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Fragmentos - 2o Capitulo

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Mensagem por isaac-sky Seg Jun 11, 2012 6:21 pm

1o Ato - Abaixo de nós

"As explosões nos obrigaram a fugir para o subterraneo. Não sei se em New November os túneis eram especialmente fedorentos (exalando gases tóxicos), ou se isso era padrão para qualquer cidade do oeste..." Ryu Nijima, sobrevivente

Os irmãos estavam agora algemados e eram levados por um pequeno grupo de homens armados com rifles e usando uma espécie de “armadura” semelhante a usada para controle de multidões da polícia. No lugar do distintivo estavam estampadas uma pequena placa em forma de losangulo, com dois pontos de interrogação no centro (sendo a interrogação da direita invertida).
Eles caminharam pelo esgoto por mais ou menos uma hora.

“Cara, já falei, somos de Ponoka!” exclamou Acaiah inúmeras vezes
O guarda mais próximo dele o empurrou com sua arma
“Deixa de mentira forasteiro! Ponoka saiu do mapa faz anos”.
Alexander andava em silêncio ao lado de seu irmão, e sua expressão era séria, mas não demonstrava preocupação ou medo. Acaiah estava inquieto.

Eles em uma plataforma de metal (que Alexander acreditava ser de aço) acima da água esverdeada e fedorenta. Logo a frente estava um grande portão de metal que era guardado por dois guardas armados com submetralhadoras
As portas se abriram com um estrondo e os irmãos são levados por um estreito corredor até chegarem finalmente no gigantesco salão.
O espaço tinha um grande movimento de pessoas, pessoas sujas e vestindo roupas esfarrapadas. Elas vendiam, compravam, corriam, gritavam seus preços, riam, e choravam. Um alvoroço muito contrastante com a cidade acima deles.
Os irmãos continuavam andando e foram levados a uma escadaria que terminava em uma porta de aço.

Os guardas pararam e então o chefe do destacamento mandou que os dois entrassem pela porta e seguissem pela sala.
Entraram relutantes e se depararam com um senhor de meia-idade, barbudo e careca. Usava um sobretudo preto e vestes negras; usava também um grande anel em forma de caveira no anelar direito. Ele fumava um charuto e acenava para que os irmãos chegassem mais perto. A porta se fechou atrás deles.

"Os irmãos de tão longe. Sua chegada é esperada há muito tempo meus caros. Por favor, sentem-se" disse o senhor convidando os dois a se sentarem.

"Posso ficar em pé" retrucou Alexander e permaneceu aonde estava perto da poltrona do 'chefe'. Acaiah relutante continuou em pé também

"Não se preocupem, sou amigo de vocês. Estou feliz porque finalmente chegaram, filhos do passado. Pretendo explicar-lhes detalhadamente o que está acontecendo, mas temo que nosso tempo seja bem breve. Resumirei então:
O mundo que conheciam acabou. Tudo está diferente agora" o senhor se levantou, ainda fumando seu charuto, se aproximou dos gemêos

"Uma terrível guerra há 10 anos se arrastou pelo planeta inteiro. Dias sombrios. E no fim, não houveram vencedores...apenas perdas" nesse instante o 'chefe' ficou cabisbaixo e se virou para a direita, perto da pequena lareira acesa.
"Uma espécie de...grupo, trouxe uma aparente ordem ao nosso mundo, mas uma falsa paz. Vocês dois estavam relacionados a este grupo antes da guerra, mas os dois viajaram no tempo, assim como...programado"

"É um assunto complicado, e perguntas serão intermináveis agora, mas peço que confiem em mim. Nosso grupo aqui luta para libertarmos o mundo dessa Ordem maligna, e gostaria muito que os dois..." o senhor é interrompido pelo grito de um dos guardas que entrou correndo nos aposentos do chefe.

"Mestre Arthur! Mestre Arthur! Os monstros, eles estão no portão de aço do oeste! Um 'deles' está lá!"
"Fique com os garotos e mantenha eles em segurança! Eu volto em breve filhos do passado" e então Arthur correu para fora sacando sua desert eagle enegrecida.

...

O guarda e os irmãos estavam na sala já a uma hora
"Mas que droga, eles já deveriam ter voltado. Não pareciam ser muitos deles...droga droga" dizia inquieto o soldado, indo de um lado a outro do salão, quase se esquecendo de prestar atenção nos irmãos

"Hey cara, fica calmo. Seu chefe não consegue lidar com eles? Tipo...eles lidaram bem com o monstrengo lá encima" dizia Acaiah tentando tranquilizar o soldado

"Mas tinha aparecido um maior do que aquele hoje de manhã. Era, era, era um...deles!"

"Deles quem?" gritou Alexander impacientemente

"Dos monstros do norte! As sombras de inverno!"

"Acho melhor a gente se sentar. Vamos lá cara, hora de se acalmar" Acaiah agora falava com uma serenidade espantosa, quase como se hipnotizasse o soldado. Os três se sentaram em cadeiras formando um círculo: Acaiah perto da lareira, o soldado em frente a porta de aço, e Alexander perto de uma escrivaninha no fundo da sala"
"Meu nome é Acaiah. Meu irmão se chama Alexander. Qual o seu?"

"Je-Jeremy...Soldado Jeremy"

"Muito prazer Jeremy. Acho que sabe o porque de estarmos aqui...pode nos dar mais detalhes?"

"Eu não sei bem Acaiah. Sou apenas um mero guarda. Mas muito se vem falando sobre a data de hoje, porque de acordo com o Mestre Arthur, hoje seria o dia programado para a vinda de dois irmãos que nos ajudariam muito...Eu acho que são vocês dois"

"Então estão se baseando em apenas uma 'profecia' sobre dois irmãos chegando na cidade? Isso é bem vago"

"É idiotice! Voces nos capturam como prisioneiros e querem agora nos fazer acreditar que podemos salvar um futuro sombrio?" completou Alex.

"Não é uma profecia Alexander. É uma previsão das mais completas. Há mais detalhes sobre isso que eu não sei, é..." um estrondo interrompe Jeremy, que se levanta com um sobressalto (e assim também fizeram os irmãos).

"Fiquem longe do portão" disse o guarda ao levantar o rifle, puxar o pino no centro da arma, e mirar na grande porta de aço.

"Nos dê alguma arma!" gritou Alexander
"Não posso! Vocês nem devem saber atirar"
"Mas voce tá de brincadeira certo? Tem uma cambada de zumbis lá fora e você vai vir com papinho armamentista?"
"Calma Alex! Jeremy, não importa o que saia por essa porta, teremos mais chances se tivermos mais de uma arma" Acaiah dizia com uma calma surpreendente.

O guarda pegou uma pistola "Eu só tenho um revolver"
"Dê para mim, eu sei atirar. Acaiah, cuide para que não sejamos cercados"

Acaiah pegou uma tenaz da lareira e a ergueu como se fosse uma espada.
"Espero que as aulas de esgrima tenham servido pra alguma coisa"

"Então ser um almofadinha tem suas vantagens maninho" ironizou o irmão mais velho

"Assim como ser um delinquente"

Os três fitaram o portão de aço por alguns minutos. Estavam tensos e prontos para uma explosão de monstros entrando na sala. Outro forte estrondo é ouvido, agora mais alto do que antes, seguido pelo o cheiro putrefato e nauseante

Silêncio.
Tiros.
Um rugido gutural.

O rugido era tão poderoso, que derrubou o portão e o empurrou até o fim da sala.
Por muito pouco Alexander puxou seu irmão e pulou para a esquerda, e Jeremy pulou para a direita.
Na frente deles estava um monstro parecido com o grande humanóide de trevas das ruínas. Entretanto, ele era muito maior e não carregava nenhuma arma, apenas tinha espinhos parecidos com os zumbis.

Jeremy começou a abrir fogo, mas errou a cabeça da 'sombra' e atingiu o teto. Tremendo muito, não conseguiu nem ao menos puxar o pino da arma para liberar a capsula vazia: foi jogado longe com um tapa do monstro, bateu com a cabeça na parede e desmaiou.

Restavam apenas Acaiah e Alexander. A sombra os olhava como se fossem um tesouro a muito tempo procurado, se formava nele algo parecido com um sorriso se não tivesse a aparencia tão amedrontador. Seu olhar ficava mais sombria enquanto erguia os dois braços para agarrar os garotos.
Atrás da sombra, subindo a escada, estava o chefe e mais alguns guardas, abrindo fogo na direção das costas da criatura.
O monstro se virou e rugiu novamente, derrubando todos os guardas escada abaixo (ficando ali somente o senhor que se agarrava no que sobrou das dobradiças do portão).
Foi a chance que os irmãos precisavam para iniciar uma ação desesperada: Alex começou a atirar no monstro e correr para o lado direito dele, enquanto Acaiah ia para o lado esquerdo e desesperadamente fincou a tenaz no joelho direito do monstro.
A sombra ganiu e se virou novamente para apanhar Acaiah, mas os dois já tinham passado por ele e começado a descer as escadas junto com o chefe.

O monstro estava em frenesi, e iria urrar novamente para matar todos ali naquela escada. Distraido, a sombra não viu Jeremy que se levantava lentamente e puxava o pino do rifle ainda sentado fazendo a mira. Um tiro certeiro no coração do monstro. Puxou o pino novamente. Um tiro no ombro esquerdo. Puxou o pino mais uma vez. Um tiro na cabeça.

A sombra ganiu mais uma vez, mas seu grito foi tão estridente e forte, que a base subterranea começou a tremer. Era inevitável deixar de pensar: Este era o enterro definitivo deles.

Fim do 1o Ato


Última edição por isaac-sky em Qui Jun 21, 2012 8:14 pm, editado 7 vez(es)
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Mensagem por Stein Qua Jun 20, 2012 7:51 am

Mas que soldadinho medroso do caramba kkk
" - Nos dê alguma arma!" gritou Alexander
- Não posso! Vocês nem devem saber atirar"
oloko << essa é a cara que eu ficaria se um soldado dissesse que uma profecia prevê que eu ia salvar sua cidade, ele acreditasse fielmente nessa profecia, e me negasse armamento dizendo que eu sou um bosta que não sabe atirar xisde

Eu te aconselho a trabalhar a personalidade dos personagens. Por exemplo, os dois irmãos foram levados para a cidade quase como prisioneiros [se eu bem entendi] e estavam confusos por terem escapado por pouco do monstro gigante dos chifres de bode [XD] e agora já estão no pique de porradaria...EU teria ficado assustado se um cara me dissesse que o mundo já era e que tem um monte de zumbis lá fora, que uma profecia fala que eu e meu irmão somos seus salvadores e que todo mundo espera de mim mais do que eu já fiz na minha vida toda.

De resto, está ficando bom sim. Eu sei que esse é o SEU estilo, e você não deve perder isso! Só estou dando uma dica para ajudar você a lapidá-lo ^^
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Mensagem por isaac-sky Qui Jun 21, 2012 12:54 pm

Tranquilo kkk Cara, eu fico sempre na dúvida se estou desenvolvendo bem ou não a personalidade dos chars. Eu tento não me delongar muito em detalhes e etc pra não ficar cansativo pra quem está lendo, mas valeu pela dica, vou prestar mais atenção nesse aspecto ^^
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Mensagem por Stein Qui Jun 21, 2012 1:26 pm

Isso ai manolo, como eu disse: seu modo de escrever. E isso é bom, tem que ter personalidade mesmo xisde
Cadê continuação?
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Mensagem por isaac-sky Qui Jun 21, 2012 4:19 pm

Eu to editando aos poucos kkk Conforme vai dando tempo (e tenho inspiração) no trampo kkk
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Mensagem por isaac-sky Qui Jun 21, 2012 8:16 pm

Ato terminado. Próximo ato continuarei com o "sobrevivente"
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Mensagem por isaac-sky Ter Jul 24, 2012 7:51 pm

2o Ato - Unidos morreremos porque somos tolos.

"Babel foi construida como refúgio. E por ser refúgio cairá"
Dito popular


Olaf seguiu andando com Frank, seu amigo de infância.

"Hahaha cara, não sabe como tô feliz em te achar por aqui. Vai ser bem mais fácil chegar até ao norte com alguém em quem confiar" dizia animado Frank com o braço direito sobre o ombro de Olaf logo antes de soltar e andar mais a frente.

"Vamos ficar na Babel hoje a noite e amanhã partimos pela estrada. Tenho alguns amigos lá também na torre"

Olaf apenas concordou em silêncio, ele estava com a cabeça cheia demais.

A torre era basicamente um grande prédio cinza com inúmeras janelas e andares. Ninguém sabia se ele teria existido antes da guerra e foi um grande arranha-céu da época das grandes metrópoles, ou se foi criado depois por motivos obscuros no período de escuridão.
O prédio emanava uma aura de melancolia e tristeza, como se ele fosse a testemunha do horror que o mundo passou. E as pessoas que ali se alojavam apenas colaboravam para que o clima sempre fosse pesado: maltrapilhos, pobres, sem esperança.

Os amigos de Frank estavam acampados do gigantesco salão do térreo. Uma garota ruiva saiu correndo em direção dele para abraça-lo.
"Você sumiu Fran!" disse ela
"Só uns dias Vicky. Trouxe um amigo. Conheçam Olaf Phoenix, o senhor-quebro-narizes-de-riquinhos"
"Olá pessoal" disse timidamente Olaf.

Todos o recepcionaram muito bem, se apresentaram e fizeram de tudo para deixa-lo a vontade ali. Eram ao todo 6 jovens de 16 a 20 anos, quatro mulheres e dois homens. Provavelmente não se conheciam a muito tempo, mas eram unidos como um grupo de sobrevivência idealmente deveria ser.

O sol começou a se por e a movimentação dentro da Babel aumentava. Após algumas horas, no rebuliço da noite, dentro das barracas, aquele grupo descobriria o que realmente é tentar sobreviver

...

*tum*

...

*tum*

...

"As defesas cairam! Alerta Omega! Alerta Omega!" foram os gritos dos guardas da cidade que acordaram Olaf de sua barraca. Ele a abriu logo depois de ter escutado os tiros, procurando por seus mais novos colegas, para ser surpreendido com a cena mais horrenda de sua vida:
Foi como uma onda em alta velocidade, um tsunami de zumbis invadindo a cidade e entrando em Babel. Cortando. Rasgando. Matando. Se não havia água, havia o sangue dos inocentes.

"Vamos Vicky! Corre Olaf! Corre!" dizia Frank enquanto puxava a garota para longe da horda. Eles correram para a saída dos fundos da torre (encontrando os outros 5 colegas do grupo no caminho. Todos estavam vivos, mas Vicky parecia não conseguir correr no mesmo ritmo que todo mundo).

Eles atingiram um estreito corredor que convergia levemente para a direita e chegava numa porta de metal. Olaf a abriu para a fechar logo depois que os 5 passaram.

"Droga droga droga droga droga" repetia consigo mesmo James, o mais velho do grupo (e mais robusto).

"Calma, logo as tropas da Ordem devem chegar e..." disse Norah logo antes de ser interrompida por Olaf.
"Desde quando a Ordem manda tropas para ajudar em qualquer lugar fora do Círculo?"

"Vicky! Vicky!" começou a gritar Frank enquanto segurava a ruiva nos braços. Os olhos azuis da garota assumiam um tom cinzento enquanto ela tentava os manter aberto para falar
"Eu...não consegui Fran...me perdoa...". A garota tinha um longo corte atravessando seu peito. Ela cospiu muito sangue, e então morreu ali nos braços de seu namorado.

Abalados pela repentina torrente de realidade, ficaram inertes por alguns minutos, até que Olaf começou a gritar para o grupo e tentar acorda-los.
"Acordem! Ela morreu caramba! A gente vai morrer também se não sairmos daqui!!!"

"Tem...tem...um plano Frank?" disse James num sussurro abafado.

"Tem o canal de esgotos. Ele segue até a cidade vizinha pelo que já ouvi falar. Mas não temos um mapa nem nada" explicou Frank enquanto secava as lágrimas com a manga de sua camisa

"Então vamos arriscar!" Olaf disse.

O grupo então correu até a quadra em frente, descendo por um bueiro. Aparentemente ninguém os seguiu.

Aparentemente...

--------------------------------

Os esgotos da cidade eram abafados e fétidos, e o calor daquela noite só contribuia para que estas características ficassem mais marcantes, então os seis seguiram pelos corredores estreitos do subsolo.

"AHHHHHH!" gritou Mya, a bela asiática de 17 anos, logo após sentir as garras afiadissimas de um zumbi em suas costas.
Por instinto, treino, loucura ou a mistura dos três, Olaf saltou para cima do monstro o separando da garota com um soco certeiro.
Era idiotice tentar uma luta corpo-a-corpo com aquela coisa. Apesar de esquelético, o zumbi possui uma força sobrehumana, e não se abalava com os vários socos que Olaf aplicava em sua face, o segurando no chão com seu peso.

Todos os outros estavam estáticos. Ninguém nunca teve tanta coragem para lutar contra os monstros invernais, e o máximo de contato que o grupo teve com as feras foram corridas desesperadas onde nem ao menos viram um de perto. Algo estava despertando neles, a vontade de lutar, a vontade de sobreviver, e principalmente, a vontade de esmagar o crânio de todos aqueles zumbis assassinos.

James se juntou a pancadaria logo em seguida, estava dando pontapés no monstro. Frank se juntou também. Um a um, logo estavam todos os 6 socando e chutando o monstro que havia os seguido.

Já deveria ter morrido depois de 1 minuto de socos e chutes, mas os grupo estava ensandecido: era por Vicky, era pelos parentes perdidos, era pela instalação em Babel inteira. 5 minutos se passaram e então os seis estavam parando de bater: estavam cheios de sangue enegrecido, pedaços do monstro, e um cheiro de morte insuportável (mais ainda do que o fétido cheiro dos esgotos).

----------------------------

Depois de algumas horas andando e correndo pelos corredores, o grupo decidiu descansar em uma bifurcação, onde se formava uma área mais ampla. Fariam vigilia em turnos, Olaf se ofereceu primeiro.
O garoto aproveitou para sentar um pouco mais a frente, encostado na parede suja, sacar sua última aquisição no mercado: um celular de última geração.
Selecionou a opção de gravação e começou a falar sussurrante:
"Dia 1. Não tive nem 24 horas dentro de Babel que ela já desmoronou. Um tsunami de zumbis..." e então o garoto deu seu relato até o momento, finalizando com palavras mais melancólicas "Espero que consigamos alcançar o norte...eu sei que é impossível manter todos vivos, mas...eu preciso fazer o que for preciso não é?".

Ele passou a manga da camiseta nos olhos avermelhados. Discretamente tirou uma foto de seu grupo, sua nova familia.

"Enviado p/ Desconhecido" estava escrito na tela.

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Mensagem por isaac-sky Qua Set 19, 2012 6:02 pm

2o capitulo finalizado, me digam o que acharam xisde
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