Fator Gênese - Capitulo 1
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Fator Gênese - Capitulo 1
Bem, como já havia falado com Bruno e LG, estou escrevendo um livro (que inclusive está servindo de base para o RPG que estou mestrando para eles e mais algumas pessoas) e decidi compartilhar com vocês. Este é o primeiro capítulo e ficou um pouco grande, mas se vocês puderem ler e dar alguma opinião, será de grande ajuda ^^
Frio.
Tudo o que o cientista podia sentir, no meio daquela imensa planície, era o vento gélido e cortante, que assoviava em seus ouvidos o prelúdio dos eventos que se seguiriam. Ele tinha medo, como todo mortal, e a ansiedade se tornava quase palpável através de seus olhos negros e vibrantes.
Nero sabia que nenhum ser vivente jamais ousara pisar onde ele se encontrava agora. Por um segundo, ele cogitou voltar atrás, desistir de seu ideal e retornar ao conforto de sua lareira mais uma vez, mas sabia que tudo pelo que ele deveria passar era meramente parte de um plano muito maior. Se desistisse de fazer o que acreditava ser o certo, então toda sua filosofia estaria arruinada.
Lentamente, o cientista fechou seus olhos. Agora ele podia sentir o vento ainda mais forte, agitando com violência o sobretudo escuro que lhe cobria o corpo esbelto. Ajeitou os óculos e meteu as mãos nos bolsos da calça, como um vício expressivo inconsciente. Ao reabrir os olhos, ele teve uma visão do que sabia ser inevitável.
Nero estava no topo de um monte e abaixo, na larga campina onde estivera anteriormente, se desenrolava um confronto sem precedentes. Um imenso exército de máquinas confrontava os senhores daquelas terras, que defendiam seu mundo com a magia que lhe fora concedida pela Deusa Criadora, invocando em seu auxílio forças que existiam desde o início dos tempos e criaturas somente vistas pelos homens em seu pesadelos mais terríveis. Enquanto as máquinas de guerra alvejavam seus inimigos com projéteis explosivos, de poder inacreditável, seus oponentes faziam chover uma saraivada de meteoros e relâmpagos no campo de batalha.
Era algo, sem dúvida, espetacular. O sangue de Nero fervia de excitação e ele tinha fé que seu exército resistiria aos celestiais. Pela segunda vez, ele fechou os olhos, abrindo os ouvidos para o som incessante da batalha, se deliciando com o urro de agonia de uma criatura divina sendo abatida.
De súbito, o silêncio lhe cercou por completo e quando percebeu onde se encontrava seu coração deu um salto. Era um cômodo completamente branco, decorado com uma mobília belamente esculpida, um aroma suave pairava no ar, como um véu invisível e inebriante. Próxima à janela, uma linda mulher observava com curiosidade o astuto cientista, seus olhos negros eram mais profundos que o próprio universo.
Nero reconheceu a figura à sua frente, pois era ela a razão de sua vinda até aquele lugar tão distante, o motivo da guerra que se desenrolava fora daquele quarto silencioso. Helyna, a Deusa que criara tudo que era ou não conhecido pelos homens e pelos celestiais. Sua majestade era tamanha que Nero sentiu o impulso de se prostrar perante sua criadora e clamar o perdão por seus atos narcisistas.
- Faça o que você veio fazer – disse a Deusa, sua voz vibrou no coração do cientista, encorajo-o.
Em um instante, a expressão de Nero se alterou completamente. Seu cenho se tornou duro e seus olhos negros miraram os da deidade com furor, como se por anos houvesse esperado para estar em sua presença, em um misto de admiração e revolta.
Quando abriu os olhos, Nero viu o teto de seu quarto. Sua respiração estava muito acelerada e o suor lhe escorria pelo rosto. Ele sentou em sua cama e deu uma espiada no relógio de parede, não que as horas lhe importassem, mas em uma tentativa vã de distrair sua mente. Aquelas lembranças lhe perturbavam em sonhos todas as noites, como uma maldição, mas ele pensara que já havia se acostumado ao fardo, até que este começasse a ficar ainda mais pesado, roubando aos poucos sua sanidade.
Ele procurou os óculos, tateando a escrivaninha ao lado de seu leito e os levou ao rosto. Caminhou até as janelas do quarto e abriu uma fresta na cortina, para admirar o sol que nascia ao longe, aquecendo as terras de Arsin, a Grande Capital.
Nero era o cientista mais famoso em Arsin e talvez muito além de seus territórios. Responsável pela criação da tecnomagia, uma técnica que procurava unir as forças místicas aos conceitos tecnológicos de seu mundo, ele era visto por muitos como um gênio e assim era respeitado, como um homem culto e esperança do mundo por um futuro melhor. Mas as pessoas conheciam apenas um lado de sua genialidade.
Sobre a escrivaninha, Nero viu um tomo bastante grosso, de capa escura. Tomando o livro pelas mãos, começou a folheá-lo lentamente, apreciando as ilustrações e os textos escritos à mão, sobre as páginas já amareladas. Ele sabia que ali estava contida toda a história da criação do Universo Verdadeiro, um livro raro que conseguira a muitos anos das mãos de um gatuno que sequer sabia o valor do que carregava. Porém, o conhecimento obtido com a leitura dos escritos não era tão diferente do que seu mentor lhe transmitira.
No instante seguinte, Nero se viu em um imenso salão, iluminado pelo fogo de uma lareira, tornando visível o recinto tão familiar. Sentado em uma cadeira, próxima ao fogo, estava um homem muito velho, seu rosto demonstrava preocupação e ele parecia transmitir uma aura de sabedoria admirável.
- Ora, vejam – disse o ancião, notando a presença da criança –, se não é o pequeno Nero.
O garoto caminhou a passos curtos até a lareira, intimidado pela presença do sábio, e não disse nada, contentando-se em desviar o olhar para o fogo e permanecer em silêncio.
- Elia me contou que você invadiu a biblioteca pela nona vez neste mês – disse o homem, deixando escapar um riso abafado pelas longas barbas brancas. – Você confirma isso?
- Eu não invadi lugar nenhum - respondeu a criança, com rispidez, devido ao nervosismo. Quando lembrou com quem estava sendo rude, se apressou em concluir, com a cabeça abaixada –, senhor.
Mas o ancião não parecia estar irritado com o garoto, pelo contrário, Nero poderia jurar que ele estava se divertindo com a situação. O homem apoiou uma das mãos sobre o ombro do pequeno e se curvou para olhar-lhe nos olhos.
- Não estou aqui para castigá-lo, pois essa, definitivamente, não é minha função. Mas diga-me, se não foi uma invasão, como chama o que fez há alguns minutos, quando Elia, o bibliotecário de Arsin lhe viu folheando alguns tomos antigos no fundo da Grande Biblioteca, munido de uma lanterna e um rolo de pergaminho e tinta que estava usando para anotações?
O garoto permaneceu mudo e o ancião sentiu que o ombro do pequeno tremia, mesmo estando ele tão perto da lareira.
- Eu estava só estudando – respondeu o garoto, sua voz era quase inaudível.
- E porque acha que Elia o trouxe até mim?
Nero levantou a cabeça com calma, ainda um pouco hesitante. Ele sabia que a pessoa a sua frente era um dos homens mais influentes de seu país e certamente o mais sábio. Agnes Dinar, arquimago e embaixador oficial de Arsin.
Não seria fácil enganar o ancião e o garoto já havia descartado a possibilidade no momento em que foi posto em sua presença.
- Porque os livros que eu estava lendo são perigosos – respondeu o garoto.
- E porque acha isso? – perguntou Dinar, simulando uma expressão de curiosidade.
- Conhecimento proibido – arriscou. – Sobre os deuses.
- Os clérigos não poderiam lhe informar tudo o que você precisasse saber sobre os deuses, meu rapaz?
- Não é o fanatismo que eu procuro, mas a verdade – respondeu a criança, enrubescendo -, senhor.
Dinar sorriu. A curiosidade do garoto lhe era nostálgica.
- Conte-me, o que seus estudos lhe revelaram ao longo dessas nove visitas que fez à seção proibida?
O menino surpreendeu-se com a pergunta e mirou os olhos do mago, que o encaravam com evidente interesse.
- E-eu – gaguejou, tentando escolher as palavras – não descobri nada de mais, só algumas coisas sobre Helyna e a criação do mundo, juro que não fiz nada com intenções de machucar ninguém!
- Acalme-se – disse Dinar, num tom amigável, tentando se aproximar da criança. – Porque não me mostra o que trás debaixo da camisa?
Nero sentiu o sangue gelar. Lentamente, ele levantou a camisa de linho surrada, descobrindo um punhado de folhas soltas, obviamente escritas às pressas. O garoto entregou os escritos ao mago, que os analisou por um instante, curioso.
Após ler a última das folhas, Dinar devolveu-as ao menino, que pareceu intrigado.
- Vai me deixar ir embora com isso? – perguntou Nero, apanhando os escritos – Não vai apreender minhas anotações?
- De que valeria apreender algo que você já decorou, meu jovem? – disse o velho, sorrindo. – Além disso, minha proposta é justamente não deixá-lo ir embora – concluiu, fazendo o sorriso dissolver em um instante.
Nero ficou confuso e sentiu o medo lhe invadir novamente.
- Hahahaha – gargalhou Dinar, divertindo-se com a expressão assustada do menino, bagunçando os cabelos desgrenhados da criança. – Só estou brincando, pequenino!
O Grande Mago se levantou de sua cadeira, fazendo com que Nero se afastasse alguns passos, intimidado pela altura do homem. Dinar vestia um longo manto negro, adornado em fios de ouro, que compunham desenhos complexos no tecido. Sua barba e cabelos compridos, muito brancos, transpareciam o peso da idade, mas seus olhos ainda traziam viva a chama de sua vontade.
- No início – começou o ancião, apontando o fogo na lareira, que se contorceu –, havia Luz e Trevas. Atraídas uma pela outra, ambas tornaram-se um só ser, que o universo chamou de Helyna. – o fogo simulou a forma de uma mulher, de cabelos muito longos e os olhos de Nero saltaram em admiração. Era como um teatro de sombras, mas os atores eram as chamas que o mago controlava com o dedo indicador, como se regesse uma orquestra. - De sua essência, Helyna deu origem aos Quatro Pilares, as deidades menores que sustentavam o mundo e vigiavam suas criações: Tash, deus da terra, da perseverança e imutabilidade. Akhar, patrono do fogo, da coragem e da traição. Hyrail, representante do vento, da gentileza e da fúria. E Nariel, regente da água, da calma e da pureza. – o mago fez uma pausa e encarou Nero. – É isso que os clérigos nos contam, não é mesmo?
O garoto assentiu, sem desviar os olhos das chamas.
- Os Quatro Pilares de Helyna sustentaram o Universo por milênios e permaneciam adorando a Deusa, incessantemente, em todas as suas ações e criações – continuou Dinar. - Mas os deuses não tinham quem lhes adorassem e sua influência começou a diminuir gradualmente. Em sua sabedoria, Helyna sabia o que era necessário e decidiu gerar uma criatura que se assemelhasse a ela própria. O novo ser foi criado de sua cabeça, herdando a essência divina e o domínio sobre a matéria. A ele, foi dado o nome de homem, e lhe foi incumbida à tarefa de adorar os Pilares, o que manteve a força das deidades. Sendo assim, o homem tornou-se dependente dos deuses, pois deles vinha sua magia e sopro de vida. Mas não é só isso que nos contam suas anotações, não é mesmo, Nero?
O teatro de chamas cessara e o menino voltou a olhar para a imponente figura do sábio.
- Os homens foram enganados – sussurrou o garoto –, eles não são totalmente dependentes dos deuses. Existe o Fator Gênese, uma força que permitiu ao homem achar um meio de manifestar a magia por seu próprio esforço e compreender o mundo sem o auxílio divino.
- Então, o homem deu origem a sua própria criação: a ciência – continuo Dinar, complementando. – Mas o Fator Gênese só existe graças à essência de Helyna que habita o corpo dos homens, a alma. Ainda assim, você não diria que os humanos estão fadados a obedecer, ao menos, a Deusa?
Nero pareceu perder o receio. O mago estava conversando com ele como se realmente se interessasse por sua opinião, como um amigo de longa data que lhe pergunta sobre as novidades e quer discutir um assunto que têm em comum.
- Discordo – disse o menino, dessa vez de forma audível. – Helyna concedeu a alma, o que permitiu a humanidade gerar sua própria criação, sim. Mas tudo só foi possível pelo próprio esforço do homem em superar seus limites.
- Ah, o espírito incansável – exclamou Dinar –, a ganância que move os homens na busca pela apoteose.
Apoteose. Tornar-se divino. Era mesmo esta a busca do homem, desde a antiguidade. A ânsia por ser reconhecido, a sede insaciável pelo conhecimento e o sentimento de superioridade que alimenta o ego.
- Mas isso é, de fato, natural – continuou o mago. – Criado da essência de Helyna, o homem herdou seus sentimentos bons e ruins, o que inclui a ganância. O que acha que aconteceria aos homens se eles se opusessem aos deuses?
- Não sei – respondeu o garoto, sinceramente –, talvez isso iniciasse uma guerra.
- Hahaha – gargalhou o mago novamente, aparentemente se deliciando com cada manifestação de coragem do menino – uma guerra entre a Deusa e sua criação... Seria tão irônico!
- Mas, isso é impossível – disse o garoto, convicto –, não há como alcançar a Grande Morada, o domínio divino. Ninguém sabe onde fica a entrada e os livros dizem que ela pode sequer existir.
Dinar se conteve em apenas sorrir e se abaixou, para ficar na mesma altura que Nero. O garoto não recuou, seu medo se tornara rapidamente em admiração e ele via naquele momento uma chance única de aprender tudo o que ele sempre procurara nos livros e não encontrara.
- Não posso te levar até a morada, pequenino. Mas posso te deixar em frente ao portão de entrada.
De súbito, Nero voltara para o quarto em sua casa, o sol continuava nascendo lá fora, agora iluminando os altos prédios que se levantavam como esquadrões pelas ruas. Ele fechou o livro leu o nome do autor, em relevo, na capa escura. Agnes Dinar.
- O senhor teria orgulho de mim se soubesse o que fiz, mestre – refletiu Nero, tocando cada uma das palavras em relevo com os dedos. – E se surpreenderia se soubesse onde quero chegar.
Fator Gênese
Capítulo 1 – Nero
Capítulo 1 – Nero
Frio.
Tudo o que o cientista podia sentir, no meio daquela imensa planície, era o vento gélido e cortante, que assoviava em seus ouvidos o prelúdio dos eventos que se seguiriam. Ele tinha medo, como todo mortal, e a ansiedade se tornava quase palpável através de seus olhos negros e vibrantes.
Nero sabia que nenhum ser vivente jamais ousara pisar onde ele se encontrava agora. Por um segundo, ele cogitou voltar atrás, desistir de seu ideal e retornar ao conforto de sua lareira mais uma vez, mas sabia que tudo pelo que ele deveria passar era meramente parte de um plano muito maior. Se desistisse de fazer o que acreditava ser o certo, então toda sua filosofia estaria arruinada.
Lentamente, o cientista fechou seus olhos. Agora ele podia sentir o vento ainda mais forte, agitando com violência o sobretudo escuro que lhe cobria o corpo esbelto. Ajeitou os óculos e meteu as mãos nos bolsos da calça, como um vício expressivo inconsciente. Ao reabrir os olhos, ele teve uma visão do que sabia ser inevitável.
Nero estava no topo de um monte e abaixo, na larga campina onde estivera anteriormente, se desenrolava um confronto sem precedentes. Um imenso exército de máquinas confrontava os senhores daquelas terras, que defendiam seu mundo com a magia que lhe fora concedida pela Deusa Criadora, invocando em seu auxílio forças que existiam desde o início dos tempos e criaturas somente vistas pelos homens em seu pesadelos mais terríveis. Enquanto as máquinas de guerra alvejavam seus inimigos com projéteis explosivos, de poder inacreditável, seus oponentes faziam chover uma saraivada de meteoros e relâmpagos no campo de batalha.
Era algo, sem dúvida, espetacular. O sangue de Nero fervia de excitação e ele tinha fé que seu exército resistiria aos celestiais. Pela segunda vez, ele fechou os olhos, abrindo os ouvidos para o som incessante da batalha, se deliciando com o urro de agonia de uma criatura divina sendo abatida.
De súbito, o silêncio lhe cercou por completo e quando percebeu onde se encontrava seu coração deu um salto. Era um cômodo completamente branco, decorado com uma mobília belamente esculpida, um aroma suave pairava no ar, como um véu invisível e inebriante. Próxima à janela, uma linda mulher observava com curiosidade o astuto cientista, seus olhos negros eram mais profundos que o próprio universo.
Nero reconheceu a figura à sua frente, pois era ela a razão de sua vinda até aquele lugar tão distante, o motivo da guerra que se desenrolava fora daquele quarto silencioso. Helyna, a Deusa que criara tudo que era ou não conhecido pelos homens e pelos celestiais. Sua majestade era tamanha que Nero sentiu o impulso de se prostrar perante sua criadora e clamar o perdão por seus atos narcisistas.
- Faça o que você veio fazer – disse a Deusa, sua voz vibrou no coração do cientista, encorajo-o.
Em um instante, a expressão de Nero se alterou completamente. Seu cenho se tornou duro e seus olhos negros miraram os da deidade com furor, como se por anos houvesse esperado para estar em sua presença, em um misto de admiração e revolta.
Quando abriu os olhos, Nero viu o teto de seu quarto. Sua respiração estava muito acelerada e o suor lhe escorria pelo rosto. Ele sentou em sua cama e deu uma espiada no relógio de parede, não que as horas lhe importassem, mas em uma tentativa vã de distrair sua mente. Aquelas lembranças lhe perturbavam em sonhos todas as noites, como uma maldição, mas ele pensara que já havia se acostumado ao fardo, até que este começasse a ficar ainda mais pesado, roubando aos poucos sua sanidade.
Ele procurou os óculos, tateando a escrivaninha ao lado de seu leito e os levou ao rosto. Caminhou até as janelas do quarto e abriu uma fresta na cortina, para admirar o sol que nascia ao longe, aquecendo as terras de Arsin, a Grande Capital.
Nero era o cientista mais famoso em Arsin e talvez muito além de seus territórios. Responsável pela criação da tecnomagia, uma técnica que procurava unir as forças místicas aos conceitos tecnológicos de seu mundo, ele era visto por muitos como um gênio e assim era respeitado, como um homem culto e esperança do mundo por um futuro melhor. Mas as pessoas conheciam apenas um lado de sua genialidade.
Sobre a escrivaninha, Nero viu um tomo bastante grosso, de capa escura. Tomando o livro pelas mãos, começou a folheá-lo lentamente, apreciando as ilustrações e os textos escritos à mão, sobre as páginas já amareladas. Ele sabia que ali estava contida toda a história da criação do Universo Verdadeiro, um livro raro que conseguira a muitos anos das mãos de um gatuno que sequer sabia o valor do que carregava. Porém, o conhecimento obtido com a leitura dos escritos não era tão diferente do que seu mentor lhe transmitira.
No instante seguinte, Nero se viu em um imenso salão, iluminado pelo fogo de uma lareira, tornando visível o recinto tão familiar. Sentado em uma cadeira, próxima ao fogo, estava um homem muito velho, seu rosto demonstrava preocupação e ele parecia transmitir uma aura de sabedoria admirável.
- Ora, vejam – disse o ancião, notando a presença da criança –, se não é o pequeno Nero.
O garoto caminhou a passos curtos até a lareira, intimidado pela presença do sábio, e não disse nada, contentando-se em desviar o olhar para o fogo e permanecer em silêncio.
- Elia me contou que você invadiu a biblioteca pela nona vez neste mês – disse o homem, deixando escapar um riso abafado pelas longas barbas brancas. – Você confirma isso?
- Eu não invadi lugar nenhum - respondeu a criança, com rispidez, devido ao nervosismo. Quando lembrou com quem estava sendo rude, se apressou em concluir, com a cabeça abaixada –, senhor.
Mas o ancião não parecia estar irritado com o garoto, pelo contrário, Nero poderia jurar que ele estava se divertindo com a situação. O homem apoiou uma das mãos sobre o ombro do pequeno e se curvou para olhar-lhe nos olhos.
- Não estou aqui para castigá-lo, pois essa, definitivamente, não é minha função. Mas diga-me, se não foi uma invasão, como chama o que fez há alguns minutos, quando Elia, o bibliotecário de Arsin lhe viu folheando alguns tomos antigos no fundo da Grande Biblioteca, munido de uma lanterna e um rolo de pergaminho e tinta que estava usando para anotações?
O garoto permaneceu mudo e o ancião sentiu que o ombro do pequeno tremia, mesmo estando ele tão perto da lareira.
- Eu estava só estudando – respondeu o garoto, sua voz era quase inaudível.
- E porque acha que Elia o trouxe até mim?
Nero levantou a cabeça com calma, ainda um pouco hesitante. Ele sabia que a pessoa a sua frente era um dos homens mais influentes de seu país e certamente o mais sábio. Agnes Dinar, arquimago e embaixador oficial de Arsin.
Não seria fácil enganar o ancião e o garoto já havia descartado a possibilidade no momento em que foi posto em sua presença.
- Porque os livros que eu estava lendo são perigosos – respondeu o garoto.
- E porque acha isso? – perguntou Dinar, simulando uma expressão de curiosidade.
- Conhecimento proibido – arriscou. – Sobre os deuses.
- Os clérigos não poderiam lhe informar tudo o que você precisasse saber sobre os deuses, meu rapaz?
- Não é o fanatismo que eu procuro, mas a verdade – respondeu a criança, enrubescendo -, senhor.
Dinar sorriu. A curiosidade do garoto lhe era nostálgica.
- Conte-me, o que seus estudos lhe revelaram ao longo dessas nove visitas que fez à seção proibida?
O menino surpreendeu-se com a pergunta e mirou os olhos do mago, que o encaravam com evidente interesse.
- E-eu – gaguejou, tentando escolher as palavras – não descobri nada de mais, só algumas coisas sobre Helyna e a criação do mundo, juro que não fiz nada com intenções de machucar ninguém!
- Acalme-se – disse Dinar, num tom amigável, tentando se aproximar da criança. – Porque não me mostra o que trás debaixo da camisa?
Nero sentiu o sangue gelar. Lentamente, ele levantou a camisa de linho surrada, descobrindo um punhado de folhas soltas, obviamente escritas às pressas. O garoto entregou os escritos ao mago, que os analisou por um instante, curioso.
Após ler a última das folhas, Dinar devolveu-as ao menino, que pareceu intrigado.
- Vai me deixar ir embora com isso? – perguntou Nero, apanhando os escritos – Não vai apreender minhas anotações?
- De que valeria apreender algo que você já decorou, meu jovem? – disse o velho, sorrindo. – Além disso, minha proposta é justamente não deixá-lo ir embora – concluiu, fazendo o sorriso dissolver em um instante.
Nero ficou confuso e sentiu o medo lhe invadir novamente.
- Hahahaha – gargalhou Dinar, divertindo-se com a expressão assustada do menino, bagunçando os cabelos desgrenhados da criança. – Só estou brincando, pequenino!
O Grande Mago se levantou de sua cadeira, fazendo com que Nero se afastasse alguns passos, intimidado pela altura do homem. Dinar vestia um longo manto negro, adornado em fios de ouro, que compunham desenhos complexos no tecido. Sua barba e cabelos compridos, muito brancos, transpareciam o peso da idade, mas seus olhos ainda traziam viva a chama de sua vontade.
- No início – começou o ancião, apontando o fogo na lareira, que se contorceu –, havia Luz e Trevas. Atraídas uma pela outra, ambas tornaram-se um só ser, que o universo chamou de Helyna. – o fogo simulou a forma de uma mulher, de cabelos muito longos e os olhos de Nero saltaram em admiração. Era como um teatro de sombras, mas os atores eram as chamas que o mago controlava com o dedo indicador, como se regesse uma orquestra. - De sua essência, Helyna deu origem aos Quatro Pilares, as deidades menores que sustentavam o mundo e vigiavam suas criações: Tash, deus da terra, da perseverança e imutabilidade. Akhar, patrono do fogo, da coragem e da traição. Hyrail, representante do vento, da gentileza e da fúria. E Nariel, regente da água, da calma e da pureza. – o mago fez uma pausa e encarou Nero. – É isso que os clérigos nos contam, não é mesmo?
O garoto assentiu, sem desviar os olhos das chamas.
- Os Quatro Pilares de Helyna sustentaram o Universo por milênios e permaneciam adorando a Deusa, incessantemente, em todas as suas ações e criações – continuou Dinar. - Mas os deuses não tinham quem lhes adorassem e sua influência começou a diminuir gradualmente. Em sua sabedoria, Helyna sabia o que era necessário e decidiu gerar uma criatura que se assemelhasse a ela própria. O novo ser foi criado de sua cabeça, herdando a essência divina e o domínio sobre a matéria. A ele, foi dado o nome de homem, e lhe foi incumbida à tarefa de adorar os Pilares, o que manteve a força das deidades. Sendo assim, o homem tornou-se dependente dos deuses, pois deles vinha sua magia e sopro de vida. Mas não é só isso que nos contam suas anotações, não é mesmo, Nero?
O teatro de chamas cessara e o menino voltou a olhar para a imponente figura do sábio.
- Os homens foram enganados – sussurrou o garoto –, eles não são totalmente dependentes dos deuses. Existe o Fator Gênese, uma força que permitiu ao homem achar um meio de manifestar a magia por seu próprio esforço e compreender o mundo sem o auxílio divino.
- Então, o homem deu origem a sua própria criação: a ciência – continuo Dinar, complementando. – Mas o Fator Gênese só existe graças à essência de Helyna que habita o corpo dos homens, a alma. Ainda assim, você não diria que os humanos estão fadados a obedecer, ao menos, a Deusa?
Nero pareceu perder o receio. O mago estava conversando com ele como se realmente se interessasse por sua opinião, como um amigo de longa data que lhe pergunta sobre as novidades e quer discutir um assunto que têm em comum.
- Discordo – disse o menino, dessa vez de forma audível. – Helyna concedeu a alma, o que permitiu a humanidade gerar sua própria criação, sim. Mas tudo só foi possível pelo próprio esforço do homem em superar seus limites.
- Ah, o espírito incansável – exclamou Dinar –, a ganância que move os homens na busca pela apoteose.
Apoteose. Tornar-se divino. Era mesmo esta a busca do homem, desde a antiguidade. A ânsia por ser reconhecido, a sede insaciável pelo conhecimento e o sentimento de superioridade que alimenta o ego.
- Mas isso é, de fato, natural – continuou o mago. – Criado da essência de Helyna, o homem herdou seus sentimentos bons e ruins, o que inclui a ganância. O que acha que aconteceria aos homens se eles se opusessem aos deuses?
- Não sei – respondeu o garoto, sinceramente –, talvez isso iniciasse uma guerra.
- Hahaha – gargalhou o mago novamente, aparentemente se deliciando com cada manifestação de coragem do menino – uma guerra entre a Deusa e sua criação... Seria tão irônico!
- Mas, isso é impossível – disse o garoto, convicto –, não há como alcançar a Grande Morada, o domínio divino. Ninguém sabe onde fica a entrada e os livros dizem que ela pode sequer existir.
Dinar se conteve em apenas sorrir e se abaixou, para ficar na mesma altura que Nero. O garoto não recuou, seu medo se tornara rapidamente em admiração e ele via naquele momento uma chance única de aprender tudo o que ele sempre procurara nos livros e não encontrara.
- Não posso te levar até a morada, pequenino. Mas posso te deixar em frente ao portão de entrada.
De súbito, Nero voltara para o quarto em sua casa, o sol continuava nascendo lá fora, agora iluminando os altos prédios que se levantavam como esquadrões pelas ruas. Ele fechou o livro leu o nome do autor, em relevo, na capa escura. Agnes Dinar.
- O senhor teria orgulho de mim se soubesse o que fiz, mestre – refletiu Nero, tocando cada uma das palavras em relevo com os dedos. – E se surpreenderia se soubesse onde quero chegar.
Última edição por Stein em Seg Fev 13, 2012 1:34 pm, editado 6 vez(es) (Motivo da edição : Revisar o texto)
Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
História Épica: Você está fazendo isto certo.
O começa lembra uns trailers de coisas tipo diablo, warcraft... carinhas tendo visões de guerras épicas e tal...
O começa lembra uns trailers de coisas tipo diablo, warcraft... carinhas tendo visões de guerras épicas e tal...
lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
haha valeu!
Conforme eu for escrevendo, vou postando aqui ^^
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Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
a moda é escrever aqui agora tao tudo me copiando qdo começei o fragmentos
Dahora stein
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isaac-sky- Guarda Real
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
má claro... isaac é um cara original...
lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
totalmente, pq a minha idéia inicial era a história do Olaf, mas ai ficou de mimimi, me fez apagar, e acabou que o NPC foi esquecido completamente
isaac-sky- Guarda Real
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Façam filmes
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Realmente,merece um filme,muito bem escrito,história com bom contesto,terá futuro.Não tenho nada do que reclamar nem contestar.
Pedro Oliveira- Iniciante
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Hehe valeu galera, isso me motiva a escrever mais. Na boa, esse espaço aqui no heaven foi sacada de mestre ^^
Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
alguém chamou?...
lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Mas eu ja fazia isso la no cmfreak
isaac-sky- Guarda Real
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
e eu já fazia antes, num blog... OPA
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lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
mas nao num forum, nao vale nao adianta tentar roubar a autoria da minha ideia
isaac-sky- Guarda Real
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Hey LG, as coisas nesse wordpress ai me lembram o 1° RPG hein
Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
alguns chars, alguns elementos... pois é... tem sim... HOHO
lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Hoho, vejam só, meu trabalho está aqui, saiu ontem ^^
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Esse é o primeiro passo do projeto, virão ilustrações e tudo o mais. Edição Zero.
Se mais alguém for aspirante a escritor, me avise, posso explicar o projeto e talvez até conseguir um espaço ali hehe
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Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Tá bacana, hein... só acho que tinha que deixar o fundo, principalmente aquele cinza, de nuvens e tal, um pouco mais claro, pra evitar poluição visual.
lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Também concordo, já falei isso para o cara que fez o material
Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
uia stein, lembre de mim depois no futuro tenho que terminar o Fragmentos, pretendo levar a sério essa história e termina-lo
isaac-sky- Guarda Real
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
daí de fundo, na pagina do isaac, bota algo tipo isso...
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lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Se alguém quiser se candidatar ao cargo de Escritor ou Ilustrador (ae, senhor Ruisu), fale comigo
Lembrando que agora tem prazo, cerca de um capítulo a cada 20 dias.
Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
puts... não sei se consigo completar um capitulo a cada 20 dias... mas que me interessa, isso interessa
lgsscout- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
idem do lgs eu enrolo meses pra um "ato"
e vai se ferrar com o wallpaper lgs
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isaac-sky- Guarda Real
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
Então, com o tempo, a demanda tende a essa faixa mesmo rs
Cara, é só jogar um pouco de RPG que a gente tem umas ideias absurdas/épicas.
O que mata é o trabalho + faculdade, mas vou sempre arrumar um tempo aos fins de semana, então usando, por exemplo, 2 horas nos sábados à noite, já dá para produzir um capítulo tranquilamente.
Se quiser, me mande algo e eu passo para frente hoho
Cara, é só jogar um pouco de RPG que a gente tem umas ideias absurdas/épicas.
O que mata é o trabalho + faculdade, mas vou sempre arrumar um tempo aos fins de semana, então usando, por exemplo, 2 horas nos sábados à noite, já dá para produzir um capítulo tranquilamente.
Se quiser, me mande algo e eu passo para frente hoho
Stein- Alquimista
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Re: Fator Gênese - Capitulo 1
vamos ver... vou escrever... se pá, já tenho alguns contos guardados lá em casa... só precisando formatar e rever as partes feitas as pressas
lgsscout- Alquimista
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