e me impulsiono para fora da escuridão. Então, meus olhos se abrem, minha respiração parece acelerada por um sonho que não lembro mais qual era.
- O que está havendo com você, Xing Tao? Está ficando louco?
Olho pela janela, tentando calcular as horas. Já havia descansado demais, estava completamente desperto.

Jonah e john se dirigem comobama e gustavo para o aeroporto. Gwen pode ser vista acompanhada de um único segurança armado visível. Ela corre em direção a jonah e ele fica atônitoque algo desse tipo possa estar acontece do... ele conseguiu...

Ao acordar e pevzwabtar xing ve liana ainda deitada ao lado de morgana na cama...

Sorrio pela visão das duas adormecidas.
Vou até a cozinha e uso meus conhecimentos de animes românticos para preparar três chocolates quentes com um pouco de café. Pego algumas Bolachas Carinhas, produzidas pela empresa Nolepeleko's, e disponho num potinho. Sobre a bandeja, coloco um prato com pão e Nutella ou Manteiga, dispondo as bolachas e o café ao lado.
- Bom dia, belas adormecidas - digo, acordando Liana, acariciando seus cabelos. - Trouxe café - digo, sorrindo com simplicidade, regulando a luz analógica do quarto para não irritar os olhos das duas, apenas claro o bastante para poderem comer na cama.

Corro em direção de Gwen, achei que nunca mais ia vê-la.

A abraço, ignorando qualquer comentário sobre as novas cicatrizes de queimadura no meu rosto.

- Você está bem? Fizeram algo com você lá? - pergunto, olhando de soslaio para o tal segurança.

Leon se aproxima, um tanto acanhado.

[Leon]:É...oi Gwen. Bom te ver - diz ele.

[Gwen] abraça jonah fortemente. Foram dias que pareceram meses (hue), toca o rosro do marido que com certeza havia se ferido para salva-la.

- estou bem. Toca com tristeza no rosto e peito do velho homem.

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[Morgana] - você é o homem que falou na minha cabeça ontem não é?

Ela treme. Os nervos ainda não estão nada bem, sofreu demais. É provável quw nunca volte ao normal...

Ela percebe os meus ferimentos. Até o momento sequer tinha os analisado. Nunca havia me preocupado com cicatrizes, mas estas...sinto que ninguém saiu bem daquele lugar.

- Foi uma viagem longa. Mas pegamos o maldito que sequestrava as garotas e as salvamos. Agora...agora vamos pra casa.

Seguro sua mão e entrelaço os dedos, pronto para partir. Se Gwen estivesse comigo eu não seria um monstro, um vilão ou qualquer outra coisa. Seria apenas Jonah Hex.

[Leon]:Favor pago. Espero não te ver novamente caubói - Leon estende a mão direita e eu respondo o cumprimento. Era um bom garoto, meio molenga, mas era alguém confiável.

Leon então toma seu rumo, continuando sua vida de vigilante.

Levo Gwen para o carro, prontos para voltar ao Tenesse. A base da Academia.

Havia trabalho a ser feito.

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Leon disca o número.

[Leon]:Gustavo, né? Só liguei pra avisar que eu não sou ingrato feito o Jonah. Se quiser me contratar, ou precisar da minha ajuda, Leon Payne está a uma ligação de distância.

John pode acompanhar toda a movimentação no aeroporto. o ex-presidente toma voo no mesmo avião em que gwen veio. O serviço estava terminado.

As novas cicatrizes de Jonah em nada se pareciam com a antiga. Em um ponto por cobrirem quase toda a extensão do corpo. Em outro por não serem tão severas. Realmente, o tornavam uma visão estranha. Mais aparentada com um Lençol amarrotado.... John também trazia as suas. um rasgão em todo o torço e no braço direito. Além das inúmeras marcas de disparo as quais ele nem dava mais atenção...

Não havia sonhado com nada, um sono pesado e dolorido. A cabeça parecia mais leve, ao despertar com Xing e Morgana que já falavam sobre alguma coisa:

- ... bom dia... obrigada pelo café - aceito a caneca, deixando um sorriso enquanto as bochechas ficavam mais roseadas - ... como vai, Xing? - olho para Morg enquanto mordo uma bolacha Carinhas, tentando parecer habituada com aquilo, sem sucesso.

- Estou bem, ainda com a cabeça cheia pelo que rolou ontem, mas... - tomo um gole de café. - Espero que as coisas se resolvam daqui pra frente. Sinceramente, espero que nossos problemas tenham, finalmente, terminado.
Observo os olhos sonolentos de Liana, suas roupas leves de dormir e as bochechas rosadas, e por algum motivo aquilo parecia deixar meu coração feliz. Morgana não come nada, apenas beberica o café e acaba pegando no sono novamente. Ela havia passado por muita coisa, sem dúvida.

- Não sei mais ao certo quem sou eu, Liana - digo, por fim, aproveitando que estávamos, praticamente, à sós. - Entrei nessa confusão toda por um motivo que já não me faz mais sentido... - me recordo do que o espírito de May havia me dito naquele dia. - Eu "paguei meus pecados", sinto isso...e não me arrependo. Mas tudo isso é um passado que não quero mais recordar com o ódio que vinha fazendo até então. Me sinto em paz, por assim dizer, o que é bastante estranho para um vampiro.
Tomo outro cole de café, beliscando um pedaço de pão.
- Vê? Eu não sentia mais prazer em fazer esse tipo de coisa - sinto o sabor do pão e chocolate. - Você reavivou isso em mim, de alguma forma e não me pergunte como, estou confuso tanto quanto você - em coraria, se não fosse minha natureza. - Não me entenda mal, eu não sou um good guy, e você certamente não foi a primeira mulher que eu beijei ou desejei... - percebo que a frase pode ter surtido o efeito contrário do que eu gostaria de transmitir. - Mas foi a que mais me mudou, e a que mais mexeu comigo...sem dúvida - deixo a caneca de café sobre a bandeja no criado mudo, me aproximando de Liana.

Eu casaria com aquela mulher, esse era o sentimento que queimava meu coração humano...mas...um vampiro poderia fazer esse tipo de coisa...? Não sabia como funcionava a guerra entre os Filhos de Tenebra e a Igreja, mas imaginava que não fosse. E aliás, como Xing Tao, o maior golpista do submundo chinês poderia pensar numa coisa tão...pura?
Como deveria ser?

- Sei que isso é loucura, e que possivelmente posso estar quebrando algum protocolo do universo ao dizer isso, mas... - acaricio seu rosto, segurando sua mão direita com a minha própria, fria. - Você...




...me permite ser seu?

Junto de Gwen e John, vamos para o Tenesse, voltar para a sede da Academia.

- Vamos mudar as coisas na Academia, Gwen. Cortar nossas ligações com o governo, descobrir quem ali dentro é leal a nós de verdade. Também devemos deixar nosso receio de ensinar para trás. O que sabemos sobre demônios e monstros, magia, artefatos - olho para John do retrovisor por um instante.

- Vamos expandir, criar uma força capaz de evitar que coisas como essas nunca aconteçam.

Dirijo. Mas agora eu tinha um destino.

Fico em choque. As palavras de Xing pareciam ter ressoado no quarto. Morgana continuava deitada, as costas cobertas pelo cobertor viradas para minha direção.

Sei que meu rosto estava quente, as bochechas muito brancas da nacionalidade suíça fazia minhas bochechas rosarem. Os lábios tremem.

"Um vampiro... quer casar comigo... isso é tão conto-de-fadas..!".

- N-não sou a melhor pessoa... é-é um erro, definitivamente - não queria dizer não - eu, eu nunca havia beijado ninguém antes, eu-eu... eu nunca... somos uns desgraçados! - começo a chorar e rir, ao mesmo tempo - Mas... talvez seja por isso que não consigo recusar... s-sabe... - tento enxugar as lágrimas e conter o riso estranho que puxava o canto de meus lábios - eu... não, você... Xing... tem certeza disso?

- Você não é a melhor pessoa? Olha pra mim! - rio alto. - Posso ser um desgraçado, Liana, todos nós realmente somos - seguro firme em sua mão, acaricio seu rosto quente com a outra e levo meus lábios junto aos da garota, tendo a mesma sensação incendiária de antes. - Mas por mais que eu seja um desgraçado, quando beijo seus lábios assim...é como se o mundo mudasse diante dos meus olhos...como se tudo pelo que eu passei culminasse...neste momento. É como se eu tivesse que ter vivido tudo isso para que eu pudesse compreender esse sentimento, para que eu pudesse abrir meus olhos e ter a certeza que...eu também posso amar.

Que palavra estranha...mas porque seu som parece tão familiar aos meus ouvidos...instinto humano?

- Eu... - engasgo. Jamais havia dito aquilo a ninguém, aquelas palavras tão loucas e desvairadas, tão absurdas, tão frágeis e...tão poderosas que faziam cada celula do meu corpo tremer. Seguro firme nas mãos da garota de madeixas verdes, olhando no fundo dos seus olhos. - Eu te amo, Liana, mais do que imaginei que um dia pudesse amar alguém... você me faz bem. E eu estou disposto a enfrentar o mundo para estar ao seu lado. Não importa quanto eu precise lutar...eu quero te proteger. Eu... - engasgo, por um motivo desconhecido, falando pausadamente. Aquilo era vergonha? - Eu quero ser seu, Liana.

Tento respirar. Era um baque, continuava com os olhos arregalados, olhando para Xing. "Xing Tao...", penso, colocando a mão nas mãos frias dele. Ele havia me tocado. De alguma forma, ele me tornava viva, que ironia. Um vampiro me trazer vida!

Ainda segurando suas mãos e recebendo seu carinho gelado e quente, ao mesmo tempo, decido:

- Xing... espero que não se arrependa do que me pede. V-v-vou considerar isso, mas tenha paciência comigo. Estar ao seu lado... me traz vida, Xing. Esse mundo é horrível, já tive meu coração d-dilacerado tantas vezes que eu esqueci que ele podia pulsar tanto. Agora que recuperei Morgana, notei que não tenho para onde ir. Como ter uma vida normal depois de anos nisso, anos tentando encontrá-la, anos tentando me entender, anos de terapia... quero viver, Xing, e que seja ao seu lado então.

O grupo composto por Jonah, John e Gwen, seguem agora para uma locadora de veículos. Um carro barato, porém confortável e espaçoso é escolhido, e seguem viagem pela estrada. Só Deus sabe o que se passa na cabeça desses três. Jonah liga seu telefone no acendedor de cigarros e vê uma tonelada de ligações perdidas de seus imediatos na academia... Mas simplesmente não tinha saco para atender. continuava bebendo um copo de Whisky com sua esposa, que fumava um cigarro junto à janela. Seja como for, mesmo se amando, a relação é estranhamente distante... como se ambos tivessem medo um do outro, ou seria medo de si mesmos?

John dirige calmamente, ter com quem voltar pra casa era o único sentimento que lhe passava pela cabeça. Mesmo que a companhia não fosse das melhores, se mostrara companheiro sempre que precisou. E por mais inacreditável que possa parecer, esse é o momento mais feliz de sua vida na última década...

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Xing e Liana conversam, se entreolham. A humana sabe que é loucura... Quem ela era? Personagem de romance adolescente? Não, não era essa a Liana que ela conhecia. Mas por outro lado, esse homem, que embora tenha um corpo sem vida, tem Sim coração, lhe defendeu com toda a ferocidade de seu ser no combate que travaram... Ela toca a cicatriz por baixo do colete de couro que Jonah lhe dera. O cansaço foi tanto que nem reparou que está transitando na casa de um completo estranho seminua da cintura pra cima...

Xing sabe que isso lhe trará problemas... Irresponsável? Inconsequente? Criança? Qual desses ou piores adjetivos Virgil separaria para descrever o que ele acaba de fazer?

Morgana se vira, olhando agora para Liana.

- Posso te dizer uma coisa amiga. - Nem de longe era a Morgana que Liana conhecia... sua doçura se foi... - Se este homem te ajudou a me salvar, e te protegeu até aqui. Pouco importa quem ele seja, se você gosta del...

- Bom Dia... - Diz uma voz doce, aguda, e proferida a aparentemente 1,5m do chão, da direção da porta. É visível uma jovem mulher de cabelos... azuis??? com um café da manhã nas mãos para as pacientes....

(sua deixa alê)

"Tens um monstro em sua mente, Jonah. Ainda não sabes, mas ele acordará" lembro de um sonho em que ouvi isso. Foi na época em que meus lapsos de memória eram maiores: esquecia onde havia andado nos últimos cinco minutos. Com quem havia falado. As vezes esquecia até mesmo conversas inteiras.

Isso na época em que eu e Gwen fazíamos parte da equipe de elite do governo americano. Nunca havia contado a ela sobre isso...mas por que fui tocar nesse assunto agora?

Vejo a distância de Gwen. Teria o período em que ficamos longe a mudado? Ou ela está pensando no porque eu atirei naquele árabe que parecia nosso aliado?

Mas porque eu matei ele mesmo?

Largo meu whiskey. Olho para Gwen e delicadamente coloco a mão esquerda sobre sua mão direita.
Não digo uma só palavra. Nunca fui bom com palavras. Só não quero deixar ela ir.

Gwen Toca a Jonah, colocando uma mão na sua coxa e beijando-o. Parrecia mais animal do que sentimento, sua mão sobe por sua perna num toque sensual e bruto ao mesmo tempo enquanto o sabor do cigarro lhe toca a língua... ela chora.... Jonah não sabe como reagir ou o que fazer...

Respondo o beijo mas...não parecia certo. A abraço e com a mão direita enxuga as lágrimas que caem.

- Até o fim. Até o inferno. Estarei aqui com você, Gwen - a abraço mais forte. Quaisquer que fossem meus ferimentos e medos, ela precisava de mim.
- Nunca mais te deixarei partir.

Deixo o rosto corar e começo a olhar para os lados em busca de uma blusa ou o que fosse para me cobrir, puxando o cobertor onde eu e Morgana nos esquentamos na última noite.

Escuto o jeito nada dócil de Morgana... "mudada para sempre", penso, um pouco triste. Então, uma moça de cabelos azuis e com café:

- Oh... bom dia. Você seria..? - olhei o cabelo e me identifiquei - O tom de azul é muito bonito, esse do seu cabelo!

Tinha voltado de viagem mais cedo. Entro em casa e percebo que Gustavo está recebendo visitas. Noto, claro, pelos cigarros no cinzeiro e por algumas peças de roupa mal jogadas no latão na área de serviços.

Artistas tem esse péssimo hábito de ver os mínimos detalhes em tudo e comigo não era diferente. Subo as escadas e preparo um café da manhã, na esperança de encontrar meu marido em um dos quartos de hóspedes. Ledo engano: ao adentrar, reparo em uma moça de cabelos verdes, uma outra ruiva e um homem com traços orientais sentados, conversando sobre algo.

- Bom dia... - escuto a resposta da primeira - Ah, sim, sou... melhor, me chamem de Alê. São amigos do Gustavo?


Sabia da tendência benévola de seu marido em ajudar pessoas um tanto excêntricas e alguns estudos juntos revelaram coisas muito estranhas. Coisas que achávamos que moravam dentro de mitos e livros, na verdade, existiam.
Porém, torcia para que fossem apenas conhecidos do marido.