Hengeyokai: Os Metamorfos do Oriente
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Hengeyokai: Os Metamorfos do Oriente
Esta é uma breve introdução ao conteúdo do livro Hengeyokai: Os Metamorfos do Oriente.
Um Suplemento para Lobisomem: O Apocalipse. Pode ser encontrado clicando aqui (4shared).
Neste tópico, será acrescentada somente uma abordagem introdutória a primeira parte: os hengeyokai.
 No Oriente, também há mitos sobre seres que se transformam. Entretanto, os cumes nevados e as selvas esfumaçadas da Ásia são a última opção para os Metamórficos, assim como as regiões selvagens no Mundo das Trevas.
 Uma cultura mais antiga separa os homens-fera orientais de todas as Raças Metamórficas. O misticismo destes difere consideravelmente, pois, nas raras audiências com os Garou, o Apocalipse é recebido com meneios de cabeça. Os hengeyokai enfrentam as mesmas batalhas que os ocidentais, mas são alheios quando reúnem-se a inimigos ou até na frieza de suas amizades.
 A igualdade com os primos distantes existe, até o ponto em que eras de contato com o Mundo Espiritual e um sistema de cortes cooperativas separam seus caminhos. Gaia existe e a Primeira Era é sua criação. Compreendem a Tríade e adoram Luna. A inexatidão das muitas versões não nega a origem semelhante com o Povo do Poente, e os acontecimentos posteriores ao Impergium apresentam enredos diferentes.
 A título de exemplo, basta citar que a Guerra da Fúria nunca atingiu o território asiático — não por inteiro. Mas grandes batalhas contra lordes dos Malditos cobraram o seu preço em almas pelas mãos dos Reis Yama. Apesar da cautela e protocolo, hoje, os hengeyokai ajudam uns aos outros. Permear contos fabulosos criados pela mente humana (nos quais as criaturas metamórficas se preocupam em acrescer a verdade) é resultado do comportamento despreocupado destes em ocultar-se da população, contudo, não permitem que muito seja descoberto.
 — Sensei — chama o garoto —, não sei o que significa hengeyokai. Eu sou um?
 O mestre vira seu olhar ao menino, transbordando de paciência e boa vontade.
 — Vincent, já lhe expliquei isso uma vez — recordou-lhe. — E sim, você é.
 — Mas eu sou um kitsune, certo? — rebateu confuso. — Um homem-raposa — afirmou com uma pontada de orgulho.
 — Garoto, um garoto-raposa — corrigiu-o no kitsune-go, o dialeto das raposas.
 Quanto trabalho, Mãe, contestou Kensei, aos céus. Direcionado ao ensino, e pertenço justamente a raça mais astuta.
 — Farei quinze, logo — insistiu Vincent, na língua particular dos vulpinos. Demonstrando que não era só o japonês que estava aprendendo rápido; e que compreendia o desafio. — E já faço missões junto de vocês, no sentai.
 — Não, você me acompanha, por aprendizado. Se acha que já é homem, pode ficar e ajudar na vila — sugeriu o mestre.
 — Não, tudo bem, eu acompanho só — disse, em recusa. — Lavar, cozinhar e caçar lebres é chato. Quero espionar também, acampar e todo o resto — E retomou sua questão, de outro ponto: — Certo, eu sou um hengeyokai... kitsune. Mas e os outros? São o quê?
 — Todas as outras tarefas podem ser igualmente instrutivas — justificou o professor, tentando gerar interesse —, e mais seguras...
 Os olhos cinzentos do aluno brilharam ao compreender os riscos que corria, que para este significavam aventuras. Atrevido como a mãe, observou o mestre, dizer não é o mesmo que encorajar. Revisitou a curiosidade naquele rosto, e decidiu responder logo:
 — Bem, se você se refere a todos os demais metamorfos deste continente, sim, são hengeyokais também — disse Kensei.
 — Mas os mensageiros são corvos, e nós somos raposas — argumentou o aprendiz, salientando as diferenças.
 — Sim, e o caçador desta vila é um tigre, se percebeu. E a anciã, uma velha gata curandeira — apontou ele.
 — Sim, a caça para o jantar tinha marcas de mordida, e o machado estava mais limpo que ele — concordou Vincent, com levantamentos. — Aquela velha tem um cheiro estranho.
 — Verdade, mas vamos guardar este segredo — riu o mestre.
 Observador. Ótimo!
 — Muitos metamorfos — prosseguiu —, apenas um espírito.
 — Por que eles gostam de viver entre humanos? — perguntou o insaciável aluno. — Inclusive, as crianças se reúnem para ouvir os contos dela. Parecem histórias sobre feras, ela pode contar essas coisas?
 — Ela deve — interpôs kensei, para a surpresa do garoto. — A crença e cultura humana não podem nos influenciar; e muitos de nós, hengeyokais, tomamos por dever acrescentar alguns fatos aos humanos. E isso vem desde tempos antigos, onde vigiávamos o mundo como o Povo do Poente. Mas não participamos das loucuras deles com a tal Guerra da Fúria — Kensei continuava, ciente de que o jovem apenas relembrava os nomes de histórias já contadas. — As almas de nossos companheiros foram perdidas de outras formas, fosse contra os lordes dos Malditos, ou nos conflitos multirraciais das cortes.
 — Essa coisa toda de cortes e nobreza é muito complicada para mim — confessou Vincent.
 — Claro, você conhece somente o conceito. Quando participarmos de uma audiência, que já possuí data marcada, dou um jeito de te levar — prometeu. — Assim saberá por que nosso sistema é tão importante e mais efetivo que as defesas territoriais dos ditos caerns. Dizem que os Céus, Gaia e Seus ministros que nos presentearam com essa sabedoria.
 — Agora é aquela parte legal — adiantou-se o pequeno filho de raposa —, que diz que todas as criaturas eram aliadas.
 — É, por aí. No princípio, todos os seres sobrenaturais relacionavam-se bem — explicou. — Sem vampiros orientais, fadas simpatizavam com as Cortes e a amizade dos Dez Mil Imortais era geral. Os shen passeavam ao sussurrar da Umbra e seus espíritos patronos evoluíram na abundância da fé e lealdade.
 — Espíritos de dragões! — exclamou o garoto em fantasias.
 — Sim, Príncipes Dragões, Ministros do Céu e outros mais — completou Kensei. — Nós, metamorfos, mudamos no crescimento do Império do Meio. Os Mokolé, um exemplo, moldaram seus poderes nos sonhos invadidos de dragões. Criamos as cortes cooperativas e começamos a obedecer leis comuns. Até trouxemos alguns Rokea, acostumados a vidas primitivas, para aprenderam boas maneiras conosco. Esse foi um tempo próspero — salientou. — Porém, a guerra chegou e, em pouco tempo, a corrupção dos lacaios da Wyrm começou.
 O garoto tomou um ar sério ao olhar para um lado do horizonte, demonstrando sua preocupação com o momento atual. Seu tutor compreendeu a angústia dele, e buscou o parágrafo final para confortá-lo.
 — Mas, no desenrolar de nossa história do Império do Meio, chegamos ao que somos atualmente: os fantasmas metamórficos; os hengeyokai.
 O menino voltou seus olhos, e permitiu-se um sorriso tímido de satisfação. Pela resposta, pela história e por sua consciência nova. Ser um hengeyokai.
PS.: Aguardem por um novo tópico com a segunda parte do livro. Focada totalmente nos kitsune
Um Suplemento para Lobisomem: O Apocalipse. Pode ser encontrado clicando aqui (4shared).
Neste tópico, será acrescentada somente uma abordagem introdutória a primeira parte: os hengeyokai.
Introdução: Os Fantasmas Metamórficos
 No Oriente, também há mitos sobre seres que se transformam. Entretanto, os cumes nevados e as selvas esfumaçadas da Ásia são a última opção para os Metamórficos, assim como as regiões selvagens no Mundo das Trevas.
 Uma cultura mais antiga separa os homens-fera orientais de todas as Raças Metamórficas. O misticismo destes difere consideravelmente, pois, nas raras audiências com os Garou, o Apocalipse é recebido com meneios de cabeça. Os hengeyokai enfrentam as mesmas batalhas que os ocidentais, mas são alheios quando reúnem-se a inimigos ou até na frieza de suas amizades.
 A igualdade com os primos distantes existe, até o ponto em que eras de contato com o Mundo Espiritual e um sistema de cortes cooperativas separam seus caminhos. Gaia existe e a Primeira Era é sua criação. Compreendem a Tríade e adoram Luna. A inexatidão das muitas versões não nega a origem semelhante com o Povo do Poente, e os acontecimentos posteriores ao Impergium apresentam enredos diferentes.
 A título de exemplo, basta citar que a Guerra da Fúria nunca atingiu o território asiático — não por inteiro. Mas grandes batalhas contra lordes dos Malditos cobraram o seu preço em almas pelas mãos dos Reis Yama. Apesar da cautela e protocolo, hoje, os hengeyokai ajudam uns aos outros. Permear contos fabulosos criados pela mente humana (nos quais as criaturas metamórficas se preocupam em acrescer a verdade) é resultado do comportamento despreocupado destes em ocultar-se da população, contudo, não permitem que muito seja descoberto.
O que é um Hengeyokai?
 — Sensei — chama o garoto —, não sei o que significa hengeyokai. Eu sou um?
 O mestre vira seu olhar ao menino, transbordando de paciência e boa vontade.
 — Vincent, já lhe expliquei isso uma vez — recordou-lhe. — E sim, você é.
 — Mas eu sou um kitsune, certo? — rebateu confuso. — Um homem-raposa — afirmou com uma pontada de orgulho.
 — Garoto, um garoto-raposa — corrigiu-o no kitsune-go, o dialeto das raposas.
 Quanto trabalho, Mãe, contestou Kensei, aos céus. Direcionado ao ensino, e pertenço justamente a raça mais astuta.
 — Farei quinze, logo — insistiu Vincent, na língua particular dos vulpinos. Demonstrando que não era só o japonês que estava aprendendo rápido; e que compreendia o desafio. — E já faço missões junto de vocês, no sentai.
 — Não, você me acompanha, por aprendizado. Se acha que já é homem, pode ficar e ajudar na vila — sugeriu o mestre.
 — Não, tudo bem, eu acompanho só — disse, em recusa. — Lavar, cozinhar e caçar lebres é chato. Quero espionar também, acampar e todo o resto — E retomou sua questão, de outro ponto: — Certo, eu sou um hengeyokai... kitsune. Mas e os outros? São o quê?
 — Todas as outras tarefas podem ser igualmente instrutivas — justificou o professor, tentando gerar interesse —, e mais seguras...
 Os olhos cinzentos do aluno brilharam ao compreender os riscos que corria, que para este significavam aventuras. Atrevido como a mãe, observou o mestre, dizer não é o mesmo que encorajar. Revisitou a curiosidade naquele rosto, e decidiu responder logo:
 — Bem, se você se refere a todos os demais metamorfos deste continente, sim, são hengeyokais também — disse Kensei.
 — Mas os mensageiros são corvos, e nós somos raposas — argumentou o aprendiz, salientando as diferenças.
 — Sim, e o caçador desta vila é um tigre, se percebeu. E a anciã, uma velha gata curandeira — apontou ele.
 — Sim, a caça para o jantar tinha marcas de mordida, e o machado estava mais limpo que ele — concordou Vincent, com levantamentos. — Aquela velha tem um cheiro estranho.
 — Verdade, mas vamos guardar este segredo — riu o mestre.
 Observador. Ótimo!
 — Muitos metamorfos — prosseguiu —, apenas um espírito.
 — Por que eles gostam de viver entre humanos? — perguntou o insaciável aluno. — Inclusive, as crianças se reúnem para ouvir os contos dela. Parecem histórias sobre feras, ela pode contar essas coisas?
 — Ela deve — interpôs kensei, para a surpresa do garoto. — A crença e cultura humana não podem nos influenciar; e muitos de nós, hengeyokais, tomamos por dever acrescentar alguns fatos aos humanos. E isso vem desde tempos antigos, onde vigiávamos o mundo como o Povo do Poente. Mas não participamos das loucuras deles com a tal Guerra da Fúria — Kensei continuava, ciente de que o jovem apenas relembrava os nomes de histórias já contadas. — As almas de nossos companheiros foram perdidas de outras formas, fosse contra os lordes dos Malditos, ou nos conflitos multirraciais das cortes.
 — Essa coisa toda de cortes e nobreza é muito complicada para mim — confessou Vincent.
 — Claro, você conhece somente o conceito. Quando participarmos de uma audiência, que já possuí data marcada, dou um jeito de te levar — prometeu. — Assim saberá por que nosso sistema é tão importante e mais efetivo que as defesas territoriais dos ditos caerns. Dizem que os Céus, Gaia e Seus ministros que nos presentearam com essa sabedoria.
 — Agora é aquela parte legal — adiantou-se o pequeno filho de raposa —, que diz que todas as criaturas eram aliadas.
 — É, por aí. No princípio, todos os seres sobrenaturais relacionavam-se bem — explicou. — Sem vampiros orientais, fadas simpatizavam com as Cortes e a amizade dos Dez Mil Imortais era geral. Os shen passeavam ao sussurrar da Umbra e seus espíritos patronos evoluíram na abundância da fé e lealdade.
 — Espíritos de dragões! — exclamou o garoto em fantasias.
 — Sim, Príncipes Dragões, Ministros do Céu e outros mais — completou Kensei. — Nós, metamorfos, mudamos no crescimento do Império do Meio. Os Mokolé, um exemplo, moldaram seus poderes nos sonhos invadidos de dragões. Criamos as cortes cooperativas e começamos a obedecer leis comuns. Até trouxemos alguns Rokea, acostumados a vidas primitivas, para aprenderam boas maneiras conosco. Esse foi um tempo próspero — salientou. — Porém, a guerra chegou e, em pouco tempo, a corrupção dos lacaios da Wyrm começou.
 O garoto tomou um ar sério ao olhar para um lado do horizonte, demonstrando sua preocupação com o momento atual. Seu tutor compreendeu a angústia dele, e buscou o parágrafo final para confortá-lo.
 — Mas, no desenrolar de nossa história do Império do Meio, chegamos ao que somos atualmente: os fantasmas metamórficos; os hengeyokai.
 O menino voltou seus olhos, e permitiu-se um sorriso tímido de satisfação. Pela resposta, pela história e por sua consciência nova. Ser um hengeyokai.
PS.: Aguardem por um novo tópico com a segunda parte do livro. Focada totalmente nos kitsune
Yoru- Iniciante
- Data de inscrição : 05/05/2012
Idade : 30
Localização : São Vicente
Emprego/lazer : Programador de Sistemas/Aspirações: Literatura, Arte e Games
O que sou
Raça: Humano
Classe: Ladino
Re: Hengeyokai: Os Metamorfos do Oriente
Muito bom! Tem um lado de misticismo totalmente diferente, e bem intrigante! Ansioso pela segunda parte! :D
ritter- Iniciante
- Data de inscrição : 23/06/2014
Idade : 30
Localização : Brasil, São Paulo
O que sou
Raça: Humano
Classe: Plebeu
Re: Hengeyokai: Os Metamorfos do Oriente
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Agora eu quero jogar de Inuyasha u.u
Agora eu quero jogar de Inuyasha u.u
Stein- Alquimista
- Data de inscrição : 21/10/2011
Idade : 34
Localização : São Paulo, San Rafaello Park
Emprego/lazer : Arquiteto da Matrix - um salve, mano Asimov
O que sou
Raça: Humano
Classe: Alquimista
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