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Aly - Executora, Hacker, Nerd

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Mensagem por Aleleeh Sex Jul 15, 2016 6:48 pm

Nome:Alys Hashnger Corrêa
Idade: 22 anos (04/04/2167)
Aparência: Caucasiana, levemente bronzeada. Cabelo branco e curto, raspado na nuca.
Imagem de referência:
Classe: Dedicada
Ocupação: Executora

Dados:

Perícias:

Proezas e Talentos:

Bônus de Riqueza: +2

Equipamentos:


BACKGROUND

_________________________________________________________________

Minha mãe sempre dizia, no dia do nosso aniversário, que havíamos nascido em um dia de céu muito azul.
Ela gostava de descrever as nuvens em seus formatos e falar do ar fresco e suave de início de outono. Todos
os convidados gostavam de ouvi-la recitar como um poema aquele dia, onde nós nascemos. Após o brinde corriqueiro, ela
nos convidava a soprar as velinhas.
Eu enchia o peito.
Alexya nunca fechava os olhos. Gostava de olhar a cara de todos, esperando que soprássemos as velinhas.
Depois, tudo era uma incerteza. Naqueles instantes, em que eu fechava os olhos e soprava as velas na tentativa
de apagá-las, eu não desejava nada. Eu só me detinha, ali, congelando aqueles segundos. Esperando o ar sair dos
pulmões ao encontro das pequeninas chamas. Depois que assoprasse as velas... depois que eu finalmente fizesse
meus olhos se abrirem novamente, teria alcançado a liberdade?


________

De volta ao Brasil, em São Paulo. Por muito tempo, estive fora. Meu pai, um desenvolvedor e cientista, fora convidado pela Sybil para auxiliar na implementação do sistema no continente Europeu. Por algum tempo, moramos em várias cidades de lá, há cada seis meses nos mudávamos novamente para criar uma rotação de equipes e recolhimentos de dados.
Não posso dizer que não gostava das viagens corriqueiras e das culturas. Estudar era um problema, até que o sistema fosse implementado e testado por um mês eu e minha irmã tínhamos que estudar com os filhos dos profissionais que
trabalhavam com meu pai. Estudávamos com dois professores contratados por eles. Era um estudo rígido e muito pragmático,
quase científico. Aos 15 anos, a equipe pediu para que nós assinássemos termos de sigilo e responsabilidade sobre alguns ensinos e projetos. Nesse mesmo tempo, fizemos a prova para ingressar em um colégio conceituado do continente
Europeu. Passamos com certa facilidade e de um mês para o outro estávamos fora da rotina comprida e complicada das empresas Sybil. Foram três anos de estudo, muito pacato. A implementação na Rússia foi o último ponto.

Aos vinte e um anos faltavam apenas uma semana para terminarmos nossas faculdades.
Alexya cursava Estudos Diplomáticos e Tecnologia Criminal, na Nova Oxford, um curso que a levaria direto para as áreas que tratariam cultura e organização da própria Sybil nos países do mundo. Eu escolhi Segurança Cibernética com matérias de Psicologia Criativa SL, cortesia da grade curricular da própria Sybil.
Por volta das 18:30, voltávamos para casa. Conversávamos sobre alguma coisa corriqueira enquanto subíamos as escadas do prédio, em direção ao imenso apartamento dos nossos pais. Foi quando notamos algo diferente na porta. Alexya procurou o holo afim de desativá-lo porém não encontrava o botão. Decidi testar a maçaneta, e para nossa surpresa, abriu com facilidade. Podíamos ver a sala principal, reluzente como sempre. Mas faltavam duas cadeiras. O sistema estava desligado, então FaryL não apareceu para nos
recepcionar. Talvez papai estivesse testando algo nos códigos e por isso, estivesse desligado. Foi uma questão de segundos, quando as luzes auxiliares acenderam e vimos as duas cadeiras posicionadas. Papai e mamãe, amarrados, de frente um para o outro. Uma luz azulada no centro, fazia tudo parecer distante, quase um sonho.

Eu fechei os olhos.


Um dos homens me rendeu naquele instante, colocando uma arma na cabeça de Alexya e me segurando os braços. Nos colocaram ajoelhadas.
Fizeram comentários grosseiros, reparando na nossa condição de gêmeas idênticas. Minha mãe pedia alguma coisa, mas não conseguia escutá-la.
Alexya esbravejou, sempre foi sangue quente. Tentei olhar para o meu pai e então reparei o seu semblante.


Puxei o ar, enchendo o peito.

"Não temos isso conosco, eu juro", meu pai dizia. Um deles, o que rendia minha irmã, soltou uma longa gargalhada. O outro, usando uma cabeça
em formato de panda se movimentou de maneira desajeitada, chutando as costelas do meu pai e depois, apontando novamente sua arma. Os dois que
nos rendiam me prendeu em uma barra de ferro, a que deixávamos próxima da porta. Sem o holo, ela era apenas uma barra de metal, mas costumávamos
pendurar bilhetinhos ao sair.

Eu fiz um desejo.

Minha mãe tentou reagir quando a arma voltou para a cabeça de meu pai. Foi quando o Panda virou para ela e disparou em sua perna.

O silêncio antes de soprar.
Eu nunca estaria pronta. Eu nunca sairia daquela cena.


Ela começou a gritar, e Alexya tentou reagir, levando duas porradas do cara de bigode. Não consigo lembrar de seu rosto.
O outro homem, o que me prendia, sussurrava em meu ouvido. Aquelas palavras que parecem tão longe. Eu sei que estavam gritando, mas eu não
podia ouví-los. Era uma voz inalcansável, inatingível. Eu sentia meu coração pulsar de forma descompassada e meu estômago revirar. Eu sei que
ele tinha me batido, mas não podia mais sentir a dor no corpo.

Era como dormir de olhos abertos.

Alexya diz que tudo foi muito rápido naquela ocasião. Para mim, pareciam horas, demoradas, conta-gotas. O meu pai, treinado, conseguiu soltar
uma das armas. Foi nesse momento que roubou o revólver do homem, acionou sem pensar e disparou contra a cabeça dele. A cena dantesca ainda
mora em minha mente. Minha irmã havia desmaiado por causa de uma pancada e minha mãe estava inconsciente, sangrando.

Eu assoprei as velinhas.

Os disparos continuavam. Depois do Panda, o cara do bigode e, por último, o que estava me segurando contra a parede.

O nosso chão, tingido de vermelho. O olhar do meu pai, vidrado, esbaforido. Naquele dia, ele conhecera um dos mais primatas instintos da humanidade: A sobrevivência.

________________________________


Minha mãe, Lívia, se submeteu as terapias, sendo afastada de seus cargos e realocada a um posto na Suíça. Já meu pai, Hermes, não obteve tanto sucesso nas terapias, sendo desativado de seu cargo na Sybil e prestando serviços à distância para a CID, de tempos em tempos, sendo mantido isolado da sociedade.
Os dois moram em uma casa monitorada e muito próxima da sede da MWPSB da Suíça, em Zurique. Meu pai passa a maior parte do tempo, por recomendação do Sistema, na Sala Branca de Terapia, no prédio da MWPSB.

Alexya e eu voltamos para o Brasil para que testassem o coeficiente criminal de gêmeas no continente Americano, afim de criar registros e dados sobre o assunto. Após os quatro meses de testes, Alexya foi alocada para fazer trabalhos de Tecnologia Criminal na CID de São Paulo, conseguindo o cargo de inspetora com facilidade.
Eu fui alocada para a divisão da MWPSB de São Paulo, onde comecei na área de Segurança Cibernética. Porém, após quase um mês de serviço limpo, meu coeficiente criminal começou a apresentar problemas e, ficando cada vez mais sujo, fui rebaixada e realocada para terapia. Vendo que meu coeficiente havia ficado nulo por um mês e depois subiu estratosfericamente, o conselho decidiu me oferecer o cargo de Executora.
No fundo, eu sabia que isso significava a impossibilidade de ser reabilitada por completo. A transição foi dolorida, mas Alexya me trouxe segurança, antes que fosse realocada para a base no Rio de Janeiro, visto que nossos coeficientes estavam entrando em sincronia quando estávamos juntos... mas, para o azar de Alexya - e meu - decidiram que a chance de anular era muito inferior às chances de subir. Na decisão de não
comprometer a carreira dela, fiquei em São Paulo para agir como executora. Apesar da distância, mantemos contato frequente e há cada um mês
temos reuniões de checagem e estudo em gêmeos idênticos, o que chamam de Coeficiente Simbiótico.
Aleleeh
Aleleeh
Imperatriz de Jade

Data de inscrição : 22/12/2012
Idade : 27
Localização : Sampa - SP
Emprego/lazer : Designer de Interiores e Artista

O que sou
Raça: Fada
Classe: Samurai

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