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Frank "Hammer Hands" Romagnoli

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Frank "Hammer Hands" Romagnoli Empty Frank "Hammer Hands" Romagnoli

Mensagem por ritter Qua Set 24, 2014 1:55 am

Música de Fundo:

Cidade de Parnasis, 9:37 PM

Um letreiro de neon, escrito The Big Boy, ilumina a noite fria na cidade. As letras i e oy já apagadas ou piscando vez ou outra apenas. Um homem come suas panquecas com melado, sentado no balcão, enquanto a garçonete tamborila os dedos, impaciente.

- O lugar já vai fechar, moço. - Diz a mulher loira. Seu rosto cansado mente sua verdadeira idade. O batom vermelho e a maquiagem chamativa roubavam a atenção do hematoma que tinha do lado da cabeça. Possivelmente um marido bêbado em casa, ou um filho revoltado. - Por que insiste em comer aqui toda quinta-feira, nesse mesmo horário? - Indaga, enquanto limpa o avental. A ponta dos dedos já amarelos, devido aos anos de fumo constante, buscam seu maço no bolso esquerdo. Não importava o tempo que o lugar fechava, o que precisava era saciar seu vício.

O homem para de mastigar por um breve momento, levantando a cabeça de forma a deixar a moça com receio, sem saber se deveria te-lo apressado. Possui os cabelos negros e lisos, penteados para trás. Os fios grisalhos decorando as laterais da cabeça. Não era velho, mas já havia passado por muita coisa. As olheiras pesadas dão um ar cansado, e os olhos castanho escuros como poços em que não se vê o fundo. Vestia o uniforme de sua própria empresa, a Coletora Romagnoli, uma empresa quase falida de coleta de lixo. A vestimenta era de cor azul marinho, com o logo branco no peito, com sua camisa branca por baixo, que deixava alguns pelos do peito amostra. Olhando nos olhos da moça, o homem diz, num tom de voz neutro:

- Dia de pagamento.

E então volta a comer. Em dez minutos termina sua refeição. Sem dirigir uma palavra a moça, se levante de seu lugar e sai do estabelecimento. A rua era pouco movimentada esse horário, e apenas alguns carros estavam no estacionamento. Se dirigi ao seu xodó, um Chevy Bel Air, modelo 1953, preto. Um presente que recebera de um sócio. Entra calmamente, da partida, sintoniza o rádio em alguma estação que lhe agrade. A música que toca é Black Coffee, uma de suas preferidas. Se estica até o porta-luvas, pega um charuto e o acende. Fecha os olhos por alguns segundos, apreciando a fumaça. Era um Montecristo, 1935, seu aroma suave e sofisticado. Os cubanos sabem como fazer charutos, pensa consigo mesmo. Da a partida e parte do lugar.

Black Coffe - Peggy:

Alguns minutos depois, manobra o carro até uma garagem. Uma casa pequena ao lado. As luzes ainda acesas. Sai do carro e fecha a garagem. Abre a porta de casa e, como sempre, ninguém o recebe. Vai até a cozinha. Um prato frio de feijão com alguns pedaços de frango estão na pia. Abre a geladeira, pega uma cerveja. Aquela famosa e inconfundível garrafinha dos comerciais, Heineken, acabara por ficar muito famosa na região. Pega seu prato, senta-se no sofá e liga o televisor. Preparando-se para relaxar, pelo menos uma noite. Percebe que havia esquecido os talheres e se levanta para pegar.

Frank "Hammer Hands" Romagnoli 2055

Chegando na cozinha, vê sua esposa parada, de braços cruzados, de frente para a pia. O avental sujo, devia estar limpando a casa até agora. Seu rosto não estava muito amigável. Encarava o homem com um olhar perspicaz, que até mesmo para um homem do seu tamanho, era assustador.

- Chegou tarde... Novamente. - Disse a mulher de cabelos castanho escuros. Era bela, mas possuía o olhar cansado.

- Estava trabalhando, Marrie, sabe disso. - O homem tenta avançar para gaveta onde os talheres se encontram, mas a mesma está bloqueada por sua mulher.

- A mesma desculpa sempre... Você não tem vergonha? - Indaga a mulher, agora descruzando os braços e apontando o indicador para a face do homem.

- Vergonha do que mulher? De trabalhar pra te sustentar?

- Vergonha de mentir! Eu sei que você não trabalha até tarde, minhas amigas já te viram perambulando de carro pelas redondezas. Está de olho em alguma outra? Ou será que já está com alguma vadiazinha qualquer? Hãn?

- Céus, Marrie! Pro inferno essas suas amigas! Eu não te traio com ninguém, nem irei trair. Você prefere confiar nelas do que no seu próprio marido?

- Ultimamente...

- Não dá pra discutir com você, sempre me vê como o vilão da história. Agora, deixe-me pegar meus talheres e ficar em paz. Amanhã, esse vagabundo que você chama de marido, precisa trabalhar.

A mulher, relutante, sai da frente da gaveta. Seu olhar não era mais perspicaz ou sério. Era um olhar triste, quase deixando sair as lágrimas. Quando o homem começa a sair do cômodo, a mulher diz:

- Se soubesse que seria assim, nunca teria casado... Papai nunca teria deixado, se você não fosse mais afortunado na época...

O homem fecha os punhos, mas para não gerar mais briga, continua seguindo até a sala. Nesse momento, consegue ouvir o choro de sua mulher, quase inaudível, na cozinha. Senta-se no sofá e começa a degustar sua cerveja. Passadas algumas horas, já havia caído no sono, e acorda sem um motivo em especial. Estava tudo escuro, ele sentado na mesma posição em que estava antes de dormir, apenas o televisor ligado em um canal qualquer. O homem olha para o lado, e vê seu maior prêmio. Cinco troféus como campeão de boxe. Se não fosse o incentivo do novo treinador em aplicar esteroides e ter sido pego no exame antidoping... Poderia ter tido muito mais. Mas isso era passado, não havia o que fazer. Algum tempo depois, enquanto se prendia em seus pensamentos, alguém bate à porta.

Mas que... São 3:00 PM, que raios alguém faz aqui?

Relutante, o homem se levanta e abre a porta. Do lado de fora, um homem de chapéu e paletó espera, com seu cigarro fino.

- Meu chefe precisa de um favor.

- Bobbie Joe.- Cumprimento. Me certifico de que ninguém está a espreita e digo: - O que vai ser dessa vez? Assassinato? Tortura?

- Sem mais perguntas. O chefe dirá pra você o que será. Agora vamos, não temos muito tempo.

Os dois se dirigem para o carro negro, que aguarda na frente da casa. O homem não gostava de trabalhar para os Costello, ainda mais quando saíram de Nova York para expandir seus territórios por Parnásis. Não tinha jeito, com a empresa de coleta de lixo falindo, era a única maneira de sustentar a casa.

Frank "Hammer Hands" Romagnoli Jeffrey_dean_morgan_02

.: Ficha e algumas explicações: Em Construção:.

Ficha:


Última edição por ritter em Ter Mar 10, 2015 10:55 am, editado 3 vez(es)
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Frank "Hammer Hands" Romagnoli Empty Re: Frank "Hammer Hands" Romagnoli

Mensagem por Stein Qua Set 24, 2014 9:58 pm

Caaaaara! Tá animal! Eu me lembrei do John Travolta no Pulp Fiction hauahuaha
Excelente.
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Frank "Hammer Hands" Romagnoli Empty Re: Frank "Hammer Hands" Romagnoli

Mensagem por isaac-sky Seg Set 29, 2014 4:24 pm

- Ei, Costello, não é aquele cara ali?

- Falta ele terminar a ficha, idiota!

- Ah, beleza chefia.

kkk
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